Buscar

Aula 06 - DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 1 
Aula 6: Relações no ambiente acadêmico ..................................... 2 
Introdução .................................................................................................. 2 
Conteúdo ..................................................................................................... 3 
Fazendo memória ........................................................................................... 3 
Relação centrada no diálogo ............................................................................ 5 
Autoridade e liberdade .................................................................................... 6 
Autoridade e conhecimento ............................................................................. 7 
Dificuldade dos docentes ................................................................................. 8 
Equilíbrio delicado ........................................................................................... 9 
Lidando com as diferenças ............................................................................. 10 
Lidando com as diferenças ............................................................................. 11 
Diálogo permanente ...................................................................................... 12 
Conhecendo o aluno ...................................................................................... 13 
Promoção de processos de articulação entre igualdade e diferença .................... 13 
Coerência entre discurso e ação ...................................................................... 14 
Reflexão crítica sobre a prática dos professores................................................ 15 
Relações com o educando .............................................................................. 16 
Atividade proposta ......................................................................................... 17 
Aprenda Mais ............................................................................................ 17 
Referências ............................................................................................... 18 
Exercícios de fixação ................................................................................. 19 
 
Chaves de resposta .......................................................................... 23 
Atividade proposta ......................................................................................... 23 
Exercícios de fixação ...................................................................................... 23 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 2 
Introdução 
Como vimos em nossa primeira aula, a docência é um tipo de trabalho centrado 
nas relações humanas. É ainda um tipo de trabalho ao qual os estudantes podem 
aderir ou opor resistência aos professores e às ações que lhes são impostas. 
 
Alguns professores relatam alterações no comportamento dos alunos, com a 
inclusão da tecnologia no dia a dia. É comum encontrarmos alunos fazendo uso 
pessoal de mensagens de texto e de outros aplicativos disponíveis hoje em dia. 
 
Essas atitudes, bem como outras que envolvem um grau maior ou menor de 
adesão e envolvimento nas atividades desenvolvidas em sala de aula universitária 
são cada vez mais frequentes nos relatos dos educadores. Estudantes que não 
leem os textos indicados pelos professores, atendem a chamadas telefônicas nas 
salas de aula, chegam atrasados para as aulas e/ou solicitam saída antecipada, 
realizam outras tarefas (escolares ou não) durante uma atividade em grupo ou 
exposição oral pelo professor, são recorrentemente apontados pelos professores 
que atuam nesse nível de ensino. 
 
No que se refere à relação professores-estudantes no ensino superior, o principal 
desafio apontado por esses docentes parece ser o de mobilizar os interesses dos 
estudantes para a aprendizagem, visto que, de acordo com Freire (1997), o 
trabalho do professor é um trabalho com os alunos e não um trabalho do 
professor consigo mesmo. 
 
Questões sobre como mobilizar os estudantes para o conhecimento e como a 
liberdade deve ser exercida em sala de aula, tanto por professores, quanto por 
alunos, assim como outras dificuldades, devem ser analisadas à luz do 
pensamento de Paulo Freire, educador brasileiro que propôs um trabalho 
educativo baseado no diálogo e no respeito entre professores e estudantes. 
 
Objetivo: 
Compreender a relação professor-estudante, tendo presente as formas 
como essas relações têm sido concebidas e/ou vividas, segundo diferentes 
tendências do pensamento pedagógico brasileiro, bem como as 
possibilidades criadas por uma pedagogia do diálogo. 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 3 
Conteúdo 
Fazendo memória 
Sabemos que, ao longo de nossa história, a relação entre professores e alunos 
foi pensada a partir de diferentes perspectivas. 
 
Nesta aula, refletiremos mais sobre a relação entre professores e estudantes no 
contexto de algumas das formas de se pensar a educação e o processo ensino-
aprendizagem, presentes no pensamento pedagógico brasileiro e, para isso, 
tomaremos como foco, três perspectivas que estudamos em aulas anteriores. 
Vamos relembrá-las? 
 
Perspectiva tradicional 
Ao longo de muito tempo e, ainda nos tempos atuais, resiste uma concepção de 
educação e do processo ensino-aprendizagem, conhecida como educação 
tradicional, que tem seu foco na transmissão do saber historicamente acumulado 
pela humanidade. 
 
