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Trabalho de Estágio II Cruz Vermelha

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PSICOLOGIA – CAMPUS R9
Est. Sup. Básico II em Psicologia– Prof. Ana Luiza
Jessica Louro - 2014 0316 5688
Jordana Natany - 2014 0250 2559
Michael Soares - 2014 0129 2161
Pedro Virgilio - 2014 0252 8621
Raquel Rosaline - 2013 0143 7247
Rio de Janeiro
2017.1
Introdução
Este trabalho foi proposto e executado com o objetivo de conhecer melhor a dinâmica do profissional de Psicologia dentro de uma instituição, seja ela de qualquer cunho profissional. 
A instituição escolhida foi a Cruz Vermelha Brasileira, Sociedade Nacional que compõe o Movimento Internacional de Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, localizada na Praça da Cruz Vermelha, nº 10, Centro - Rio de Janeiro, RJ. Constituída com base nas Convenções de Genebra, da qual o Brasil é signatário. 
É uma associação civil, sem fins lucrativos, de natureza filantrópica e independente. É declarada pelo governo brasileiro como instituição de utilidade pública internacional de socorro voluntário. Sua missão principal é atenuar o sofrimento humano, sem distinção de etnia, religião, condição social, gênero e opinião política.
Origens e história da Cruz Vermelha no Brasil
Em 1859, o suíço Henry Dunant viaja para a Itália para encontrar-se com Napoleão III, para discutir sobre as dificuldades de fazer negócios na Argélia, até então ocupada pela França. 
Ao desembarcar na região de Solferino, em 24 de junho, Dunant testemunha um terrível combate entre as Forças da França e do Império Austro-Húngaro, o que ficou conhecido posteriormente como a Batalha de Solferino, Segunda Guerra de Independência da Itália. Em um dia de batalha, 40 mil soldados morreram ou foram abandonados em campo, feridos. A batalha, o sofrimento dos soldados e a falta de suporte aos mesmos chocou Dunant, levando-o a abandonar o objetivo de sua viagem para dedicar-se a ajudar os feridos. 
Dunant mobiliza a população local e oferece uma rede de assistência aos feridos da Batalha de Solferino, sem qualquer discriminação, atendendo os dois lados.
Ao voltar para sua cidade natal, Genebra, Dunant escreve “Lembranças de Solferino”, livro publicado com seus próprios investimentos, em 1862. Cópias são enviadas a políticos e militares por toda a Europa. No livro, Dunant detalha vivadamente suas experiências em Solferino, e também defende a criação de um sistema voluntário nacional de assistência, para auxílio médico dos feridos em guerra. Também pede por desenvolvimento de tratados internacionais para garantir a proteção de voluntários e hospitais de campo para os soldados feridos em batalha. 
Em 1863, Dunant é nomeado pelas autoridades suíças para um comitê para viabilizar suas propostas humanitárias. Nascia então, a Cruz Vermelha.
 A Partir dai, Dunant expandiu seu projeto para outros países ao convocar conferências com representantes de nações. Em 1864 é assinado o primeiro tratado internacional da Convenção de Genebra que, entre outras medidas, garantia a neutralidade de seus voluntários.
A trajetória de Henri Dunant é conhecida internacionalmente com o primeiro Prêmio Nobel da Paz, ao lado de Frederic Passy, em 1901. 
O médico Dr. Joaquim de Oliveira Botelho, já ciente de trabalhos semelhantes em outros países, teve a iniciativa de trazê-lo ao Brasil. Reuniu-se então, em 17 de outubro de 1907, com outros profissionais da área de saúde e civis na Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, lançando assim a base de organização da Cruz Vermelha Brasileira. Em 5 de dezembro do ano seguinte, em 1908, os Estatutos da Sociedade são aprovados, marcando oficialmente a fundação da Cruz Vermelha Brasileira, tendo como primeiro presidente o Sanitarista Oswaldo Cruz.
A I Guerra Mundial foi fator decisivo no reconhecimento da Cruz Vermelha Brasileira em âmbito nacional e internacional.
As “Damas Da Cruz Vermelha Brasileira”, comitê formado por mulheres do Estado do Rio de Janeiro, deu origem à seção feminina da instituição, tendo como primeira tarefa a formação do corpo de enfermagem voluntário. 
Ao declarar guerra aos Impérios Centrais (Alemanha e seus aliados), o Brasil expande o trabalho da Cruz Vermelha com a intensificação dos cursos de Enfermagem e com a criação de filiais estaduais e municipais.
