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31/03/2014 1 EMBRIOLOGIA – REGULAÇÃO HORMONAL, FERTILIZAÇÃO E INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO PROF. JORGE LUIZ C. SIUFI - SÃO SUBSTÂNCIAS ESTEROIDAIS, PEPTÍDICAS, PROTÉICAS OU DERIVADAS DE AMINOÁCIDOS, QUE SÃO PRODUZIDAS POR GLÂNDULAS ENDÓCRINAS EM PEQUENAS QUANTIDADES E LIBERADAS NA CORRENTE SANGUÍNEA ONDE SERVIRÃO COMO MOLÉCULAS SINALIZADORAS E INDUTORAS DE ATIVIDADES DE CÉLULAS E ÓRGÃOS DO CORPO. - NOS SISTEMAS REPRODUTORES, REGULAM A FORMAÇÃO DAS CÉLULAS GAMETOGÊNICAS, A REPRODUÇÃO SEXUADA COMO UM TODO, E O SURGIMENTO DOS CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS. HORMÔNIOS 31/03/2014 2 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Glândula Produz Alvo Principais ações Hipotálamo Hormônio Liberador de Gonadotrofina (GnRH) Hipófise Estimular a produção de hormônios gonadotróficos (FSH e LH) Hipófise (adeno) Hormônio Luteinizante (LH) Testículos (células de Leydig) Induz as células a produzirem testosterona Hormônio Folículo Estimulante (FSH) Testículos (células de Sertoli) Induz as células a produzirem ABP e Inibina (que regula a liberação de FSH) Testículos Testosterona 1 - Hipófise 2 - Testículos 3 - Diversos órgãos 1 - Regula a produção de LH; 2 - Induz a espermiogênese; 3 - Estimula as glândulas acessórias e o surgimento das características secundárias masculinas ABP Túbulos seminíferos e epidídimo Concentra testosterona nos túbulos seminíferos para a espermatogênese e participa no amadurecimento dos espermatozóides no epidídimo GnRH FSH – Hormônio Folículo Estimulante GnRH – Hormônio Liberador de Gonadotrofina LH – Hormônio Luteinizante ABP – Proteína Ligante de Andrógeno SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 31/03/2014 3 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO Glândula Produz Alvo Principais ações Hipotálamo Hormônio Liberador de Gonadotrofina (GnRH) Hipófise Estimular a produção de hormônios gonadotróficos (FSH e LH) Hipófise (adeno) Hormônio Folículo Estimulante (FSH) Folículos ovarianos Induz o amadurecimento dos folículos ovarianos e a produção de estrógeno Hormônio Luteinizante (LH) Folículos ovarianos Induz a liberação do óvulo pelo folículo ovariano, formação do corpo lúteo, e a produção de progesterona (↑) e estrógeno (↓) Ovários Estrógeno 1 - Diversos 2 - Glândulas e estroma endometriais (útero) 1 - Caracteres secundários femininos 2 - Desenvolvimento do estroma e das glândulas endometriais (espessamento do endométrio - proliferativo) Progesterona Glândulas e estroma endometriais (útero) Promove a manutenção do endométrio e induz a secreção pelas glândulas endometriais (endométrio secretor) SISTEMA REPRODUTOR FEMININO (GnRH) Hormônio liberador de Gonadotrofina (FSH) Hormônio Folículo Estimulante (LH) Hormônio Luteinizante GnRH Estrógeno (controla a produção de FSH) 31/03/2014 4 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO CICLO MENSTRUAL (CICLO OVARIANO E CICLO UTERINO) CICLO OVARIANO - Fase Folicular (Produz estrógeno) - Fase Luteínica (Produz Progesterona) CICLO UTERINO - Descamação - Fase Proliferativa (Induzida pelo estrógeno) - Fase Secretora (Induzida pela progesterona) FASES 31/03/2014 5 Fluxo Menstrual – Descamação da parede funcional do útero (Endométrio), dura de 1 a 4 dias. Fase Proliferativa ou Estrogênica – Dura de 9 a 10 dias · Sob a ação do estrógeno, há o reparo e a proliferação do endométrio através do crescimento dos vasos sanguíneos, do estroma e das glândulas endometriais uterinas. Fase Secretora ou Progestacional – Dura de 13 a 14 dias · Sob a ação da progesterona, há a manutenção do endométrio desenvolvido e indução da liberação de muco glicoprotéico pelas glândulas endometriais. Fase Isquêmica – Dura cerca de 2 a 3 dias · Isquemia e necrose do estroma, dos vasos sanguíneos e das glândulas endometriais. CICLO MENSTRUAL (CICLO UTERINO) GLÂNDULAS