Nessa perspectiva, o sujeito-estudante é concebido como um receptor passivo e 
o professor como um transmissor de conteúdos e valores, como especialista e 
modelo. 
 
O professor é considerado a autoridade moral e intelectual para o estudante. O 
conhecimento, os conteúdos das disciplinas e os valores sociais não são 
questionados. O conhecimento é a verdade que é imposta de fora para dentro e 
deve ser apropriado pelo sujeito, a quem cabe a sua assimilação, memorização 
e repetição. A organização do poder no interior das instituições de ensino é 
marcada por relações hierárquicas, rígidas e autoritárias. 
 
Nessa perspectiva, a relação professor-estudante é uma relação vertical, na qual 
o professor detém o poder decisório, sendo o único responsável pela condução 
do processo ensino-aprendizagem, e o estudante tem como papel receber e 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 4 
repetir o conhecimento que lhe foi transmitido. É o que Paulo Freire denominou 
educação bancária. 
 
Perspectiva escolanovista 
Em oposição à concepção do processo ensino-aprendizagem, a perspectiva 
escolanovista, apesar das diferentes tendências que aí se inserem, defende uma 
ação centrada no estudante e em seus interesses. Nela podemos identificar uma 
forte valorização de relações não hierárquicas e não autoritárias. 
 
Nessa perspectiva, a sala de aula é vista como um espaço de descobertas, 
experimentação e pesquisas; de participação e diálogo; de valorização da 
autodisciplina; de liberdade e autonomia. 
 
O professor é o mediador para o desenvolvimento livre e espontâneo de cada 
estudante: organiza, orienta, anima e estimula as atividades dos educandos. A 
relação é de camaradagem e afeto e todos devem valorizar a liberdade de cada 
um, respeitando as regras definidas pelo grupo e as diferenças individuais. 
 
Perspectiva crítica ou sociocultural 
Uma terceira forma de se compreender o processo de ensino-aprendizagem, 
presente no pensamento pedagógico brasileiro, sobretudo a partir dos anos 1970, 
é a perspectiva crítica, também chamada por alguns autores de sociocultural ou 
pedagogia progressista. 
 
As diferentes tendências que aí se inserem partemde uma análise crítica das 
realidades sociais, sustentando implicitamente as finalidades sociopolíticas da 
educação (LUCKESI, 1994). É uma forma de se pensar a escola, a educação e o 
sistema ensino-aprendizagem como processos historicamente situados. 
 
Essa perspectiva defende uma articulação da educação com outros processos 
sociais, sendo a educação considerada como um instrumento de luta, ao lado de 
outras práticas sociais. 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 5 
Essa tendência compreende a escola como lugar da reflexão crítica sobre a 
realidade, de exercício consciente da cidadania e de apropriação crítica do saber 
considerado socialmente relevante. 
 
Busca criar não somente instâncias de participação democrática, como a prática 
de eleições, mas também um clima de envolvimento, um compromisso e uma 
prática de construção coletiva permanentes (KOFF, s/data). Propõe, assim, 
relações menos hierarquizadas, marcadas por atitudes de colaboração, troca e 
diálogo. 
 
Nessa perspectiva, a relação pedagógica consiste basicamente na colaboração 
mútua e na busca coletiva de soluções para os desafios postos. 
 
O professor é um parceiro do estudante, um mediador entre os conhecimentos a 
serem trabalhados e a vida do estudante e da sociedade onde os sujeitos estão 
inseridos. 
 
Os principais representantes dessa tendência no Brasil e que defendem 
perspectivas diferentes no interior desse pensamento que se costuma denominar 
abordagem crítica ou progressista estão: 
 
• Paulo Freire – com a pedagogia libertora; 
• Dermeval Saviani – com a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 
 
Relação centrada no diálogo 
As relações entre professores e estudantes foram pensadas de maneiras distintas 
e de forma articulada com as concepções de educação, de escola e de 
aprendizagem vigentes em cada momento histórico, portanto, podemos refletir 
sobre a contribuição de Paulo Freire para pensarmos o diálogo como uma 
possibilidade e uma postura privilegiada na relação pedagógica entre professores 
e estudantes universitários. 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 6 
Partimos do princípio que a relação professor-estudante é uma relação 
assimétrica, visto que esses agentes desempenham papéis diferentes no 
processo. 
 
