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1 Rayssa Milagres | UFJF – Med 118 GAMETOGÊNESE 2 Rayssa Milagres | UFJF – Med 118 ESPERMATOGÊNESE: Células de Sertoli: revestem os túbulos seminíferos, dando suporte e nutrição para as células germinativas. Os espermatozoides são transportados dos túbulos seminíferos para o epidídimo, onde são armazenados e amadurecidos. 3 Rayssa Milagres | UFJF – Med 118 OVOGÊNESE Maturação pré-natal dos ovócitos No desenvolvimento embrionário humano, as células germinativas diferenciam-se em ovogônias, que se proliferam por divisão mitótica. Antes do nascimento, as ovogônias crescem para formas os ovócitos. Após a formação do ovócito I, células do tecido conjuntivo o circundam e formam uma única camada de células epiteliais foliculares → folículo primordial. À medida que o ovócito I cresce durante a puberdade, as células epiteliais se tornam cuboides e depois colunares, formando o folículo primário. O ovócito primário é logo envolvido por uma camada de material glicoproteico acelular amorfo: zona pelúcida. Os ovócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas a prófase não se completa (período dictióteno). Maturação pós-natal dos ovócitos Na puberdade, um folículo amadurece a cada mês e ocorre a ovulação. Com a maturação do folículo, o ovócito I aumenta de tamanho e, imediatamente antes da ovulação, completa a primeira divisão meiótica, dando origem ao ovócito II e ao primeiro corpo polar. O ovócito II recebe quase todo o citoplasma e o primeiro corpo polar recebe quase nada. Primeiro corpo polar: célula pequena, não-funcional que logo degenera. Na ovulação, o núcleo do ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, progredindo até a metáfase, quando a divisão é interrompida. A segunda divisão meiótica só é completada se um espermatozoide penetra no ovócito II. A maior parte do citoplasma é mantida em uma célula e a outra forma o segundo corpo polar. 4 Rayssa Milagres | UFJF – Med 118 CICLOS REPRODUTIVOS FEMININOS Ciclos mensais que preparam a mulher para a gravidez. O hormônio liberador de gonadotrofina é produzido no hipotálamo e carreado até o lobo anterior da hipófise. A adenohipófise, então é estimulada a liberar dois hormônios: 1. Hormônio folículo estimulante (FSH): estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrógeno por suas células foliculares. 2. Hormônio luteinizante (LH): atua como “disparador” da ovulação e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzir progesterona. Esses hormônios induzem também o crescimento do endométrio. Ciclo ovariano O FSH e o LH produzem mudanças cíclicas nos ovários: desenvolvimento dos folículos, ovulação e formação do corpo lúteo. A cada ciclo, o FSH promove o crescimento de vários folículos primordiais, mas só um folículo primário se desenvolve em maduro. Desenvolvimento Folicular Crescimento e diferenciação do ovócito I. Proliferação das células foliculares. Formação da zona pelúcida. Desenvolvimento das tecas foliculares: - com o aumento de tamanho do folículo primário, o tecido conjuntivo adjacente se organiza e forma um cápsula: a teca folicular. - a teca se diferencia em duas camadas: uma interna e vascularizada (teca interna) e uma camada conjuntiva semelhante a uma cápsula (teca externa). - as células tecais produzem fator de angiogênese. As células foliculares dividem-se ativamente, produzindo uma camada estratificada em torno do ovócito. Surgem em torno da células foliculares espaços preenchidos por fluido, que coalescem formando uma única cavidade: o antro, que contem o fluido folicular. A partir disso, é formado o folículo secundário. O ovócito I é empurrado para um lado do folículo, onde fica envolvido por um acumulo de células foliculares. Os estágios finais de maturação requerem o LH. Os folículos em crescimento produzem estrogênio, um hormônio que regula o desenvolvimento e a função dos órgãos reprodutivos. Ovulação Na metade do ciclo, o folículo ovariano, por influência do FSH e do LH, sofre um surto de crescimento, produzindo uma saliência na superfície do ovário. Precedendo a ovulação, o ovócito II destaca-se do interior do folículo distendido. A