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Importância dos Jogos na Educação Infantil

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A APLICAÇÃO DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
SILVA, Juscelino Marques da �
SILVA, Alessandra Andrade �
RESUMO
O presente artigo objetiva pesquisar a importância da Aplicação dos Jogos na Educação Infantil, analisando a realidade das escolas de um modo geral relacionando e estabelecendo relações entre os pensamentos dos estudiosos quanto à importância da aplicação dessa metodologia nas práticas observadas. A metodologia se deu através de pesquisa bibliográfica e análise de teorias de autores e o resultado foi baseado no sucesso da conscientização da importância de se trabalhar com a jogos nas seres iniciais. Considerando as análises realizadas e estudos de vários estudiosos, percebeu-se a necessidade de aplicação de atividades lúdicas como os jogos dentro da sala de aula, principalmente no âmbito da Educação Infantil, considerando que as mesmas potencializam e auxiliam no desenvolvimento das crianças, nos diferentes aspectos (cognitivo, físico, psicológico, motor e social). Comprovou-se que a aplicação dos jogos na Educação Infantil é um fator positivo na construção do conhecimento dos alunos durante a infância, desenvolvendo neles a imaginação, raciocínio, criatividade e espontaneidade na construção do sistema de representação (leitura e escrita). Entende-se que é fundamental a reflexão sobre a prática docente no dia-a-dia das instituições de ensino de Educação Infantil, a fim de modificá-la, no que se refere à aplicabilidade da ludicidade em sala de aula
Palavras-chave : Aplicação de Jogos. Educação Infantil. Reflexão Docente.
ABSTRACT
This article aims to investigate the importance of the Games Application in Early Childhood Education, analyzing the reality of schools in general, relating and establishing relationships between the thoughts of scholars about the importance of applying this methodology in the practices observed. The methodology was based on bibliographical research and analysis of theories of authors and the result was based on the success of the awareness of the importance of working with games in the initial beings. Considering the analyzes carried out and studies of several scholars, it was noticed the need to apply play activities such as games within the classroom, especially in the scope of Early Childhood Education, considering that these potentiate and assist in the development of children, in different aspects (cognitive, physical, psychological, motor and social). It was verified that the application of games in Early Childhood Education is a positive factor in the construction of the knowledge of students during childhood, developing in them the imagination, reasoning, creativity and spontaneity in the construction of the representation system (reading and writing). It is understood that it is fundamental the reflection on the teaching practice in the day-to-day of the institutions of education of Infantile Education, in order to modify it, with respect to the applicability of the playfulness in classroom.
	
1 INTRODUÇÃO
Desde a Grécia antiga, um dos maiores pensadores, Platão (427-348), afirmava que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos, praticados em comum pelos dois sexos (masculino e feminino), sob a vigilância e em jardins de crianças. Entre os egípcios, romanos, maias, os jogos serviram de meios para a geração mais jovem aprender com os mais velhos valores e conhecimentos, bem como normas dos padrões de vida social.
Com a influência do cristianismo, os jogos foram perdendo seu valor, eram considerados profanos e imorais e sem nenhuma significação. A partir do século XVI, os humanistas começaram a perceber o valor educativo dos jogos, e os colégios jesuítas foram os pioneiros a recolocá-los em prática. 
No contexto educacional precisamos resgatar o jogo, como um recurso educativo, que serve como auxiliar da ação docente, buscando resultados em relação à aprendizagem de conceitos, e noções ou, mesmo, ao desenvolvimento de algumas habilidades.
Por isso, são importantes na prática educacional, estratégias metodológicas que respondam aos objetivos formulados. Essa metodologia deve ser construída, levando-se em conta a realidade de cada grupo de crianças, a partir de atividades que constituam desafios e seja significativas, capazes de incentivar a descoberta, a criatividade e a criticidade.
Os jogos não são apenas uma forma de divertimento ou contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual? 
Através dos jogos e brincadeiras pode ser interessante e desafiadora, propiciando oportunidades para que todos participem permitindo a autoavaliação, o desenvolvimento habilidades de comportamento, pois através dela é possível criar situações para que os alunos aprendam a trabalhar em equipe e desenvolvam a criatividade, bom humor, imaginação e capacidade de adaptação a diferentes ambientes. Tais habilidades são muito importantes e caracterizam o homem competente para bem viver em sociedade.