Segundo Santos (s/d), “docentes e discentes, na universidade, são assimétricos, 
isto é, aos dois são atribuídas responsabilidades que envolvem critérios e 
objetivos diferentes para a ação”. 
 
Para o autor, isso não significa que um seja mais importante do que o outro e 
que somente um possa aprender com o outro, pois possuem saberes diferentes 
e, portanto, podem ensinar e aprender um com o outro. 
 
 
Atenção 
 Freire e Shor (1993) afirmam que “o educador continua sendo 
diferente dos alunos, mas – e esta é, para mim, a questão 
central – a diferença entre eles, se o professor é democrático, 
se seu sonho político é de libertação, é que ele não pode permitir 
que a diferença necessária entre o professor e os alunos se torne 
antagônica [...]. Se eles se tornam antagonistas é porque me 
tornei autoritário”. 
 
Autoridade e liberdade 
Freire (1997) propõe uma relação dialógica entre professores e estudantes, 
baseada no equilíbrio entre autoridade e liberdade. Para o autor, essa relação 
dialógica se insere em uma tensão permanente entre a autoridade e a liberdade 
e essa capacidade para lidarmos com essa tensão é um dos saberes 
indispensáveis à prática docente. 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 7 
Para Freire e Shor (1993), uma situação dialógica implica, necessariamente, a 
ausência de autoritarismo. Entretanto, o diálogo não se torna possível na 
ausência de autoridade. 
 
 
“O diálogo não existe em um vácuo político. Não é um espaço livre onde 
se possa fazer o que se quiser [...]. Implica responsabilidade, 
direcionamento, determinação, disciplina, objetivos.” 
 
Autoridade e conhecimento 
A autoridade do professor reside em muitos fatores, dentre os quais o 
conhecimento que ele tem. Esse conhecimento pode ser considerado, de acordo 
com o pensamento freireano, como um dos pilares da autoridade docente. Para 
Freire, “o ponto de partida é o que o professor sabe sobre o objeto e aonde quer 
chegar com ele” (FREIRE e SHOR, 1993). 
 
Nessa perspectiva, sua autoridade reside exatamente no conhecimento que ele 
tem acerca do objeto de estudo, no plano que elabora para trabalhar esse 
conhecimento e nos objetivos que formula. É também por meio desses elementos 
que o professor revela sua competência técnica e política. 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 8 
 
Galeria de Vídeos 
 Clique aqui para ver a sinopse. 
 
Ficha técnica: FREEDOM Writers = ESCRITORES da liberdade. Direção: 
Richard LaGravenese. Intérpretes: Hilary Swank; Scott Glenn; Imelda Stauton; 
Patrick Dempsey. Alemanha / EUA: UIP, 2007. 122 min., son., color. 
 
Você percebeu como a professora impôs sua autoridade com base em seu 
conhecimento a respeito do holocausto? 
 
Ainda que pega de surpresa pela atitude de seus alunos, a docente utilizou o 
assunto para tratar do preconceito, propondo que os estudantes refletissem 
sobre o que fizeram e sobre a consequência de seus atos. 
 
Dificuldade dos docentes 
Com frequência, o que se observa nas práticas educativas é uma enorme 
dificuldade dos professores em lidar com a relação entre autoridade e liberdade. 
Algumas vezes, são feitas associações equivocadas entre rigor acadêmico e 
autoridade e, por conseguinte, entre liberdade e falta de rigor. 
 
Dessa forma, perseguindo a necessária rigorosidade do trabalho que realizam, 
alguns professores podem resvalar para uma postura mais autoritária, afirmando 
que são apenas rigorosos. 
 
Outros docentes, para não serem qualificados de autoritários, abrem mão de sua 
função de organizadores do trabalho e as ações praticadas em sala de aula 
acabam acontecendo sem uma direção e/ou uma intenção claramente definida. 
São professores que, na maioria das vezes, não impõem limites e confundem 
autoritarismo com formas legítimas de exercício de autoridade. 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 9 
Vejamos o que Paulo Freire diz a respeito desse assunto. 
 
