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Avaliando Direito Consumidor

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Atividade Propostas
1. A respeito das previsões Constitucionais relativas ao Código de Defesa do Consumidor (CDC) e do seu campo de aplicação, julgue o item a seguir.
Na hipótese de conflito entre norma prevista no CDC e outra lei ordinária, anterior ou posterior, prevalecerá qual lei?
2. Conforme o expresso no inciso XXXII, do artigo 5º da Constituição Federal de 1988, o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do:
A) Proprietário rural;
B) Pequeno empresário;
C) Contribuinte individual;
D) Consumidor;
E) Vendedor ambulante.
3. São fundamentos da ordem econômica na Constituição Federal:
A) A redução das desigualdades regionais e sociais e a função social da propriedade;
B) A função social da propriedade e a livre concorrência;
C) A defesa do consumidor e a propriedade privada;
D) A defesa do meio ambiente e a defesa do consumidor;
E) A valorização do trabalho humano e a livre iniciativa.
4. Assinale a alternativa INCORRETA. Na Constituição Federal:
I) A defesa do consumidor está inserida expressamente no capítulo dedicado aos direitos e garantias fundamentais, e a competência para legislar em matéria de dano ao consumidor é concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal.
II) A defesa do consumidor está inserida expressamente no capítulo dedicado aos direitos e garantias fundamentais e também se estabelece expressamente dentre os princípios gerais da atividade econômica.
III) A defesa do consumidor está inserida no capítulo de dedicado aos direitos e garantias fundamentais, e a competência para legislar em matéria de dano ao consumidor é privativa da União.
IV) A competência para legislar em matéria de dano ao consumidor é concorrente entre a União, Estados e Distrito Federal, e o Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal previu a elaboração do Código de Defesa do Consumidor.
V) A defesa do consumidor está prevista no Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal e o legislador constitucional também a inseriu de forma expressa dentro dos princípios gerais da atividade econômica.
A) II: Incorreta;
B) III: Incorreta;
C) IV: Incorreta;
D) V: Incorreta;
E) I: Incorreta.
Atividade proposta
Questão de concurso para Fiscal do PROCON - PROCON-Itumbiara/GO - Ano: 2014 - Banca: UEG - Direito do Consumidor - Código de Defesa do Consumidor.
Ao tratar da defesa do consumidor como garantia fundamental, determinando ao legislador a adoção de norma específica para sua proteção, a Constituição Federal de 1988 abriu caminho para a criação de um microssistema que se concretizou com a edição da Lei 8.098/90 (Código de Defesa do Consumidor). Assim, além dos princípios constitucionais, outros foram adotados pela legislação consumerista. Indique e discorra brevemente sobre os princípios que regem o microssistema de defesa do consumidor.
GABARITO
Vários são os princípios que regem o microssistema de defesa do consumidor, sendo esperada do aluno a indicação daqueles principais, entre os seguintes:
Princípio da dignidade da pessoa humana. A defesa dos consumidores e a tutela de seus interesses é uma das formas de defesa da dignidade da pessoa humana.
Princípio da proteção. Conforme o preceito Constitucional (art. 5º, XXXII), cabe ao Estado o dever de proteger o consumidor, considerada a condição de desigualdade existente nas relações de consumo, razão pela qual as normas do consumidor devem ser aplicadas para equilibrar tais relações.
Princípio da transparência. Constitui um dos pilares da boa-fé objetiva, que impõe o dever do fornecedor informar de modo adequado o consumidor, suprindo todas as informações tidas como necessárias para o melhor aperfeiçoamento da relação de consumo, garantindo inclusive a livre escolha do consumidor de contratar o fornecedor.
Princípio da vulnerabilidade. Trata-se do reconhecimento da fragilidade do consumidor na relação com o fornecedor, podendo a vulnerabilidade ser técnica, jurídica, fática, socioeconômica e informacional.
Princípio da boa-fé objetiva e do equilíbrio. Regra de conduta, constituindo dever permanente entre as partes em suas relações, pautado pela lealdade, honestidade e cooperação.