Pretende-se evidenciar a relevância do jogo no ensino aprendizagem na educação infantil. E, ainda descrever a história do jogo na educação; distinguir jogos cooperativos dos competitivos e apontar os jogos mais adequados para educação infantil. A metodologia será através de pesquisa bibliográfica. A fundamentação teórica será utilizada como justificativa da própria pesquisa. O principal passo para esta pesquisa científica se dará mediante a revisão de literaturas que abortam o tema ludicidade. Para Lakatos e Marconi (1987), a pesquisa bibliográfica se refere ao levantamento da documentação de toda a bibliografia publicada sobre o assunto. Assim, nossa pesquisa será baseada na seleção de livros, revistas, sites de internet, teses e dissertações que tratam a respeito do assunto.
2. A APLICAÇÃO DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Nota-se que novos sentimentos surgiram no processo educativo, adotando-se os jogos que até então haviam sidos proscritos e tolerados como mal menor. Os jesuítas editaram o latim tratados de ginástica que forneciam regras dos jogos recomendados e passaram a ampliar nos colégios dança a comedia e os jogos de azar, transformados em práticas educativas para aprendizagem da ortografia e da gramática. Segundo Aires (2008, p. 112):
“Os padres compreenderam desde o início que não era possível nem desejável suprimi-los ou mesmo fazê-los depender de permissões precárias e vergonhosas. Ao contrário, propuseram-se a assimilá-los e a introduzi-los oficialmente em seus programas e regulamentos e controlá-los. Assim disciplinados os jogos, reconhecidos como bons, foram admitidos, recomendados e considerados a partir de então como meios de educação estimáveis quanto os estudos”.
Pestalozzi (1996) observa o processo do desenvolvimento psicológico do aluno, abrindo novos rumos para a educação moderna. Segundo ele, a escola é uma verdadeira sociedade, na qual o senso de responsabilidade e as normas de cooperação são suficientes para educar as crianças, e o jogo é um fator decisivo que enriquece o senso de responsabilidade e fortifica as normas de cooperação. Para Pestalozzi (1996) é natural quando se fala da criança no jogo. Ele, e seus parceiros estão lá espontaneamente, exercendo o seu poder de escolha quanto ao destino que dará ao seu tempo. O desenrolar da brincadeira seguirá regras que ele consente ou que foram negociadas livremente entre os seus pares. E sua participação estará condicionada às suas habilidades, astúcia e o planejamento em usá-las, em total liberdade, sem influências. 
 “O jogo é para a criança um fim em si mesmo, ele deve ser para nós um meio de educar, de onde seu nome jogo educativo que toma cada vez mais lugar na linguagem da pedagogia maternal” (KISHIMOTO, 2008, p.35). Na escola há necessidade de um jogo controlado, como suporte da ação docente, um recurso de ensino para o professor e, ao mesmo tempo, um fim em si mesmo para a criança que só quer brincar. 
Utilizar jogos em contextos educacionais com crianças que apresentam dificuldadesde aprendizagem pode ser eficaz em dois sentidos: garantir-lhes-ia, de um lado, o interesse, a motivação há tanto reclamada pelos seus professores, e, por outro lado, estaria atuando a fim de favorecer a aprendizagem de conteúdos. Muitas vezes, pela pobreza de oportunidades, é-lhes imputado um fracasso que traça para elas um caminho de desesperança, evasão e repetência (KISHIMOTO 2002).
É de fundamental importância que os educadores redescubram seu papel de pesquisador, buscando novos conhecimentos através de leitura, cursos, entrevistas, palestras, ações que lhes darão embasamento e coragem para enfrentar o “novo”. Com esta nova concepção de escola os educadores precisam preparar-se para conduzir o processo de construção do conhecimento. 
Nesse pressuposto, segundo Almeida (2000, p. 123) recomenda-se ao professor algumas atitudes na aplicação dos jogos:
Ser dinamizador; Ser um desafiador, um estimulador da inteligência; ser um problematizador, desafiando os alunos a encontrar soluções para os problemas; discutir e analisar com os alunos, as reações e atitudes dos participantes durante o jogo; ter consciência do que faz e saber por que faz; ser um libertador não temer julgamento dos outros; motivador, mostrando firmeza, segurança, passando-lhes a confiança necessária; ter uma variedade de jogos e técnicas, descobrir, reinventar; adaptar-se à realidade, ter flexibilidade; possibilitar aos alunos assumir lideranças, dando-lhes espaços para conduzir os jogos; troca de experiência e buscar novos conhecimentos; preparar e conscientizar os alunos para os jogos em grupo vivenciando os princípios básicos das dinâmicas de grupo; relatar e publicar experiências para que os outros possam conhecê-las e enriquecer-se.
“O professor é mais que um orientador ele deve ser um desafiador colocando dificuldades progressivas no jogo, como uma forma de avançar nos seus propósitos de promover o desenvolvimento ou para fixar aprendizagens. Esse é, o grande papel do professor enquanto educador lúdico e criativo” (FRIEDMANN 1996, p.75)
Os jogos pedagógicos são excelentes recursos que o professor pode utilizar no processo de ensino aprendizagem, pois eles contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual e social do educando.
