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Aula 08 - DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR

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DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 1 
Aula 8: Práticas pedagógicas em sala de aula ............................ 2 
Introdução ............................................................................................................................. 2 
Conteúdo ................................................................................................................................ 3 
Sala de aula universitária .................................................................................................. 3 
Aprender e ensinar ............................................................................................................ 3 
Deslocamento de ênfase .................................................................................................. 3 
Deslocamento de ênfase .................................................................................................. 5 
Aprender a aprender ......................................................................................................... 5 
Metodologia participativa ................................................................................................ 6 
Variados procedimentos metodológicos ...................................................................... 7 
Processo de avaliação ....................................................................................................... 8 
Conclusão ........................................................................................................................... 9 
Desafio ............................................................................................................................... 10 
Atividade proposta .......................................................................................................... 10 
Aprenda Mais ....................................................................................................................... 11 
Referências........................................................................................................................... 11 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 11 
Chaves de resposta .................................................................... 14 
Aula 8 ..................................................................................................................................... 14 
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 14 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 2 
 
Introdução 
Já estamos chegando ao fim da disciplina e, depois de uma série de reflexões 
sobre diferentes questões que nos permitem problematizar e analisar caminhos 
possíveis para a Didática de um modo geral e, especificamente, para a Didática 
concebida e vivida no âmbito da universidade, nossa intenção é estudar um 
pouco mais a sala de aula, reconhecendo-a como espaço de diferentes práticas, 
múltiplas linguagens e narrativas. 
Nesta aula, refletiremos sobre o desenvolvimento e as dinâmicas vividas na sala 
de aula universitária. Faremos algumas considerações sobre as mediações 
possíveis: procedimentos, recursos e linguagens para avançarmos na perspectiva 
de pensar a relação entre a sala de aula universitária e o uso das novas 
tecnologias. 
 
Objetivo: 
Reconhecer a necessidade de quebrar paradigmas no que se refere à sala de 
aula universitária, identificando-a como um espaço ampliado e de diferentes 
práticas, linguagens e narrativas. 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 3 
Conteúdo 
Sala de aula universitária 
Nesta aula, vamos analisar as dinâmicas e interações que são planejadas, 
organizadas e vividas durante os processos de ensino-aprendizagem e que estão 
diretamente relacionadas ao cotidiano da sala de aula universitária. 
 
Você conhece alguma dessas dinâmicas e interações? 
 
Trataremos sobre elas a seguir. 
 
Aprender e ensinar 
Segundo Sousa (2003), “aprender e ensinar constituem duas atividades muito 
próximas da experiência de qualquer ser humano: aprendemos quando 
introduzimos alterações na nossa forma de pensar e agir, e ensinamos quando 
partilhamos com o outro, ou em grupo, a nossa experiência e os saberes que 
vamos acumulando.” 
 
Ainda segundo Sousa (2003), “apesar de, ao longo de nossa vida, termos 
praticado frequentemente este ofício de aprender e ensinar, não deixa de se 
revestir de alguma complexidade, pelo que tem merecido, ao longo da história, 
a atenção reflexiva de pensadores de todas as áreas do saber”. 
Quando aprender e ensinar são atividades que acontecem em um espaço 
específico como o da universidade e, nesse sentido, são atividades intencionais, 
uma série de variáveis contribui para tornar essas atividades ainda mais 
complexas. 
 
Deslocamento de ênfase 
Alguns educadores têm avaliado de um modo mais específico o trabalho na sala 
de aula universitária e apostam no deslocamento de ênfase – do ensino para a 
aprendizagem –, que implica o desenvolvimento de capacidades intelectuais, de 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 4 
habilidades humanas e profissionais, bem como de atitudes e valores nas 
diferentes esferas da vida pessoal e profissional. 
 
De acordo com Masetto (2000): 
A ênfase na aprendizagem como paradigma para o Ensino Superior alterará o 
papel dos participantes do processo: ao aprendiz cabe papel central de sujeito 
que exerce as ações necessárias para que aconteça sua aprendizagem – buscar 
as informações, trabalhá-las, produzir um conhecimento, adquirir habilidades, 
mudar atitudes e adquirir valores. Sem dúvida, essas ações são realizadas com 
os outros participantes do processo: os professores, os colegas, pois a 
aprendizagem não se faz isoladamente, mas em parceria, em contato com os 
outros e com o mundo. O professor terá substituído seu papel exclusivo de 
transmissor de informações para mediador pedagógico ou orientador do processo 
de aprendizagem de seu aluno. 
 