Princípio da informação. O consumidor tem o dever de receber informação adequada, clara, eficiente e precisa sobre o produto ou serviço, bem como de suas especificações de forma correta (características, composição, qualidade e preço) e dos riscos que podem apresentar.
Princípio da facilitação da Defesa. Garante ao consumidor a facilitação dos meios de defesa de seus direitos, ante a sua presumida dificuldade para exercitá-los, seja por deficiência técnica, material, processual, fática ou mesmo intelectual.
Princípio da revisão das cláusulas contratuais. Possibilita ao consumidor o direito de manter a proporcionalidade do ônus econômico que implica ambas as partes, consumidor e fornecedor, na relação jurídico-material. Assim, toda vez que um contrato de consumo acarretar prestações desproporcionais, o consumidor tem o direito à modificação das cláusulas contratuais para estabelecer ou restabelecer a proporcionalidade.
Princípio da conservação dos contratos. O objetivo do CDC é de conservar os contratos e havendo desproporcionalidade ou onerosidade excessiva, devem ser feitas modificações ou revisões com o intuito de sua manutenção, somente ocorrendo a sua extinção em ultima hipótese.
Atividade proposta
Questão 1: Com referência às características do CDC e aos princípios que o fundamentam, assinale a opção correta.
A defesa do consumidor compõe o rol dos princípios gerais da atividade econômica.
As normas do CDC são imperativas e de interesse social, devendo prevalecer sobre a vontade das partes.
Compete aos juízes de primeiro e segundo graus o conhecimento de ofício das cláusulas abusivas insertas em contratos bancários.
O direito do consumidor está inserido entre os direitos fundamentais de segunda geração.
Os dispositivos do CDC devem retroagir para abranger os contratos celebrados antes de sua vigência.
Questão 2: Vários princípios informam as relações de consumo, que são regulamentadas por lei especial no Brasil. Entre esses princípios, podem ser identificados, os seguintes, exceto:
Boa-fé
Transparência
Prevenção
Veracidade
Ambivalência
Questão 3: No sistema das relações de consumo reguladas pelo Código de Defesa do Consumidor, a identificação de que existe um elo mais fraco na relação traduz o reconhecimento da:
Qualidade
Impessoalidade
Vulnerabilidade
Referibilidade
Informalidade
Atividades Propostas
1. Com base nas teorias apresentadas acerca do conceito de consumidor, discorra sobre a teoria finalista, por ser a de maior aplicabilidade no ordenamento jurídico pátrio.
GABARITO
O CDC adotou, na teoria finalista, em que o consumidor, além de destinatário fático, deve ser também o destinatário econômico dos bens e serviços.
2. A empresa “Verdant Ltda.”, que atua no ramo de paisagismo, adquiriu um televisor de 60” (polegadas) para ser instalado em seu refeitório, objetivando proporcionar lazer e comodidade para seus funcionários durante o horário de almoço e descanso. Quinze dias após a aquisição e instalação do referido produto, o mesmo apresentou um grave problema técnico que fez com que a tela explodisse causando danos físicos à Oliver, funcionário da empresa Verdant, que almoçava enquanto o evento danoso ocorreu. Diante da narrativa acima, julgue as afirmativas abaixo e assinale a opção correta:
A) Oliver poderá pleitear indenização em face do fornecedor do produto, pelos danos sofridos, com base no CDC, uma vez que será considerado como consumidor por equiparação;
B) Oliver poderá pleitear indenização em face do fornecedor do produto, pelos danos sofridos, com base no CDC, uma vez que será considerado como consumidor padrão;
C) Oliver poderá pleitear indenização em face do fornecedor do produto, pelos danos sofridos, mas não poderá valer-se das disposições prevista no CDC, uma vez que não podeser considerado como consumidor, pois não adquiriu o produto como destinatário final;
D) A empresa Verdant não poderá ser considerada consumidora, uma vez que consumidor é a pessoa física que adquire do fornecedor, pessoa jurídica, produto ou serviço, como destinatário final;
E) Oliver será considerado consumidor padrão uma vez que foi ele quem sofreu os danos materiais e morais, enquanto a empresa Verdant será considerada consumidora por equiparação, pois os danos sofridos por Oliver refletiram nela, pelo período em que o mesmo ficará afastado do trabalho para receber cuidados médicos.
