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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE Disciplina de Anatomia Humana ESTUDO DIRIGIDO erickkkkdsdsdds VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO MI 1. Desenhe esquematicamente os plexos lombar e sacral, definindo seus principais ramos. O plexo lombar é formado pelas raízes anteriores dos nervos espinais de T12-L5. Seus principais ramos são os nervos subcostal, ílio-hipogástrico, ilioinguinal, genitofemoral, femoral, cutâneo femoral lateral, obturatório, obturatório acessório e tronco lombossacral. Já o plexo sacral é formado pelas raízes anteriores dos nervos espinais de L4-S5. Seus principais ramos: nervo isquiático: fibular comum + tibial ● ramos colaterais posteriores: vem do fibular comum ○ glúteo superior, glúteo inferior, para o m. piriforme, ½ do n. cutâneo femoral posterior ● ramos colaterais anteriores: vem do tibial ○ para o m. quadrado femoral e gêmeo inferior, para o m. obturador interno e gêmeo superior, cutâneo femoral posterior, cutâneo perfurante, pudendo, e para os m. levantador do ânus e isquiococcígeo. 2. Complete as lacunas: O nervo femoral define inervação motora do grupo anterior dos músculos do quadril e dos músculos da coxa (responsáveis pela flexão da articulação do quadril e músculos extensores do joelho). ● Nervo femoral “entra” no membro inferior pelo espaço retroinguinal (porção lateral) e passa pelo trígono femoral. Seus ramos terminais são ramos cutâneos e o nervo safeno, que entra no canal dos adutores juntamente com a artéria femoral e a veia femoral. O nervo obturatório define inervação motora do grupo dos músculos adutores (compartimento medial) e a inervação sensorial da região medial da coxa. ● Passa pelo forame obturado por meio do canal obturatório e chega ao compartimento medial da coxa, inervando os músculos adutores. O nervo isquiático (que possui dois troncos: tibial e fibular comum) define inervação motora dos músculos isquiocrurais (responsáveis pela extensão do quadril e flexão do joelho). ● passa abaixo do piriforme (espaço infrapiriforme no forame isquiático maior) e depois segue distalmente na região posterior da coxa profundo aos músculos bíceps femoral - músculos que formam a fossa, até chegar na fossa poplítea onde se divide, já na parte superior da fossa, em seus ramos terminais - nervo tibial (mais medial) (passa bem “no meio” da fossa poplítea) e nervo fibular comum (mais lateral) (espirala-se ao redor da cabeça da fíbula - lesão da cabeça da fíbula = lesão do nervo fibular comum). 3. Baseando-se no esquema de inervação da pele, indique o padrão de irradiação de dor quando o plexo lombar é comprimido e quando o plexo sacral é comprimido. Quando o plexo lombar é comprimido a inervação sensitiva da parte anterior do membro é prejudicada. Quando o plexo sacral é comprimido a inervação sensitiva da parte posterior do membro inferior é prejudicada. 4. Defina meralgia parestésica, a “doença do jeans”. Meralgia parestésica é caracterizada por dor, parestesia ou queimação e diminuição da sensibilidade táctil e dolorosa na face antero- lateral da coxa. Isto ocorre por uma neuropatia (é uma doença que atinge o funcionamento dos nervos periféricos, podendo afetar tanto a parte de sensibilidade quanto nossa motricidade (movimentos) do nervo cutâneo femoral lateral (NCFL). 5. Porque a maioria das injeções intramusculares são feitas na região glútea e qual a melhor técnica para as injeções intraglúteas de modo a evitar possíveis lesões? Porque os músculos da região são grandes e espessos; consequentemente, há um bom volume para absorção das substâncias injetadas pelas veias intramusculares. As injeções na nádega só são seguras no quadrante superolateral (porque não corre o risco de pegar o n. isquiático, visto que ele passa da região superomedial > inferolateral ou, às vezes, superomedial > inferomedial) ou acima de uma linha que se estende da espinha ilíaca posterossuperior (EIPS) até a margem superior do trocanter maior (aproximando-se da margem superior do músculo glúteo máximo). As injeções intramusculares também podem ser administradas com segurança na parte anterolateral da coxa, onde a agulha entra no músculo tensor da fáscia lata (o dedo indicador é colocado sobre a espinha ilíaca anterossuperior, e os dedos são abertos em sentido posterior, ao longo da crista ilíaca, até que o dedo médio encontre o tubérculo da crista. A injeção pode ser administrada com segurança na área triangular entre os dedos porque está superior ao nervo isquiático). 