Podem ser interessantes e desafiadores propiciando oportunidades para que todos participem permitindo a autoavaliação no final de cada jogo. Sendo assim, desenvolver habilidades de comportamento, pois através deles é possível criar situações para que os alunos aprendam a trabalhar em equipe e desenvolvam a criatividade, bom humor, imaginação e capacidade de adaptação a diferentes ambientes. Tais habilidades são muito importantes e caracterizam o homem competente para bem viver em sociedade.
Como afirma Piaget (1991; 23) “O confronto de diferentes pontos de vista, essencial ao desenvolvimento do pensamento lógico, está sempre presente no jogo, o que torna essa situação particularmente rica para estimular a vida social e a atividade construtiva do indivíduo. Ao tomar decisões usando as regras propostas pelo jogo, os educandos constroem seus limites agindo como sujeito da aprendizagem”.
Deve-se considerar que a prática de jogos só acontece de diferentes disciplinas, pois representam excelente recurso para o professor atua como orientador nesse processo, criando um ambiente estimulador, organizado e capaz de atingir os objetivos propostos pelo jogo, assim sendo, o uso pedagógico de jogos, visa favorecer a aprendizagem e contribuir na avaliação do aluno.
Os jogos podem ser usados nas diferentes disciplinas, pois, representam excelente recurso para o professor diversificar suas aulas é um instrumento bastante eficaz para o domínio de conteúdos fundamentais, visando e a compreensão do conteúdo na forma oral e escrita. Outro aspecto bastante relevante é a aplicação dos mesmos no desenvolvimento social e afetivo das crianças das séries iniciais da educação básica.
Criam-se assim algumas dificuldades com as novas formas lúdicas de ensinar passando a reproduzir os jogos, mais, comuns existentes em livros didáticos; têm dificuldade de adaptar os jogos à sua clientela e às suas necessidades; ficam muito preocupados com a qualidade dos conteúdos a serem trabalhados e não usufruem o quanto poderiam da prática de jogos pedagógicos no ensino aprendizagem.
Através do jogo a criança libera e canaliza suas energias, tem o poder de transformar uma realidade difícil, libera suas fantasias e o jogo se transforma em uma grande fonte de prazer e interação social.
Vygotsky (1988, 43):
“Deixa claro que, nos primeiros anos de vida, a brincadeira é a atividade predominante e constitui fonte de desenvolvimento ao criar zonas de desenvolvimento proximal. Ao prover uma situação imaginativa por meio da atividade livre, a criança desenvolve a iniciativa, expressa seus desejos e internaliza as regras sociais”.
O jogo é integrador, há sempre uma novidade; o que é fundamental para despertar o interesse do educando, e a medida que ele participa do jogo vai descobrindo e construindo o seu mundo acreditamos que é um dos meios mais propícios à construção do conhecimento e para exercê-la o educando utiliza o sensório-motor, pois, todo o seu corpo é acionado juntamente com seu pensamento e ainda é desenvolvida sua habilidade operatória que desenvolvam a identificação, observação, comparação, análise, conhecendo assim suas possibilidades e desenvolvendo cada vez mais a autoconfiança.
Os jogos tornam-se mais significativos à medida que a criança se desenvolve através da manipulação de materiais variados, ela poderá reinventar coisas, reconstruir objetos. Sendo uma ótima proposta pedagógica na sala de aula, porque proporcionam a relação entre parceiros e grupos, o que é um fator de avanço cognitivo, pois durante os jogos a criança estabelece decisões, conflito com seus adversários e reexamina seus conceitos.
Durante os jogos, a criança experimenta um sentimento de prazer ante o descobrimento do novo e suas possibilidades de intervenção. Sendo assim, passam a ter significados positivos e de grande utilidade quando o professor proporciona-se um trabalho coletivo, de cooperação, de comunicação e socialização.
Segundo Piaget (1996, p.5-6) “o jogos não são apenas uma forma de divertimento, mas são meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Para manter o seu equilíbrio com o mundo, a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar”.
Os jogos em grupos exigem identificação do aluno com o grupo, geram direitos e deveres, ensinando-o a conviver e a participar mantendo sua individualidade. É importante também que durante os jogos as crianças tenham oportunidade de construir suas próprias regras. Com isso não são recomendados apenas com a intenção de que a criança aprende a jogar, mas sim como uma maneira de conseguir objetivos mais amplos da educação. 