3. (TJPR – 2014 – Juiz Substituto - ADAPTADO) João adquiriu um televisor fabricado pela empresa XX, na loja YY. Ao efetuar a ligação do televisor, de forma correta e nos termos indicados pelo fabricante, o aparelho teve uma explosão, decorrente de defeito de fabricação, causando lesões em João e em seus dois amigos que estavam juntos. Diante desta proposição, é CORRETO afirmar que:
I. A loja YY, que vendeu o televisor é solidariamente responsável com o fabricante pelos danos causados às vítimas, por se considerar a responsabilidade pelo fato do produto.
II. A Fabricante XX responde pelos danos causados aos consumidores, independentemente da existência de culpa.
III. Para os efeitos e aplicação do CDC, no caso descrito no enunciado acima, são considerados consumidores, além do adquirente do veículo, todas as vítimas do evento (consumidores por equiparação).
IV. A responsabilidade discutida na proposição decorre de vício do produto, aplicando-se os dispostos nos artigos 18 e seguintes do Código de Defesa do Consumidor, e cuida de defeitos inerentes ao próprio produto.
A) Somente as proposições II e III estão corretas;
B) Somente as proposições I e III estão corretas;
C) Somente as proposição I e IV estão corretas;
D) Somente as proposições III e IV estão corretas;
E) Somente as proposições I, II e IV estão corretas.
4. Analise os itens abaixo e assinale a opção INCORRETA:
A) De acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ, o Código de Defesa do Consumidor não se aplica no caso em que o produto ou serviço é contratado para implementação de atividade econômica;
B) O STJ defende que, em alguns casos, verificada a hipossuficiência técnica, jurídica ou econômica do consumidor, pode-se adotar a teoria finalista em sua forma mitigada;
C) Com base em entendimento jurisprudencial do STJ, pode-se aplicar a Teoria Finalista, de forma mitigada, mesmo quando a parte contratante de serviço público é pessoa jurídica de direito público e demonstra sua vulnerabilidade no caso concreto;
D) A jurisprudência predominante do STJ defende que, excepcionalmente, o Código de Defesa do Consumidor se aplica no caso em que o produto ou serviço é contratado para implementação de atividade econômica, adotando, portanto, a teoria maximalista;
E) O CPDC, em princípio, não adota a teoria finalista mitigada, e sim, sua forma pura.
Atividade proposta
Questão 1:
O fornecedor (gênero) poderá ser de duas espécies: O fornecedor de produtos e o de serviços. Com base no conceito legal de fornecedor, disposto no art. 3º, caput, do CPDC, uma pessoa física poderá ser considerada como fornecedor em uma relação jurídica consumerista? Justifique.
GABARITO
Sim, desde que exerça uma atividade que ao menos se equipare a caracterização do fornecedor. Tal variação vai desde o formal (com o devido registro nos órgãos competentes) ao informal (o que exerce sem o registro citado, mas preenchendo as características da habitualidade remuneração entre outros).
Questão 2:
(TRF-5ª região – 2011 – Juiz) À luz do CDC, assinale a opção correta:
Para os efeitos do CDC, não se considera fornecedor a pessoa jurídica pública que desenvolva atividade de produção e comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Entes despersonalizados, ainda que desenvolvam atividades de produção, montagem, criação ou comercialização de produtos, não podem ser considerados fornecedores.
Qualquer pessoa prejudicada por publicidade enganosa pode, em princípio, buscar indenização, mesmo não tendo contratado nenhum serviço.
Pessoa jurídica que compre bens para revendê-los é considerada consumidora.
Pessoa física que alugue imóvel particular, por meio de contrato, é considerada fornecedora, para efeitos legais.
