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1 Betina Giordani ATM202- LEIGA MEMBROS INFERIORES ESTRUTURAS NEUROVASCULARES E RELAÇÕES REGIÃO ANTEROMEDIAL DA COXA - Hiato dos adutores Abertura entre a origem da parte adutora do adutor magno e a origem da parte do jarrete. Dá passagem à artéria e veias femorais - Trígono femoral Ponto de referência triangular útil para a compreensão das relações na região inguinal. Limite superior: ligamento inguinal Limite medial: adutor longo Limite lateral: sartório Assoalho: ilíopsoas Teto: fáscia lata e fáscia cribiforme O ligamento inguinal atua como um retináculo dos flexores, profundamente a ele encontra-se o espaço retro inguinal que pode ser dividido em dois compartimentos: compartimento muscular do espaço retroinguinal - atravessado pelo ilíopsoas - e compartimento vascular do espaço retroinguinal – atravessados pelo nervo femoral, artéria femoral, veia femoral (NAV) e linfonodos inguinais. - Canal dos adutores Passagem intermuscular situada profundamente ao sartório. Tem, aproximadamente, 15 cm. - Nervo femoral Maior ramo do plexo lombar, origina-se dentro do músculo psoas maior e desce em sentido posterolateral através da pelve até o ponto médio do ligamento inguinal onde entra no trígono femoral. Após entrar no trígono, divide-se em vários ramos. O ramo cutâneo terminal é o nervo safeno, que acompanha a veia safena magna no seu trajeto. - Bainha Femoral Reveste o compartimento vascular do espaço retroinguinal. Não reveste o nervo femoral porque esse atravessa o compartimento muscular. É dividida em três compartimentos: Lateral: artéria femoral Intermédio: veia femoral Medial (canal femoral): linfonodos - Canal femoral É o menor dos três compartimentos, estende-se distalmente até o nível superior da bainha do hiato safeno e permite que a veia femoral se expanda de acordo com o aumento do retorno venoso. Contém tecido conjuntivo frouxo, gordura, vasos linfáticos e até um linfonodo. A base superior do canal femoral é o anel femoral. - Artéria femoral 2 Betina Giordani ATM202- LEIGA Continuação da artéria ilíaca externa. A artéria epigástrica superficial, as circunflexas ilíacas superficiais e as pudendas externas originam- se na face anterior proximal da artéria femoral. A artéria femoral profunda é o maior ramo da femoral, origina-se na face lateral ou posterior da femoral no trígono femoral. Emite artérias perfurantes que passam ao redor da face posterior do fêmur que suprem os músculos do jarrete, adutor magno e vasto lateral. As artérias circunflexas femorais circundam a parte superior do corpo do fêmur e se anastomosam entre si. A circunflexa medial é a mais importante pois vasculariza a cabeça e o colo do fêmur. - Artéria obturatória Auxilia a femoral profunda a suprir os músculos adutores através de ramos superficiais e profundos. REGIÃO GLÚTEA E FEMORAL POSTERIOR - Nervos clúnios Nervos superficiais que suprem a pele sobre a crista ilíaca, entre as espinhas ilíacas posterossuperiores e sobre os tubérculos ilíacos. - Nervo glúteo superior Emerge superiormente ao piriforme, inerva os glúteos médio e mínimo e o tensor da fáscia lata. - Nervo glúteo inferior Emerge inferiormente ao piriforme, inerva o glúteo máximo. - Nervo isquiático É a estrutura mais lateral que emerge no fo. Isquiático maior, inferiormente ao piriforme (variações anatômicas – Coca). Segue no sentido ínfero lateral, sob o revestimento do glúteo máximo, repousa sobre o ísquio e depois segue posteriormente ao obturador interno, quadrado femoral e adutor magno. O nervo é tão grande que a artéria glútea inferior emerge um ramo para supri-lo, a artéria para o nervo isquiático. Ele não supre as estruturas da região glútea, e sim os músculos da coxa, perna e pé. Na fossa poplítea, o