Os jogos de grupos existem há bastante tempo, mas sua importância educacional era muito limitada. Através da perspectiva piagetiana, foram redescobertos como atividades que estimula o desenvolvimento e o seu aprendizado. Formas indicadas para a criança ser estimulada e favorecendo sua vida social. 
Segundo Piaget (1974, p. 158) :
“Jogando, elas chegam a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permaneceriam exteriores à inteligência infantil. É por isso que, pela própria evolução interna, os jogos das crianças se transformam pouco a pouco em construção adaptada, exigindo sempre mais do trabalho efetivo, a ponto de, nas classes pequenas de uma escola ativa, todas as transições espontâneas ocorrerem entre o jogo e o trabalho”.
As crianças descobrem a possibilidade de dar forma ao mundo, vendo, experimentando, manipulando as coisas, passando a registrar fatos na memória, mas também a recriá-los.
Os jogos são extrema importância por serem atividades que proporcionam oportunidades de autonomia, autorrealização, satisfação, descobertas em novas relações e socialização. No jogo, a criança se encontra numclima lúdico, dentro do qual a realidade tem conteúdo e simbologia própria. Quando a criança joga e brinca o mundo das emoções e da sensibilidade, não se restringe, mas também exercita a inteligência, evolução do pensamento e de todas as funções mentais.
O desenvolvimento das atividades lúdicas deve-se ao brinquedo, por estar sendo um aliado e facilitar e despertar a curiosidade, a imaginação e a invenção. Os tempos evoluíram, a garotada esta cada vez mais precoce. A mudança de atitude dos adultos para com os recém nascidos ocasionou alterações no seu desenvolvimento infantil, por meio dos estímulos que a criança recebe ao longo dos primeiros anos de vida com a modernidade as famílias são menos numerosos, os pais trabalham fora, crianças frequentam creches, escolinhas maternais os berçários recebem estímulos diferenciados daqueles que eram criadas em casa, com irmão e que só saíam para escola com sete anos.
Segundo Cunha (2002, p.21), “a evolução do ser humano depende da evolução da consciência e o papel da educação é também o de provocar a expansão do potencial das crianças” não somente a nível cognitivo, mas também em nível de consciência. As crianças nos dias de hoje são muito estimuladas, por isso, são mais inteligentes, mais espertas do que as de algumas décadas atrás.
Portanto faz parte da educação estar preparando os educadores para lidar com este desenvolvimento precoce de nossas crianças, pois elas mudaram e nós precisamos rever conceitos atualizar metodologia percebendo que a criança de hoje é extremamente questionadora. O aluno não consegue ficar horas sentadas ouvindo uma aula expositiva, não aceita o que lhe é imposto sem saber porquê, ou principalmente para quê.
Segundo Almeida (1995, p.121): “Até nas aulas expositivas auxiliadas por recursos que atraiam atenção dos alunos é um jogo pedagógico. Da mesma forma, uma pesquisa, uma entrevista, uma experiência, uma leitura, um debate, um trabalho em grupo, poderá tornar-se um jogo se conseguir despertar o interesse e a motivação nos alunos”.
a necessidade de um jogo controlado, como suporte da ação docente, um recurso de ensino para o professor e, ao mesmo tempo, um fim em si mesmo para a criança que só quer brincar. “O jogo é para a criança um fim em si mesmo, ele deve ser para nós um meio de educar, de onde seu nome jogo educativo que toma cada vez mais lugar na linguagem da pedagogia maternal” (GIRARD, 1908, p.199).
Friedmann (1996, p.55) diz que “a educação deve ter preocupação de propiciar a todas as crianças um desenvolvimento integral e dinâmico”. Por ser essencialmente dinâmico, o jogo permite comportamentos espontâneos e improvisados, e da liberdade para tomada de decisões, e a criança direciona o jogo considerando o seu grupo e o contexto.
Hoje algumas escolas já estão dando o devido valor ao brincar. Estão levando cada vez mais as brincadeiras, os jogos e os brinquedos para a sala de aula. Os professores, aos poucos, estão buscando informações e enriquecendo suas experiências para entender o brincar e como utilizá-lo para auxiliar na construção do aprendizado da criança. Quem trabalha na educação de crianças deve saber que podemos sempre desenvolver a motricidade, a atenção e a imaginação de uma criança, brincando com ela. O lúdico é o parceiro do professor.
É preciso sem dúvida, reencontrar caminhos novos para a prática pedagógica escolar, uma espécie de libertação, de desafios. A educação lúdica pode ser uma boa alternativa que estará garantindo se o educador estiver preparado para realizá-lo.