Questão 3:
Diana dirigiu-se a empresa Wayne’s almejando adquirir uma cama de casal para sua residência, pois irá se casar em breve. Chegando ao local, descobriu que tal empresa é uma pessoa jurídica estrangeira. A empresa Wayne’s também oferecia a prestação de um serviço que também foi contrato por Diana. Diante da situação hipotética apresentada, julgue os itens a seguir e assinale a opção correta:
I – A citada empresa poderá ser considerada como fornecedora, ainda que seja pessoa jurídica estrangeira.
II – A cama será considerada como um produto móvel imaterial.
III – O serviço contratado será considerado como um produto imaterial.
IV – Diana será considerada como consumidora e a empresa como fornecedora, elementos objetivos da relação consumerista.
Apenas a afirmativa III está incorreta.
Todas as afirmativas estão incorretas.
Apenas as afirmativas III e IV estão incorretas.
Apenas a afirmativa I está correta.
Apenas a afirmativa IV está correta
Questão 4:
(TJPR – 2010 – Juiz - ADAPTADO) A Lei 8.078/1990 define os elementos que compõem a relação jurídica de consumo, em seus artigos 2º e 3º: elementos subjetivos, consumidor e fornecedor; elementos objetivos, produtos e serviços, respectivamente. Segundo estas definições, podemos afirmar que:
I. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
II. Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária e as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
III. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
IV. Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
Apenas as assertivas II e III estão corretas.
Apenas as assertivas II e III estão incorretas.
Apenas a assertiva I está correta.
Apenas a assertiva III está incorreta.
Atividade
1. Um consumidor com mais de 70 anos, aposentado pelo INSS recebeu uma proposta de “empréstimo” com desconto em seu contracheque da instituição federal. O qual ignora. Ocorre que, no mês seguinte, em seu contracheque consta um desconto. Busca sua origem e descobre que é fruto de um empréstimo que não foi contratado. Considerando o tema, como advogado(a) deste idoso, quais seriam os fundamentos aplicáveis ao tema, devidamente justificados, em um processo?
 GABARIT
GABARITO
Artigos: 4, I; 6, IV; 39, IV. Justifica o emprego destes fundamentos a vulnerabilidade ínsita a qualquer consumidor. Destacando seu direito básico à proteção contra práticas abusivas e que este senhor tem mais de 70 anos, o que o qualifica como hipervulnerável.
2. São direitos básicos do consumidor:
Modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações injustas ou sua revisão em razão de fatos preexistentes que as tornem onerosas.
Prevenção de danos extrapatrimoniais individuais.
Participação e consulta na formulação das políticas que o afetem diretamente.
Educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços.
Proteção da vida e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos derivados de recursos naturais disponíveis.
3. São direitos básicos do consumidor,exceto:
A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços.
A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.
A participação e consulta na formulação das políticas que os afetam diretamente, e a representação de seus interesses por intermédio das entidades públicas ou privadas de defesa do consumidor.
A modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.
4. Acerca dos direitos básicos do consumidor, afirma-se que:
Há possibilidade de modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos surgidos antes da formação do contrato e que as tornem iníquas.
A educação e a divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços configuram um desses direitos, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações.
Eles não excluem outros que derivem de tratados ou convenções internacionais de que o brasil seja signatário, dispensando-se aqueles resultantes dos costumes e equidade.
A informação adequada sobre os diferentes produtos deve ser clara quanto à especificação das características e qualidade, sem a menção a tributos incidentes e preço.
Tendo mais de um autor a ofensa, responderá pela reparação do dano aquele que a ele deu causa, culposamente.
Atividade
A inversão do ônus da prova é matéria processual consumerista subordinada aos ditames e diálogo entre a Lei 8.078 de 1990 e a Lei 13.105 de 2015. Considerando um fato concreto em que o Magistrado decidiu acerca do momento da inversão na sentença, qual seria o momento processual correto para a determinação do ônus probatório a que as partes deverão se subordinar?
GABARITO
O momento processual adequado é no despacho saneador. Inclusive para que as partes possam, diante do caso concreto, se exsurgir (agravar) da prova a que ficou seu encargo. Conforme art. 6, VIII da Lei 8.078 de 1990 e art. 357, III da Lei 13.105 de 2015.
