Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROCEDIMENTOS INVASIVOS DE ALTA COMPLEXIDADE Monitorização Hemodinâmica à beira do leito - 1 PROFª ESP. ALINE MAFRA São Luís, Outubro de 2017 O QUE É MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA INVASIVA É a observação metódica de parâmetros clínico-laboratoriais, mensuráveis de maneira objetiva, que permitirão a vigilância contínua de um sistema do organismo, fornecendo dados para orientação diagnóstica e terapêutica. Visa a medição frequente e repetida das variáveis fisiológicas DEFINIÇÃO: Estudo dos movimentos e pressões da circulação sanguínea. DEFINIÇÃO: Fornecer informações das pressões intravasculares Auxiliar o diagnóstico dos distúrbios cardiovasculares Orientar as terapias para minimizar a disfunção cardiovascular Tratar distúrbios e avaliar a resposta a terapia Estabelecer prognóstico com os dados obtidos PROPÓSITO: Reconhecer e avaliar os possíveis problemas, em tempo hábil, objetivando estabelecer uma terapia imediata adequada. FINALIDADE: Avaliação e interpretação dos dados hemodinâmicos RESPONSABILIDADE: Enfermeiro Médico Intensivista MÉTODOS: Manômetros de Água ou Mercúrio: - O cateter intravascular é preenchido com líquido e conectado diretamente a uma coluna de água (PVC) ou a uma coluna de mercúrio (PAM) graduadas. MÉTODOS: Manômetro de água Manômetro de Mercúrio MÉTODOS: Transdutores Eletrônicos de Pressão - O cateter intravascular é preenchido com líquido e conectado a um eletromanômetro, que transforma o impulso mecânico em impulso elétrico. Transdutor de Pressão MÉTODOS: IMPULSO MECÂNICO IMPULSO ELÉTRICO TIPOS DE MONITORIZAÇÃO INVASIVA: Monitorização da PVC Monitorização da PAM Monitorização da PAOP Monitorização da PIA Monitorização da PIC MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC) É a medida de pressão venosa sistêmica ao nível do AD Mede a Pré – carga do ventrículo direito. Mede a capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diástole PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC) TESTE DE PROVA VOLÊMICA Visto que 60% do volume do sangue é contido no leito venoso, a PVC é importante para avaliar excesso ou défict de volume de líquidos. PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC) É uma indicação do estado de hidratação e da função cardíaca direita, ou seja, dá informações da necessidade de infusão de líquidos. Em pacientes com reserva cardíaca e resistência vascular pulmonar normal, a PVC orienta o manuseio hemodinâmico global. INDICAÇÕES: Monitorar pacientes hemodinamicamente instáveis, para guiar a reposição líquida e avaliar a função cardíaca PREPARO DO PACIENTE Posicionar paciente no leito: Dorsal/Fowler Garantir um Acesso venoso Central Acesso Central: Localiza-se no 1/3 inferior da Veia Cava Superior PREPARO DO PACIENTE ESCOLHA DO MÉTODO Intermitente (Coluna de Água) Contínuo (Transdutor de Pressão) ESCOLHA DO MÉTODO COMO ESCOLHER? Custo x Benefício ESCOLHA DO MÉTODO “A utilização de colunas de água para aferir PVC é limitada. Os valores verificados pela coluna d’água são diferentes daqueles obtidos de maneira eletrônica. Em UTI recomenda-se a verificação da PVC de forma eletrônica” (NETO, 2004). MÉTODO INTERMITENTE (cm/H2O) Separar Material Necessário: Régua de Nivelamento S.F. 0,9 % Equipo Press Flex Fita (esparadrapo) Suporte de Soro MÉTODO INTERMITENTE Encontrar o Eixo Flebostático (Ponto Zero) Ponto que elimina os efeitos da pressão atmosférica. 