O educador que tem que despertar na criança, paixão pelo estudo, aproveitando cada momento, cada situação para debater, discutir e proporcionar a aprendizagem. Quando o educando sente que o educador passa confiança, incentiva a autonomia do aluno buscando os conhecimentos e construindo-os prazerosamente. Também precisa estar preparado para atuar como animadores, guias, desafiadores e estimuladores de possibilidades. É necessário dominar o conhecimento específico, do contexto além de gosto e paixão pelas crianças e pela convivência com elas.
É de fundamental importância que os educadores re-descubram seu papel de pesquisador, buscando novos conhecimentos através de leitura, cursos, entrevistas, palestras, ações que lhes darão embasamento e coragem para enfrentar o “novo”. Com esta nova concepção de escola os educadores precisam preparar-se para conduzir o processo de construção do conhecimento. 
Nesse pressuposto, segundo Almeida (2000, p. 123), recomenda-se ao professor algumas atitudes na aplicação dos jogos: 
Ser dinamizador; Ser um desafiador, um estimulador da inteligência;
Ser um problematizador, desafiando os alunos a encontrar soluções para os problemas; 
Discutir e analisar com os alunos, as reações e atitudes dos participantes durante o jogo; 
Ter consciência do que faz e saber por que faz;
Ser um libertador não temer julgamento dos outros;
Motivador, mostrando firmeza, segurança, passando-lhes a confiança necessária;
Ter uma variedade de jogos e técnicas, descobrir, reinventar;
Adaptar-se à realidade, ter flexibilidade;
Possibilitar aos alunos assumir lideranças, dando-lhes espaços para conduzir os jogos;
Troca de experiência e buscar novos conhecimentos;
Preparar e conscientizar os alunos para os jogos em grupo vivenciando os princípios básicos das dinâmicas de grupo;
Relatar e publicar experiências para que os outros possam conhecê-las e enriquecer-se.
Para Friedmann (1996, p.75):
“O professor é mais que um orientador ele deve ser um desafiador colocando dificuldades progressivas no jogo, como uma forma de avançar nos seus propósitos de promover o desenvolvimento ou para fixar aprendizagens. Esse é, o grande papel do professor enquanto educador lúdico e criativo”.
Então, pode-se dizer que educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas o caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar o aluno tomar consciência de si mesmo, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros, oferecendo várias ferramentas para que o aluno possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores e sua visão de mundo. Preparando-o para vida e compreendendo o educando como um ser histórico-social capaz de construir seus próprios conhecimentos.
Aprender pode ser um processo prazeroso. Lopes (2000, p. 23) diz: “E muito mais fácil aprender por meio de jogos e isso é válido para todas as idades, desde o maternal até a fase adulta. O jogo possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta interesse no aprendiz, que se torna sujeito ativo do processo”.
Pode-se dizer que os jogos e as brincadeiras possibilitam às crianças o encontro com seus pares, fazendo com que interajam socialmente, quer seja no espaço escolar ou não. No grupo descobrem que não são os únicos sujeitos da ação, e que para alcançar seus objetivos precisam levar em conta o fato de que outros também têm objetivos próprios que querem satisfazer. 
Ressalta-se que as brincadeiras, os jogos, através de suas regras desenvolvem a capacidade de raciocinar, de julgar nas crianças (isto ao verificar o que é e o que não é apropriado ao momento), de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo o quanto isto é importante para dar início à atividade em si. Pois, “aprender isso tudo é infinitamente mais relevante para o desenvolvimento da criança como ser humano do que qualquer capacidade que possa desenvolver no jogo em si” (BETTELHEIM 1988, p.33). 
Isso evidência a importância do brincar, do lúdico, dos jogos no âmbito escolar. Contudo a certeza de que o brincar é fundamental no processo de ensino-aprendizagem, surgem indagações, tais como: será que os educadores estão preparados para lidar com estas questões do mundo infantil? 
Vale lembrar que as estruturas conscientes e/ou inconscientes existentes no adulto que ensina se refletem, fundamentalmente, na sua prática. Assim, um professor que nãosabe e/ou não gosta de brincar, dificilmente desenvolverá um "olhar sensível" para a prática lúdica do seu aluno, tão pouco reconhecerá o valor das brincadeiras na vida da criança. 
De acordo com Schön (apud FROEBEL, 1998) o professor tem que saber relacionar o processo de desenvolvimento infantil ao surgimento das brincadeiras, considerando que o brincar vai além das questões estritamente cognitivas, sendo, culturalmente, uma atividade humana. 
