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CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM COMPLICAÇÕES DIGESTIVAS E METABÓLICAS ESTÁCIO SÃO LUIS – PROFª ESP. Anna Paula Campos São Luís, Agosto de 2017 ABDOME AGUDO Definição: Distúrbio agudo, súbito e espontâneo, cuja a principal manifestação é a dor abdominal que, geralmente, exige tratamento cirúrgico. A taxa de admissão em urgência é de 18 a 42% e em 63% dos casos, os pacientes têm mais de 65 anos. ABDOME AGUDO Etiologia: CIRÚRGICO CLÍNICO ÚlceraPerfurada PancreatiteAguda Litíase Renal Apendicite DiverticuliteAguda Pielonefrite Aneurisma aórtico Cisto de Ovário Roto Hematoma da Bainha do Reto GravidezEctópica Obstrução Intestinal Adenite Mesentérica DiverticuliteMeckel Salpingite Hepatite Aguda ColecistiteAguda ABDOME AGUDO Classificação: Traumático Não-Traumático Obstrutivo Inflamatório Perfurativo Hemorrágico Vascular ABDOME AGUDO Classificação e Quadro Clínico: Abdome Agudo Traumático Distúrbio ocasionado por lesão traumática (contusão abdominal, feridas penetrantes, feridas por arma de fogo...) que acomete vísceras sólidas (fígado, baço, pâncreas, rins), causando hemorragia, ou órgãos ocos (intestinos, bexiga, ureteres e estômago), causando peritonite. ABDOME AGUDO Classificação e Quadro Clínico : Abdome Agudo Não-Traumático Obstrutivo: Distúrbio ocasionado por aderências intestinais, fecaloma, hérnia estrangulada, obstrução pilórica, cálculo biliar, corpo estranho... Sinais e sintomas: Dor abdominal contínua em cólicas, sem febre, distensão abdominal, constipação, náuseas e vômitos, RHA intensos. ABDOME AGUDO Classificação e Quadro Clínico : Abdome Agudo Não-Traumático Inflamatório: Distúrbio ocasionado por apendicite, colecistite aguda, pancreatite aguda, diverticulite, doença inflamatória pélvica (DIP). Sinais e sintomas: Dor abdominal insidiosa, inicialmente difusa, tornando-se localizada, aumentando em intensidade, febre, náuseas, vômitos, mal estar geral e sinais de irritação peritoneal. ABDOME AGUDO Classificação e Quadro Clínico : Abdome Agudo Não-Traumático Perfurativo: Distúrbio ocasionado por úlcera péptica, neoplasia gastro-intestinal perfurada, divertículos do cólon... Sinais e sintomas: Dor abdominal lancinante intensa, atitude imóvel, sinais de irritação peritoneal e pneumoperitônio. ABDOME AGUDO Classificação e Quadro Clínico : Abdome Agudo Não-Traumático Hemorrágico: Distúrbio ocasionado por gravidez ectópica rota, ruptura do baço, ruptura de aneurisma de aorta abdominal, cisto ovariano roto, necrose tumoral... Sinais e sintomas: Dor abdominal súbita e intensa, síndrome hipovolêmica, sinais de irritação peritoneal, sem febre, podendo ocorrer melena ou enterorragia. ABDOME AGUDO Classificação e Quadro Clínico : Abdome Agudo Não-Traumático Vascular: Distúrbio ocasionado por isquemia intestinal, infarto esplênico, trombose mesentérica, torção de pedículo de cisto ovariano Sinais e sintomas: Dor abdominal súbita e intensa, tornando-se contínua, de menor intensidade e difusa e eliminação de líquido necrótico. ABDOME AGUDO Tratamento: O tratamento do abdome agudo pode ser cirúrgico ou não cirúrgico, sendo definido pelo resultados dos exames laboratoriais e de imagem. Entretanto, no caso de um quadro onde não se consiga definir, é preferível operar, pois o quadro de abdome agudo é quase sempre potencialmente muito grave. DIABETES DESCOMPENSADA Definição: Alteração no metabolismo da glicose causada pela deficiência na produção ou ação da insulina. OBS: Insulina: hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por transformar as moléculas de glicose em glicogênio (fonte de energia). DIABETES DESCOMPENSADA Classificação quanto ao tipo: Tipo I: ocasionada por inflamação do pâncreas que provoca deficiência quase absoluta de insulina. Tipo II: ocasionada por fatores relacionados à doenças: obesidade, sedentarismo e fatores hereditários. Gestacional: desenvolvida durante a gravidez pelo excesso de peso. DIABETES DESCOMPENSADA Quadro Clínico: Assintomático Poliúria, Polifagia (apetite) e Polidipsia (sede) Prurido vaginal (pH ácido) Hiperglicemias/Cetoacidose ou Hipoglicemia de rebote Vasculopatias perféricas e Úlceras diabéticas Retinopatia (cegueiras) Síndrome hiperglicêmica hiperosmolar DIABETES DESCOMPENSADA Quadro Clínico: Cetoacidose Quando há falta de insulina, 2 situações ocorrem no organismo: 1º nível de açúcar aumenta no sangue e 2º as células sofrem com a falta de energia. Para evitar que as células parem de funcionar, o organismo passa a usar os estoques de gordura para gerar energia, formando as cetonas. DIABETES DESCOMPENSADA Quadro Clínico: Cetoacidose As cetonas são substâncias ácidas que desequilibrarão o pH sanguíneo, gerando um quadro de acidose metabólica, que se não tratada, pode levar à morte. Complicação presente principalmente no diabetes tipo I, devido o comprometimento da produção de insulina. DIABETES DESCOMPENSADA Quadro Clínico: Síndrome hiperglicêmica hiperosmolar: A acidose hiperosmolar não-cetótica (HONC) caracteriza-se por perda excessiva de líquidos pelo organismo que na tentativa de eliminar os níveis elevados de glicemia, tenta expulsá-la através da urina, causando poliúria ao paciente. DIABETES DESCOMPENSADA Quadro Clínico: Síndrome hiperglicêmica hiperosmolar: Entretanto, essa perda excessiva de líquidos através da urina poderá gerar desidratação e