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PROCEDIMENTOS INVASIVOS DE ALTA COMPLEXIDADE Monitorização Hemodinâmica à beira do leito - 2 PROFª ESP. ALINE MAFRA São Luís, Outubro de 2017 MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO DA ARTÉRIA PULMONAR PRESSÃO DA ARTÉRIA PULMONAR (PAP) É a medida da Pressão da Artéria Pulmonar Avalia a função do estado vascular pulmonar Utiliza o cateter de Swan-Ganz, conhecido como cateter de termodiluição. Não é utilizado para tratamento e sim para definição de DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO. Monitorizar as mudanças do estado hemodinâmico Orientar a terapêutica com agentes farmacológicos e não farmacológicos Fornecer dados indicativos de prognóstico PROPÓSITO: INDICAÇÕES: Doenças Cardiovasculares: Complicações do IAM: diagnóstico precoce do choque cardiogênico, manejo da expansão volêmica no suporte farmacológico Insuficiência Cardíaca Refratária: manejo do paciente com ICC, otimizando o Balanço Hídrico e a redução da pós-carga Hipertensão Pulmonar: usado para excluir causas secundárias, resposta à vasodilatadores e otimizar doses de prostaglandinas Choque e Instabilidade Hemodinâmica: auxilia na classificação do choque e melhora do manejo da reposição volêmica e ao uso DVA. INDICAÇÕES: Período Perioperatório: Cirurgias de alto risco Doenças Cardiorrespiratórias Graves: DPOC, ICC... Politraumatizado grave: > 3 órgãos afetados Sangramento agudo acentuado: Ht <20% Falência Respiratória: PaO2/FiO2 <200; VM > 48horas; PaO2 < 60, com FiO2> 40%. Insuficiência Renal ou Hepática Aguda INDICAÇÕES: Doença vascular avançada, envolvendo Aorta Alterações nutricionais graves Sepse ou Choque Séptico: direcionar terapêutica Doenças Pulmonares: Diagnóstico diferencial: EAP cardiogênico e não cardiogênico SARA, Doença vascular pulmonar, Doença Pulmonar intersticial e obstrutiva CONTRA-INDICAÇÕES: Pacientes com Sepse recorrente Pacientes com Hipercoagulabilidade Pacientes com alteração do ritmo cardíaco Síndrome de Wolff-Parkinson-White DESCRIÇÃO DO CAP Cateter de Swan-ganz Descrição do cateter: Neonatal: 3 French Pediátrico: 5 French Adulto: 7 French Tamanho Adulto: 85 a 110 cm DESCRIÇÃO DO CAP A) VIA PROXIMAL: medir PVC e colheita de sangue B) VIA DISTAL: medir PAP e colheita de sangue C) VIA DO BALÃO: auxilia na migração e no encunhamento do cateter D) TERMISTOR: mede a temperatura sanguínea na AP E) VIA EXTRA PARA MEDICAÇÃO (2 Vias) PUNÇÃO DO CAP Separar Material Necessário: Cateter de Swan-ganz e introdutor Monitor Multiparamétrico Equipamentos para monitorização Sistema de pressurização de pressões Régua de Nivelamento Suporte de Soro Fita (esparadrapo) PUNÇÃO DO CAP Posicionar paciente para a passagem do cateter Manter carro de PCR próximo ao leito Monitorizar paciente durante todo o procedimento A passagem do cateter é realizada pelo médico Auxiliar médico na passagem no cateter A integridade do balonete deve ser testado PUNÇÃO DO CAP Locais de punção: VJID/E ou VSCD/E Reconhecimento das curvas de pressão no monitor Conectar cabos e extensões Avaliação contínua dos parâmetros dos paciente Após inserção do cateter realizar RX para confirmação da posição VALORES DE NORMALIDADE PAoP= 8 a 12 mmHg PAPS = 15 a 20mmHg PAPD = 4 a 12 mmHg INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS PAPS elevada: Hipervolemia PAPD elevada: Doença de parênquima pulmonar, Embolia Pulmonar PAP diminuído Hipovolemia COMPLICAÇÕES: Relacionadas a Punção Venosa: Pneumotórax Síndrome de Homer Lesão transitória do nervo frênico Relacionadas a Passagem do Cateter: Arritmias Ruptura da Artéria Pulmonar Perfuração do VD COMPLICAÇÕES: Relacionadas a permanência do CAP: Trombose venosa no local Infarto Pulmonar Sepse MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL PRESSÃO INTRA-ABDOMINAL (PIA) É a medida da pressão uniforme e oculta no interior da cavidade abdominal, oriunda da interação entre a parede abdominal e as vísceras em seu interior, oscilando de acordo com a fase respiratória e a resistência da parede abdominal. Estimado pela pressão da bexiga cheia PROPÓSITO: Mensurar a pressão do compartimento abdominal. O compartimento abdominal possui complacência limitada e quando é submetido a pressões acima da fisiológica, pode ocorrer alteração da perfusão tecidual, com possível desenvolvimento de isquemia e alterações circulatórias importantes. INDICAÇÕES: Oligúria Hipóxia Trauma abdominal Distensão abdominal P.O de cirurgias abdominais Redução do débito cardíaco Hemorragia gastrointestinal devido isquemia intestinal PREPARO DO PACIENTE Posicionar paciente no leito: Dorsal/Supina Posição supina completa Ausência de contratura abdominal Ao final da expiração. Realizar passagem de SVD 3 vias PREPARO DO PACIENTE ESCOLHA DO MÉTODO Intermitente (Coluna de Água) Contínuo (Transdutor de Pressão) ESCOLHA DO MÉTODO COMO ESCOLHER? Custo x Benefício MÉTODO INTERMITENTE (cm/H2O) Separar Material Necessário: Régua de Nivelamento S.F. 0,9 % Equipo Press Flex Fita (esparadrapo) Suporte de Soro MÉTODO INTERMITENTE Encontrar o Ponto Zero Ponto que elimina os efeitos da pressão atmosférica. Linha média axilar ao nível da crista ilíaca Encontrar o Ponto Zero Com a régua de nivelamento, encontre o ponto zero e marque no suporte de soro. MÉTODO INTERMITENTE Prepare o Sistema de Monitorização Conecte o equipo Press Flex ao SF0,9% Lave todas as vias do equipo, retirando todo o ar Posicione a fita métrica no suporte de soro “0” da fita deve ser posicionado no ponto “0” no suporte Posicione o equipo sobre a fita métrica “0” da equipo deve ser posicionado no “0” da fita métrica MÉTODO INTERMITENTE Conecte o equipo Press Flex na via da SVD (3 vias) MÉTODO INTERMITENTE Via do Equipo Via da bolsa coletora Via do balão Após conectar o equipo ao paciente Realizar Aferição da Monitorização: Fechar via da bolsa coletora Abrir via do SF0,9% e via do paciente, infundindo de 25 a 50ml, deixando a via da coluna de aferição fechada. Essa etapa é para garantir que a bexiga está cheia e a sonda não está obstruída. MÉTODO INTERMITENTE 2. Fechar via do SF0,9%, Manter via do paciente aberta e Abrir via da coluna de aferição 3. Observar queda da coluna de água na via de aferição do equipo até sua estabilização. A queda do líquido do equipo irá cair, oscilando, conforme o ritmo da respiração e irá estabilizar entre dois valores próximos da fita métrica. O valor onde ocorrer a estabilização do líquido, que coincidir com a fase expiratória é considerado o resultado da aferição. MÉTODO INTERMITENTE MÉTODO CONTÍNUO (mmHg) Separar Material Necessário: Bolsa Pressurizadora S.F. 0,9 % Equipo transdutor Régua de Nivelamento Suporte de Soro Fita (esparadrapo) Monitor Multiparamétrico