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E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 1 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Olá! É uma pena, mas chegamos ao nosso último encontro em relação à disciplina de Direito Administrativo depois de realizarmos uma revisão geral sobre todos os tópicos cobrados no edital, analisando, concomitantemente, diversas questões da Fundação Carlos Chagas. Para finalizar o nosso curso, abordaremos hoje o seguinte tópico: Aula 05 (30⁄10⁄2013) - Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos. Todavia, é bom esclarecer que não trataremos da Lei 8.112⁄90 (Estatuto dos servidores públicos federais), tema que será ministrado especificamente por outro professor. Hoje, serão apresentadas apenas as noções gerais e doutrinárias que envolvem os “agentes públicos”. No mais, desejo-lhe uma excelente prova! Faço votos para que o seu objetivo seja alcançado nesse concurso e que você possa ter orgulho de servir à população e ao Estado de Rondônia (que, por sinal, conheci nas minhas últimas férias, no mês de julho). Sucesso! Fabiano Pereira fabianopereira@pontodosconcursos.com.br "Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea." (Allan Kardec) E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 2 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br AGENTES PÚBLICOS 1. Agentes Públicos ...................................................................... 03 1.1. Classificação dos Agentes Públicos ................................ 04 1.1.1. Celso Antônio Bandeira de Mello ................................. 04 1.1.2. Hely Lopes Meirelles ................................................... 07 2. Disposições preliminares .......................................................... 10 2.1. Regime estatutário ........................................................ 11 2.2. Regime celetista ............................................................ 12 2.3. Regime especial ............................................................. 12 3. Regime jurídico único ............................................................... 13 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 3 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1. Agentes públicos Para que possamos entender com mais clareza a exposição dos principais tópicos sobre “agentes públicos”, é necessário que conheçamos antes o seu conceito e as classificações formuladas pelos principais doutrinadores brasileiros. Podemos definir como agente público toda e qualquer pessoa física que exerce, em caráter permanente ou temporário, remunerada ou gratuitamente, sob qualquer forma de investidura ou vínculo, função pública em nome do Estado. A expressão “agentes públicos” abrange todas as pessoas que, de qualquer modo, estão vinculadas ao Estado, alcançando desde os mais importantes agentes, como o Presidente da República, até aqueles que, somente em caráter eventual, exercem funções públicas, como é o caso dos mesários eleitorais. Independentemente do nível federativo (União, Estados, Distrito Federal ou Municípios) ou do poder estatal no qual exerce as suas funções (Legislativo, Executivo ou Judiciário), para que seja denominado de “agente público” é suficiente que a pessoa física esteja atuando em nome do Estado. Analisando-se a legislação vigente, podemos encontrar várias definições legais para a expressão “agentes públicos”, a exemplo do artigo 2º da Lei nº 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), que reputa agente público “todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investiduraou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual”. O artigo 327 do Código Penal também apresenta uma definição legal, porém, em vez de utilizar-se da expressão “agentes públicos”, adota a expressão “funcionários públicos”. Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 4 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Para responder às questões da Fundação Carlos Chagas: A expressão “funcionário público” não é mais utilizada pela Constituição Federal de 1988, pelo menos no âmbito do Direito Administrativo. Na legislação penal, ainda é comum a utilização da referida expressão, mas podemos considerá-la equivalente à expressão “agentes públicos”. Embora mais sucinto, o conceito de funcionário público é muito semelhante ao de agente público, pois também abrange todos aqueles que exercem funções públicas. 1.1. Classificação dos agentes públicos São muitas as classificações elaboradas pelos doutrinadores brasileiros para distinguir as várias espécies de agentes públicos. Todavia, como o nosso objetivo é ser aprovado em um concurso organizado pela Fundação Carlos Chagas, iremos restringir o nosso estudo àquelas que realmente são cobradas em prova, a exemplo das classificações formuladas pelos professores Hely Lopes Meirelles (a mais exigida) e Celso Antônio Bandeira de Mello. 