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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS ASPECTOS LEGAIS DO PRODUTO- LEITE EM PÓ MILKING Ana Letícia Coelho, Fernanda Miró, Gislaine de Mello, Karoline Tavares, Natally da Silva, Nicolle Lacerda e Taline Gomes. PONTA GROSSA, JUN/ 2017 1. Aspectos legais da empresa Razão Social: Milking Indústria e Comércio de Leite em Pó Localização: PR 340 KM 191, Castro-PR CEP:84196-200 Categoria do estabelecimento: Usina de Beneficiamento de Leite, segundo a lei 1.283 de 18 de dezembro de 1950. Produto fabricado: Leite em pó A empresa é registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 2. Aspectos legais do produto 2.1.Padrão de Identidade e Qualidade Segundo a Portaria nº 369 de 04 de setembro de 1997 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), entende-se por leite em pó o produto obtido por desidratação do leite de vaca integral, desnatado ou parcialmente desnatado e apto para a alimentação humana, mediante processos tecnologicamente adequado. O leite em pó pode ser classificado quanto ao teor de matéria gorda, tratamento térmico utilizado, umectabilidade e dispersibilidade (para leite em pó instantâneo) e, de acordo com os requisitos estipulados pela portaria citada anteriormente, descritos nas Tabela 1 e 2 abaixo, o leite em pó produzido em nossa empresa se classifica como Leite em Pó Integral Instantâneo. Requisitos Integral Matéria gorda (%mm) Maior ou igual a 26,0 Umidade 3,5 Acidez titulável (ml NaoH 0,1 N/10g) Sólidos não gordurosos Máx. 18,0 Índice de solubilidade (mL) Máx. 1,0 Tabela 1 - Classificação do leite integral Requisitos Instantâneo Umectabilidade máx.(s) 60 Dispersabilidade (%mm) 85 Tabela 2 - Classificação do leite em pó instantâneo O leite em pó apresenta como único ingrediente o leite de vaca e deve conter apenas as proteínas, açúcares, gorduras e outras substâncias minerais do leite nas mesmas proporções relativas, exceto quando ocorrer modificações originadas por um processo tecnológico adequado. Entretanto para o leite em pó instantâneo e leite em pó utilizado em máquina de venda automática, pode-se utilizar apenas como aditivos a lecitina, como emulsionante e antiumectantes como silicatos de alumínio e cálcio, carbonato de cálcio e magnésio entre outros, respectivamente. 2.2. Rotulagem geral e nutricional: Para a rotulagem geral e nutricional foi utilizada a Resolução RDC nº 359 de 23 de dezembro de 2003 e a Resolução RDC nº 360 de 23 de dezembro de 2003 do Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Instrução Normativa nº 22 de 24 de novembro de 2005 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Lei nº 11.414 de 15 de maio de 2007. Imagem 1 - Embalagem Leite em pó integral instantâneo (frente) Imagem 2 - Embalagem Leite em pó integral instantâneo (atrás) 3. Instalações Industriais 3.1 Código de Saúde do Estado do Paraná O layout da fábrica respeita aspectos do Código Sanitário vigente no Paraná descritos na Seção XII: das edificações (artigos presentes no anexo 1). Além das especificações contidas no Decreto 9.013 de 29 de março de 2017 seguindo o TÍTULO IV, que trata das condições gerais dos estabelecimentos, mais especificamente no capítulo 1 onde estão descritas as obrigatoriedades das instalações e equipamentos para as indústrias de leite e derivados. 3.2 Legislação A construção da estrutura da fábrica respeita aspectos abordados pela legislação referente às boas práticas de fabricação na indústria alimentícia (Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004), que se encontra anexada (anexo 2). São estes: - Item 4: BOAS PRÁTICAS PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO, subitem 4.1: EDIFICAÇÃO, INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS. 4. INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 4.1 Layout _ _ Entradas ___ Saídas de emergência Figura 1: layout da indústria de leite em pó Milking. A estrutura da fábrica é composta por: ● Recepção: contendo dois banheiros; ● Área administrativa (estrutura à direita): 1. Recepção; 2. Sala de recursos humanos; 3. Controladoria; 4. Diretoria; 5. Sala de reuniões e treinamento; 6. Copa; 7. Banheiros (compostos por um banheiro comum e um destinado à pessoas com deficiência física); 8. Arquivo. ● Área de produção: 1. Área produtiva, contendo a linha de equipamentos; 2. Armazenamento do produto embalado; 3. Laboratório de análises físico- químicas; 4. Laboratório de análises microbiológicas; 5. Pedilúvio e lavabo para acesso à área produtiva; 6. Vestiários feminino e masculino; 7. Banheiros feminino e masculino; 8. Área para armários de funcionários; 9. Depósito de produtos de limpeza; 10. Depósito de embalagens; 11. Depósito de insumos. ● Cozinha (contendo depósito), refeitório e auditório para realização de palestras e reuniões (contendo dois banheiros). 5. Segurança no trabalho 5.1 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Segundo a NR5 da comissão interna de prevenção de acidentes, define-se CIPA como “ A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes”, essa tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A CIPA é composta por membros que representam tanto os empregadores (titulares e suplentes), como os empregados (titulares e suplentes). Esses são escolhidos através de votação de forma secreta, e podem permanecer no cargo por um período de 1 ano, sendo possível a reeleição. Conforme indica na NR5 as atribuições da CIPA são as seguintes 1. Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; 2. Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; 3. Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; 4. Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; 5. Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; 6. Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; 7. Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; 8. Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores; 9. Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; 10. Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;11. Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; 12. Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; 13. Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; 14. Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT; 15. Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS. Para a implantação da CIPA na Milking Indústria e Comércio de Leite em Pó, primeiramente foi preciso conhecer em qual agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, o nosso laticínio se enquadraria. Conforme o quadro II, anexo a NR5, a classificação foi C-2. E o número do CNAE, 10.52-0, conforme o quadro III da mesma NR5. O dimensionamento seguiu as instruções do quadro I da NR5, com o lançamento do número de funcionários, e obtenção do número de componentes integrantes da CIPA. Como a Milking Indústria e Comércio de Leite em Pó, apresenta um total de 100 funcionários, a CIPA apresentará 2 pessoas no cargo efetivo, e 2 no cargo de suplente, como a mesma NR5 cita, é necessário que haja o mesmo número de funcionários efetivos e suplentes tanto para os empregadores, quanto para os empregados, sendo assim ao todo haverá 4 funcionários na CIPA da empresa. A legislação utilizada para CIPA foi a NR 5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES 5.2 Equipamento de proteção individual (EPI) Segunda a NR6, equipamentos de proteção individual são definidos como todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Os EPI’s necessários para a empresa serão: A - EPI para a proteção da cabeça A.1) Capacete - Capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio: deve ser utilizado para prevenir acidentes de trabalho caso algum objeto venha a cair sobre a cabeça do funcionário. B) EPI para proteção de olhos e face B.1) Óculos - Óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes: deve ser utilizado em todo o ambiente de produção do leite em pó para evitar que possíveis respingos ou objetos adentrem aos olhos. - Óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos: deve ser empregado nos laboratórios de análises microbiológica e físico- químico quando há a utilização de produtos químicos. B.3) Máscara de solda - Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes: utilizada no setor de manutenção dos equipamentos, por funcionários que entram em contato com as máquinas e equipamentos em manutenção, que apresentam o risco de liberação de peças, porcas e parafusos. C) EPI para proteção auditiva C.1) Protetor auditivo - Protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II: deve ser utilizado em ambientes onde o ruído é mais intenso para que o sistema auditivo não seja prejudicado. - Protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II: deve ser utilizado onde o ruído não é alto, porém a exposição prolongada pode danificar o sistema auditivo e por isso é necessário o protetor. D) EPI para proteção respiratória D.1) Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases emanados de produtos químicos: deve ser utilizado nos laboratórios caso se faça o uso de produtos químicos perigosos. D.2) Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e gases emanados de produtos químicos: deve ser utilizado nos laboratórios caso se faça o uso de produtos químicos perigosos. E) EPI para a proteção do tronco E.1) Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de água: Seu uso é feito nas proximidades de equipamentos que trabalham com altas temperaturas, como o evaporador de filme descendente e o spray-dryer. F) EPI para proteção dos membros superiores F.1) Luva - Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos: Seu uso deve ser feito para a manipulação e manutenção de equipamentos que demandam o uso de altas temperaturas, como o pasteurizador, o evaporador e o spray-drier. - Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos: Devem ser utilizadas nos laboratórios de análises microbiológicas do leite. - Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos: Devem ser utilizadas nos laboratórios de análises físico-químicas do leite. G) EPI para proteção de membros inferiores G.1) Calçado - Calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos: deve ser utilizado sempres que se adentre a produção para proteção dos membros inferiores caso algum objeto da produção caia sobre o funcionário. - Calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água: deve ser utilizado na limpeza da fábrica. - Calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos: deve ser utilizado na sanitização da fábrica para que não ocorra contato de agentes químicos com o funcionário. G.4) Calças - Calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos: deve ser utilizado na sanitização da fábrica para que não ocorra contato de agentes químicos com o funcionário. - Calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água: deve ser utilizado na limpeza da fábrica. H) EPI para proteção do corpo inteiro H.1) Macacão - Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas: deve ser utilizado pelos funcionários da brigada de incêndio caso algum incidente com fogo aconteça. - Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos: deve ser utilizado na sanitização da fábrica para que não ocorra contato de agentes químicos com o funcionário - Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água: deve ser utilizado na limpeza da fábrica. A legislação utilizada para EPI’s foi a NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI 5.3. Mapa de risco Os riscos que podem existir dentro da empresa são classificados/ representados como na figura 2: Figura 2: Classificação dos riscos e suas identificações. Para a fábrica Milking, tem- se o seguinte mapa de riscos: Figura 3: Mapa de riscos para a indústria de leite em pó Milking. ● Funcionários sujeitos ao risco na Recepção: 3; ● Funcionários sujeitos ao risco na área administrativa (estrutura à direita): ○ 1. Recepção: 2; ○ 2. Sala de recursos humanos: 3; ○ 3. Controladoria: 3; ○ 4. Diretoria: 6; ○ 6. Copa: 2. ● Funcionários sujeitos ao risco na área de produção: ○ 1: 16; ○ 3: 3; ○ 4: 3; ○ 9: 2. ● Funcionários sujeitos ao risco na Cozinha:8. ANEXO 1 Código Sanitário do Paraná Capítulo III - DAS INFRAÇÕES SANITÁRIAS E DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO SEÇÃO I: DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 45. Considera-se infração sanitária a desobediência das normas legais e outras que se destinem à preservação da saúde; Art. 46. Fabricantes e fornecedores de equipamentos respondem por vícios de qualidade ou de quantidade que sejam impróprios ou inadequados para o consumo; Art. 47. O resultado da infração sanitária é de responsabilidade de quem a comete, de forma que considera- se que a mesma possui conhecimento sobre o erro cometido; § 1º. Considera-se causa a ação ou omissão, sem a qual a infração não teria acontecido § 2º. Não será imputada punição à infração resultante de caso imprevisto ou força maior, que vier a determinar defeito, deterioração ou alteração de produtos ou bens de interesse a saúde pública. Art. 48. As infrações sanitárias classificam-se em: I - leves, aquelas em que o infrator é beneficiado por