consequente espessamento sanguíneo, favorecendo a formação de coágulos, grande fator de risco para infartos e AVE. Tal síndrome é mais comum em pacientes com diabetes tipo II. DIABETES DESCOMPENSADA Exames Diagnósticos: Exames Laboratoriais: Glicemia sanguínea em jejum Glicemia capilar em jejum Glicemia pós-prandial Hemoglobina glicosilada DIABETES DESCOMPENSADA Tratamento: Monitorar controle glicêmico: Administrar hipoglicemiantes prescritos Monitorar níveis de glicemia antes das refeições Atentar para sinais de hiper e hipoglicemia Manter cuidados com a pele para evitar úlceras DIABETES DESCOMPENSADA Tratamento: Monitorar controle glicêmico: Administrar hipoglicemiantes prescritos Monitorar níveis de glicemia antes das refeições Atentar para sinais de hiper e hipoglicemia Manter cuidados com a pele para evitar úlceras Administrar insulinas conforme prescrição INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Definição: Síndrome aguda grave resultante da rápida deterioração da função hepática, complicada pelo aparecimento de encefalopatia hepática e disfunção de múltiplos órgãos em indivíduos sem doença hepática prévia e geralmente está associada ao aparecimento de distúrbios de coagulação. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Etiologia: Medicamentosa: Reação adversa a medicamentos constitui a principal causa de insuficiência hepática aguda, devido grande parte das medicações serem metabolizadas no fígado. Viral: Infecção por vírus (hepatite A, B, C, D e E) podem ocasionar quadro de insuficiência fulminante do fígado. Outras etiologias: Síndrome HELLP INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Quadro Clínico: Anorexia, Fadiga e Mal estar geral Astenia, Mialgia Icterícia, Ascite Diarreia, náuseas e vômitos Disfunção neurológica Piora da função renal INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Exames Diagnósticos: Marcadores laboratoriais: ALT (alanina aminotransferase): enzima disponível livre no plasma dos hepatócitos e quando ocorre rompimento celular, essa enzima é liberada na corrente circulatória. Esta enzima tem curso de elevação agudo proporcional à lesão encontrada, tendo seu pico de liberação detectado de 3 a 4 dias após a lesão, mas com retorno basal em até 14 dias. AST (aspartato aminotransferase): enzima presente, em menor quantidade, nas mitocôndrias dos hepatócitos, nas células musculares esqueléticas e cardíacas, considerada uma enzima da fase aguda, pois apresenta elevação. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Exames Diagnósticos: BILIRRUBINA: originária da degradação dos eritrócitos ou de outras hemoproteínas, estando elevado nos casos de doenças hemolíticas. Em condições normais os eritrócitos velhos são destruídos a uma taxa constante, contudo, em doenças hemolíticas essa taxa se eleva. AMÔNIA: originária da digestão de compostos nitrogenados, seu aumento indica dificuldade hepática. A amônia absorvida no trato gastrintestinal ou a produzida pelo organismo, deveria ser conduzida pelo sistema porta até o fígado para conversão de amônia em uréia, entretanto, devido a ocorrência de comprometimento hepático, ao invés de formar a uréia, a amônia acumúla-se no organismo. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Exames Diagnósticos: URÉIA: metabólito produzido no fígado, a partir da amônia circulante. ALBUMINA: sintetizada de forma integral no fígado, quando ocorre lesão hepática, paciente tende a evoluir com hipoalbuminemia. GLICOSE: os hepatócitos são responsáveis por converter os produtos originários da digestão e metabolização tecidual endógena em glicose e outros produtos; também converte a glicose em glicogênio e regula o nível glicêmico sanguíneo. Desse modo, pacientes com comprometimento hepático podem apresentar glicemia diminuída em casos de jejum prolongado e glicemia aumentada após última refeição. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Exames Diagnósticos: FATORES DE COAGULAÇÃO: o fígado é responsável pela produção de grande parte dos fatores de coagulação (dentre eles, a fibrina) e de substâncias anticoagulantes (antitrombina). Pacientes com disfunção hepática apresentam baixas concentrações de fibrinogênio, podendo ocasionar distúrbios de hemostasia. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Tratamento Médico: Medicamentoso Redudotes de amônia Diálise hepática Transplante Hepático INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Cuidados de Enfermagem: Monitorar SSVV, sinais e sintomas Administrar medicamentos prescritos Monitorar circunferência abdominal Avaliar coagulograma diariamente Monitorar níveis glicêmicos Atentar para sinais de edema cerebral HEMORRAGIA DIGESTIVA Definição: Sangramento na região do esôfago, estômago, duodeno ou intestino delgado, relacionado a problemas nesses órgãos, como gastrite, úlcera estomacal, úlcera duodenal, consumo excessivo de medicamentos ou álcool. HEMORRAGIA DIGESTIVA HEMORRAGIA DIGESTIVA Quadro Clínico: Hematêmese Melena Epigastralgia Hipotensão Palidez cutânea Dispneia HEMORRAGIA DIGESTIVA Diagnóstico: Endoscopia Digestiva Alta (EDA) ou Colonoscopia: Localizar o local do sangramento Exames laboratoriais: Hemograma completo Pesquisa de sangue nas fezes HEMORRAGIA DIGESTIVA Tratamento: HEMORRAGIA DIGESTIVA Tratamento: HEMORRAGIA DIGESTIVA Tratamento: Obrigado!
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