Atividades
Carlos Augusto adquiriu R$ 13.000,00 em piso de madeira (laminados) para instalação em sua casa. A empresa contratada (Durafloor) faz a instalação. Dois meses após a instalação o piso estufou. Feita a reclamação administrativa junto à empresa, esta afirma que nada tem a fazer. O fabricante é acionado (Duratex) e, após perícia, constata que o piso foi instalado incorretamente, pois não foi deixado espaço no acabamento e entre as tábuas com fins de permitir a dilatação e contração dos perfis. Mesmo após a apresentação de tal laudo, a Durafloor afirma que nada irá fazer. Como advogado de Carlos Augusto, quais os argumentos de fato e de direito que alegaria em uma petição inicial?
GABARITO
Vício do serviço. Art. 20, caput e seu parágrafo 2º do CDC. Obrigação de instalação correta do produto.
Questões para a aula
Questão 1:
A responsabilidade do fornecedor por vício do produto é:
Exclusiva do produtor no caso de bens in natura, mesmo quando este deixe de ser identificado claramente.
Exclusiva do comerciante que, entregando quantidade inferior, faz a medição do produto por instrumento não aferido segundo padrões oficiais.
Solidária entre o produtor e o comerciante no caso de diferença no conteúdo líquido de produto in natura, excluída a dos demais fornecedores.
Solidária entre o fabricante e o produtor em todos os casos, excluídos o fornecedor presumido e o equiparado.
Idêntica quanto à natureza jurídica, às opções do consumidor e à dos vendedores no código civil por vícios redibitórios.
Questão 2:
Tratando-se da responsabilidade de vícios do produto e do serviço, é correto afirmar:
Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto em lei, não podendo ser inferior a dez, nem superior a cento e oitenta dias.
Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação tácita do consumidor.
No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o produtor imediato.
A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.
No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer produto, considerar-se-á implícita a obrigação do produtor de empregar componentes de reposição originais adequados, novos ou com características simulares, ou que mantenham as especificações técnicas do fabricante, salvo, quanto a esses últimos, tenham autorização em contrário do consumidor.
Questão 3:
Assinale a alternativa correta, no que concerne aos vícios de quantidade do produto.
O fabricante responde objetivamente e o comerciante subsidiariamente.
O consumidor poderá exigir, a sua escolha, a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios ou de qualidade superior, sem custos adicionais.
O consumidor poderá exigir a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos, somente quando impossível a substituição do produto.
O fornecedor imediato será responsável objetivamente quando fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.
O fornecedor responde subjetivamente e o comerciante subsidiariamente.
Atividade
Ageu Cezarino, ex-empregado de uma empresa, mantém o plano de saúde da sua ex-empresa. Arca com todas as despesas em absoluta consonância com as normas (Lei 9.656/98). O plano de saúde, Intermédica Sistemas de Saúde, resiliu unilateralmente o contrato citado. Por consequência, sua esposa, Aline Cezarino, (dependente no plano) teve recusada a cobertura médica por conta de sua gestação.
Como advogado dos consumidores quais seriam seus argumentos em uma ação visando responsabilizar a empresa Intermédica Sistemas de Saúde?
GABARITO
RECURSO ESPECIAL Nº 1.592.063 - SP (2016/0071421-5). Disponível aqui
Atividades
Vamos fazer uma atividade!
Ailton de Farias propôs ação de responsabilidade civil em face do Banco Itaú, objetivando o ressarcimento de descontos de cobranças abusivas de tarifas, descontos indevidos, encargos e transferências não autorizados pelo correntista que, somados, ultrapassam mais de R$ 230.000,00. Ocorre que a ação em comento foi proposta em 06/09/2015 e a ciência inequívoca do dano ocorreu em 31/03/2014, conforme laudo contábil. O banco alega que os danos a serem eventualmente ressarcidos são de cinco anos para trás, a contar de 06/09/2015 e não de 31/03/2014. Como advogado de Ailton, quais seriam seus argumentos em sede de réplica.