Reconhecendo que manter esse equilíbrio não é 
uma tarefa fácil, refletiremos, a seguir, sobre 
algumas condições para que ele se estabeleça, 
propiciando o desenvolvimento de uma relação 
dialógica entre professores e estudantes. 
 
 
Para Freire (1997), permitir o exercício da liberdade sem limites é negá-la tanto 
quanto asfixiar ou castrar a liberdade. Segundo o autor, a democracia e a 
liberdade não inviabilizam a rigorosidade. A licenciosidade, como distorção da 
liberdade, é que compromete a rigorosidade. 
 
O autor afirma que “o autoritarismo e a licenciosidade são rupturas do equilíbrio 
tenso entre autoridade e liberdade. O autoritarismo é a ruptura em favor da 
autoridade contra a liberdade e a licenciosidade, a ruptura em favor da liberdade 
contra a autoridade”. 
 
Equilíbrio delicado 
O equilíbrio entre autoridade e liberdade exige do professor uma abertura aos 
outros, uma disponibilidade curiosa à vida e seus desafios e está na base de uma 
postura dialógica. Para Freire (1997), estar aberto aos outros é uma experiência 
fundante do ser inacabado, que se sabe inacabado. 
 
Nessa perspectiva, Freire (1997) afirma o seguinte: 
 
O papel de um educador conscientemente progressista é 
testemunhar a seus alunos, constantemente, sua competência, 
amorosidade, sua clareza política, a coerência entre o que diz e 
o que faz [...], sua capacidade de conviver com os diferentes 
 
 
DIDÁTICADO ENSINO SUPERIOR 10 
para lutar com os antagônicos. É estimular a dúvida, a crítica, a 
curiosidade, a pergunta, o gosto do risco, a aventura de criar. 
 
Lidando com as diferenças 
Os professores têm a tendência de esperar que as salas de aula sejam 
frequentadas por alunos e alunas ideais e, nesse sentido, com frequência, 
organizam o trabalho, imaginando um aluno ou uma aluna que chegaria à sala 
de aula já tendo conquistado determinados pré-requisitos quanto a 
conhecimentos e habilidades intelectuais. 
 
Esses professores estão mais preparados para lidar com a homogeneidade, com 
a padronização, do que com a heterogeneidade e com a diferença. 
 
Por outro lado, não podemos deixar de considerar que o tema da diferença é 
antigo no campo da educação. 
 
Tendências na perspectiva de categorizar os alunos, ou melhor, de separá-los em 
alunos que aprendem e que não aprendem ou alunos que são interessados e 
outros que não têm nenhum interesse, ou alunos que têm um ritmo compatível 
com as exigências acadêmicas e os que não têm, são comuns e, de um modo 
geral, têm marcado a prática docente. 
 
Uma prática, nesse caso, é a que tende a aproximar o conceito de diferença à 
ideia de que o aluno ou a aluna tem ou não tem condições ou interesse de 
aprender, ou seja, tende a associar diferença a algo que é próprio do indivíduo. 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 11 
Lidando com as diferenças 
Embora possamos constatar uma ampla diversidade de vertentes teóricas, de 
viés psicológico, que procuram responder a essa e outras questões, acreditamos 
que há um postulado que é comum a todas elas: a necessidade de adequar as 
práticas educativas às características individuais dos alunos e das alunas. 
 
Entretanto, de acordo com Candau e Leite (2006), o que se observa nessas 
tentativas de respostas é a ausência da dimensão sociocultural. 
 
Nesse sentido, sem negar as contribuições das perspectivas didático-psicológicas 
em relação à diferença, o que propomos é avançar no sentido de conceber 
processos de ensino-aprendizagem que tenham como princípios o 
reconhecimento, a incorporação e, principalmente a valorização do diálogo na 
relação entre as diferenças culturais, identificadas como diferenças de gênero, 
etnia, credo religioso, orientação sexual, faixa etária, de valores, enfim, 
diferenças de modos de ver, sentir e estar no mundo. 
 