6.Explique as perdas motoras decorrentes das lesões dos nervos glúteos superior e inferior, indicando os sinais clínicos apresentados pelos pacientes e a marcha decorrente destas lesões. A lesão do nervo glúteo superior irá prejudicar a ação dos músculos glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata (abdução e rotação medial da coxa). A lesão do nervo glúteo inferior irá prejudicar a ação do músculo glúteo máximo (extensão, rotação lateral e estabilização da coxa, movimento de levantar da posição sentado). Sinal de lesão: incapacidade de sustentar a pelve quando avança o lado não sustentado. O sinal de Trendelenburg é dito positivo se, quando o quadril de um paciente que está de pé sustentado por somente uma perna, cai para o lado da perna levantada. A fraqueza é presente no lado da perna em contato com o chão. O corpo não é capaz de manter o centro de gravidade no lado da perna que está no chão. Normalmente, quando a manobra não é realizada, o corpo desvia seu peso para a perna que permanece no chão durante a manobra, permitindo a mudança do centro de gravidade e consequentemente estabilizando ou equilibrando o corpo. Entretanto, durante a manobra, quando o paciente levanta a perna oposta, a mudança não é criada e o paciente não é capaz de manter o equilíbrio. 7. Defina a síndrome do piriforme. Ocorre quando o músculo piriforme comprime o nervo isquiático, que passa profundamente ao músculo. Gera dor característica na região glútea e parestesia da região anterior da perna e pé. Comprometimento dos músculos da janela posterior da coxa, perna e pé. Comum em pessoas que costumam passar muito tempo sentadas. 8. Represente esquematicamente os nervos na região poplítea apontando a bifurcação do nervo isquiático. Na parte superior da fossa poplítea o nervo isquiático se divide em seus ramos terminais nervo tibial e nervo fibular comum. O nervo tibial fica mais medial e passa no centro (“meio”) da fossa poplítea e o nervo fibular comum fica mais lateral e segue distalmente, contornando a cabeça da fíbula. 9. Cite qual nervo passa pelo maléolo medial e qual passa pelo maléolo lateral e características de suas lesões? Conceitue a marcha escarvante. Maléolo medial: nervo tibial (posterior), nervo safeno (anteriormente) Maléolo lateral: nervo sural (posterior) Marcha escarvante: lesão do nervo fibular comum, resulta do pé em gota, elevação demasiada do MI, a pessoa não consegue fazer dorsiflexão, flexão exagerada do quadril e do joelho para levantar o pé. https://www.youtube.com/watch?v=-Dusn7cSh0U&ab_channel=IvanParedes 10. Quais são as 2 principais veias superficiais no membro inferior? Descreva como cada uma é formada, qual o seu trajeto e onde desembocam. Veia safena magna: se origina da união da veia dorsal do hálux e do arco venoso dorsal do pé. Ascende anteriormente até o maléolo medial, segue posteriormente ao côndilo medial do fêmur, ascende posteromedialmente pela coxa até a região inguinal (anteromedial), onde penetra a fáscia lata através do hiato safeno e drena para a veia femoral. Veia safena parva: ascende posteriormente ao maléolo lateral como uma continuação da veia marginal lateral, segue ao longo da margem lateral do tendão do calcâneo, inclina-se em direção à linha mediana da fíbula e penetra na fáscia muscular (ascende entre as cabeças do músculo gastrocnêmio). Drena para a veia poplítea na fossa poplítea. https://www.youtube.com/watch?v=-Dusn7cSh0U&ab_channel=IvanParedes 11. Qual é a função das válvulas venosas no membro inferior?Que patologia pode surgir se elas não estiverem funcionando adequadamente, e qual é a veia mais frequentemente acometida? As válvulas servem para evitar o refluxo do sangue, o que permite o retorno sanguíneo ao coração. Caso elas deixem de funcionar adequadamente (seja por dilatação venosa ou rotação), o sangue flui em sentido inferior nas veias, provocando o surgimento de varizes. A veia mais comum que sofre dessa patologia é a veia safena magna. 12. A drenagem venosa profunda do membro inferior inicia com a formação de 3 veias principais, chamadas veia tibial anterior, veias tibiais posteriores e veias fibulares Elas convergem na região posterior do joelho formando a veia poplítea, que ascende na coxa e passa a se chamar veia femoral, esta por sua vez passa profundamente ao ligamento inguinal e forma a veia ilíaca externa. 13. Qual a importância das veias perfurantes para o retorno venoso dos membros inferiores? As veias profundas estão situadas entre os músculos e fáscias, sofrendo, portanto, a ação da bomba musculovenosa (os músculos contraem, pressionando as veias contra as fáscias e promovendo o bombeamento do sangue). Desse modo, essas veias profundas são as principais responsáveis pelo retorno sanguíneo do membro inferior. Assim, as veias superficiais drenam para as veias profundas em diversos pontos por meio das veias perfurantes, as quais, portanto, garantem o fluxo sanguíneo em direção ao sistema de drenagem profundo. 