circunstância favorável a ele; II - graves, aquelas em que seja verificada uma situação grave; III - gravíssimas, aquelas em que seja verificada a existência de duas ou mais situações graves. Art. 49. São circunstâncias favoráveis: I – infrator primário; II – a ação fundamental para a ocorrência do evento não ser do infrator; III – o infrator procurar de alguma forma reparar a infração que a ele coube a culpa. Art. 50. São circunstâncias agravantes: I – infrator reincidente; II – a infração ter sido cometido com o intuito de se obter vantagem do consumo pelo público de produto em desacordo com o que preconiza a legislação sanitária. III - ter o infrator intimado um terceiro para incorrer da infração; IV – a infração causar danos à saúde pública; V - deixar o infrator, tendo conhecimento de ato prejudicial à saúde pública, de tomar as providências de sua alçada tendentes a evitá-lo ou a reduzir o dano; VI - ter o infrator agido com dolo. § 1º. A reincidência torna a penalidade máxima e a infração é caracterizada como gravíssima, e em casos específicos determina- se o cancelamento de autorização para funcionamento da empresa. § 2º. Havendo concurso de situações atenuantes ou agravantes (graves), a aplicação da pena será considerada em razão das preponderantes. Art. 51. Para imposição da pena e sua graduação, a autoridade sanitária deve levar em conta: I - as circunstâncias atenuantes e agravantes; II - a gravidade do fato, levando em conta suas consequências para a saúde pública; III - os antecedentes do infrator. Art. 52. As infrações sanitárias serão comunicadas ao Ministério Público ou autoridade policial. Art. 53. As infrações que envolvam responsabilidade técnica serão comunicadas, pela autoridade sanitária, ao órgão de classe do qual o infrator faça parte. Art. 54. A constatação de infração poderá ser objeto de comunicação aos órgãos competentes por qualquer pessoa, sendo responsabilidade cabível ao servidor público. SEÇÃO II: DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS Art. 55. As penas aplicáveis em caso de infração deste código são: I - advertência; II - pena educativa; III - apreensão do produto e/ou equipamento; IV - inutilização do produto e/ou equipamento; V - suspensão de venda ou fabricação do produto; VI - cancelamento do registro do produto, quando estadual; VII - interdição, cautelar ou definitiva, total ou parcial, do estabelecimento, obra, produto e/ou equipamento utilizado no processo produtivo; VIII - cassação da licença sanitária; IX - imposição de contra propaganda; X - cancelamento da autorização de funcionamento de empresas; XI - multa; XII - imposição de mensagem retificadora; XIII - suspensão de propaganda e publicidade. Art. 56. A pena será verbal ou escrita, mantendo- se registro da mesma. Art. 57. A pena educativa consiste: I - na divulgação, pela autoridade sanitária, da infração e das medidas adotadas; II - na reciclagem técnica do responsável pela infração, sob suas custas; III - na veiculação, pelo infrator e com custas sob sua responsabilidade, das mensagens expedidas pelo SUS, acerca do objeto da penalização. Art. 58. Sempre que necessário será aplicada a pena de suspensão de venda, inutilização, suspensão de fabricação e perda do registro/equipamento. Art. 59. A interdição cautelar, total ou parcial, do equipamento ou produto quando houver risco á saúde. § 1º. A pena de interdição poderá ser definitiva. § 2º. A extensão da interdição será decidida por ato fundamentado da autoridade sanitária. Art. 60. A pena de propaganda será aplicada quando houver ocorrência de publicidade enganosa ou abusiva, que possa constituir risco á saúde. Art. 61. O cancelamento da autorização de funcionamento será aplicado quando o infrator for reincidente de infração gravíssima. Art. 62. A pena de multa será aplicada mediante processo administrativo, revertendo-se para o Fundo Estadual ou Municipal de Saúde. SEÇÃO III: DAS INFRAÇÕES SANITÁRIAS E DAS PENALIDADES Art. 63. Constitui infração sanitária: II – Construir ou empreender estabelecimentos sujeitos a fiscalização sanitária, sem registro ou autorização do órgão sanitário competente, ou contrariando as normas. Pena: suspensão do produto, interdição e cassação de licença sanitária, além de multa. IV – Exercer qualquer atividade como produção, transporte, compra e venda de alimentos sem registro ou licença do órgão sanitário. VIII – Fazer funcionar estabelecimento industrial sem licença emitida pelo órgão sanitário. XI – Importar ou exportar produtos sujeitos a fiscalização, e que estejam alterados, adulterados ou falsificados, ou com data de validade falsa/ recolocada. XII – Expor à venda ou armazenar produtos sujeitos ao controle sanitário, de forma inapropriada para sua conservação. XIV – Fazer propaganda de produto em desacordo com a legislação. XVI – Deixar de oferecer à autoridade sanitária dados de produtos de interesse à saúde. XVII – Contrariar normas legais de poluição do meio ambiente e poluição sonora. XVIII – Reaproveitar vasilhames de produtos nocivos à saúde para embalar alimentos. XIX – Manter animais domésticos no estabelecimento de produção, de forma que comprometa a saúde e higiene. XXIII – Deixar de notificar ocorrência de doenças. XXIX – Aplicar agrotóxicos, pesticidas, solventes e outros químicos sem respeitar os procedimentos necessários. XXXIII – Manter condições de trabalho que prejudiquem a saúde do trabalhador. XXXVII – dificultar a fiscalização das autoridades sanitárias competentes. XL – Deixar de lado as condições higiênico- sanitárias na manipulação de produtos, estabelecimento, equipamentos, utensílios e funcionários. XLI – fabricar ou operar máquina que ofereça risco á saúde do trabalhador. XLII – Descumprimento de normas para veículos quaisquer que sejam; XLIII – Inobservância por parte do proprietário de exigências sanitárias para o imóvel e equipamento. XLVII – Não adotar medidas preventivas de controle. L – Descumprimento de normas legais para exportação e importação de matérias- primas ou produtos sob vigilância sanitária. LI – Descumprimento de normas relacionadas a estabelecimentos e ás boas práticas de fabricação de matérias- primas e produtos. LII – Manipulação de produtos sob interdição. REGULAMENTO APROVADO PELO DECRETO Nº 5.711/2002 Capítulo II – DA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE SEÇÃOV: DA SAÚDE E TRABALHO - Subseção I: DA VIGILÂNCIA À SAÚDE DO TRABALHADOR Art. 101. A Vigilância em Saúde do Trabalhador compreende um conjunto de práticas sanitárias para pesquisar, conhecer, detectar, identificar e analisar fatores que