Em síntese, o que propomos é pensar e viver a relação com os nossos alunos e 
com as nossas alunas, buscando ter uma compreensão de suas diferenças que 
são muito mais do que as diferenças relacionadas à psique individual e à 
identidade de classe deles, ou seja, são diferenças culturais, que configuram 
identidades múltiplas e dinâmicas, em oposição a identidades unificadas e/ou 
estáveis. 
 
Segundo Oliveira (1988), a tendência de categorizar o aluno está marcada por 
referências oriundas do campo da psicologia, que desde o século XIX parece 
manter um diálogo estreito com a pedagogia, buscando responder à pergunta 
como o aluno aprende? 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 12 
Diálogo permanente 
Como temos estudado até aqui, viver uma prática docente pautada pelo diálogo 
radical e permanente, que questiona essencialismos, critica e combate diversas 
formas de preconceito, muitas vezes presentes nas relações que estabelecemos 
em nossas salas de aula é o grande desafio. 
 
Nessa perspectiva, Koff (2011) sugere alguns cuidados e/ou estratégias e/ou 
mudanças. Vejamos: 
 
• “Reconhecer, valorizar e fazer dialogar os diferentes sujeitos/grupos 
culturais; 
• Empoderar os diferentes sujeitos/grupos; 
• Buscar variadas respostas para um mesmo problema e/ou situação em 
função das especificidades e necessidades dos sujeitos/grupos; 
• Trabalhar sistematicamente os conflitos que emergem das e/ou nas 
relações interpessoais, principalmente aqueles que são fruto de 
preconceitos e discriminações; 
• Apostar no potencial dos mecanismos de negociação e na construção 
coletiva de normas/regras e/ou códigos de convivência; 
• Acolher, reconhecer, valorizar, fazer circular e/ou articular diferentes 
saberes, conhecimentos e culturas, estimulando trocas de experiências, 
incorporando diferentes narrativas e linguagens, com a disposição 
inclusive de reorganizar os conteúdos que são/serão trabalhados em sala 
de aula; 
• Valorizar e empregar procedimentos metodológicos diversificados, dando 
ênfase à produção coletiva e/ou colaborativa, sem deixar de valorizar a 
experiência e a produção de cada um”. 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 13 
Conhecendo o aluno 
Para que as estratégias apontadas por Koff, anteriormente, sejam colocadas em 
prática, o docente deve: 
 
Reconhecer e acreditar que as diferenças culturais em diálogo são positivas (e 
não um problema) para a construção de relações mais produtivas e democráticas, 
bem como para a construção de processos de ensino aprendizagem mais 
significativos e adequados aos alunos e que respondam às exigências do mundo 
atual. 
 
Desenvolver mecanismos que os ajudem a conhecer seus alunos, procurando 
produzir conhecimentos sobre eles. Alguns fatores que devem ser considerados 
pelo docente são: 
 
• Características socioculturais; 
• Concepções de mundo; 
• Metas; 
• Necessidades; 
• Interesses; 
• Possibilidades. 
 
Promoção de processos de articulação entre igualdade e 
diferença 
Lidar com as diferenças culturais presentes nas salas de aula universitárias é uma 
necessidade, mas também um desafio, já que isso implica rejeitar a padronização 
das diversas dimensões que envolvem as relações e as práticas educativas nelas 
vividas e, ao mesmo tempo, unir esforços no sentido de combater as 
desigualdades socioculturais. 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 14 
Em outras palavras, a ideia é viver essas relações e práticas buscando promover 
processos de articulação entre igualdade e diferença e não de considerá-los com 
polos contrapostos. 
 
Boaventura de Sousa Santos (1999) afirma: 
Temos o direito de ser iguais sempre que a diferença nos 
inferioriza; temos o direito de ser diferentes sempre que a 
igualdade nos descaracteriza. 
 
Coerência entre discurso e ação 
O equilíbrio tenso entre autoridade e liberdade exige também do professor 
coerência entre o que diz e o que faz. 
 
Para Freire (1998), palavras às quais falta a corporeidade do exemplo, pouco ou 
quase nada valem. A prática educativa que não promove a relação coerente entre 
o que o educador diz e o que ele faz “é, enquanto prática educativa, um desastre” 
(FREIRE, 1998). 
 