isquiático dividi-se em femoral comum e tibial. - Nervo para o músculo quadrado femoral Inerva o gêmeo inferior e o quadrado femoral. - Nervo cutâneo femoral posterior Suprem a pele do períneo, da região inferior da nádega, a face posterior da coxa e a parte proximal da perna. A parte principal do nervo encontra-se profundamente à fáscia lata, apenas seus ramos terminais penetram na tela subcutânea para inervação cutânea. - Nervo pudendo É a estrutura mais medial ao sair do fo. Isquiático maior. Desce inferiormente ao piriforme e entra no períneo pelo fo. Isquiático menor. - Nervo para o obturado interno Acompanha o pudendo, sopre o gêmeo superior e obturador interno. 3 Betina Giordani ATM202- LEIGA - Artéria glútea superior Ramo da ilíaca interna, sai da pelve pelo fo. isquiático maior, superiormente ao piriforme. Irriga o glúteo médio, mínimo e tensor da fáscia lata. - Artéria glútea inferior Ramo da ilíaca interna, sai da pelve pelo fo. isquiático maior, inferiormente ao piriforme. Irriga o glúteo máximo. - Artéria pudenda interna Ramo da ilíaca interna, segue paralelamente ao nervo pudendo. - Artérias perfurantes A artéria femoral profunda emite quatro perfurantes que circundam o fêmur pela parte posterior. FOSSA POPLÍTEA E PERNA - Região poplítea Compartimento do membro inferior revestido de gordura. É limitada, superficialmente, por: Superolateral: bíceps femoral Superomedial: semimembranáceo Inferolateral e inferomedial: gastrocnêmico (cabeça medial e cabeça lateral) Posterior (teto): pele e fáscia poplítea O conteúdo da fossa poplítea, em sintopia latero-medial NEVA, inclui: extermidade da safena parva, artérias e veias poplíteas e seus ramos e tributárias, nervo tibial e fibular comum, nervo cutâneo femoral posterior, linfonodos e vasos linfáticos. O tecido subcutâneo da fossa poplítea contém a safena parva e três nervos cutâneos – sural medial e lateral e nervo cutâneo posterior. A fáscia poplítea é uma lâmina forte de fáscia muscular localizada entre a fáscia lata e a fáscia muscular que atua como um revestimento vasculonervoso e um retináculo frouxo para os músculos do jarrete. - Nervo tibial Principal ramo terminal do isquiático, é o mais superficial do NEVA. Na fossa poplítea emite ramos que suprem os músculos sóleo, gastrocnêmico, plantar e poplíteo. Também emite o nervo sural medial, que irá unir-se ao ramo fibular comunicante do nervo fibular para formar o nervo sural – acompanha a veia safena parva e é sensitivo. - Nervo fibular comum Ramo lateral do isquiático, deixa a fossa poplítea passando superficialmente à cabeça lateral do gastrocnêmico e, depois, passa sobre a face posterior da cabeça da fíbula. Espirala-se ao redor do colo da fíbula e divide-se me fibular superficial e fibular profundo. - Nervo cutâneo femoral posterior Inerva a pele sobrejacente à fossa. - Artéria poplítea 4 Betina Giordani ATM202- LEIGA Continuação da artéria femoral, começa quando essa atravessa o hiato dos adutores e termina na margem inferior do poplíteo onde dividi-se em anterior e posterior. A artéria poplítea emerge cinco ramos que irrigam o joelho: superior lateral e medial, inferior lateral e medial e média. Juntas, elas formam a rede articular do joelho. - Veia poplítea Começa na margem distal do músculo poplíteo, em todo seu trajeto a veia situa-se superficial a artéria poplítea. Torna-se veia femoral quando atravessa o hiato dos adutores, a veia safena desemboca na polplítea na fossa. REGIÃO ANTERIOR DA PERNA - Nervo fibular profundo Origina-se do fibular comum entre o fibular longo e o colo da fíbula. Ao passar para a loja anterior, acompanha a artéria tibial anterior entre, primeiramente, o TA e o ELDe, depois, TA e ELH. A lesão desse nervo provoca “pé em gota”. - Artéria tibial anterior