Vejamos, agora, um trecho do filme Legalmente Loira, a fim de expor um 
exemplo prático do que estamos estudando. 
 
 
 
Galeria de Vídeos 
 http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS494/videos/a08_t06.mp4 
 
Ficha técnica: LEGALLY Blonde. LEGALMENTE Loira. Direção: 
Robert Luketic. Intérpretes: Reese Witherspoon, Luke 
Wilson, Selma Blair. EUA: FOX Filmes, 2001.96 min., son., color. 
 
 
 
Você percebeu que, assim como foi colocado por Masetto (2000) anteriormente, 
o aprendiz – nesse caso, a personagem do filme que acabamos de ver – assumiu 
o papel central de sujeito que exerce as ações necessárias para que aconteça 
sua aprendizagem? 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 5 
 
Deslocamento de ênfase 
A partir dos pressupostos que vimos anteriormente, é importante lembrar alguns 
princípios relevantes para pensar o processo de ensino-aprendizagem no 
contexto de uma prática didática orientada pela perspectiva crítica e intercultural, 
no âmbito universitário, como por exemplo: 
 
A adoção de uma organização curricular mais integrada, fruto de construções 
coletivas e interdisciplinares. 
 
A articulação entre teoria e prática e entre ensino, aprendizagem e pesquisa. 
 
A valorização de metodologias ativas, que promovam práticas e/ou atividades 
diversificadas. 
 
A intensa participação, colaboração e produção dos alunos na aquisição crítica 
e/ou na construção de conhecimentos, habilidades e atitudes. 
 
 
Atenção 
 Pensaremos a sala de aula universitária para além de seu espaço 
físico tradicional, incluindo seus laboratórios, para avançarmos 
para um conceito mais ampliado de sala de aulauniversitária, que 
ocupa diferentes espaços e ambientes, inclusive do mundo do 
trabalho e profissional, ou seja, fora do espaço específico da 
universidade. 
 
Aprender a aprender 
Segundo Masetto (2000), é importante compreender a sala de aula como um 
“espaço-tempo durante o qual os sujeitos do processo de aprendizagem 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 6 
(professor e alunos) se encontram para, juntos, realizarem uma série de ações 
(na verdade interações). 
 
Dessa forma, pensaremos a sala de aula universitária como um lugar que 
estimula o aprender a aprender, o que implica incentivar o aluno a: 
• Refletir sobre suas próprias experiências; 
• Perceber as suas limitações e identificar as suas possibilidades para 
superá-las; 
• Identificar os caminhos e/ou os melhores procedimentos que o ajudem a 
realizar aprendizagens significativas. 
 
 
 
Atenção 
 Algumas das ações ou interações citadas por Masetto (2000) a 
serem realizadas no espaço-tempo da sala de aula por professor 
e alunos são: “estudar, ler, discutir e debater, ouvir o professor, 
consultar, trabalhar na biblioteca, redigir trabalhos, participar de 
conferências de especialistas, entrevistá-los, fazer perguntas, 
solucionar dúvidas, orientar trabalhos de investigação e 
pesquisas, desenvolver diferentes formas de comunicação e 
expressão, realizar oficinas e trabalhos de campo”. 
 
Metodologia participativa 
Em nosso trabalho de promover o processo de ensino-aprendizagem universitário 
é fundamental criar a base para que os procedimentos, atividades e dinâmicas 
planejadas e realizadas em sala de aula sejam plurais e diversificados, para 
conciliarmos a diversidade cultural dos alunos com os objetivos e a especificidade 
dos conteúdos que serão objeto de estudo. 
Conceber, planejar e decidir sobre que procedimentos metodológicos utilizar é 
uma tarefa que faz parte das atribuições do professor universitário, mas é muito 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 7 
importante que isso aconteça como fruto de um trabalho crítico-reflexivo, coletivo 
e contextualizado. 
Você se lembra dos aspectos que envolvem o processo de planejamento 
no Ensino Superior? São eles: 
 
 
 
 
Atenção 
 A concepção, o planejamento e a decisão sobre que 
procedimentos metodológicos devem ser mobilizados – até 
mesmo para garantir aprendizagens significativas –, faz parte da 
criação de um plano mais geral de trabalho construído de forma 
participativa e sempre partilhado com os alunos. 
 