1.1.1. Classificação de Celso Antônio Bandeira de Mello Apesar de não ser a classificação mais exigida nas questões de concursos, algumas bancas examinadoras esporadicamente exigem conhecimentos sobre as espécies de agentes públicos na visão do citado professor. Portanto, para responder às eventuais questões elaboradas pela FCC, lembre-se de que Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que a expressão agentes públicos “é a mais ampla que se pode conceber para designar genérica e indistintamente os sujeitos que servem ao Poder Público como instrumentos expressivos de sua vontade ou ação, ainda quando o façam apenas ocasional ou episodicamente. Quem quer que desempenhe funções estatais, enquanto as exercita, é um agente público. Por isto, a noção abarca tanto o Chefe do Poder Executivo (em quaisquer das esferas) como os senadores, deputados e vereadores, os ocupantes de cargos ou empregos públicos da Administração direta dos três Poderes, os servidores das autarquias, das fundações governamentais, das empresas públicas e sociedades de economia mista nas distintas órbitas de governo, os concessionários e permissionários de serviço público, os delegados de função ou ofício público, os requisitados, os contratados sob locação civil de serviços e os gestores de negócios públicos.” Afirma ainda o professor que os agentes públicos podem ser estudados em três categorias distintas: os agentes políticos, os servidores públicos e os particulares em colaboração com o poder público. E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 5 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br a) Agentes políticos Celso Antônio Bandeira de Mello adota um conceito mais restrito de agentes políticos, pois afirma que eles “são os titulares dos cargos estruturais à organização política do país, isto é, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional do estado e, portanto, o esquema fundamental do poder. Sua função é a de formadores da vontade superior do estado”. Neste caso, seriam agentes políticos somente o Presidente da República, os Governadores, os Prefeitos e seus respectivos auxiliares imediatos (Ministros e Secretários das diversas pastas), os Senadores, os Deputados e os Vereadores. Informação importante para as questões de prova é o fato de que o professor não inclui os magistrados, membros do Ministério Público e membros dos Tribunais de Contas no conceito de agentes políticos, ao contrário do professor Hely Lopes Meirelles, pois entende que somente podem ser incluídos nesta categoria aqueles que possuem a eleição como forma de investidura, com exceção dos cargos de Ministros e Secretários de Estado, que são de livre nomeação e exoneração. Ademais, afirma ainda que os magistrados, membros do Ministério Público e dos Tribunais de Contas não exercem funções tipicamente políticas (como criar leis ou traçar programas e diretrizes de governo), apesar de exercerem funções constitucionais extremamente importantes, e, portanto, não podem ser considerados agentes políticos. b) Servidores estatais Ainda segundo as palavras do professor, servidores estatais são todosaqueles que mantêm com o Estado ou suas entidades da Administração Indireta, independentemente de serem regidas pelo direito público ou direito privado, relação de trabalho de natureza profissional e caráter não eventual sob vínculo de dependência, podendo ser classificados em: � servidores estatutários, sujeitos ao regime estatutário e ocupantes de cargos públicos; � servidores empregados das empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas de direito privado, contratados sob o regime da legislação trabalhista e ocupantes de emprego público; � servidores temporários, contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37, IX, da CF/88), que exercem funções públicas sem estarem vinculados a cargo ou emprego público. E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 6 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br c) Particulares em colaboração com o poder público Para Celso Antônio Bandeira de Mello, “esta categoria de agentes é composta por sujeitos que, sem perderem sua qualidade de particulares – portanto, de pessoas alheias à intimidade do aparelho estatal (com exceção única dos recrutados para serviço militar) – exercem função pública, ainda que às vezes apenas em caráter episódico”, sob os seguintes instrumentos: � delegação do poder público, como se dá com os empregados das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos e os que exercem serviços notariais e de registro (art. 236 da CF/88); � mediante requisição, como acontece com os jurados, mesários eleitorais durante o período eleitoral e os recrutados para o serviços militar obrigatório, que, em geral, não possuem vínculo empregatício e não recebem remuneração; � os que sponte própria (vontade própria) assumem espontaneamente determinada função pública em momento de emergência, como no combate a uma epidemia, incêndio, enchente, etc. � contratado por locação civil de serviços (como ocorre na contratação de um advogado altamente especializado para a sustentação oral perante Tribunais). (Procurador de 2ª Classe / Município de Salvador 2006/FCC) De acordo com a doutrina, agente público é toda a pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta, inclusive os particulares que atuam em colaboração com o poder público, mediante delegação, requisição, nomeação