Inicia-se na margem inferior do poplíteo e segue a região anterior pela abertura na membrana interóssea da tíbia e da fíbula. Segue entre o TA e o ELD até o a articulação talocrural, entre os maléolos, onde passa a se chamar artéria dorsal do pé. REGIÃO LATERAL DA PERNA - Nervo fibular superficial Passa entre o FL e o FC, suprindo-os. Depois disso, emerge como um nervo cutâneo suprindo a face distal anterior da perna e quase todo o dorso do pé. - Vasos sanguíneos Não é atravessado por uma artéria, ramos perfurantes e veias satélites suprem a área. REGIÃO POSTERIOR DA PERNA - Nervo tibial Maior dos ramos terminais do isquiático, passa entre as cabeças do gastrocnêmico e sai da fossa poplítea passando profundamente ao arco tendíneo. Supre todos os músculos da região posterior. No tornozelo, situa-se entre FLH e FLD. Dividi-se em nervos plantares medial e lateral. O nervo cutâneo sural medial se une ao ramo fibular comunicante do nervo fibular para formar o nervo sural. - Artéria tibial posterior Maior e mais direto ramo da poplítea, começa na margem distal do sóleo onde, também, divide-se em artéria fibular – segue ao longo da face medial da fíbula, no geral dentro do FLH - e artéria nutrícia da tíbia. Na parte distal, a artéria origina os ramos calcâneo que suprem o mesmo. - Artéria circunflexa fibular 5 Betina Giordani ATM202- LEIGA Ramo da tibial posterior que segue lateralmente pelo colo da fíbula. PÉ - Inervação Medial – Nervo safeno, segue anteriormente ao maléolo medial até o dorso do pé onde emerge ramos que inervam até o primeiro metatarsal. Superior (dorso do pé) – Fibular superficial, emerge como nervo cutâneo abaixo de 2/3 da perna, em seguida, supre a pele na região anteromedial da perna e dividi-se em nervos que segue, através do tornozelo para suprir a parte dorsal do pé. Fibular profundo, segue profundamente no retináculo dos extensores e supre os músculos intrínsecos. Ao emergir como um nervo cutâneo, encontra-se numa região muito distal e inerva apenas as faces contíguas (uma do lado da outra) do hálux e do segundo dedo. Inferior (planta do pé) – Nervo plantar medial, ramo mais anterior e maior do tibial. Entra na planta passando profundamente ao AH, depois segue anteriormente entre o AH e o FCD, suprindo ambos com ramos motores e o primeiro lumbrical. Depois, dividi-se em três ramos sensitivos que inervam o primeiro, segundo, terceiro e metade do quarto. Nervo plantar lateral, mais posterior dos ramos tibiais, também entra pelo AH, mas segue anterolateralmente entre a primeira e a segunda camada de músculos plantares. Termina como nervo cutâneo no compartimento lateral, inervando metade do quarto e integralmente o quinto. Lateral – Sural, união do cutâneo sural medial e o ramo comunicante sural do nervo fibular comum. Acompanha a safena parva, e entra no pé posteriormente ao maléolo lateral, suprindo a pele ao longo da margem lateral do pé. - Artéria dorsal do pé Continuação da tibial anterior, segue até o primeiro espaço interósseo, onde da origem a primeira metatarsal dorsal e a plantar profunda. Dela, também segue a artéria arqueada que origina, em cada interósseo, uma artéria metatarsal dorsal. A tarsal lateral, segue lateralmente à dorsal do pé e anastomosa-se com a arqueada. - Artéria plantar medial Menor ramo da tibial, supre os músculos do hálux. Um de seus ramos anastomosa-se com a artéria plantar lateral, formando o arco plantar profundo. - Artéria plantar lateral Acompanha o nervo plantar lateral, segue no sentido anterolateral, profundamente com o AH e, depois, entre o FCD e o quadrado plantar. Curva-se medialmente até a artéria plantar medial para formar o arco plantar profundo. Origina as artérias metatarsais plantares.
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