Variados procedimentos metodológicos 
Ao longo de nossa disciplina, refletimos, entre outros aspectos, sobre a relevância 
da pedagogia do diálogo, o que significa destacar que os procedimentos 
metodológicos privilegiados devem valorizar a troca, a análise crítica, a circulação 
de diferentes saberes e conhecimentos e o uso de diferentes e múltiplas 
linguagens e narrativas. 
Isso quer dizer que, utilizar variados procedimentos metodológicos, assim 
orientados, implica: 
 
Ressignificar as aulas expositivas, as diversas modalidades de trabalhos em 
grupo, os seminários, a produção de trabalhos coletivos e individuais. 
 
Incorporar desde textos impressos até a mídia eletrônica, desde a linguagem 
oral, escrita, corporal, do desenho, da fotografia até a linguagem audiovisual, 
reconhecer a sala de aula universitária como um espaço polifônico, mas, 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 8 
principalmente, como um espaço prazeroso, lúdico, dinâmico, vivo, que promova 
aprendizagens significativas, contribuindo para a formação de profissionais 
competentes e para a formação de cidadãos, de sujeitos de direitos. 
 
Processo de avaliação 
Como já vimos anteriormente, o processo de avaliação é um sistema que precisa 
caminhar alinhado aos princípios e características do processo de ensino-
aprendizagem implementado que, nesse sentido, precisa estar orientado pelos 
pressupostos de uma Didática Crítica e Intercultural. 
Nesse sentido, analise a charge a seguir: 
 
 
 
Adaptado de: 
http://freakout.net.br/o-nosso-sistema-educacional-em-uma-imagem/. 
 
Você percebeu a ironia da charge ao afirmar que o processo de avaliação seria 
justo? 
O processo de avaliação deve dar ênfase à autoavaliação, à avaliação diagnóstica 
e formativa com caráter de feedback, de retroalimentação, com a finalidade 
principal de ser mais um recurso para motivar e promover aprendizagens 
significativas. 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 9 
Em outras palavras, esse processo precisa ser mais inclusivo, a serviço das 
aprendizagens. Ele não deve ser excludente, com o objetivo único de classificar 
ou selecionar. 
 
 
Conclusão 
Para finalizar, gostaríamos de destacar dois aspectos: 
 
O primeiro aspecto refere-se ao fato de que não acreditamos em receitas e/ou 
modelos preestabelecidos para fazer acontecer uma sala de aula universitária 
comprometida com os fundamentos, as ideias e as propostas anunciadas ao 
longo de nossas aulas. 
Na verdade, reconhecemos que é preciso mobilizar a nossa imaginação e também 
a dos alunos para que, juntos, seja possível traçar os caminhos. 
Entretanto, para que essa imaginação flua no sentido que desejamos, é preciso 
ter bem claro os princípios norteadores do nosso trabalho e isso implica 
perguntar, a todo o momento: 
• Que sociedade queremos construir/reconstruir? 
• Que sujeitos desejamos formar? 
• Que educação queremos promover? 
 
Somente depois de termos as respostas para essas questões é que vamos poder 
responder à pergunta: como conceber e como fazer acontecer a nossa 
aula? 
 
O segundo aspecto diz respeito à necessidade de pensar a sala de aula 
universitária como espaço de relações, onde o aluno e professor são 
protagonistas, mesmo que exercendo diferentes ofícios. 
Por exemplo, o aluno é protagonista quando sujeito de sua própria aprendizagem 
e responsável por manter uma relação interativa com o conhecimento e o 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 10 
professor também pode ser protagonista, na medida em que tem como função 
criar mecanismos de mediação entre o aluno e o conhecimento. 
Como Masetto (2007), também reconhecemos que “professor e aluno 
constituem-se como célula básica do desenvolvimento da aprendizagem, por 
meio de uma ação conjunta, ou de ações conjuntas em direção à aprendizagem; 
de relações de empatia para se colocar no lugar do outro seja nos momentos de 
incertezas, dúvidas, erros, seja nos momentos de avanço e sucesso; sempre de 
confiança no aprendiz.” 
 