agravam a saúde no trabalho, de forma a elimina- los ou controla- los. Art. 102. Trabalhadores são todos os indivíduos que exercem alguma atividade produtiva no setor formal ou informal da economia, vinculados ao setor público ou privado. Art. 103. As Secretarias Municipais devem elaborar diagnóstico da saúde do trabalhador, identificando a atividade econômica, grau de risco, número de empresas, de trabalhadores expostos, para estabelecer diretrizes de planejamento das ações para a saúde do trabalhador. Além disso, deve realizar vigilâncias, identificando situações de risco e tomando medidas para resolução dos problemas. Art. 104. Compete a SESA/ ISEP e ás Secretarias Municipais de Saúde construir equipes para desenvolver ações de saúde do trabalhador, capacitar equipes técnicas de saúde do trabalhador, proporcionar a realização de inspeções pela autoridade sanitária, desenvolver atividades educativas para a prevenção de acidentes de trabalho, e avaliar o potencial prejudicial de novas tecnologias sobre a saúde dos trabalhadores. Art. 105. A SESA/ ISEP deverá realizar ações complementares e prestar assessoria e controle das ações. Art. 106. A SESA/ ISEP deverá organizar Centros de Referência em Saúde do Trabalhador, em convênio com municípios e instituições públicas, garantindo atendimento ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou com suspeita de doença relacionada ao trabalho. Art. 107. A SESA/ ISEP e as Secretarias Municipais de Saúde poderão estabelecer normatização sobre atividades e processos de trabalho. Art. 108. Compete à Vigilância à Saúde do Trabalhador dar assistência à Saúde do Trabalhador, se encarregar do Sistema de Informação Epidemiológica em Saúde do Trabalhador e a Vigilância Sanitária relativa à Saúde do Trabalhador. · Subseção II: ASSISTÊNCIA A SAÚDE DO TRABALHADOR Art. 109. A Assistência à Saúde do Trabalhador compreende diagnóstico, tratamento e reabilitação da saúde do trabalhador. Art. 110. As ações de assistência à saúde devem ser executadas pelos municípios. Art. 111. A garantia da saúde do acidentado cabe às Secretarias Municipais de Saúde, devendo ser asseguradas todas as condições necessárias à reabilitação do mesmo. Art. 112. É obrigatório que o médico assistente do primeiro atendimento notifique ao SUS acidentes e doenças relacionadas ao trabalho e preencher documentos da Previdência Social. · Subseção III: SISTEMA DE INFORMAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA EM SAÚDE DO TRABALHADOR Art. 113. Deverá ser implementado um sistema de informação, elaboração de perfil epidemiológico e planejamento da política e ações de saúde do trabalhador. Art. 114. A notificação de acidentes e doenças do trabalho deverão ser feitas pelos serviços públicos e privados, obedecendo ao fluxo do SUS. · Subseção IV: VIGILÂNCIA SANITÁRIA RELATIVA À SAÚDE DO TRABALHADOR Art. 115. A vigilância sanitária compreende a avaliação dos riscos à saúde em locais de trabalho e a adoção de providências, pela autoridade sanitária, avaliando, por exemplo, as condições de riscos ambientais nos locais e processos do trabalho, tomada de medidas preventivas aos riscos existentes, avaliar as condições de conforto e adaptação no ambiente de trabalho, controle médico de saúde ocupacional e investigação de agravos á saúde dos trabalhadores. CONDIÇÕES DE RISCOS AMBIENTAIS NOS LOCAIS E PROCESSOS DE TRABALHO Art. 116. Todas as empresas devem elaborar e implementar programas de prevenção de riscos ambientais e controle médico ocupacional, de acordo com a legislação vigente. Art. 117. A decorrência da exposição de trabalhadores a agentes e processos de produção que causam danos à saúde constitui os riscos ambientais, podendo ser classificados em riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, bio- psico- social e de acidente. Art. 118. A autoridade sanitária pode exigir da empresa a identificação dos riscos ambientais existentes, bem como sua quantificação. Art. 119. Os parâmetros e metodologia para avaliar os riscos ambientais deverão ser adotados pelo SUS e/ ou Ministério do Trabalho e Emprego. Art. 120. A intervenção no ambiente de trabalho visando a implantação de medidas preventivas de proteção deve priorizar a eliminação da fonte de risco, o controle dos riscos na fonte, no ambiente de trabalho, e por último, a adoção de medidas de proteção individual. Art. 121. Enquanto não for possível implementar estas medias, outras medidas deverão ser tomadas, respeitando a seguinte ordem de prioridades: medidas de caráter administrativos ou de organização de trabalho que reduzam a exposição ao risco, e utilização de equipamentos de proteção individual. Art. 122. O equipamento de proteção individual deverá ser ideal para o risco em questão e eficiente no controle da exposição, oferecendo ao mesmo tempo conforto ao usuário. Art. 123. Para poder ser utilizado, o EPI deverá apresentar Certificado de Aprovação ou Conformidade emitido pelo órgão competente. Art. 124. Situações de trabalho que possam oferecer risco grave e eminente à saúde do trabalhador devem ser interrompidas imediatamente pela autoridade sanitária. Art. 125. É proibido o uso de máquinas, ferramentas e equipamentos danificados. MEDIDAS DE PREVENÇÃO AOS RISCOS DE ACIDENTE NOS AMBIENTES DE TRABALHO Art. 126. As medidas de prevenção que devem ser adotadas no ambiente de trabalho devem incluir máquinas e equipamentos, seus acionamentos e dispositivos de parada, proteção de partes móveis, manutenção, limpeza e reparos, a circulação de pessoas, armazenagem e manuseio de materiais. Art. 127. As máquinas devem possuir dispositivos de parada e acionamento que não se localizem em zona perigosa, possam ser acionados ou desligados em emergências por outra pessoa que não seja o seu operador, que não possam ser desligados ou acionados acidentalmente, e que não acarretem riscos adicionais. Art. 128. As partes móveis dos equipamentos devem ser protegidas ou separadas de sua estrutura . Art. 129. Somente profissionais autorizados podem realizar manutenções nos equipamentos. Art. 130. Aberturas no piso e parede que possam vir a apresentar riscos de acidente devem ser protegidas, evitando a queda de pessoas e materiais. Art. 131. O piso não deve possuir saliências e deve ser limpo e conservado, livre de materiais escorregadios como graxa, areia, óleo, etc. Art. 132. As portas devem proporcionar fácil abertura e acesso, e corredores e passagens internas devem permanecer livres. Art. 133. O empregador deve facilitar o acesso de autoridades sanitárias aos locais de trabalho em qualquer momento, fornecendo- lhes