Segundo Freire (1997), o discurso sobre a teoria deve ser o exemplo concreto e 
prático da teoria, sua real encarnação. Tão importante quanto o ensino dos 
conteúdos é a coerência na classe. 
 
É preciso um grande empenho dos professores para diminuir a distância entre o 
discurso e a prática, o que exige uma vigilância constante a ser exercida sobre 
nós mesmos. 
 
Exemplificando essa necessária coerência, Freire (1997) questiona: 
 
Como posso continuar falando em meu respeito ao educando se 
o testemunho que a ele dou é o da irresponsabilidade, o de quem 
não cumpre o seu dever, o de quem não se prepara ou se 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 15 
organiza para a sua prática, o de quem não luta por seus direitos 
e não protesta contra as injustiças? 
 
Como, na verdade, posso eu continuar falando no respeito à 
dignidade do educando se o ironizo, se o discrimino, se o inibo 
com a minha arrogância? 
 
Reflexão crítica sobre a prática dos professores 
A atitude que busca a coerência entre o falare o agir exige um esforço de reflexão 
crítica sobre a prática dos professores, que envolve o movimento dinâmico, 
dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. 
 
A esse respeito, Freire (1997) assinala: 
 
É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se 
pode melhorar a próxima prática. 
 
É, portanto, nessa vigilância constante que se torna possível aproximar 
o discurso teórico da prática, de tal modo que quase se confunda com 
ela. 
 
No fundo, o essencial nas relações entre educador e educando, entre autoridade 
e liberdade é a reinvenção do ser humano no aprendizado de sua autonomia. E 
para isso, um agir coerente de educadores e educadoras vale muito mais que 
uma boa oratória. 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 16 
 
Atenção 
 Para Freire (1997), “o professor que não respeita a curiosidade 
do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua 
linguagem [...]; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, 
que manda que ele se ponha em seu lugar ao mais tênue sinal 
de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime 
do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do 
aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar 
respeitosamente presente à experiência formadora do 
educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de 
nossa existência”. 
 
Se, na verdade, o sonho que nos anima é democrático e 
solidário, não é falando aos outros, de cima para baixo, 
sobretudo, como se fôssemos os portadores da verdade a ser 
transmitida aos demais, que aprendemos a escutar, mas é 
escutando que aprendemos a falar com eles (FREIRE, 1997). 
 
Relações com o educando 
Por tudo o que refletimos, podemos afirmar que as relações entre educadores e 
educandos são complexas, fundamentais, difíceis e que sobre elas devemos 
pensar constantemente. 
 
De acordo com o pensamento freireano, é nesse exercício da autoridade 
democrática, na disponibilidade para o diálogo, na coerência entre o que diz e o 
que se faz, que se ancora nossas relações com os educandos, e essas relações 
constituem, certamente, “um dos caminhos de que dispomos para exercer nossa 
intervenção na realidade a curto e a longo prazo” (FREIRE, 1998). 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 17 
Atividade proposta 
Agora que terminamos nossa aula, vamos realizar uma atividade, a fim de testar 
o conhecimento aprendido? 
 
a) Converse com um professor que atue no Ensino Superior, perguntando-
lhe quais os principais desafios encontrados por ele quanto às relações 
que se dão na sala de aula. Não se esqueça de registrar os desafios 
apresentados. 
b) Em seguida, compare com as ideias apresentadas pelo professor 
entrevistado e aquelas apresentadas nesta aula. Faça seus próprios 
comentários indicando aproximações e diferenças. Neste caso específico, 
durante a conversa com o professor, você poderá fazer perguntas mais 
diretas do tipo mesmo: como você está lidando com os saberes, os 
valores, a vivência cultural de seus alunos? Como isso interfere no seu 
trabalho pedagógico e na sua relação com os alunos? E assim por diante. 
 
 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre os assuntos abordados nesta aula, consulte o site 
http://www.scielo.br e leia os textos: 
• A percepção de professores e estudantes sobre a sala de aula de Ensino 
Superior: expectativas e construção de relações no curso de química da 
UFMG. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/ciedu/v16n01/v16n01a06.pdf; 
• Sala de aula na universidade: espaço de relações interpessoais e 
participação acadêmica. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v25n1/a07v25n1.pdf; 
• A didática na perspectiva multi/intercultural em ação: construindo uma 
proposta. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v37n132/a1137132.pdf. 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 18 
Referências 
CANDAU, V. M.; LEITE, M. S. Diálogos entre Diferença e Educação. In: 
CANDAU, V. M. (org.). Educação Intercultural e Cotidiano Escolar. Rio de Janeiro: 
7 Letras, 2006, p. 121 a 139. 
 