Desafio 
Chegamos ao fim da disciplina com um desafio: sugerimos que você converse 
com professores que atuam no ensino superior e discuta com eles acerca dos 
limites e possibilidades da vivência das propostas e/ou ideias apresentadas. 
 
A partir das respostas conseguidas, troque experiências com seus colegas de 
turma no fórum de discussão. 
 
Atividade proposta 
Agora que terminamos nossa aula, vamos realizar uma atividade, a fim de testar 
o conhecimento aprendido? 
Leia e analise de forma crítica o artigo Brasil tem só quatro universidades em 
ranking de emergentes. Em seguida, procure indicar procedimentos relacionados 
ao exercício e à vivência de uma prática didático-pedagógica crítica e intercultural 
que poderiam contribuir para a mudança desse quadro de resultados acerca do 
desempenho das universidades brasileiras. 
 
Clique aqui para ver a Chave de resposta. 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 11 
Aprenda Mais 
Referências 
 MASETTO, M. T. Atividades Pedagógicas no Cotidiano da Sala de Aula 
Universitária: reflexões e sugestões práticas. In: CASTANHO, S.; CASTANHO, M.E. (Orgs). Temas e Textos em Metodologia do Ensino Superior. São Paulo: 
Papirus, 2004, p. 83 a 102. 
_____________. Docência Universitária: repensando a aula. In: TEODORO, A.; 
VASCONCELLOS, M. L. (orgs) Ensinar e Aprender no Ensino Superior. Por 
uma Epistemologia da Curiosidade na Formação Universitária. São Paulo: Editora 
Mackenzie e Editora Cortez, 2003, p. 79 a 108. Disponível em: 
http://www.escoladavida.eng.br/anotacaopu/Formacao%20de%20professores/r
epensando_a_aula.htm. 
____________. Mediação Pedagógica e o uso da Tecnologia. In: MORAN, J. M.; 
MASETTO, M. T.; BEHRENS M. A. Novas Tecnologias e Mediação 
Pedagógica. Campinas, São Paulo: Papirus, 2000, p. 133 a 173. 
SOUSA, Ó. C. Aprender e ensinar: Significados e Mediações. In: TEODORO, A.; 
VASCONCELLOS, M. L. (orgs) Ensinar e Aprender no Ensino Superior. Por 
uma Epistemologia da Curiosidade na Formação Universitária. São Paulo: Editora 
Mackenzie e Cortez Editora, 2003, p. 35 a 60. 
VEIGA, I. P. A. ; CASTANHO, M. E. L. M. (orgs.). Pedagogia Universitária. A 
Aula em Foco. São Paulo: Papirus, 2002, cap. 3, 7 e 8. 
WECHSLER, S. M. A Educação Criativa. In: CASTANHO, S.; CASTANHO, M. E. 
(Orgs). Temas e Textos em Metodologia do Ensino Superior. São Paulo: 
Papirus, 2008, 5ª edição, p. 165 a 170. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Tendo presente as considerações apresentadas nesta aula, podemos afirmar que 
romper com o paradigma que tradicionalmente configura a sala de aula 
universitária significa enfatizar: 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 12 
a) O processo de ensino. 
b) O ensino das habilidades. 
c) O processo de aprendizagem. 
d) A aprendizagem de atitudes. 
 
Questão 2 
Pensar a sala de aula universitária como espaço-tempo que valoriza o "aprender 
a aprender" significa valorizar: 
a) As ações do professor. 
b) As iniciativas dos alunos. 
c) As aulas expositivas. 
d) Os trabalhos escritos. 
 
Questão 3 
Utilizar procedimentos metodológicos diversificados contribui principalmente no 
sentido de: 
a) Acolher a diversidade cultural dos alunos. 
b) Facilitar o trabalho do professor. 
c) Cumprir com o conteúdo curricular. 
d) Otimizar o tempo das aulas. 
 
 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 13 
Questão 4 
Durante esta aula, sugerimos pensar a sala de aula universitária para além de 
seu espaço físico tradicional. E, nessa perspectiva, durante as reflexões aqui 
apresentadas, enfatizamos como espaços de aprendizagens: 
a) Os ambientes e/ou locais que existem dentro da universidade. 
b) Os laboratórios existentes na universidade, além das salas de aula 
tradicionais. 
c) Os ambientes e espaços que existem dentro e fora da universidade. 
d) Os locais de trabalho, onde os alunos universitários podem fazer estágios. 
 