Professores que saibam jogar e não somente competir, o que de acordo com Leif & Brunnelle (apud FROEBEL, 1998), são fundamentais para assegurar a presença das atividades lúdicas em sala de aula, com reconhecimento do valor que lhes corresponde. Para isto, seria importante que a formação destes adultos considerasse este ponto, permitindo-lhes sentir, novamente, o prazer do lúdico, tendo, também, uma fundamentação teórica sólida, que lhe dê suporte para compreender o que ocorreu/ocorre consigo e, fundamentalmente, qual o seu significado, como lidar e manter sempre presente esta vivência na vida escolar das crianças. 
“A criança que brinca sempre, com determinação autoativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar-se um homem determinado, capaz de autossacrifício para a promoção do seu bem e dos outros[...]” (FROEBEL, 1998:40).
Então, pode-se dizer que a capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para resolução dos problemas que as rodeiam. O ato de brincar pode ser considerado como simples satisfação de desejos. O brincar é o fazer em si, um fazer que requeira tempo e espaço próprios; um fazer que se constitua de experiências culturais, que é universal e próprio da saúde, porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo (a criança) e com os outros (VYGOTSKY apud REGO, 1997). 
Se a linguagem sistematiza e organiza as experiências e aprendizagem da criança, a brincadeira contribui com a internalização dos fatores externos, ou seja, a criança transforma um objeto no seu próprio pensamento. Pois na brincadeira “está sempre adiante de seu nível mental (real ou atual) de desenvolvimento, já que é ela mesma, fonte de desenvolvimento e criadora de zona de desenvolvimento proximal” (VYGOTSKY apud REGO, 1997:51).
. O jogo e a brincadeira são por si só uma situação de aprendizagem. As regras e a imaginação favorecem a criança comportamento além dos habituais. A ludicidade e aprendizagem possuem o mesmo objetivo, pois como jogos e brincadeiras as crianças são maiores que a realidade. Como assim? Na brincadeira a criança pega uma situação real e através da sua imaginação a transforma em sua própria realidade, ou seja, como o “faz-de-conta” reproduz a realidade de acordo com seus sentimentos e pensamentos. E dessa maneira a criança acaba por satisfazer-se e estruturar-se conforme as modificações ocorridas em sua consciência. 
Através da imaginação a criança se liberta de sentimentos que a oprimem, de limites convenções e exigências impostas pelo mundo que a rodeia. Não só a criança lida diretamente com os objetos e situações que a afetam no seu cotidiano, como também tais objetos e situações adquirem significados e sentidos próprios, constituindo-se assim o jogo-simbólico, fundamental para a formação do EU psicológico e social do sujeito. Sendo que essa imaginação surge a partir da ação, pois na ação da criança se conduz de acordo com a percepção que faz dos objetos e situações.
“No brinquedo o pensamento está separado dos objetos e a ação surge das idéias e não das coisas: um pedaço da madeira torna-se um boneco e um cabo de vassoura torna-se um cavalo. A ação regida por regras começa a ser determinada pelas idéias e não pelos objetos. Isso representa uma tamanha inversão da relação da criança com a situação concreta, real e imediata, que é difícil subestimar seu pleno significado” (VYGOTSKY apud REGO, 1997:53).
É interessante a contradição que surge entre a situação criada pela imaginação da criança, no momento em que brinca, e as situações/objetos reais, presente no seu dia-a-dia. A criança atribui outros significados aos objetos com os quais brinca, com o propósito de favorecer suas necessidades e desejos, de forma imediata. Assim, vai revivendo suas experiências, contribuindo e relembrando conhecimentos acerca do mundo e do outro com quem se relaciona.
“Brincar e o brinquedo criam na criança uma nova forma de desejos. Ensinam-a a desejar, relacionando seus desejos a um fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Desta maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo; aquisições que, no futuro, tornar-se-ão seu nível básico de ação e moralidade” (VYGOTSKY apud REGO, 1997:53). 
Entre os três e seis anos a criança tem necessidade de brincar, e no momento que o fazem acabam por interagir o real com o imaginário, organizando-se e socializando-se. Tanto o brincar como o brinquedo deve ser colocado pela escola como uma maneira de levar a criança ao seu desenvolvimento, e não apenas como forma de entretenimento. 
Salienta-se nesse momento que o educador tem por dever ampliar as possibilidades e as vivências das crianças, pois assim estará enriquecendo suas experiências. A ludicidade deve permear o espaço escolar a fim de transformá-lo num espaço de descobertas, de imaginação, de criatividade, enfim, num lugar onde as crianças sintam prazer pelo ato de conhecer. E ainda considerar que a interação criança/objeto/outros acaba por ocasionar a construção de relações e conhecimentos a respeito do mundo em que vive, porém, nesta fase, esse conhecimento ainda não é suficiente para que a criança estabeleça relações de grupo. Mas aos poucos, a escola e a família, em conjunto, devem favorecer uma ação de liberdade para essa criança e, desta forma, o processo de socialização se dará gradativamente, através das relações que ela irá estabelecer com seus colegas na escola. Para que isto ocorra, a criança não deve sentir-se bloqueada, nem tampouco oprimida em seus sentimentos e desejos. Suas diferenças e experiências individuais devem, principalmente na escola, ter um espaço relevante sendo respeitadas nas relações com o adulto e com as outras crianças.