ENDOMETRIAIS (CICLO UTERINO) 31/03/2014 6 CICLO MENSTRUAL (CICLO OVARIANO) Fase Folicular – Dura do início do ciclo menstrual à liberação do óvulo pelo folículo de Graaf. · Sob a ação do FSH, o folículo ovariano se desenvolve. · Produção crescente de estrógeno pelas células foliculares (granulosa) Fase Luteínica – Dura da ovulação ao término do ciclo menstrual · Após a liberação do óvulo, as células do folículo ovariano sofrem luteinização, formando o corpo lúteo. · Ampla produção de progesterona. FASE PÓS-OVULAÇÃO * Havendo fecundação do óvulo e implantação do embrião no útero, o corpo lúteo permanece vivo produzindo progesterona e estrógeno para manter o endométrio gravídico funcional e íntegro. * Não havendo a fecundação do óvulo, o corpo lúteo reduz a produção de progesterona e estrógeno que resulta na isquemia dos vasos sanguíneos, estroma e glândulas endometriais. Ocorre a descamação do endométrio (fluxo menstrual). FECUNDAÇÃO 31/03/2014 7 INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO - FERTILIZAÇÃO - Ocorre quando a célula gametogênica masculina (espermatozóide) se une à célula gametogênica feminina (ovócito II) e dá origem à célula primordial à vida (ZIGOTO) FERTILIZAÇÃO TRANSPORTE DOS GAMETAS: - Transporte do ovócito (possível devido a movimentos peristálticos dos músculos lisos que circundam a trompa uterina e batimentos ciliares das células epiteliais das tubas uterinas) - Transporte do espermatozóide (batimentos flagelares) CAPACITAÇÃO DOS ESPERMATOZÓIDES: - São mudanças fisiológicas e bioquímicas que ocorrem na membrana plasmática dos espermatozóides para que ocorram interações entre espermatozóides e os ovócitos. 31/03/2014 8 • Passagem do espermatozóide através da corona radiata, que envolve a zona pelúcida do ovócito • Penetração na zona pelúcida que envolve o ovócito Reação da zona • Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide Reação acrossômica FASES DA FERTILIZAÇÃO • Término da segunda divisão meiótica do ovócito • Formação do pro-núcleo masculino • As membranas dos pro-núcleos se dissolvem, os cromossomos se condensam e formam o zigoto • Formação do pro-núcleo feminino 31/03/2014 9 • Reação do acrossoma e penetração de um espermatozóide em um ovócito 31/03/2014 10 Ciclo ovariano- desenvolvimento humano durante a primeira semana Fertilização: 31/03/2014 11 • Clivagem do zigoto • Formação do blastocisto • Massa celular externa (trofoblasto) • Massa celular interna (embrioblasto) •Se houver a nidação, há a produção da gonadotrofina coriônica, que mantém o funcionamento do corpo lúteo. O beta-hcg é uma glicoproteína hormonal (hormônio) que é produzida durante a gravidez pelas células trofoblásticas logo após o início da nidação, e posteriomente por uma parte da placenta. O papel do beta-hcg durante a gravidez é prevenir a desintegração do corpo lúteo ovariano, desta forma mantendo a produção de progesterona e estrógeno, que são críticos para o período de gravidez. •O ciclo menstrual (ciclo ovariano e ciclo uterino ) e novas ovulações são inibidas. Nidação – Início da gravidez 31/03/2014 12 Trofoblasto Parede uterina Cavidade uterina Para que ocorra é necessário que: - A mucosa uterina tenha sido preparada pelos hormônios ovarianos; - O embrião tenha atingido o estado de desenvolvimento necessário para se implantar Nidação – Início da gravidez • A fertilização, a segmentação que origina a mórula e a blástula ocorrerão no interior das trompas de Falópio. • A gravidez uterina tem início com a implantação do blastocisto. Nidação – Decíduas 31/03/2014 13 EMBRIOLOGIA É o estudo do desenvolvimento dos embriões e formação dos organismos. Período Embrionário - Tem início na fecundaçãodo ovócito, passa pela formação do zigoto, formação dos folhetos embrionários, formação dos indivíduos (orgãos) e termina no período fetal onde há a fase de organogênese (8 semanas). Período Fetal – Há