GABARITO
AgRg no Recurso Especial 1324764 – PB
Disponível aqui.
Questão 1
Em relação à prescrição e decadência no direito do consumidor:
A reclamação do consumidor perante o Procon obsta a decadência.
Em caso de vício aparente ou de fácil constatação, o prazo decadencial inicia-se da data da compra do produto ou da contratação do serviço.
Em caso de fato do produto ou serviço, o prazo prescricional inicia-se a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
O prazo para reclamar perante o fornecedor é prescricional, em caso de vício do produto ou serviço.
O prazo prescricional é de três anos, tratando-se de acidente de consumo.
Questão 2
Quanto à prescrição e à decadência, no âmbito do direito do consumidor, é correto asseverar que:
O direito de reclamar pelos vícios de fácil constatação caduca em 60 (sessenta) dias, tratando-sede fornecimento de serviço não durável.
O direito de reclamar pelos vícios aparentes caduca em 120 (cento e vinte) dias, tratando-se de fornecimento de produtos duráveis.
O termo inicial da contagem do prazo decadencial ocorre a partir do início da execução dos serviços de forma viciada.
Prescreve em cinco anos a pretensão a reparação pelos danos causados por fato do produto, iniciando-se, porém, a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
Obsta a decadência a instauração de inquérito civil, voltando a correr o prazo decadencial no momento imediatamente posterior.
Questão 3
Quanto à decadência e à prescrição no Código de Defesa do Consumidor, é correto afirmar:
O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em 30 dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em 90 dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis.
A instauração de inquérito civil obsta a decadência desde que celebrado termo de ajustamento de conduta.
Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que o consumidor notificar o fabricante.
Atividades
Devildo da Silva, um consumidor, recebe uma comunicação de dívida com possibilidade de negativação de seu CPF/MF. Após essa comunicação vem recebendo constantes telefonemas direcionados ao próprio. Inclusive no seu local de trabalho, com informações a terceiros (colegas de trabalho). Considerando os fatos como provados, como advogado de Devildo, quais seriam seus argumentos em uma ação de responsabilidade civil?
GABARITO
O consumidor não pode ter sua vida laborativa com intervenções de cobrança com ciência de terceiros. Tal conduta é tipificada como crime, nos termos do art. 71 do CDC, verbis:
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer.
Múltipla escolha
1. No sistema protetivo do consumidor:
Os serviços públicos são excluídos, já que objeto de leis próprias.
O acesso ao poder judiciário é sempre gratuito aos consumidores, para facilitação da defesa de seus interesses.
Haverá, sempre, a inversão do ônus probatório em benefício do consumidor, em face de sua presumida hipossuficiência, que é absoluta.
As cláusulas de eleição de foro beneficiando apenas o fornecedor são tidas por inexistentes.
É garantido o direito de extinção das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.
2. A respeito das infrações penais, assinale a opção correta.
O fornecedor que deixa de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão base à publicidade pratica crime contra as relações de consumo.
O CDC, assim como o CP e as leis extravagantes, prevê circunstâncias agravantes e atenuantes para os crimes que tipifica.
As condutas tipificadas no CDC constituem crime de dano, sendo imprescindível para a caracterização do delito, a comprovação do efetivo dano ao consumidor.
Os crimes contra as relações de consumo estão previstos no CDC de forma exclusiva e taxativa.
O tipo penal consistente em fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza de produto ou serviço inadmite a forma culposa.
3. No tocante às infrações penais e administrativas elencadas no CDC, é correto afirmar que:
Entre as circunstâncias agravantes aos crimes tipificados no Código, temos aquela cometida por pessoa cuja condição econômico-social seja manifestamente superior à da vítima.
Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de penalidade administrativa, haverá hipótese de reincidência até o trânsito em julgado da sentença, salvo medida judicial que afaste o fornecedor dessa situação.
Se assim recomendar a situação econômica do indiciado ou réu, o valor previsto para pagamento de fiança poderá ser aumentado em até mil vezes.
As sanções administrativas previstas no CDC serão aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, exceto, por medida cautelar, antecedente ou incidente de procedimento administrativo.

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