14. Descreva as principais artérias que suprem o membro inferior, desde sua origem na artéria ilíaca externa. E indique, quando preciso, alguma estruturas ou regiões anatômicas de sintopias importantes que os ajude a memorizá-las. Ao cruzar posteriormente ao ligamento inguinal, a artéria ilíaca externa passa a se chamar artéria femoral. A artéria femoral possui como principal ramo a artéria femoral profunda, que, por sua vez, origina as artérias circunflexas femorais medial e lateral. Ao passar pelo hiato dos adutores e “cair” na fossa poplítea, a artéria femoral passa a se chamar artéria poplítea, a qual se divide em artéria tibial anterior e posterior. A artéria tibial posterior origina a artéria fibular e artérias plantares e metatársica do pé. A artéria tibial anterior origina a artéria dorsal do pé. Anteromedial da Coxa: femoral profunda, circunflexa femoral Posterior da Coxa: glútea inferior, circunflexa femoral média, perfurantes e poplítea Anterior da perna: tibial anterior, dorsal do pé Lateral da perna: perfurante da artéria tibial anterior e perfurante da artéria fibular Posterior da perna: tibial posterior, fibular, plantares medial e lateral Pé: dorsal do pé, plantares Plantares do pé: plantar medial e plantar lateral 15. A artéria femoral é bastante utilizada na prática clínica, tanto na identificação de pulso arterial como na realização de exames diagnósticos e procedimentos cirúrgicos. Descreva como fazer a palpação da artéria femoral no exame físico de um paciente. O pulso da artéria femoral pode ser palpado da região inguinal, abaixo do ligamento inguinal, medialmente ao nervo femoral e lateralmente à veia femoral e safena magna, na região anteromedial da coxa. O pulso femoral é palpado a meio caminho entre a espinha ilíaca anterossuperior(EIAS) e a sínfise púbica. Colocando-se o dedo mínimo (da mão direita ao examinar o lado direito) sobre a EIAS e a ponta do polegar sobre o tubérculo púbico, o pulso femoral pode ser palpado com a região média da palma logo inferior ao ponto médio do ligamento inguinal mediante compressão firme. 16. Como é feita a drenagem linfática do membro inferior? Onde se concentra a maior parte dos linfonodos? Os vasos linfáticos profundos da perna acompanham as veias profundas e drenam para os linfonodos poplíteos. Os vasos linfáticos superficiais convergem e acompanham as veias safenas e suas tributárias. Os vasos que acompanham a safena magna terminam no grupo vertical de linfonodos inguinais superficiais. Os vasos que acompanham a safena parva drenam para os linfonodos poplíteos. Os linfonodos inguinais superficiais drenam para os linfonodos inguinais profundos (menor parte) e para os linfonodos ilíacos externos, situados ao longo da veia ilíaca externa. Os linfonodos poplíteos drenam para os linfonodos inguinais profundos. Os linfonodos inguinais profundos drenam para os linfonodos ilíacos externos e comuns. A maior parte dos linfonodos se concentra na região inguinal. Vasos Linfáticos Profundos (acompanha veia profunda) > L poplíteo > L inguinal profundo > L ilíaco externa comum Vasos Linfáticos Superficiais (acompanha veia safena magna) > L inguinal superficial (a maioria vai direto para o externo sem passar pelo profundo) > L inguinal profundo > L ilíaco externo 17. Que outras regiões, além do membro inferior, drenam para os linfonodos inguinais? A partir deste linfonodo, para onde drena a linfa do MI até chegar ao ducto torácico? A região inferior do abdômen (infra umbilical) e pelve. Os linfonodos inguinais drenam para os linfonodos ilíacos externos, que drenam para os linfonodos ilíacos comuns, que drenam para os linfonodos aórticos laterais e para os troncos linfáticos lombares. Os troncos linfáticos lombares desembocam na cisterna do quilo, que drena para o ducto torácico. 18. Defina a sintopia para palpação dos pulsos femorais. Poplíteo, tibial posterior e da artéria dorsal do pé. Pulso femoral: O pulso da artéria femoral pode ser palpado da região inguinal, abaixo do ligamento inguinal, medialmente ao nervo femoral e lateralmente à veia femoral e safena magna, na região anteromedial da coxa. O pulso femoral é palpado a meio caminho entre a espinha ilíaca anterossuperior(EIAS) e a sínfise púbica. Pulso poplíteo: A palpação do pulso poplíteo deve ser medido na parte inferior da fossa poplítea, onde a artéria poplítea está relacionada com a tíbia. Difícil de palpar por estar profunda Pulso tibial posterior: entre a face posterior do maléolo medial e a margem medial do tendão do calcâneo. Localizado profundamente ao retináculo dos músculos flexores -> o paciente deve inverter o pé para relaxar o retináculo. Pulso da artéria dorsal do pé: pode ser palpado com o pé em ligeira dorsiflexão. A artéria dorsal do pé segue ao longo de uma linha reta que vai do retináculo dos músculos extensores até um ponto imediatamente lateral ao tendão do músculo extensor longo do hálux (ELH).
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