Questão 5 
Uma dinâmica muito utilizada durante as aulas na universidade é a aula 
expositiva. De acordo com a perspectiva da Didática Crítica e Intercultural, trata-
se de uma dinâmica que deve ser utilizada: 
a) Com ênfase e sempre sob a liderança e/ou centrada na exposição do 
professor. 
b) Na maioria das vezes, em contexto de diálogo com participação de 
professores e alunos. 
c) Sempre que uma noção nova for introduzida pelo professor. 
d) Com frequência e na maioria das vezes para introduzir os trabalhos dos 
alunos. 
 
 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 14 
Aula 8 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: A terceira alternativa está correta, uma vez que, segundo a 
perspectiva crítica e intercultural da Didática, enfatizada ao longo de nossos 
estudos, o deslocamento da centralidade do ensino para a aprendizagem é 
fundamental e teria vantagens, na medida em que possibilitaria a implementação 
de um trabalho mais voltado para as necessidades, interesses e características 
dos alunos, respeitando inclusive suas diferenças culturais. Além disso, quando 
falamos de processo de aprendizagem estamos nos referindo, de forma bem 
abrangente, às aprendizagens relacionadas às várias dimensões desse processo: 
aprendizagens de conceitos, habilidades, hábitos e atitudes. Em outras palavras, 
aprendizagens envolvendo as dimensões: cognitivas, procedimentais/das 
habilidades e comportamentais/atitudinais. 
 
Questão 2 - B 
Justificativa: A segunda alternativa é a única correta uma vez que a expressão 
aprender a aprender está se referindo ao aluno como sujeito do processo de 
ensino aprendizagem. As demais alternativas enfatizam a centralidade da ação 
do professor nesse processo. 
 
Questão 3 - A 
Justificativa: Embora procedimentos metodológicos diversificados possam 
contribuir para atender os quesitos colocados nos outros itens, a primeira 
alternativa é a correta, já que a diversificação de procedimentos tem como 
objetivo principal acolher a diversidade cultural dos alunos. Diversidade, melhor 
dizendo, diferenças culturais que certamente geram uma série de necessidades 
e possibilidades para que a aprendizagem ocorra. Cada aluno tem maior 
possibilidade de ser contemplado, ou seja, de realizar aprendizagens 
 
 
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 15 
significativas, quanto mais diversificados forem os procedimentos metodológicos 
utilizados na vivência do processo de ensino-aprendizagem. 
 
Questão 4 - C 
Justificativa: a terceira alternativa é a correta e pode ser justificada, a partir de 
trechos extraídos desta aula quando destacamos: 
<blockquote>[...] Pensaremos a sala de aula universitária para além de seu 
espaço físico tradicional, incluindo seus laboratórios, para avançarmos para um 
conceito mais ampliado de sala de aula universitária, que ocupa diferentes 
espaços e ambientes, inclusive do mundo do trabalho e profissional, ou seja, fora 
do espaço específico da universidade. 
[...] Dessa forma, pensaremos a sala de aula universitária como um lugar que 
estimula o aprender a aprender, o que implica incentivar o aluno a: Refletir sobre 
suas próprias experiências; perceber as suas limitações e identificar as suas 
possibilidades para superá-las; identificar os caminhos e/ou os melhores 
procedimentos que o ajudem a realizar aprendizagens 
significativas.</blockquote> 
 
Questão 5 - B 
Justificativa: A segunda alternativa é a correta, levando em conta que a 
perspectiva crítica e intercultural, não só enfatiza o aprender a aprender como 
sugere o deslocamento da ênfase do ensino para a aprendizagem dos alunos, 
além de apostar na construção do conhecimento protagonizada pelo aluno. Esses 
aspectos são exemplos que sugerem que a aula expositiva não poderia ser uma 
dinâmica priorizada e muito menos centrada na "fala" do professor. Trata-se de 
uma dinâmica que deve ser compreendida apenas como uma das possibilidades 
e, de modo geral, articulada com diálogo entre os diferentes sujeitos envolvidos 
no processo de ensino-aprendizagem.

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