4ºEIC interseção com Linha axilar média Encontrar o Eixo Flebostático (Ponto Zero) Com a régua de nivelamento, encontre o eixo flebostático e marque no suporte de soro. MÉTODO INTERMITENTE Prepare o Sistema de Monitorização Conecte o equipo Press Flex ao SF0,9% Lave todas as vias do equipo, retirando todo o ar Posicione a fita métrica no suporte de soro “0” da fita deve ser posicionado no “0” do eixo flebostático marcado no suporte Posicione o equipo sobre a fita métrica “0” da equipo deve ser posicionado no “0” da fita métrica MÉTODO INTERMITENTE MÉTODO INTERMITENTE Conecte o equipo Press Flex na via distal do CVC MÉTODO INTERMITENTE Via do Soro Via da Aferição Via do Paciente EQUIPO PRESS FLEX MÉTODO INTERMITENTE Após conectar o equipo ao paciente Realizar Aferição da Monitorização: Abrir via do SF0,9% e via do paciente, deixando a via da coluna de aferição fechada. Essa etapa é para garantir que o acesso está pérvio. MÉTODO INTERMITENTE 2. Fechar via do SF0,9%, Manter via do paciente aberta e Abrir via da coluna de aferição 3. Observar queda da coluna de água na via de aferição do equipo até sua estabilização. A queda do líquido do equipo irá cair, oscilando, conforme o ritmo da respiração e irá estabilizar em um determinado valor da fita métrica. O valor onde ocorrer a estabilização do líquido é considerado o resultado da aferição. MÉTODO INTERMITENTE MÉTODO CONTÍNUO (mmHg) Separar Material Necessário: Bolsa Pressurizadora S.F. 0,9 % Equipo transdutor Régua de Nivelamento Suporte de Soro Fita (esparadrapo) Monitor Multiparamétrico MÉTODO CONTÍNUO Encontrar o Eixo Flebostático (Ponto Zero) Prepare o Sistema de Monitorização Conecte o equipo transdutor ao SF0,9% Encaixe o SF0,9% na Bolsa Pressurizadora Insufle a Bolsa Pressurizadora a 300mmHg Lave todas as vias do equipo, retirando todo o ar MÉTODO CONTÍNUO Posicione o equipo sobre o suporte de soro “0” da equipo deve ser posicionado no “0” do eixo flebostático marcado no suporte “0” do equipo transdutor é a Porta de Calibração Conecte o equipo transdutor na via distal do CVC MÉTODO CONTÍNUO Cateter Venoso Central MÉTODO CONTÍNUO Bolsa Pressurizadora 300mmHg MÉTODO CONTÍNUO Via do Soro Via Monitor Via do Paciente EQUIPO TRANSDUTOR Porta de Calibração Snap Tab Monitor MÉTODO CONTÍNUO Porta de Calibração Via Monitor Snap-Tab EQUIPO TRANSDUTOR MÉTODO CONTÍNUO Conectar a via do equipo ao cabo do monitor Ao conectar ao monitor multiparamétrico, surgirá uma linha de pressão no monitor Realizar calibração do sistema: Zerar Sistema O valor da PVC aparecerá no monitor de maneira contínua (on line). VALORES DE NORMALIDADE INTERMITENTE: 8 a 12 cm/H2O CONTÍNUO: 2 a 8 mmHg Divide-se o valor por 1,36 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Hipervolemia (bradicardia) Insuficiência do VD Tamponamento cardíaco Sobrecarga de volume de líquidos Hipertensão Pulmonar Doença de válvula tricúspide Insuficiência crônica do VE INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Hipovolemia (taquicardia) Vasodilatação venosa: Sepse, drogas ou causas neurológicas FATORES DE INTERFERÊNCIA Em relação ao paciente: Mudança de posição no leito Movimentação excessiva Movimentos respiratórios amplos Uso de VM com pressão inspiratória ou PEEP, pois ocorrerá diminuição do retorno venoso FATORES DE INTERFERÊNCIA Em relação ao cateter e sistemas de conexão: Mau posicionamento da ponta do cateter Coágulo no cateter Cateteres muito finos ou de alta complascência Presença de bolhas de ar no sistema Cateteres dobrados ou estrangulados