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CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM COMPLICAÇÕES GENITURINÁRIAS ESTÁCIO SÃO LUIS – PROFª ESP. ALINE MAFRA São Luís, Outubro de 2017 SISTEMA RENAL Anatomia e Filtração glomerular: Túbulo Proximal Glomérulo Arteriola Eferente Vênula Eferente Túbulo Distal Ducto Coletor Alça de Henle Rede Capilar Fluxo Urinário Ultrafiltrado Plasma Fisiologia Renal: SISTEMA RENAL Função Renal: SISTEMA RENAL HIDRONEFROSE Definição: Distúrbio caracterizado pela dilatação dos canais evacuatórios de urina, ocasionado, em geral, por obstrução das vias urinárias, impedindo o fluxo normal da urina, ocasionando o aumento da pressão e consequente crescimento do volume da pelvis, dos cálices e dos canais internos do rim, podendo danificar o tecido renal. HIDRONEFROSE Quadro clínico: Lombalgia, Hematúria Anemia, cansaço Hipertensão Perda de peso Infecções urinárias de repetição Insuficiência Renal HIDRONEFROSE Tratamento: Remover a causa: retirar o cálculo ou outro obstáculo ao defluxo da urina, corrigindo uma anomalia das vias urinárias. Orientar dieta hipossódica e hipoprotéica Se ocorrer destruição do tecido renal, será indicado nefrectomia e/ou diálise. PIELONEFRITES Definição: Infecção renal sintomática grave, frequentemente associada à alterações funcionais e/ou estruturais do trato geniturinário, responsáveis pelo aumento do risco e infecção ou falha do tratamento. PIELONEFRITES Fatores de Risco: Patologias crônicas: diabetes, insuficiência renal, transplante renal e imunodeficiências Patologias urológicas: litíase, tumores do trato urinário, hiperplasia benigna da próstata, estenosa de ureter ou uretra, refluxo vésico-ureteral, anomalias congênitas, divertículos vesicais, cistos renais, bexiga neurogênica, rins policísticos... PIELONEFRITES Classificação e Tratamento: Pionefrose: hidronefrose infectada associada à destruição supurativa do parênquima renal com perda parcial ou total da função renal. Tratamento: Antibiótico e drenagem da pelve infectada com cateter ureteral, em alguns casos, faz-se necessário nefrostomia percutânea. PIELONEFRITES Classificação e Tratamento: Abcesso renal e peri-renal: formação de abcesso renal Tratamento: Antibiótico, drenagem do abcesso, cultura do fluido para guiar a antibioticoterapia e alguns casos, faz-se necessário a nefrectomia. PIELONEFRITES Classificação e Tratamento: Pielonefrite xantugranulomatosa: processo supurativo grave, caracterizado por destruição e substituição do parênquima renal por tecido granulomatoso contendo células espumosas, podendo estender-se para outras áreas e órgãos. Tratamento: Nefrectomia parcial ou total. PIELONEFRITES Classificação e Tratamento: Pielonefrite enfisematosa: infecção grave com presença de gás no sistema coletor que geralmente poupa o parênquima renal. Tratamento: Drenagem percutânea ou nefrectomia. DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) Definição: Dano renal por tempo igual ou superior a 3 meses, ocasionado por dano estrutural ou anormalidades funcionais dos rins, manifestado por anormalidades patológicas, RFG < 60 ml/min por 3 meses ou mais, com ou sem dano renal e/ou marcadores de dano renal presentes (sangue, urina ou imagem). DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) Etiologia: HAS, Diabetes mellitus Glomerulonefrites, Doença Renal Policística Doenças Vasculares, Nefropatias Obstrutivas Mieloma Múltiplo, Doenças Congênitas AIDS Indeterminada DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) Quadro clínico: Precoce Hipertensão Proteinúria, elevação Uréia e Creatinina Tardia: RFG < 20ml/min (uremia) ICC, Hipercalemia, Encefalopatia urêmica Anemia, Anorexia, Vômitos, Acidose metabólica INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) Definição: Perda aguda da função renal com redução de filtração glomerular, alterações eletrolíticas e hormonais, elevação de uréia, oligúria e aumento de níveis séricos de drogas. Entretanto, apresenta potencial de reversão. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) Quadro clínico: INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) Fatores de risco: Idade > 65 anos Desidratação Disfunção renal prévia Icterícia obstrutiva Instabilidade hemodinâmica (Choque cardiogênico, séptico, grande queimados...) INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) Fatores de risco: Idade > 65 anos Desidratação Disfunção renal prévia Icterícia obstrutiva Instabilidade hemodinâmica (Choque cardiogênico, séptico, grande queimados...) INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) Métodos Preventivos: Realizar avaliação inicial da função renal Estabelecer rotinas para o uso de drogas nefrotóxicas Realizar varredura da prescrição: ajustar posologia de medicamentos à pacientes com disfunção renal prévia Manter parâmetros de hidratação e controle metabólico adequados. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) Tratamento: Conservador: realiza-se acompanhamento do estado clínico do paciente, monitorando a função renal através de exames laboratoriais e de imagem e sinais e sintomas. Dialítico: realiza-se quando há a necessidade de substituição temporária ou definitiva da filtração sanguínea, a fim de evitar a falência de outros órgãos. Classificação: MÉTODOS DIALÍTICOS MÉTODOS DIALÍTICOS Hemodiálise: Definição: Técnica de substituição da função renal que utiliza a via parenteral para conectá-la a uma máquina que atuará como um rim artificial e filtrar o sangue, removendo o excesso de água e toxinas do corpo. MÉTODOS DIALÍTICOS Hemodiálise: MÉTODOS DIALÍTICOS Hemodiálise: Indicação: Hipercapnia, Hipercalemia Acidose ou Alcalose Metabólica Sobrecarga de volume Uremia Intoxicação por drogas... MÉTODOS DIALÍTICOS Hemodiálise: Contra-Indicação: Não há contra-indicação absoluta Contra-indicação relativa: síndrome hepatorrenal, cirrose avançada com encefalopatia, malignidade avançada, demência multifatorial, doença de alzheimer. MÉTODOS DIALÍTICOS Hemodiálise : Cateter de Schilley O cateter implantado pelo nefrologista, tipo CVC Realizar curativo oclusivo com troca a cada 48h Manter cateter com óstio protegido e vias protegidas (técnica do sanduiche) e heparinizadas Sempre higienizar as mãos antes de manipulá-lo MÉTODOS DIALÍTICOS Hemodiálise : Fístula Arterio Venosa (FAV) Procedimento realizado pelo vascular Realizar curativo durante período de cicatrização Realizar punção durante a diálise, tendo o cuidado de realizar curativo com média compressão após a sessão Poupar membro em que se encontra a FAV MÉTODOS DIALÍTICOS Diálise Peritoneal: Definição: Técnica de substituição da função renal que utiliza a membrana peritoneal, que atua como um filtro do sangue, removendo o excesso de água e toxinas do corpo, pelo processo de osmose. MÉTODOS DIALÍTICOS Diálise Peritoneal: MÉTODOS DIALÍTICOS Diálise Peritoneal: MÉTODOS DIALÍTICOS Diálise Peritoneal: Indicação: Pacientes que preferem DP à HD Pacientes que não toleram HD ICC, ICo, dificuldade de acesso vascular MÉTODOS DIALÍTICOS Diálise Peritoneal: Contra-Indicação: Perda documentada da função peritoneal Aderências: limita o implante ou fluxo do dialisato Incapacidade física ou mental de realizar trocas Defeitos não-passíveis de correção: hérnia abdominal ou diafragmática irreparável, extrusão de bexiga. MÉTODOS DIALÍTICOS Diálise Peritoneal: Cateter de Tenckoff: O cateter é implantado cirurgicamente (LAPE) Realizar curativo oclusivo durante cicatrização (45d) Higienizar o local de inserção com água e sabão neutro. Mantenha-o fixado a pele, respeitando sua curvatura Sempre higienizar as mãos antes de manipulá-lo MÉTODOS DIALÍTICOS Diálise Peritoneal: Cateter de Tenckoff: Obrigado!
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