ou designação. Assertiva considerada correta pela banca. No concurso público para o cargo de Analista Judiciário do TRT do Rio de Janeiro, realizado em 2012, a FCC elaborou a seguinte questão sobre o assunto: (Analista Judiciário/TJ RJ 2012/FCC) As pessoas que exercem atos por delegação do Poder Público, tais como os serviços notariais e de registro podem ser consideradas a) servidores públicos estatutários, caso tenham prestado concurso público. b) empregados públicos, desde que tenham prestado concurso público. c) particulares em colaboração com o Poder Público, sem vínculo empregatício. d) funcionários públicos lato sensu, na medida em que se submetem à fiscalização do Poder Público. e) agentes públicos estatutários, desde que recebam remuneração do Poder Público. Gabarito: Letra C. E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 7 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1.1.2. Classificação de Hely Lopes Meirelles Para o saudoso professor, os agentes públicos podem ser classificados em agentes políticos, agentes administrativos, agentes honoríficos, agentes delegados e agentes credenciados. a) Agentes políticos Nas palavras de Hely Lopes Meirelles, agentes políticos são “os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação, para o exercício de atribuições constitucionais”. Como exemplos podemos citar os chefes do Poder Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares imediatos (Ministros, Secretários estaduais, distritais e municipais), os membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores) e os magistrados, membros do Ministério Público e dos Tribunais de Contas. Contrariamente ao professor Celso Antônio Bandeira de Mello, que exclui os membros da Magistratura, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas do conceito de “agentes políticos”, Hely Lopes Meirelles afirma que em razão de gozarem de independência funcional e possuírem suas competências previstas diretamente no texto constitucional, tais agentes devem sim ser considerados políticos. b) Agentes honoríficos Agentes honoríficos são cidadãos convocados, requisitados, designados ou nomeados para prestar, em caráter temporário, serviços públicos de caráter relevante, a título de munus público (colaboração cívica), sem qualquer vínculo profissional com o Estado, e, em regra, sem remuneração. Como exemplos podemos citar os mesários eleitorais, os recrutados para o serviço militar obrigatório, os jurados, os comissários de menores, entre outros. É válido esclarecer que apesar de não possuírem vínculo com o Estado, os agentes honoríficos são considerados “funcionários públicos”para fins penais e sobre eles não incidem as regras sobre acumulação de cargos, empregos e funções públicas, previstas no inciso XVI, do artigo 37, da CF/88. c) Agentes delegados Nas palavras do professor Hely Lopes Meirelles, “agentes delegados são particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 8 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br delegante. Esses agentes não são servidores públicos, nem honoríficos, nem representantes do Estado; todavia, constituem uma categoria à parte de colaboradores do Poder Público. Nesta categoria se encontram os concessionários e permissionários de obras e serviços públicos, os serventuários de Ofícios ou Cartórios não estatizados, os leiloeiros, os tradutores e intérpretes públicos, e demais pessoas que recebam delegação para a prática de alguma atividade estatal ou serviço de interesse coletivo”. Apesar de exercerem atividades públicas em nome próprio, por sua conta e risco, é válido esclarecer que os agentes delegados estão sujeitos às regras de responsabilização civil previstas no § 6º, do artigo 37, da CF/88, e também são considerados “funcionários públicos” para fins penais. d) Agentes credenciados Agentes credenciados são aqueles que têm a incumbência de representar a Administração Pública em algum evento específico (um Congresso Internacional, por exemplo) ou na prática de algum ato determinado, mediante remuneração e sem vínculo profissional, sendo considerados funcionários públicos para fins penais. Os agentes credenciados somente serão considerados agentes públicos durante o período em que estiverem exercendo as funções públicas para as quais foram credenciados. Desse modo, se um cientista particular foi convidado pela Administração Pública para representá-la em um Congresso Internacional sobre a “Gripe A”, por exemplo, somente durante o período do evento ele será considerado agente público. e) Agentes administrativos Agentes administrativos são todos aqueles que exercem um cargo, emprego ou função pública perante à Administração, em caráter permanente, mediante remuneração e sujeitos à hierarquia funcional instituída no órgão ou entidade ao qual estão vinculados. Essa categoria de agentes públicos representa a imensa maioria da força de trabalho da Administração Direta e Indireta, em todos os níveis federativos (União, Estados, DF e Municípios) e em todos os Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), podendo ser dividida em: � Servidores públicos titulares de cargos efetivos ou em