Em 1919 a Cruz Vermelha Brasileira participa da constituição da Federação de Sociedade de Cruz Vemelha e do Crescente Vermelho, filiando-se a ela. 
No Brasil, a Cruz Vermelha torna-se instituição modelar, prevista nas Convenções de Genebra, como em tempos de paz, levando ajuda à vítimas de catástrofes e desastres naturais. 
A atuação da Cruz Vermelha tem como base fundamental 7 princípios:
Humanidade: “Nascida da preocupação de prestar socorro, indistintamente, aos feridos nos campos de batalha, esforça-se, no âmbito internacional e nacional, em evitar e aliviar o sofrimento humano sob qualquer circunstância. Procura não só proteger a vida e a saúde, como também fazer respeitar o ser humano. Promove a compreensão mútua, a amizade, a cooperação e a paz duradoura entre todos os povos.”
Imparcialidade: “Não faz nenhuma discriminação de nacionalidade, raça, religião,condição social ou opinião política. Procura apenas minorar o sofrimento humano,dando prioridade aos casos mais urgentes de infortúnio.”
Neutralidade: “A fim de merecer a confiança de todos, a Cruz Vermelha abstém-se de tomar partido em hostilidades ou de participar, em qualquer tempo, de controvérsias de natureza política, racial, religiosa ou ideológica.”
Independência: “A Cruz Vermelha é independente. As Sociedades Nacionais, auxiliares dos poderes públicos em suas atividades humanitárias, sujeitas às leis que regem seus respectivos países, devem, no entanto, manter sua autonomia, a fim de poderem agir sempre de acordo com os Princípios Fundamentais da Cruz Vermelha.”
Voluntariado: “A Cruz Vermelha é uma instituição voluntária de socorros sem nenhuma finalidade lucrativa.”
Unidade: “Só pode existir uma única Sociedade de Cruz Vermelha em cada país. Ela está aberta a todos e exerce sua ação humanitária em todo o território do mesmo.”
Universalidade: “A Cruz Vermelha é uma instituição mundial, na qual todas as Sociedades têm iguais direitos e dividem iguais responsabilidades e deveres, ajudando-se mutuamente.”
(Cruz vermelha Brasileira)
A Cruz Vermelha Brasileira é uma instituição reconhecida pelo governo brasileiro como sociedade de socorro voluntário, autônoma, auxiliar dos poderes públicos e, em particular, dos serviços militares de saúde, também como única sociedade nacional da Cruz Vermelha com autorização para exercer suas atividades em todo território brasileiro.
A Cruz Vermelha Brasileira tem como missão:
Agir: Em caso de guerra. Na ausência de conflitos, deve preparar-se para atuar em todos os setores que as Convenções de Genebra abrangem e em favor a todas as vítimas de guerras, sejam civis ou militares;
Contribuir: Para a melhoria de saúde, prevenção e alívio do sofrimento através de programas de treinamento e de serviços que beneficiem a comunidade, adaptados às peculiaridades regionais, podendo oferecer também, cursos profissionalizantes e de nível superior;
Organizar: Serviços de socorro em casos de emergências a vítimas de calaminades, seja qual for a causa, dentro de um plano nacional; 
Recrutar: treinar e aplicar o pessoal necessário às finalidades da instituição;
Incentivar: a participação de jovens voluntários nos trabalhos da Cruz Vermelha, qualificando-o às finalidades da instituição;
Divulgar: os princípios humanitários da Cruz Vermelha, com o objetivo de desenvolver na população os ideais de paz, respeito mútuo e compreensão entre todos os homens e povos.
Conhecendo a Cruz Vermelha Brasileira
Entrevistamos Fátima Cristina Monteiro dos Santos (CRP 05/13891), psicóloga da Cruz Vermelha Brasileira, para entender de uma maneira mais real a dinâmica de seu trabalho dentro da instituição. 
Como aconteceu?
Fátima nos relatou que foi dando aula na escola de formação de oficiais docorpo de bombeiros, em 2003, que foi convidada a se aprofundar na área de Psicologia em Emergências a Desastres.