informações solicitadas; implantar as medidas preventivas necessárias aos riscos de acidente e doença no trabalho; descontinuar as atividades diante de ocorrência de situação de risco, providenciando medidas corretivas necessárias; desenvolver pesquisas em caso de risco desconhecido; notificar ao SUS a ocorrência de acidentes ou doença no trabalho; treinar os trabalhadores quanto aos riscos a que estão expostos e suas medidas de controle; informar os trabalhadores envolvidos no desenvolvimento de atividades e medidas de segurança a serem adotados; realizar os exames médicos necessários, avaliação clínica e exames complementares,a fim de preservar a saúde dos trabalhadores. Art. 134. Compete ao trabalhador adotar normas e procedimentos de segurança estipulados pelo empregador; colaborar na implantação de medidas de segurança; observar instruções de segurança impostas pelo empregador; usar corretamente os equipamentos de proteção individual e coletiva, higieniza- los corretamente e realizar manutenções periódica; comunicar aos responsáveis sobre possíveis situações de risco; submeter- se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego; aumentar a divulgação das medidas de prevenção de riscos à saúde do trabalho. CONDIÇÕES DE CONFORTO E DA ADAPTAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO AO TRABALHADOR Art. 135. Compete à empresa manter a higiene, segurança e conforto no ambiente de trabalho, garantindo assim a preservação a saúde dos trabalhadores, considerando fatores como equipamentos, ruídos iluminação, mobiliário, máquinas, sanitários, refeitórios, dentre outros. Art. 136. Os locais de trabalho deverão fornecer aos seus trabalhadores água potável e fresca através de bebedouro de jato inclinado ou outro semelhante, proibindo o uso de copo coletivo. Art. 137. A empresa deve disponibilizar local específico para a realização de refeições. Art. 138. Em trabalho submetido a poeiras ou calor intenso é obrigatória a presença de lavatório e chuveiro com água quente e fria, separado por sexo e na proporção de um para cada dez trabalhadores. Art. 139. O vestiário deve apresentar armários individuais separados por sexo, quando a atividade exige a troca de roupa. Art. 142. Todos os locais de trabalho devem apresentar corredores, escadas e passagens bem iluminados. Art. 143. A ventilação deve ser preferencialmente natural, feita por aberturas laterais superiores, sendo necessária a instalação de ventiladores quando não houver a possibilidade de ventilação natural. Art. 145. Quando o trabalho a ser realizado for na posição sentada, o ambiente deve ser devidamente planejado para este fim. Art. 146. Atividades que exijam sobrecarga muscular devem ser acompanhadas de pausas programadas, a fim de prevenir doenças ocupacionais. O CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL Art. 147. Toda empresa ou instituição deve elaborar e implementar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, e todos os exames realizados devem ficar à disposição da autoridade sanitária. CAPÍTULO III DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA E AMBIENTAL Seção IV DAS MEDIDAS DE SANEAMENTO Art. 175 - É de obrigação do estado, dos municípios, das instituições tanto públicas como privadas, e das pessoas físicas as medidas de saneamento. Art. 176 - As providências para as soluções dos problemas serão tomadas quando lhe couber pela SESA/ISEP. Art. 177 - A regulamentação referente à proteção ambiental e saneamento básico será desenvolvida pelas secretarias municipais, preferencialmente, e complementar pela SESA/ISEP, assim como a fiscalização e o cumprimento da mesma. Seção V DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA Art. 178 - Qualquer serviço de abastecimento de água público ou privado, só poderá ser instalado e operado se estiver de acordo com a legislação vigente, sujeito a fiscalização da autoridade sanitária. §1º - Toda a água destinada ao consumo humano deve obedecer ao padrão de potabilidade definido em legislação específica e está sujeita à vigilância da qualidade da água. §2º - O controle da qualidade da água conforme legislação específica, cabe ao responsável pela operação de sistema/serviço ou solução alternativa de abastecimento de água. Art. 179 - A ligação ao sistema de abastecimento de água público deverá ser obrigatória para todas as edificações residenciais, comerciais, industriais ou instalações em logradouros públicos, que estão localizadas nas áreas servidas por esse sistema de abastecimento. §1º- Ressalvam-se os casos de grandes consumidores, que com prévia liberação do órgão ambiental, poderão suprir o abastecimento por meio de outros sistemas, que deverão ser instalados, operados e monitorados de acordo com as normas técnicas e legislação vigente. a) Grande consumidor: todo aquele estabelecimento que atingir consumo mensal acima de 100 metros cúbicos de água. §2º - Nos casos previstos no parágrafo 1º deste artigo, serão proibidas as ligações cruzadas com a rede de abastecimento público. §3º - Quando a água for destinada para consumo humano e fornecida coletivamente, será exigido pela autoridade sanitária, a potabilização da água através da desinfecção com produtos e/ou processos que garantam a sua qualidade microbiológica. Art. 180 - Em situações onde não houver sistema público de abastecimento de água, será permitida a abertura de poços ou aproveitamento de fontes para fornecimento de água para uso humano, devendo estar em conformidade com os padrões de potabilidade definidos em legislação específica. §1º - Os poços freáticos devem ficar situados em nível superior ao do terreno. §2º - se houver focos de contaminação a uma distância inferior a quinze metros, não será permitida a abertura de poços. §3º - Todo poço escavado deverá possuir: paredes impermeabilizadas até três metros de profundidade, no mínimo, tampa de concreto, extração da água por meio de bomba elétrica ou manual, desvio das águas de chuvas e calçada de cimento com caimento adequado, para proteger a fim de impedir a sua contaminação. Art. 181 - Deverá ser observada a legislação ambiental pertinente e precedida de licenciamento junto ao Órgão Ambiental competente, para a promoção da exploração de mananciais superficiais ou subterrâneos, para qualquer finalidade. Art. 182 - As águas distribuídas por meio de canalização, destinadas ao consumo humano supridas por mananciais, deve incluir no mínimo tratamento por filtração. Art. 183 - Deverá ser obedecido os seguintes princípios gerais, independentemente de outras exigências técnicas eventualmente estabelecidas para a