o desenvolvimento dos sistemas e desenvolvimento do indivíduo. O processo pelo qual uma única célula progride para formar um embrião, e consequentemente forma um indivíduo pode ser divido em três fases: - Proliferação celular - Migração celular - Diferenciação celular Principais etapas da vida 31/03/2014 14 PROLIFERAÇÃO CELULAR É o aumento do número de célula que precede a diferenciação celular. Ocorre em todas as fases do desenvolvimento do embrião e do feto. Durante a fase proliferativa, as células são sensíveis a fatores ambientais ou genéticos. Quando ocorrem estas “agressões” durante a fase embrionária, provavelmente há a morte do embrião, enquanto que quando ocorre durante a fase fetal, há a má-formação de um sistema ou órgão. MIGRAÇÃO CELULAR É o deslocamento das células para regiões específicas do embrião ou dos orgãos a fim de formar células diferenciadas. Quando há alterações na matriz celular onde elas se locomovem, pode haver distúrbios de formação. DIFERENCIAÇÃO CELULAR É o fim do desenvolvimento celular. A célula adquire características específicas ao distinguir seu fenótipo. Nesta fase, há uma relação inversamente proporcional à proliferação. 31/03/2014 15 VIAS DE SINALIZAÇÃO São sinais moleculares liberados por tipos celulares específicos ou matriz extracelular que direcionam as células a realizarem os fenômenos de proliferação, migração e diferenciação celular. Tipos de Sinalização: - Contato célula-célula: formam junções comunicantes que permitem troca de informações entre as células - Fatores solúveis: sinais ou fatores produzidos e liberados por células que estimularão outros tipos celulares via receptores de superfície. TIPOS DE SINALIZADORES Endócrinos: são produzidos por células endócrinas encontradas nas glândulas. Estes fatores são liberados na corrente sanguínea e espalham-se por toda a extensão do corpo. Hormônios. Parácrinos: São sinais produzidos por tipos celulares emissores que atuarão na comunicação de células vizinhas. Neurotransmissores. Autócrinos: São produzidas por células específicas e apenas induzem o mesmo tipo celular. Células do sistema imunológico, interleucinas. 31/03/2014 16 Durante a Embriogênese….. ...ocorrem interações denominadas epitélio-mesênquima. Essa interação é fundamental para o desenvolvimento do embrião pois parte do processo de proliferação, migração e diferenciação celular ocorre através da produção de fatores de crescimento e morfógenos que instruem os tecidos epiteliais e mesenquimais a formarem suas estruturas definitivas. ZIGOTO • É o inicio de um novo ser humano. • É uma célula totipotente e altamente especializada. Ele contém os cromossomos e os genes (unidades de informação genética) derivados da mãe e do pai. • O zigoto unicelular divide-se muitas vezes e transforma-se em um ser humano multicelular, através da divisão, migração, crescimento e diferenciação das células. 31/03/2014 17 CLIVAGEM DO ZIGOTO • Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em rápido aumento do número de células. • Estas células chamam-se blastômeros. 31/03/2014 18 31/03/2014 19 BLASTOCISTO • O blastocisto, é uma massa celular microscópica, que surge 4 a 5 dias após a fecundação e constitui a fonte de células com o maior potencial terapêutico conhecido de reparação de lesões orgânicas, pela sua capacidade única de gerar praticamente todos os tipos de tecidos humanos. É a partir do blastocisto que são retiradas as célula tronco embrionárias. CÉLULAS TRONCO EMBRIONÁRIAS • Têm sobre as pós-natais a vantagem de serem pluripotentes — podem dar origem a qualquer célula humana (com exceção da placenta). São obtidas de um nó ou botão embrionário que se forma no interior do blastocisto, fase anterior à implantação no útero em que o embrião de três a cinco dias tem formato esférico e cerca de 150 células no total. 31/03/2014 20
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