UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

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Universidade Estácio de Sá
 
POR QUE SER PROFESSOR? 
 (Ensinar-e-aprender com sentido) 
 
Cabo Frio – RJ 
2017 
Andreza de Souza Gomes, Camila de Souza Oliveira, Danyel dos Santos Moura
Michele Galdino Barros, Sulamita Sobrinho Nascimento 
 
POR QUE SER PROFESSOR?
 (Ensinar-e-aprender com sentido) 
 Pesquisa apresentada ao curso de Pedagogia da Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para aprovação no Segundo Período na disciplina, Didática.
 
Cabo Frio – RJ 
2017 
 
Introdução
 
O trabalho seguinte apresenta uma abordagem bastante reflexiva, mediante ao primeiro capítulo do livro, “BONITEZA DE UM SONHO Ensinar-e-aprender com sentido”, que fala sobre o professor no modo geral, partindo da escolha dessa profissão. Por que ser professor? 
No mundo em que estamos vivendo, essa pergunta é bastante frequente aos alunos do curso de pedagogia e principalmente ao curso de formação de professores (modalidade normal em nível médio), muitas pessoas questionam sobre o porquê dessa escolha, mas se esquecem que é através do professor que se consegue formar o advogado, o médico, o arquiteto e muitas outras profissões, até mesmo formar o indivíduo critico na sociedade. O livro, aborda claramente o sentido, o prazer e o porquê dessa escolha, no qual nos como indivíduos autônomos e critico dentro dessa sociedade, tem como objetivo a busca pela diferença, busca pelas mudanças dentro da educação e dentro dessa sociedade, visando mostrar que o ato de ensinar, vai muito além da sala de aula. 
Por que ser professor? 
“A realidade, contudo, é muitas vezes bem diferente do sonho” (p.12 Ensinar-e-aprender com sentido, Moacir Gadotti).
Essa frase retirada do texto, nos chama a atenção para uma reflexão crítica mediante ao tema exposto no primeiro capítulo, o fato da realidade ser diferente dos nossos sonhos, muitas vezes impede de acreditarmos na diferença que podemos fazer para que essa realidade se torne os nossos sonhos, as mídias têm nos mostrados o quanto as escolas tem sido alvo da criminalidade, alunos maltratando verbalmente e fisicamente professores, professores abandonando salas de aula, e entre muitos outros acontecimentos que são passados como despercebidos, para a sociedade.
A realidade em que vivemos, não tem sido a tão sonhada pelos professores e pedagogos, porém o amor pela educação e o ato de ensinar, é o que desperta e motiva muitos na escolha dessa profissão, o prazer de querer fazer a diferença em um país onde a desigualdade é grande, e afeta muito a classe social mais baixa, que precisam de escolas em favelas e nas áreas rurais, na qual tem escolas, porém não tem apoio do governo e estruturas para melhor atender os alunos, escolas técnicas que forma o aluno apito para o trabalho. Segundo o autor do livro, vivemos em um país cheio de promessas, o que nos faz desacreditar do tempo de mudanças, porém quando lembramos de Paulo freire e o amor que ele tinha pela educação, e as grandes contribuições que nos permite olhar para o amanhã, com esperança de que um dia tudo vai mudar, crianças ricas, pobres, deficientes visuais, físicos, auditivos, jovens, adultos e dentre muitos outros gêneros, terão a oportunidades de estudar sem que haja diferença e descriminação. 
Hoje buscamos para uma educação de liberdade, e não uma educação que aprisiona, que o ato de ensinar e aprender seja professor- aluno x aluno – professor, pois ambos têm o que contribuir dentro e fora de sala de aula, muitas vezes a experiência de vida do aluno, ensina a muitos professores, a realidades que buscamos é que haja interação entre professor – aluno, e que haja essa troca de ensino e aprendizagem. 
O que é ser professor Hoje? 
“- Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores. Os educadores numa visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas. Diante dos falsos pregadores da palavra, dos marqueteiros, eles são os verdadeiros “amantes da sabedoria”, os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber – não o dado, a informação, o puro conhecimento – porque constroem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam juntos, um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindíveis. ”