elaboração de projetos, obras e operações de sistemas de abastecimento de água e soluções alternativas, sejam públicos ou privados. I. O aproveitamento da água deverá ser feito em manancial de superfície ou subterrâneo, devendo a água após o tratamento obedecer aos padrões de potabilidade estabelecidos para o tipo de consumo. II. Todos os materiais, equipamentos e produtos químicos utilizados em sistemas de abastecimento de água e soluções alternativas, deverão atender às exigências e especificações das normas técnicas estabelecidas pela autoridade sanitária competente, a fim de não alterar o padrão de potabilidade da água distribuída. III. toda água distribuída por sistema de abastecimento e soluções alternativas, deverá ser submetida obrigatoriamente a um processo de desinfecção por cloro, de modo a assegurar sua qualidade do ponto de vista microbiológico e manter concentração residual do agente desinfetante na rede de distribuição, de acordo com legislação específica. a) Admite-se a utilização de outro agente desinfetante ou outra condição de operação do processo de desinfecção, desde que fique demonstrado pelo responsável pelo sistema de tratamento uma eficiência de inativação microbiológica equivalente à obtida com a condição definida neste inciso. IV. Toda a água natural ou tratada contida em reservatórios, casas de bombas, poços de sucção ou outras estruturas, deverá ficar suficientemente protegida contra respingos, infiltrações ou vazamentos, devendo tais partes serem construídas com materiais à prova de percolaçãoe as aberturas de inspeção dotadas de dispositivos que impeçam a entrada de líquidos estranhos. V. A rede de distribuição de água, em todos os momentos e em toda sua extensão, deve ser operada com pressão superior à atmosférica. Art. 184 - O suprimento da água pelas habitações ou edificações comericiais e industriais, deverá ser verificada pela autoridade sanitária. Art. 185 - O abastecimento de água potável em edifícios, deverá ser de em quantidade suficiente ao fim que se destina. Art. 186 - Os sistemas de abastecimento domiciliar de água não podem afastar-se das condições mínimas estabelecidas por este Regulamento, pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas e pelos regulamentos dos órgãos competentes. Art. 187 - Para os edifícios abastecidos diretamente da rede pública, é obrigatório a existência de reservatórios para atender a demanda dos mesmos, quando o sistema de abastecimento estiver em manutenção, e não puder assegurar absoluta continuidade no fornecimento de água. Parágrafo único. A capacidade total dos reservatórios será equivalente ao consumo diário do edifício. Art. 188 - Ao tratar dos reservatórios: estes deverão ter a superfície lisa, impermeável e resistente, não podendo ser revestida de material que possa contaminar a água e serão providos de: I. Cobertura adequada, com tampa de inspeção constituída de material não corrosivo, devidamente instalada sobre a borda, de maneira que impeça a entrada de materiais estranhos e infiltração, mantida sob travamento. II. O acesso aos reservatórios deve ser restrito ao pessoal da manutenção. III.Deve apresentar extravasor com diâmetro superior ao da canalização de alimentação, desaguando em ponto perfeitamente adequado e visível, devendo a sua extremidade ser provida de tela milimétrica; IV. A canalização de limpeza, deverá ser provida de registro, funcionando por gravidade ou por meio de elevação mecânica, com a tomada 110 no fundo do reservatório, para drenagem total do mesmo, visando sua limpeza e desinfecção; V. No caso de reservatórios inferiores, com funcionamento por meio de elevação mecânica, deverá ser previsto rebaixo no fundo para o escoamento total; VI. Por um período não superior a seis meses, será obrigatória a limpeza periódica dos reservatórios de água; VII. A tomada de água nos reservatórios superiores de edificações coletivas e de estabelecimentos de interesse à saúde, deverá ser feita no mínimo a 0,10 metros do fundo; VIII. Os reservatórios das edificações citadas no inciso VII, deverão possuir câmara dupla, com tampa de inspeção e dispositivos que proporcionem o seu funcionamento independente. Parágrafo único. É necessário a promoção da consulta as normas de prevenção e combate á incêndios do Corpo de Bombeiros Art. 189 - É proibida a passagem de tubulações de água dentro de fossas, ramais de esgoto, poços absorventes, poços de visita e caixas de inspeção. Parágrafo único. A proibição se estende às tubulações de esgotos, de qualquer natureza, que não poderão passar pelo interior de reservatórios ou caixas de água. Art.190 - Cabe ao Sistema Único de Saúde – SUS, através de seu órgãos competentes, promover a fiscalização da qualidade das águas destinadas ao consumo humano. SEÇÃO VI DO ESGOTO SANITÁRIO E DRENAGEM DO SOLO Art. 193. Todo sistema de esgoto sanitário, tanto público como privado, estará sujeito a fiscalização das autoridades competentes, em todos os parâmetros que possam afetar a saúde pública. I. Todo sistema de esgotamento deve apresentar licenciamento antes de operar. II. Projetos de construção, ampliação e reforma devem ser elaborados, executados e operados seguindo normas técnicas estabelecidas. Art. 194. Todas as edificações devem conectar-se a rede coletora de esgoto quando forem por ela servidos. I. Ligações clandestinas de esgoto sanitário a galeria de águas pluviais devem ser desconectadas e ligadas à rede coletora de esgoto. II. Quando não houver rede de coleta, deve-se realizar tratamento individual do efluente e dar destino adequado ao mesmo. III. Aqueles que realizam tratamento individual devem manter suas edificações em perfeito funcionamento, devendo realizar limpeza e manutenção periódica. IV. O sistema individual de tratamento deve ser construído na unidade que gera o esgoto seguindo Normas Técnicas. V. As edificações devem ser equipadas com dispositivos adequados de recebimento e condução de resíduos líquidos e dejetos para o sistema de coleta. Art. 195. É proibido o uso de poços rasos para distribuição de efluentes. Art. 196. conjuntos habitacionais, industriais, comerciais devem apresentar sistema próprio de esgotamento sanitário caso o sistema existente não possa proporcionar o atendimento através das redes coletoras. Art. 197. É proibido ligação de águas pluviais à rede coletora de esgoto. Art. 198. Aparelhos sanitários devem ser conectados aos ramais por meio de sifões individuais com fecho hidráulico. Art. 199. Sifões devem ser protegidos contra dessifonamento e contrapressão. Art. 200. Tubo ventilador pode ser ligado ao