comissão; � Empregados públicos; � Contratados temporariamente em virtude de necessidade temporária de excepcional interesse público. E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 9 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br No concurso público para o cargo de Técnico Judiciário do TRF da 2ª Região, realizado em 2012, a Fundação Carlos Chagas elaborou questão cobrando a classificação de Hely Lopes Meirelles, nos seguintes termos: (Técnico Judiciário/TRF 2ª Região/2012) Em sentido amplo, "agentes públicos" são todos os indivíduos que, a qualquer título, exercem uma função pública, remunerada ou gratuita, permanente ou transitória, política ou meramente administrativa, como prepostos do Estado. Diante deste conceito, considere: I. Pessoas que recebem a incumbência da administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do poder público habilitante. II. Particulares que recebem a incumbência de exercer determinada atividade, obra ou serviço público e o fazem em nome próprio, por sua conta e risco, sob a permanente fiscalização do respectivo Poder Público. As descrições acima correspondem, respectivamente, à seguinte classificação de agentes públicos: a) delegados e políticos. b) administrativos e políticos. c) honoríficos e servidores públicos. d) credenciados e delegados. e) honorários e credenciados. Gabarito: Letra d. Servidores públicos titulares de cargos efetivos são aqueles que ingressaram no serviço público mediante concurso público e que, portanto, podem adquirir a estabilidade após 03 (três) anos de efetivo exercício. Esses servidores também são chamados de estatutários, pois são regidos por um estatuto legal, responsável por disciplinar seus principais direitos e deveres em face da Administração Pública. Na esfera federal, o estatuto responsável por disciplinar as relações entre Administração Pública e servidores é a Lei 8.112/1990. Todavia, cada ente estatal possui autonomia para criar seu próprio estatuto dos servidores, como aconteceu no Estado de Rondônia com a edição da Lei Complementar Estadual nº 68⁄1992, e no município de Porto Velho⁄RO, com a edição da Lei Municipal 385⁄2010. Pergunta: professor, os servidores das entidades da Administração Indireta também são regidos por um estatuto jurídico? Depende. Na esfera federal, somente os servidores da União, seus respectivos órgãos públicos(a exemplo do Tribunal Superior Eleitoral), autarquias e fundações públicas de direito público federais são regidos pela Lei 8.112/90, pois os empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista são necessariamente celetistas. Sendo assim, é correto E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 10 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br afirmar que somente as entidades regidas pelo direito público adotam o regime estatutário, pois este é inerente às funções típicas de Estado (fiscalização, administração fazendária, advocacia pública, etc), nos termos do artigo 247 da CF/88. Além dos servidores titulares de cargos efetivos, é válido destacar que os ocupantes de cargos em comissão (de livre nomeação e exoneração) também são denominados servidores públicos. Entretanto, em virtude de ocuparem cargos em comissão (também denominados cargos de confiança), tais servidores não gozam de estabilidade, pois se sustentam no cargo apenas em virtude da “confiança” depositada pela autoridade responsável pela nomeação. Desse modo, é correto afirmar que são servidores públicos tanto os ocupantes de cargos de provimento efetivo, quanto os ocupantes de cargos em comissão. A segunda espécie de agente administrativo citada pelo professor Hely Lopes Meirelles é o empregado público, que não ocupa cargo, mas sim emprego público. Os empregados públicos não são regidos por um estatuto (e, portanto, não podem ser chamados de estatutários), mas sim pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que lhes assegura os mesmos direitos previstos para os trabalhadores da iniciativa privada, tais como aviso prévio, FGTS, seguro desemprego, entre outros estabelecidos no artigo 7º da CF/88 (que não são garantidos aos servidores públicos na totalidade). As empresas públicas e sociedades de economia mista (integrantes da Administração Pública Indireta) adotam necessariamente o regime celetista para os seus empregados, apesar de serem obrigadas a realizar concurso público para a contratação de pessoal. Por último, integram também a categoria dos agentes administrativos aqueles que são contratados temporariamente para atender a uma necessidade temporária de excepcional interesse público, conforme preceituado no inciso IX, artigo 37, da Constituição Federal de 1988. Neste caso, a lei de cada ente federativo (União, Estados, DF e Municípios) estabelecerá os prazos máximos de duração desses contratos e as situações que podem ser consideradas de necessidade temporária, conforme estudaremos posteriormente. 