Esse trecho do texto, é bem reflexivo para a definição do que é ser professor, mediante a tudo que foi escrito no livro, esse trecho resume de uma forma clara e digna o professor. O autor nos mostra a partir de sua inspiração em Paulo Freire, onde nos fala em sua pedagogia da autonomia da “Boniteza de ser gente”, sua razão para analisar o professor a partir dessa obra, trazendo alguns questionamentos, como ser professor hoje, não é nem mais difícil e nem mais fácil do que era há algumas décadas atrás, é apenas diferente, diante das mudanças que vem ocorrendo no mundo. Fala-se muito em uma educação de qualidade com aparatos tecnológicos, mas precisamos também pensar em professores capacitados para acompanhar esse ensino de qualidade. Ser professor hoje é ter a consciência do seu papel e o que ele representa diante dos seus alunos. Para o educador não basta ser reflexivo. A reflexão deve ser crítica, é preciso que ele de sentido à reflexão. Faz parte da natureza da pratica docente a indignação, a busca e a pesquisa. O êxito do ensino não depende tanto do conhecimento do professor, mas da sua capacidade de criar espaços de aprendizagem, o professor sabe, não pode ficar indiferente ao que acontece hoje na educação. Ele tem que ser comprometido, engajado e ético, e ter a consciência que a educação é algo profundo e dinâmico. O professor que está surgindo com essa nova identidade, está apenas acompanhando a evolução e se adequando as mudanças necessárias para que possamos de fato exercer nossas atividades com qualidade, sendo um profissional capaz de criar conhecimento e acompanhar as mudanças históricas de nossa época, que acontecem de forma muito veloz. Não esquecendo que é de suma importância a formação continuada do professor que deve estar centrada na escola sem ser unicamente escolar, sobre as práticas escolares dos professores, desenvolveram na pratica um paradigma colaborativo e cooperativo entre os profissionais da educação. 
O autor afirma que na sociedade aprendente o professor precisa continuar sua formação ao longo de toda a vida e adquirir os quatro saberes: “ ser, aprender, conviver, fazer”. Mas precisa saber porque está ensinando, e o que está ensinando, como e para que estão ensinando. Todo professor é por função um educador, o professor não pode ser neutro, alienado das questões sociais, ele é um intelectual, um líder, um formador de opiniões, um agente de transformação social. O professor emancipado está diretamente relacionado com as classes populares, a favor dos que necessitam de educação. 
Mas por que ser professor? Ser professor? – Sim, ser professor! Nos dias atuais essa pergunta é extremamente difícil de responder, pois cada um de nós temos um sonho, que colocamos a frente das dificuldades para realiza-lo. Mas por que ser professor nos dias atuais? Por que tanta luta e tanto trabalho para ser professor? Talvez, ser professor seja a essência de um sonho, uma vocação, uma grande doação ou um grande amor direcionado ao aprender e ensinar com dedicação, com sensibilidade e consciência. Mas para ser professor é preciso muito trabalho e dedicação, me parece uma utopia, pois a realidade nos conduz para um momento extremamente delicado, os professores que tem inúmeras obrigações, ainda enfrentam a descaso vivendo com salários baixos, e ainda tendo que se submeter ás precárias instalações públicase muitas das vezes passando por agressões verbais ou até mesmo físicas. Diante da desvalorização, não devemos viver uma utopia de melhoras, porem devemos acreditar e lutar, para que um dia o professor seja valorizado no Brasil, como um profissional imprescindível, pois acredito que não sejam os redentores, mas sim o caminho para uma sociedade melhor, para um futuro melhor e próspero. 
O educador não precisa abandonar a educação para agir, mas deve agir em função da boniteza do seu sonho, de um projeto de vida, de escola, de mundo e de esperança. 
Conclusão 
No decorrer dos anos, ser um professor, teve várias perspectivas construídas, juntamente com a transformação da sociedade, pois anos atrás um educador obtinha maior admiração, respeito e reconhecimento perante o estado e sua sociedade, hoje, observamos a ocorrência de vários motivadores para um desgaste perante essa visão de educar, fica cada dia mais difícil realizar essa tarefa, sofremos com inúmeros obstáculos presentes na vivência das salas de aula, defasagem de materiais, espaços inadequados, salários que não estão equivalentes ao empenho e valor desta profissão tão importante para um país e um mundo em geral.
Todos nós precisamos reconhecer a entrega e força dos que fazem de tudo para melhoria das nossas escolas, da educação de diversas crianças, dos seus direitos, que precisam ser adquiridos por todos, sem exceção.
Necessário é, ensinar com amor, respeito ao próximo, com uma visão voltada para o ser humano, independente das coisas desagradáveis acerca dos males feitos realizados sobre os professores e escolas; ensinar perpassa o desgaste, estresse, preconceito, preguiça, etc., para que o valor desta palavra aconteça de fato, necessita-se de uma sensibilidade, atenção, reconstrução, sentido.
É realmente uma boniteza essa missão, mas é necessária uma luta perante o anseio de reformar e recriar um novo país e nova forma de enxergar o educador (professor, escola, aluno), visar o todo, pois uma mudança não se faz com apenas um integrante, mas sim, perante uma nação empenhada e estimulada para realizar tal transformação.