prolongamento de um tubo de queda acima da última inserção do ramal de esgoto. Art. 201. Empresas que realizam limpeza e esgotamento de fossas devem ser cadastradas e licenciadas pelos órgãos competentes. Art. 202. Devem haver calhas para escoamento de águas pluviais nas edificações. Art. 203. Águas pluviais coletadas de calhas devem ser canalizadas por baixo das calçadas até as galerias de águas pluviais. Art. 204. Ventilação das instalações: I. tubos de queda. II. canalização independente e ascendente. Art. 205. Deve-se privilegiar tratamentos que permitam reaproveitamento dos resíduos . SEÇÃO VII DOS APARELHOS SANITÁRIOS Art. 213. Vasos sanitários devem ser de material liso, impermeável, contínuo, resistente a corrosão, fácil limpeza e desinfecção, seguindo as normas da ABNT. Art. 214. Não é permitido o uso de peças na instalações sanitárias que acarretem em infiltrações ou acidentes. Art. 216. Válvulas de descarga devem ser instaladas sempre em nível superior ao das bordas do receptáculos. Art. 217. Os mictórios serão providos de dispositivos de lavagem ligado às caixas de descarga. Art. 218. É proibida a instalação de duchas em instalações sanitárias de uso público. SEÇÃO XIII DA ELABORAÇÃO, APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS E EXECUÇÃO DAS OBRAS DAS EDIFICAÇÕES PARA QUAISQUER FINS Art. 292. Os projetos devem ser elaborados seguindo as normas da ABNT e às legislações específicas. Art. 293. Os projetos devem ter responsável técnico legalmente habilitado. Art. 294. A obra deve ser executado seguindo o projeto aprovado, sempre acompanhada pelo responsável técnico. SEÇÃO XVI DAS CONDIÇÕES GERAIS DAS EDIFICAÇÕES Art. 318. Deve ser realizada a vistoria a fim de se obter a autorização de ocupação em toda edificação destinada a qualquer Toda edificação destinada a qualquer finalidade, após a conclusão de obras de construção, ampliação ou reforma. Art. 319. Facilitação do acesso e trânsito de portadores de deficiência às edificações de uso público. Art. 320. Devem ser observadas as normas sanitárias, para impedir proliferação ou criação de vetores. Art. 321. Instauração de inquérito quando a edificação oferecer risco à saúde pública. Art. 322. Interdição imediata de prédios desocupados. Art. 323. Os compartimentos das edificações devem servir para os fins que foram projetos, ou seja, não poderão servir para fins diferentes. Art. 324. Condições sanitárias de todas asinstalações sanitárias, banheiros, vasos sanitários. Art. 325. Instalação de bebedouros higiênicos e disponibilização de copos descartáveis. Art. 326. Obrigatoriedade da instalação de sabonete líquido em dispensador na instalações sanitárias de uso coletivo. Art. 327. Disponibilização de toalhas de papel para uso individual. Art. 328. Construção de lugares que impeçam a proliferação de vetores. Art. 332. Disponibilização de instalações sanitárias adequadas e proporcionais ao número de funcionários. SEÇÃO XX DO CONTROLE DE VETORES DE INTERESSE DA SAÚDE PÚBLICA Art. 354. Controle das zoonoses pela SESA/ISEP e as Secretarias Municipais de Saúde. Art. 355. Objetivos da prevenção e controle das zoonoses. Art. 356. Responsabilidade por ato danoso cometida pelo animal, vacinação e manutenção das condições higiênicas, de saúde e alimentação do animal. Art. 358. Indícios de zoonose. Art. 363. Responsabilidade de proprietários, responsáveis, administradores ou encarregados de obras de construção, estabelecimentos, áreas ou imóveis de qualquer natureza, uso ou finalidade, onde permaneçam ou tenham permanecidos animais, animais doentes ou suspeitos de padecer de doenças transmissíveis ao homem. SEÇÃO XXI DOS ALIMENTOS PARA O CONSUMO HUMANO Art. 365. Controle sanitário de alimentos pelas Secretarias Municipais de Saúde e complementar e suplementarmente pela SESA/ISEP. Art. 366. Ações do controle sanitário. Art. 367. A SESA/ISEP coordenará as ações de vigilância epidemiológica de doenças transmitidas e/ou veiculadas por alimentos, através do sistema estadual de notificação, investigação e controle desses agravos. Parágrafo único. Os serviços de vigilância sanitária e epidemiológica municipais deverão notificar de imediato e obrigatoriamente, a SESA/ISEP, os agravos por doenças transmitidas e/ou veiculadas por alimentos. Art. 368. SESA/ISEP programas de educação e informação à população sobre sanidade dos alimentos e alimentação adequada. Seção XXII DOS ESTABELECIMENTOS, FEIRAS LIVRES E AMBULANTES QUE PRODUZAM E COMERCIALIZAM ALIMENTOS E DOS VEÍCULOS QUE TRANSPORTAM ALIMENTOS Art. 369- Cita as normas que o estabelecimento deve obedecer para que as instalações estejam dentro das conformidades. Art. 370- Estabelecimentos de produção de alimentos não devem ter ligação direta com moradia. Seção XXIII DA INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS Art. 371- Cada estabelecimento deve ser inspecionado pelo órgão competente. Art.372- Caso o produto apresente danos à saúde o órgão de inspeção tem a liberdade de proibir seu consumo. Seção XXIV DAS BOAS PRÁTICAS E DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE Art.373- Os estabelecimentos devem ter um responsável técnico Art.374- Os estabelecimentos devem seguir as Boas Práticas de Fabricação Art. 375- Os donos dos estabelecimentos devem garantir capacitação para controle de padrão de identidade e qualidade. Seção XXV DO ALIMENTO Art. 376- Normas que devem ser seguidas para que alguns materiais possam ter contato com os alimentos Art. 377- Não é permitida a fraude e adulteração em alimentos Art.378- Os alimentos devem ser transportados de maneira segura Art. 379- Os alimentos devem ser armazenados de forma correta Art. 380- Prazo de validade e maneira correta de conservação são definidos pela empresa produtora Art. 381- Não é permitido a venda de produtos sem prazo de validade, com prazo de validade vencido ou com adulteração Art. 382- Caso o produto seja fracionado um novo prazo de validade deve ser definido Art. 383- Alimentos que serão importados devem seguir legislação específica Seção XXVI DA ROTULAGEM DE ALIMENTOS Art. 384- A rotulagem deve seguir legislação específica Art. 385- Os rótulos impressos ou litografados devem seguir a legislação vigente Art. 386- As informações da rotulagem devem ser legíveis Art. 387 Art. 388- As informações do rótulo devem estar visíveis Art. 389- Especificações que não devem conter no rótulo Art. 390- Denominações de origem não devem ser colocadas no rótulo quando induzam o consumidor ao erro Seção XXVII DOS ADITIVOS DO ALIMENTO Art.391- Não devem ser adicionados caso uma nova concepção científica condene seu