CORTESÃO, L.; STOER, S. Interculturalidade e Educação Escolar: 
dispositivos pedagógicos e a construção da ponte entre culturas. In: Inovação. 
N. 9, 1996, p. 35 a 51. 
 
FREIRE, P. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1991. 
 
_________. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática 
pedagógica. São Paulo: Paz e Terra, 1997. 
 
_________. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: 
Editora Olho D’água, 1998. 
 
FREIRE, P.; SHOR, I. Medo e ousadia: o cotidiano do professor. São Paulo: Paz 
e Terra, 1993. 5. ed. 
 
LUCKESI, C. C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994. 
 
KOFF, A. M. N. S. Uma Agenda para a Didática Hoje: atualizando possíveis 
prioridades. In: LIBÂNEO, J. C.; SUANNO, M. V. R. (orgs.). Didática e Escola em 
uma Sociedade Complexa. Goiânia: CEPED, 2011, p.133 a 153. 
 
_______________. Abordagens pedagógicas: do sonho de Comênio à 
perspectiva crítica. (mimeo). RJ, s/d. 
 
OLIVEIRA, M. R. N. S. O Conteúdo da Didática. Um discurso da neutralidade 
Científica. Belo Horizonte: UFMG/PROED, 1988. 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 19 
SANTOS, B. S. Construção Multicultural da Igualdade e da Diferença. 
Coimbra, Portugal: Oficina do CES, Publicação seriada do Centro de Estudos 
Sociais, jan. 1999. 
 
SANTOS, R. Três relações fundamentais no ensino superior. Revista 
Iberoamericana de Educación (ISSN: 1681-5653). s/data. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Na perspectiva tradicional a relação professor-aluno é uma relação: 
a) Vertical, na qual o professor detém o poder decisório e é o único 
responsável pelo processo de ensino-aprendizagem. 
b) Não hierárquica, na qual professor e aluno podem viver seus ofícios e o 
processo de ensino-aprendizagem de modo democrático. 
c) Vertical, na qual o professor pode delegar o poder decisório no que tange 
ao processo de ensino-aprendizagem para seus alunos. 
d) Horizontal, na qual professor e aluno podem ser protagonistas do processo 
de ensino-aprendizagem. 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 20 
Questão 2 
Podemos dizer que a forma como se entende a relação entre professores e aluno 
decorre das concepções de educação, de escola e de ensino-aprendizagem, 
presentes em cada momento histórico. Qual das tendências relacionadas abaixo 
defende uma ação pedagógica centrada no interesse do estudante e no seu livre 
e espontâneo desenvolvimento e que, portanto, sugere uma relação professor-
aluno marcada por tal centralidade? 
a) Tradicional 
b) Escolanovista 
c) Libertadora 
d) Crítico-Social dos Conteúdos 
 