Estudando sobre a área, até então apenas para agregar conhecimento ás suas aulas, Fátima acabou por querer experiência de campo, o que a levou a trabalhar como voluntária para a Cruz Vermelha em 2011, nas chuvas que devastaram a região serrana do Rio de Janeiro. No mesmo ano foi convidada a trabalhar como voluntária para a Defesa Civil e lá permaneceu por 1 ano. Se aproximou da Cruz Vermelha, parceira da Defesa Civil, sendo convidada oficialmente para compor a equipe da Cruz Vermelha em 2012. 
Demanda da Psicologia em Emergências e Desastre, e Capacitação
Fátima participou da Comissão Nacional de Psicologia em Emergências e Desastres do CFP, juntamente com representantes de outros estados, como SP, RS, PE, AL, GO, entre outros, criaram diretrizes de trabalho, implementando uma nota técnica de atuação na área, disponível no site do CFP¹. 
Para Fátima, o trabalho em Emergências e Desastres não é clínico, a capacitação para um ambiente em crise é um grande desafio. A conscientização da rede de apoio, a capacitação e treinamento de voluntários, a atuação junto a famílias de baixa renda em situações de conflito social, atuação em acidentes aéreos e parceria com escolas para prevenção de suicídio, são algumas das demandas de psicologia da Cruz Vermelha. Enfatiza a questão da imparcialidade nesses atendimentos, a atuação deve ser neutra.
A psicóloga nos chama a atenção que, infelizmente, a graduação em Psicologia não nos preparar para um atendimento social real. Em campo, um setting, por exemplo, não é algo possível, tão pouco um fator importante para o atendimento, bem como a diferenciação de abordagens. Muitas vezes o atendimento é feito em lugares insalubres e completamente inadequados, por questões que estão além de nossos ensinamentos acadêmicos. São vivências reais de conflitos, onde privacidade, por exemplo, não são a prioridade, em outras palavras, o suporte ao indivíduo é a prioridade, não importando as condições do local.
Fátima enfatiza a importância de estudar Psicologia Social e Organizacional, pois a área de Emergências e Desastres mantém um contato bem próximo com outras áreas, então caminhar com outros saberes é importante.
A equipe de Psicologia da Cruz Vermelha trabalha em conjunto com outros profissionais, como por exemplo, a Equipar – Equipe de Intervenção Psicológica em Acidentes Aéreos, que trabalha junto a empresas aéreas, prestando suporte às famílias de acidentes aéreos e também às equipes de suporte às vítimas.
Em desastres naturais e sociais, trabalham com assistência social, saúde mental, sobretudo, com a Defesa Civil. Para um atendimento mais amplo, a Cruz Vermelha trabalha com diferentes profissionais e áreas, como por exemplo, engenheiros, profissionais da área de saúde em geral, assistentes sociais, bombeiros, brigadistas, entre outros.
Fátima finaliza sinalizando a importância do apoios às equipes de atendimento, que muitas vezes não estão preparadas para situações específicas, dando o exemplo de profissionais da área de segurança, que por vezes não têm prepararo para auxiliar em situações de desastres naturais, por exemplo.
Conclusão
O presente trabalho de pesquisa sobre a instituição Cruz Vermelha Brasileira muito nos agregou academicamente e pessoalmente. O trabalho prestado pela instituição é grandioso de tantas formas e revelador para nós, estudantes de Psicologia, que por muitas vezes não temos acesso a esse tipo de dinâmica. É de certo que concluímos esta pesquisa com uma ideia diferente sobre Psicologia Social, sobre trabalho humanitário e sobre a importância que damos ao nosso próprio preparo profissional. 
Referências bibliográficas
¹: http://site.cfp.org.br/emergencias-e-desastres-2/
http://mundoestranho.abril.com.br/historia/quando-surgiu-a-cruz-vermelha/
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/historia/25151/hoje+na+historia+1910+_+morre+o+humanista+suico+jean_henri+dunant+fundador+da+cruz+vermelha.shtml
http://www.cruzvermelha.org.br/pb/movimento-internacional/principios-fundamentais/#axzz4iyIA3B6e
https://www.cruzvermelha.org.br/pb/institucional/
https://www.cruzvermelha.org.br/pb/institucional/historia-da-cvb/
https://www.cruzvermelha.org.br/pb/institucional/missao/
Dois símbolos
Nos países muçulmanos, uma Lua identifica as equipes médicas
A cruz vermelha foi escolhida como símbolo das organizações médicas voluntárias em um tratado internacional assinado em 1864
Os muçulmanos questionaram a cruz como símbolo. Em 1906, adotaram o Crescente Vermelho como símbolo e como nome da mesma organização

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