Além de que, brincando em grupo as crianças se envolvem em uma situação imaginária onde cada um poderá exercer papéis diversos aos de sua realidade, e estarão necessariamente submetidas a regras de comportamento e atitude.
Baseado em experiências práticas pode se verificar que uma criança que brinca muito tempo sozinha acaba por desenvolver comportamentos de isolamento, contudo se passar muito tempo em companhia de outros poderá apresentar problemas de concentração. Dessa maneira deve-se estabelecer um equilíbrio, fornecendo a criança momentos de brincadeiras individuais (massinhas, jogos de memória, quebra-cabeça, entre outros) e coletivas (podendo fazer uso até mesmo dos brinquedos individuais).
Então, pode-se dizer que educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas o caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar o aluno tomar consciência de si mesmo, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros, oferecendo várias ferramentas para que o aluno possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores e sua visão de mundo. Preparando-o para vida e compreendendo o educando como um ser histórico-social capaz de construir seus próprios conhecimentos.
Os PCNS (Introdução - vol. 1, p. 53) cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a realização da aprendizagem com o maior grau de significado possível, uma vez que esta nunca é absoluta sempre é possível estabelecer relação entre o que se aprende e a realidade, conhecer as possibilidades de observação, reflexão e informação.
O educador deve ter seus objetivos bem claros, fazendo um diagnostico dos seus alunos de forma individualizada, procurando saber qual o estágio de desenvolvimento que seencontra, ou ainda, conhecer seus interesses e necessidades para promover a aprendizagem. Os educadores que utilizam o jogo precisam criar em seus planos de trabalho tempo para pesquisa.
O espaço escolar pode e deve transformar-se em um espaço agradável, prazeroso, de forma que as brincadeiras e os jogos permitam ao educador alcançar sucesso em sala de aula. Por isso, os educadores, devem lembrar constantemente que a escola não é só um lugar para se estudar, mas também é um centro social, no qual conflitos e progressos se evidenciam constantemente no momento de interação das crianças com seus colegas, monitores e educadores. A rejeição ou aceitação social de uma criança são importantes, pois repercutem diretamente no processo de aprendizagem, bem como na formação social da mente. Afinal, uma criança solitária acrescenta dificuldades na sua interação com o mundo. 
Dessa maneira se a educação infantil tem como fundamento uma teoria co-construtivista, deverá levar em consideração na elaboração dos projetos curriculares e pedagógicos as implicações das brincadeiras, dos jogos, dos brinquedos no processo de ensino-aprendizagem. Pois como foi estudado, esses elementos funcionam como peças fundamentais e são de suma importância no desenvolvimento da criança.
2.1 METODOLOGIA
Dentre as várias técnicas possíveis de se desenvolver uma monografia, selecionou a pesquisa bibliográfica, que segundo Miranda (2005, p.24) “é realizada a partir de fontes secundárias, livros, boletins, jornais, teses, dissertações, monografias, outros (leitura, elaboração de fichas, ordenação e análise das fichas)”.
Fez-se uso da pesquisa bibliográfica tendo como técnica a pesquisa documental. A pesquisa bibliográfica é a que se desenvolve tentando explicar um problema, utilizando o conhecimento disponível a partir das teorias publicadas em livros ou obras congêneres. Na pesquisa bibliográfica “o investigador irá levantar o conhecimento disponível na área, identificando as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua contribuição para avaliar a compreender ou explicar o problema objeto de investigação” (KOCHE, 2011, p.122.). 
Teve como a abordagem a dialética, ou seja, buscar a verdade pelo diálogo e pelas discussões registradas nas literaturas especializadas, portanto a pesquisa bibliográfica deve ser realizada dentro de uma perspectiva cronológica, de modo a resgatar a historicidade/evolução do fenômeno investigado.
A dialética foi à abordagem utilizada para se desenvolver este estudo. Segundo Barros a dialética é a arte de bem discutir, sendo seu objetivo ensinar regras e preceitos para bem conduzir a razão na aquisição e exposição do conhecimento. “Que penetra o mundo dos fenômenos através de sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade” (BARROS, 2006, p. 18).
O método de procedimento foi histórico-comparativo. Sendo que o método histórico parte do princípio de que as atuais formas de vida e de agir na vida social, as instituições e os costumes têm origem no passado, por isso é importante pesquisar suas raízes para compreender sua natureza e função (MINAYO, 2010). 