 
Questão 3 
Freire nos propõe uma relação dialógica entre professores e estudantes, baseada 
no equilíbrio entre autoridade e liberdade. Nesse sentido, o que Paulo Freire 
entende por licenciosidade pode ser assim expresso: 
a) O uso da autoridade de forma legítima e democrática. 
b) O uso da autoridade exacerbada, comprometendo o respeito à liberdade 
do estudante. 
c) A relação pautada em uma liberdade sem limites e sem a imposição de 
qualquer forma de autoridade. 
d) A relação democrática, pautada no diálogo, na troca e no respeito às 
diferenças. 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 21 
Questão 4 
O tema da diferença é antigo no campo da educação. Contudo, ele foi tratado a 
partir de diferentes perspectivas ao longo da história da educação. Podemos dizer 
que, no âmbito do movimento escolanovista, por exemplo, a discussão era 
marcada por referências do campo da Psicologia e se caracterizava por: 
a) Defender, como princípio, a valorização darelação entre as diferenças 
culturais. 
b) Associar diferença a algo que é próprio do indivíduo, buscando adequar as 
práticas educativas às características individuais dos estudantes. 
c) Compreender as diferenças como diferenças culturais, que configuram 
identidades múltiplas e dinâmicas. 
d) Trabalhar os conflitos que emergem nas relações interpessoais, 
principalmente aqueles que são fruto de preconceitos e discriminações. 
 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 22 
Questão 5 
Nesta aula, propomos avançar no sentido de conceber e viver processos de 
ensino-aprendizado pautados por relações dialógicas e de valorização das 
diferenças culturais. Diferenças culturais aqui identificadas como aquelas que 
dizem respeito principalmente às diferenças de: 
a) Gênero, etnia, psique, orientação sexual, classe social, valores, enfim, de 
modos de ver, sentir e estar no mundo. 
b) Psique, etnia, credo religioso, orientação sexual, faixa etária, valores, 
enfim, de modos de ver, sentir e estar no mundo. 
c) Gênero, etnia, credo religioso, classe social, faixa etária, valores, enfim, 
de modos de ver, sentir e estar no mundo. 
d) Gênero, etnia, credo religioso, orientação sexual, faixa etária, valores, 
enfim, de modos de ver, sentir e estar no mundo. 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 23 
Atividade proposta 
Clique aqui para ver a chave de resposta. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - A 
Justificativa: A primeira alternativa é a correta, já que uma das características 
que configuram a abordagem e/ou perspectiva tradicional e a centralidade do 
professor e do conteúdo. O aluno é receptor passivo, desprovido de poder 
decisório. 
 
Questão 2 - B 
Justificativa: Ao longo da disciplina, tivemos contato com as características de 
uma pedagogia escolanovista e aprendemos que uma de suas características 
mais marcante diz respeito à centralidade do aluno, com ênfase na sua dimensão 
como indivíduo, no processo de ensino-aprendizagem, o que justifica a segunda 
alternativa como a correta. 
 
Questão 3 - C 
Justificativa: é possível justificar a terceira alternativa como a correta tendo 
presente a seguinte observação de Freire (1997): "o autoritarismo e a 
licenciosidade são rupturas do equilíbrio tenso entre autoridade e liberdade. O 
autoritarismo é a ruptura em favor da autoridade contra a liberdade e a 
licenciosidade, a ruptura em favor da liberdade contra a autoridade". Observação 
presente no próprio texto da aula. 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 24 
Questão 4 - B 
Justificativa: A segunda alternativa pode ser justificada como a correta, tendo 
presente os seguintes trechos de nossa aula: 
Por sua vez, não podemos deixar de considerar que o tema da 
diferença é antigo no campo da educação. Tendências na 
perspectiva de categorizar os alunos, ou melhor, de separá-los 
em alunos que aprendem e que não aprendem, ou alunos que 
são interessados e outros que não têm nenhum interesse, ou 
ainda alunos que têm um ritmo compatível com as exigências 
acadêmicas e os que não têm são comuns e, de um modo geral, 
têm marcado a nossa prática docente. Uma prática, nesse caso, 
que tende a aproximar o conceito de diferença à ideia de que o 
aluno ou a aluna tem ou não tem condições de aprender, tem ou 
não interesse em aprender. Em outras palavras, uma prática que 
tende a associar diferença a algo que é próprio do indivíduo. 
 
Cremos que muito dessa tendência está marcada por referencias 
oriundos do campo da Psicologia, que desde o século XIX 
(OLIVEIRA, 1988) parece manter um diálogo muito estreito com 
a Pedagogia, na maioria das vezes, buscando responder à 
pergunta como o aluno aprende? Embora possamos constatar 
uma ampla diversidade de vertentes teóricas, de viés psicológico, 
que buscam responder a essa e outras questões, acreditamos 
que há um postulado que é comum a todas elas: a necessidade 
de adequar as práticas educativas às características individuais 
dos alunos e das alunas. 
 
Questão 5 - D 
Justificativa: As dimensões relacionadas à psique e a classe social não integram 
as chamadas diferenças culturais, por isso as alternativas em que elas aparecem 
não podem ser consideradas corretas.

Continue navegando