2. Disposições preliminares Nas palavras do professor José dos Santos Carvalho Filho, regime jurídico “é o conjunto de regras de Direito que regulam determinada relação jurídica”, sendo possível citar como exemplo o regime estatutário, o celetista e o regime especial. E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 11 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2.1. Regime Estatutário Regime estatutário é o conjunto de regras previstas em lei e responsável por disciplinar a relação jurídica entre os servidores públicos e a Administração direta, autárquica e fundacional de Direito Público, em todos os entes federativos. É regra geral que cada ente estatal (União, Estados, Municípios e DF) possua o seu próprio regime estatutário, responsável por regular os direitos e os deveres de seus servidores. Somente para exemplificar, destaca-se que no Estado de Rondônia é a Lei Complementar 68⁄1992 que estabelece o regime jurídico de seus servidores. A Lei Federal 8.112/90 (que instituiu regime jurídico dos servidores públicos da União, fundações públicas de Direito Público e autarquias) serviu e tem servido de parâmetro normativo para vários Municípios e Estados brasileiros, o que não invalida as legislações dos respectivos entes. Uma das principais características do regime estatutário é a garantia de aquisição de estabilidade, após 03 (três) anos de efetivo exercício, para os servidores nomeados para cargos de provimento efetivo em virtude de concurso público, nos termos do artigo 41 da Constituição Federal de 88. Pergunta: O regime estatutário, a exemplo daquele instituído pela Lei 8.112/90, abrange somente os servidores titulares de cargos efetivos? Não. Apesar de ser uma dúvida comum entre os candidatos, é válido esclarecer que o regime estatutário abrange os cargos de provimento efetivo e, ainda, os cargos de provimento em comissão (também chamados de cargos de confiança e que são de livre nomeação e exoneração da autoridade competente, independentemente de prévia aprovação em concurso público). A dúvida é muito comum porque os titulares de cargos em comissão contribuem para o regime geral de previdência social (RGPS), apesar da obrigatoriedade de se submeterem aos deveres e proibições previstos nos respectivos estatutos. Para responder às questões da Fundação Carlos Chagas: Lembre-se sempre de que o regime estatutário assegura direitos e impõe deveres aos titulares de cargos públicos de provimento efetivo e, ainda, aos ocupantes de cargos em comissão (cargos de confiança). O cargo público é definido legalmente como o “conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacionale que devem ser cometidas a um servidor”, possuindo as seguintes características: 1ª) são acessíveis a todos os brasileiros natos e naturalizados que preencham os requisitos previstos na lei, bem como aos estrangeiros, na forma da lei; E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 12 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2ª) são criados por lei; 3ª) possuem denominação própria; 4ª) os vencimentos são pagos pelos cofres públicos; e 5ª) as funções inerentes ao cargo público somente podem ser exercidas mediante remuneração, salvo nos casos previstos em lei. 2.2. Regime celetista Regime celetista é aquele inicialmente aplicável às relações jurídicas existentes entre empregados e empregadores no campo da iniciativa privada, amparado pela Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei nº. 5.542/43). Entretanto, o regime celetista (que ainda pode ser chamado de trabalhista ou de emprego) também pode ser aplicado no âmbito da Administração Pública brasileira. O § 1º, artigo 173, da Constituição Federal, por exemplo, estabelece que as empresas públicas e as sociedades de economia mista submetem-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas. Sendo assim, não restam dúvidas de que os agentes administrativos que exercem suas funções perante as empresas públicas e as sociedades de economia mista são regidos pela CLT, sendo denominados, portanto, de empregados públicos. Para responder às questões da Fundação Carlos Chagas: O regime estatutário não se aplica aos empregados públicos das sociedades de economia mista e das empresas públicas federais, pois esses são regidos pela CLT. 2.3. Regime especial O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que o regime especial “visa disciplinar uma categoria específica de servidores: os servidores temporários”, contratados nos termos do inciso IX, artigo 37, da CF/88, que assim dispõe: “IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”. Conforme destacado, o próprio dispositivo constitucional atribui à lei de cada ente estatal a prerrogativa de estabelecer os casos que podem ensejar a excepcional contratação de agentes sem a realização de concurso público. Na esfera federal, foi editada a Lei 8.745/93, que tem por objetivo disciplinar os contratos temporários no âmbito da Administração Direta federal, autárquica e fundacional. E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 13 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Em seu artigo 2º, a Lei 8.745/93 especificou algumas situações que podem ser consideradas de necessidade temporária e de excepcional interesse público, justificando a contratação temporári, a exemplo da assistência a situações de calamidade pública, combate a surtos