uso Art. 392- Aditivos devem ser rotulados de acordo com legislação vigente Art. 393- O aditivo não deve ser adicionado para encobrir falhas de processamento ou adulteração Seção XXVIII DA PROPAGANDA DO ALIMENTO Art. 394- Especificações que não devem conter em propagandas Seção XXIX DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM ALIMENTOS Art. 395- O estabelecimento pode participar de trabalhos na área de educação da saúde em alimentos colaborando com a SESA/ISEP ANEXO 2 Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004 4 BOAS PRÁTICAS PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO 4.1 EDIFICAÇÃO, INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 4.1.1 A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. O acesso às instalações deve ser controlado e independente, não comum a outros usos. 4.1.2 O dimensionamento da edificação e das instalações deve ser compatível com todas as operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos ou por outros meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada. 4.1.3 As instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso, impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, dentre outros e não devem transmitir contaminantes aos alimentos. 4.1.4 As portas e as janelas devem ser mantidas ajustadas aos batentes. As portas da área de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotadas de fechamento automático. As aberturas externas das áreas de armazenamento e preparação de alimentos, inclusive o sistema de exaustão, devem ser providas de telas milimetradas para impedir o acesso de vetores e pragas urbanas. As telas devem ser removíveis para facilitar a limpeza periódica. 4.1.5 As instalações devem ser abastecidas de água corrente e dispor de conexões com rede de esgoto ou fossa séptica. Quando presentes, os ralos devem ser sifonados e as grelhas devem possuir dispositivo que permitam seu fechamento. 4.1.6 As caixas de gordura e de esgoto devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos, devendo estar localizadas fora da área de preparação e armazenamento de alimentos e apresentar adequado estado de conservação e funcionamento. 4.1.7 As áreas internas e externas do estabelecimento devem estar livres de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais. 4.1.8 A iluminação da área de preparação deve proporcionar a visualização de forma que as atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as características sensoriais dos alimentos. As luminárias localizadas sobre a área de preparação dos alimentos devem ser apropriadas e estar protegidas contra explosão e quedas acidentais. 4.1.9 As instalações elétricas devem estar embutidas ou protegidas em tubulações externas e íntegras de tal forma a permitir a higienização dos ambientes. 4.1.10 A ventilação deve garantir a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, condensação de vapores dentreoutros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de ar não deve incidir diretamente sobre os alimentos. 4.1.11 Os equipamentos e os filtros para climatização devem estar conservados. A limpeza dos componentes do sistema de climatização, a troca de filtros e a manutenção programada e periódica destes equipamentos devem ser registradas e realizadas conforme legislação específica. 4.1.12 As instalações sanitárias e os vestiários não devem se comunicar diretamente com a área de preparação e armazenamento de alimentos ou refeitórios, devendo ser mantidos organizados e em adequado estado de conservação. As portas externas devem ser dotadas de fechamento automático. 4.1.13 As instalações sanitárias devem possuir lavatórios e estar supridas de produtos destinados à higiene pessoal tais como papel higiênico, sabonete líquido inodoro anti-séptico ou sabonete líquido inodoro e produto anti-séptico e toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para secagem das mãos. Os coletores dos resíduos devem ser dotados de tampa e acionados sem contato manual. 4.1.14 Devem existir lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de manipulação, em posições estratégicas em relação ao fluxo de preparo dos alimentos e em número suficiente de modo a atender toda a área de preparação. Os lavatórios devem possuir sabonete líquido inodoro anti-séptico ou sabonete líquido inodoro e produto anti-séptico, toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionado sem contato manual. 4.1.15 Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme estabelecido em legislação específica. Devem ser mantidos em adequado estado de conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção. 4.1.16 Devem ser realizadas manutenção programada e periódica dos equipamentos e utensílios e calibração dos instrumentos ou equipamentos de medição, mantendo registro da realização dessas operações. 4.1.17 As superfícies dos equipamentos, móveis e utensílios utilizados na preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e exposição à venda dos alimentos devem ser lisas, impermeáveis, laváveis e estar isentas de rugosidades, frestas e outras imperfeições que possam comprometer a higienização dos mesmos e serem fontes de contaminação dos alimentos. REFERÊNCIAS: BRASIL. ANVISA. Regulamento Técnico de Boas Práticas Para Serviços de Alimentação. Brasil, Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents>. Acesso em: 06 jun. 2017; BRASIL. ANVISA. Constituição (2003). Resolução RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003. Aprova Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional CIPA, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Mapa de riscos de acidente do trabalho. Disponível em: <http://cipa.fmrp.usp.br>. Acesso em: 06 jun. 2017. PARANÁ. Constituição (2001). Decreto Lei nº 13331, de 23 de 2001. Dispõe sobre a organização, regulamentação, fiscalização e controle das ações dos serviços de saúde no Estado do Paraná. Código de Saúde do Paraná. Curitiba, PR: Secretaria de Estado da Saúde, 23 maio 2002. BRASIL. Constituição (2007). Decreto Lei nº 11.474, de 15 de maio de 2007. Altera a Lei no 10.188, de 12 de fevereiro de 2001, que cria o Programa de Arrendamento Residencial, institui o arrendamento residencial com opção de compra, e a Lei no 11.265, de 3 de janeiro de 2006, que regulamenta a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos, e dá outras providências. Brasília, 15 de maio de 2007. BRASIL. MAPA. Instrução Normativa nº 22 de 24 de novembro de 2005. Regulamento Técnico Para Rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado.
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