ovulação é disparada por uma onda de produção de LH. A onda de LH, induzida pelo alto nível de estrogênio sanguíneo, causa a tumefação do estigma, formando uma vesícula. O estigma se rompe, expelindo o ovócito II. A digestão enzimática da parede folicular parece ser um dos principais mecanismos que levam à ovulação. O ovócito II expelido é envolvido pela zona pelúcida e por mais camadas de células foliculares, rearranjando-se em corona radiata. A onda de LH também induz o termino da primeira divisão meiótica do ovócito I. 5 Rayssa Milagres | UFJF – Med 118 Corpo Lúteo Após a ovulação, as paredes do folículo ovariano sofre colapso. Sob influencia do LH, elas se desenvolvem no corpo lúteo, uma estrutura glandular que secreta progesterona e alguma quantidade de estrogênio, fazendo o endométrio se preparar para a implantação do blastocisto. Se o ovócito é fecundado, o corpo lúteo aumenta de tamanho e forma o corpo lúteo gravídico, aumentando sua produção hormonal. Na gravidez, a degeneração do corpo lúteo é impedida pela gonodotrofina coriônica humana (HCG), hormônio secretado pelo sinciciotrofoblasto do blastocisto. Depois do corpo lúteo, a placenta assume a produção de estrogênio e progesterona. Se o ovócito não é fecundado, o corpo lúteo involui e degenera, quando é chamado de corpo lúteo da menstruação. 6 Rayssa Milagres | UFJF – Med 118 Ciclo Menstrual Período no qual o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina. Mudanças mensais provocadas pelos hormônios. Os hormônios estrógeno e progesterona causam mudanças no endométrio. Fase menstrual: - camada funcional da parede uterina desintegra-se e é expelida com o fluxo menstrual. - após a menstruação o endométrio torna-se delgado. 7 Rayssa Milagres | UFJF – Med 118 Fase proliferativa: - crescimento dos folículos ovarianos. - controlada pelo estrogênio. - aumento na espessura do endométrio. Fase lútea: - formação, crescimento e funcionamento do corpo lúteo. - a progesterona produzida pelo corpo lúteo estimula o epitélio glandular a secretar material rico em glicogênio. - o endométrio se espessa. - se a fecundação não ocorre: o corpo lúteo degenera, os níveis de estrogênio e progesterona caem, o endométrio entra na fase isquêmica, ocorre a menstruação. Fase isquêmica: - queda hormonal. - alterações vasculares. - parada de secreção glandular. - retração do endométrio. - necrose isquêmica. - ruptura da parede dos vasos lesados. - forma pequenos lagos de sangue que se rompem na superfície endometrial, resultando em sangramento para a luz uterina. - após alguns dias, toda a camada é eliminada na menstruaçao. TRANSPORTE DE GAMETAS Transporte do ovócito Durante a ovulação, as extremidades fimbriadas da tuba uterina aproximam-se intimamente do ovário. As fimbrias da tuba movem-se para frente e para trás sobre o ovário. Essa ação de varredura e a corrente do fluido produzido pelos cílios “varrem” o ovócito II para a tuba. O ovócito passa para a ampola da tuba, em direção ao útero. Transporte dos espermatozoides Do epidídimo, os espermatozoides são transportados pela uretra por contrações peristálticas. As glândulas sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais) produzem secreções que são adicionadas ao fluido contendo espermatozoides no ducto deferente e uretra. Os espermatozoides passam lentamente pelo canal cervical através de movimentos de sua cauda. A enzima vesiculase coagula uma pequena quantidade do sêmen eforma um tampão vaginal que impede o retorno do sêmen para o interior da vagina. Quando a ovulação ocorre, o muco cervical aumenta, fica menos viscoso, tornando mais fácil o transporte dos espermatozoides. As prostaglandinas presentes no sêmen estimulam a motilidade uterina no momento do intercurso e ajudam no movimento dos espermatozoides para o sitio de fecundação na ampola da tuba. ESPERMATOGÊNESE: OVOGÊNESE Maturação pré-natal dos ovócitos Maturação pós-natal dos ovócitos CICLOS REPRODUTIVOS FEMININOS Ciclo ovariano Desenvolvimento Folicular Ovulação Corpo Lúteo Ciclo Menstrual TRANSPORTE DE GAMETAS Transporte do ovócito Transporte dos espermatozoides
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