MÉTODO CONTÍNUO Encontrar o Ponto Zero Prepare o Sistema de Monitorização Conecte o equipo transdutor ao SF0,9% Encaixe o SF0,9% na Bolsa Pressurizadora Insufle a Bolsa Pressurizadora a 300mmHg Lave todas as vias do equipo, retirando todo o ar MÉTODO CONTÍNUO Posicione o equipo sobre o suporte de soro “0” da equipo deve ser posicionado no ponto “0” marcado no suporte “0” do equipo transdutor é a Porta de Calibração Conecte o equipo transdutor na via da SVD (3 vias) MÉTODO CONTÍNUO Conectar a via do equipo ao cabo do monitor Ao conectar ao monitor multiparamétrico, surgirá uma linha de pressão no monitor Realizar calibração do sistema: Zerar Sistema O valor da PIA aparecerá no monitor de maneira contínua. ATENÇÃO: Só considerar valores quando paciente em condições adequadas. VALORES DE NORMALIDADE INTERMITENTE: 0 a 15 cm/H2O CONTÍNUO: 0 a 12 mmHg Divide-se o valor por 1,36 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS PRESSÃO DE PERFUSÃO ABDOMINAL (PPA) PPA = PAM – PIA 65 a 100mmHg MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA PRESSÃO INTRACRANIANA (PIC) É a medida da pressão exercida pelo volume da caixa craniana PRESSÃO INTRACRANIANA (PIC) A PIC é exercida pelo volume combinado de 3 componentes: Componente Parenquimatoso: constituído pelo tecido encefálico Componente liquórico: constituído pelo LCR Componente vascular: caracterizado pelo sangue circulante. Alterações no volume de um dos componentes, bem como adição de uma lesão, podem levar a um aumento da PIC. PROPÓSITO: Monitorar PIC continuamente Orientar a terapêutica e os cuidados de enfermagem. Detectar precocemente HIC, permitindo a suspeita das lesões com efeito de massa e com risco de herniação. Auxiliar na determinação do prognóstico Limitar tratamentos indiscriminado para reduzir a PIC Quando o cateter em posição ventricular permite a drenagem e controle do LCR INDICAÇÕES: Glasgow <9 com CT de crânio anormal (hematomas, contusões, edemas ou compressão das cisternas) Glasgow <9, com CT de crânio normal, com 2 ou mais dos seguintes itens: idade > 40 anos, PAS < 90 mmHg e postura de decorticação ou descerebração. Tratamento do TCE grave PO cirurgias neurológicas de grande porte Tumores cerebrais Acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) PREPARO DO PACIENTE Posicionar paciente no leito: Semi-Fowler (30º) Cabeça centralizada com alinhamento corporal Evitar compressões das jugulares Evitar flexão de quadril Realizar passagem do cateter de PIC (neurocirurgião) PREPARO DO PACIENTE CALIBRAÇÃO DA DVE E PIC Encontrar o Ponto Zero Lóbulo superior do pavihão auricular Prepare o Sistema de Monitorização Posicione o equipo sobre o suporte de soro Sempre questionar ao neurocirurgião, em quantos centímetros deve ser posicionado o zero do equipo. A bolsa coletora irá captar o LCR que drenar. Tal drenagem irá ocorrer quando PIC estiver superior à pré-estabelecida pelo “0” do equipo. Conectar cabo de fibra óptica ao monitor de PIC CALIBRAÇÃO DA DVE E PIC SISTEMA DE DVE VALORES DE NORMALIDADE PIC = 0 a 15mmHg INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS PRESSÃO DE PERFUSÃO CEREBRAL (PPC) PPC = PAM – PIC 70 a 100mmHg INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS HIC leve: 15 a 20mmHg HIC moderada: 20 a 40mmHg HIC grave: > 40mmHg Obrigado!
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