E, o método comparativo, consiste em investigar coisas ou fatos e explicá-los segundo suas semelhanças e suas diferenças. Geralmente o método comparativo aborda duas séries de natureza análoga tomadas de meios sociais ou de outra área do saber, a fim de detectar o que é comum a ambos.
Este método é de grande valia e sua aplicação se presta nas diversas áreas das ciências, principalmente nas ciências sociais. Esta utilização deve-se pela possibilidade que o estudo oferece de trabalhar com grandes agrupamentos humanos em universos populacionais diferentes e até distanciados pelo espaço geográfico (FACHIN, 2001, p.37).
A pesquisa documental foi à técnica utilizada para se desenvolver o estudo em questão, pois de acordo com Gil (2008, p. 45), a diferença entre pesquisa bibliográfica e documental está na natureza das fontes, pois “esta forma vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa”.
Além de analisar os documentos de “primeira mão” (documentos de arquivos, igrejas, sindicatos, instituições etc.), existem também aqueles que já foram processados, mas podem receber outras interpretações, como relatórios de empresas, tabelas etc. (GIL, 2008).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desse estudo foi analisar e considerar a importância do processo de ensino e aprendizagem com a inserção dos jogos na Educação Infantil.
O estudo proposto juntamente com a revisão bibliográfica poderão contribuir como ponto de partida para conscientizar as instituições e educadores que ainda não agregam às suas metodologias o lúdico e o ato de brincar como itens essenciais à prática de ensino e aprendizagem.
É de extrema urgência que ocorra uma reforma na educação do Brasil, a mesma deverá envolver uma nova perspectiva educacional voltada para cidadania em que não somente instituições, mas profissionais da área do ensino possam ser reciclados.
Diante do exposto, cabe dizer que a educação tem a competência de estimular valores, não sendo apenas uma mera transmissora de informações, pois o processo de ensino e aprendizagem envolve modificações dos indivíduos que aprendem sobre suas identidades e corretas posturas perante o mundo.
A organização do tempo e do espaço, através de um ambiente estimulante oportunizará a descoberta e a imaginação, tornando o ato de brincar não um mero passatempo, mas um importante instrumento de desenvolvimento educativo da criança.
O professor atua como mediador de valores contra a intolerância, a indiferença e esta mediação se dá através de formas lúdicas e dinâmicas. Cabe ao educador infantil agregar sensações aos estímulos, percepções e sentimentos que levem a educação a ser encarada como um elemento de crescimento para toda a vida. 
Assim, acredita-se que a aplicação dos jogos na Educação Infantil deva fazer parte do projeto pedagógico da escola. Sendo esta responsável por práticas coerentes e profissionais comprometidos com o desenvolvimento intelectual de seus alunos. A concepção do lúdico exige um repensar na formação do educador, pois exige dele que a educação seja vivida por ele. Que suas visões sobre os acontecimentos do mundo devam estar acima do saber constituído e que os conceitos trabalhados devam ter uma nova significação.
REFERÊNCIAS
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BARROS, A. R. G. Dialética e método em Pierre de La Ramée. Integração, ano XII, n. 45, p.182-192, abr./mai./jun., 2006.
BROUGÉRE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
FERREIRA NETO, C. A. Motricidade e jogo na infância. Rio de Janeiro: Sprint, 1995.
FRIEDMANN, A. Brincar: crescer e aprender - resgate do jogo infantil. São Paulo. Moderna, 1996.
FRIEDMANN, A. O direito de brincar: a brinquedoteca. São Paulo: Scrita Abrinq, 2002.
FROEBEL. Froebel e a concepção de jogo infantil: o brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 1998.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
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KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo. Pioneira, 1998.
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LAKATOS, E.M., MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1991.
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MINAYO, M. C. de S.. al. (Org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.
MIRANDA, S. Pesquisa& método. Mar. 2005. Disponível em <www.ludico.kit.net/jkpedagogia.html> Acesso em 10 de ago. 2013.
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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Brasília: MEC,1998.
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REGO, T. C. Vygotsky. Uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997 (Educação e conhecimento).
VYGOTSKY, L. S. A. Formação social da mente. São Paulo. Martins Fontes, 1991.
� Juscelino Marques da Silva, aluno concluinte do curso de Pós Graduação em Educação Infantil pela FIAVEC (Faculdades Integradas de Várzea Grande).
� Alessandra Andrade Silva, professora orientadora da disciplina TCC do curso de Pós Graduação em Educação Infantil pela FIAVEC (Faculdades Integradas de Várzea Grande).

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