endêmicos, realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, admissão de professor substituto e professor visitante, admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro, entre outras. Ainda nos termos da lei, destaca-se que não é necessária a realização de concurso público para a contratação de servidores em caráter temporário, sendo suficiente a realização de um processo seletivo simplificado sujeito a ampla divulgação, inclusive através do Diário Oficial da União. Os agentes contratados nos termos do inciso IX, artigo 37, da CF/88, não podem ser considerados estatutários, uma vez que estão submetidos a regime contratual. Também não podem ser considerados celetistas, pois não são regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), apesar de estarem sujeitos ao regime geral de previdência. Portanto, é correto afirmar que esses agentes estão incluídos em uma terceira categoria de agentes administrativos, com características bastante peculiares, pois exercem apenas uma função pública. A Fundação Carlos Chagas já abordou o assunto em suas provas, nos seguintes moldes: (Técnico Judiciário/TRT 6ª Região 2012/FCC) A Constituição Federal previu, em seu artigo 37, inciso IX, a possibilidade de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos da lei. Partindo-se do pressuposto de que não foi realizado concurso público para a contratação de servidores temporários, é correto afirmar que os admitidos a) ocupam cargo efetivo. b) ocupam emprego. c) ocupam emprego temporário. d) desempenham função. e) desempenham função estatutária. Gabarito: Letra d. 3. Regime jurídico único O texto original da Constituição Federal de 1988, em seu art. 39, estabelecia expressamente que: Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 14 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 14 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Entretanto, a Emenda Constitucional nº. 19, de 04/06/1998, conferiu nova redação ao artigo 39 da Constituição Federal, eliminando a exigência de regime jurídico único no âmbito da Administração Pública Direta, autárquica e fundacional. Eis o texto do art. 39 da Constituição Federal após a promulgação da Emenda Constitucional nº 19/1998: Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. Perceba que o texto constitucional simplesmente deixou de fazer referência à obrigatoriedade de adoção, pela Administração Pública de regime jurídico único para os servidores. Assim, uma autarquia poderia contratar, em tese, alguns agentes públicos regidos pela Lei 8.112/1990 e outros regidos pelo regime celetistas (desde que respeitadas algumas condições). Todavia, em 02 de agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal concedeu medida cautelar (liminar) na ADI 2.135 suspendendo as alterações efetuadas no caput do artigo 39 da CF/88, voltando a vigorar então a obrigatoriedade de adoção de regime jurídico único. Atualmente, a Administração federal direta, autárquica e fundacional (de Direito Público) está proibida de contratar agentes pelo regime da CLT, pelo menos até o julgamento final do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.135. Foram suspensos também os efeitos da Lei 9.962/00 (criada para disciplinar o regime celetista no âmbito da Administração), já que não mais se admite a contratação de empregados públicos no âmbito da Administração federal direta, autárquica e fundacional. Porém, como os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal foram “ex nunc”, todas as contratações efetuadas durante a vigência da lei foram mantidas até o julgamento final do mérito. Para responder às questões da Fundação Carlos Chagas: A partir de agosto de 2007 voltou a vigorar, pelo menos em caráter provisório, o denominado “regime jurídico único”. Desse modo, a União, as autarquias e as fundações públicas federais de direito público estão proibidas de contratar agentes administrativos pelo regime celetista, já que devem prevalecer os efeitos da medida cautelar (liminar) proferida pelo STF e que suspendeu a alteração promovida no texto original do art. 39 da Constituição Federal. E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 E L I S A B E T H G O M E S A R A U J O 6 1 4 7 1 7 3 9 2 8 7 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ELISABETH GOMES ARAUJO61471739287, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRE/RO – TÉCNICO JUDICIÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF. FABIANO PEREIRA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 15 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Essa restrição não alcança as empresas públicas e as sociedades de economia mista, que sempre contrataram e podem continuar contratando pelo regime celetista, nos termos do artigo 173 da Constituição Federal de 88. (Especialista em Políticas Públicas/Estado de SP 2009/FCC) Em conformidade com a interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal ao caput do artigo 39 da Constituição Federal, o regime jurídico dos servidores públicos deve ser único para os servidores da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas. Assertiva considerada correta pela banca.
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