FATORES DE INTERFERÊNCIA Em relação ao sistema de mensuração: Zero de referência inadequadamente posicionado Alteração da membrana do transdutor Transdutor calibrado inadequadamente Pequena faixa de resposta da coluna de água em relação aos parâmetros hemodinâmicos PVC e ECG MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA (PAM) É a medida de Pressão Arterial durante todo o ciclo cardíaco obtida através de um cateter introduzido na artéria. PAM = PaS + (2xPaD) 3 PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA (PAM) CURVA DA PRESSÃO ARTERIAL Pico Sistólico: corresponde a despolarização ventricular e a abertura das válvulas semilunares. 1ª onda: precedida pelo complexo QRS do ECG 2. Nó dicrótico: corresponde à queda da pressão ventricular e ao fechamento das válvulas semilunares. 2ª onda: Separa a sístole da diástole. PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA (PAM) 3. Pressão diastólica final INDICAÇÕES:Instabilidade Hemodinâmica Uso EV de drogas vasopressoras ou vasodilatadoras (DVA) Cirurgia Cardiopulmonar Grandes cirurgias neurológicas, vasculares, torácicas e abdominais Necessidade de glicemia e gasometria arterial várias vezes ao dia CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS Doença vascular periférica Doenças Hemorrágicas Áreas infectadas Uso de anticoagulantes ou Trombolíticos PREPARO DO PACIENTE Posicionar paciente no leito: Dorsal/Fowler Garantir um Acesso Arterial Escolher a artéria: Radial Ulnar Femural Pediosa PREPARO DO PACIENTE Realizar Teste de Allen (radial) PREPARO DO PACIENTE TESTE DE ALLEN Comprimir simultaneamente as artérias radial e ulnar com os polegares Estimular o paciente para abrir e fechar a mão Enquanto comprime a artéria radial solte a artéria ulnar e observe a coloração da mão. Quando a circulação colateral está adequada a mão recupera a coloração em 5 a 10 segundos MÉTODO CONTÍNUO (mmHg) Separar Material Necessário: Cateter Arterial Bolsa Pressurizadora S.F. 0,9 % Equipo transdutor Régua de Nivelamento Suporte de Soro Fita (esparadrapo) Monitor Multiparamétrico MÉTODO CONTÍNUO Realizar a Punção Arterial Prepare o Sistema de Monitorização Conecte o equipo transdutor ao SF0,9% Encaixe o SF0,9% na Bolsa Pressurizadora Insufle a Bolsa Pressurizadora a 300mmHg Lave todas as vias do equipo, retirando todo o ar MÉTODO CONTÍNUO Conecte o equipo transdutor no cateter arterial Encontrar o Eixo Flebostático (Ponto Zero) Posicione o equipo sobre o suporte de soro “0” do equipo deve ser posicionado no “0” do eixo flebostático marcado no suporte “0” do equipo transdutor é a Porta de Calibração MÉTODO CONTÍNUO Conectar a via do monitor ao monitor (cabo) Ao conectar ao monitor multiparamétrico, surgirá uma linha de pressão no monitor Realizar calibração do sistema: Zerar Sistema O valor da PAM aparecerá no monitor de maneira contínua (on line). PUNÇÃO DE CATETER DE PAM PUNÇÃO DE CATETER DE PAM MÉTODO CONTÍNUO Cateter Arterial VALORES DE NORMALIDADE PAM = 65 a 100mmHg COMPLICAÇÕES Embolização arterial Insuficiência Vascular Necrose Isquêmica Infecção Espasmo arterial Hematoma local VANTAGENS Método contínuo e mais confiável Método invasivo e maior risco de complicações Necessidade de equipe treinada Risco de interpretação de resultados errados DESVANTAGENS FATORES DE INTERFERÊNCIA ATENÇÃO COM O ALINHAMENTO DOS TRANDUTORES: Transdutor abaixo do ponto zero aumenta níveis pressóricos; Transdutor acima do ponto zero diminui níveis pressóricos; PAM e ECG Obrigado!
Compartilhar