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Abordagem Psicométrica

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Abordagem Psicométrica
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Frank Parsons
 Frank Parsons, no início do século XX, foi o responsável pelo desenvolvimento do primeiro modelo de orientação profissional
 O livro Choosing a Vocation, publicado em 1909, era um manual de auxílio aos futuros profissionais da orientação profissional
 Em seu livro, Parsons identificava os três passos do processo de orientação profissional: 
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 a análise das características do indivíduo, como aptidões, habilidades, interesses, ambições, capacidades e limitações (baseada na auto-análise do cliente, com possível uso de testes psicológicos, ainda não sistematizados e validados cientificamente)
 a análise dos requisitos das profissões, como características pessoais necessárias, vantagens e desvantagens, oportunidades, remuneração (provavelmente baseada no senso comum e em estereótipos das profissões)
 a orientação do indivíduo com base na relação entre suas características e os requisitos da profissão 
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 O processo de orientação profissional tinha como objetivo o ajustamento do indivíduo ao mundo do trabalho para garantir a satisfação pessoal e o aumento da eficiência e da produtividade
 O modelo de Parsons entendia a escolha profissional como uma escolha definitiva, ligada a um momento específico da vida, o final da adolescência ou início da idade adulta
 O modelo de Parsons não estava focado na indicação de uma profissão, mas pretendia auxiliar o indivíduo no processo de escolha profissional
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Teoria do Traço e Fator
 O modelo de orientação profissional de Frank Parsons foi influenciado pelo desenvolvimento da Psicologia Diferencial e da Psicometria nas décadas de 1920 e 1930, recebendo o nome de Teoria do Traço e Fator
 O processo de orientação profissional continuou sendo guiado pelos três passos propostos por Parsons
 O objetivo do processo de orientação profissional continuou a ser o ajustamento do indivíduo ao mundo do trabalho, visando a satisfação pessoal e o aumento da eficiência e da produtividade no trabalho
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 A escolha profissional continuou a ser vista como definitiva e ligada a um momento específico da vida, o final da adolescência ou início da idade adulta
 Mas, sob influência da Psicologia Diferencial e da Psicometria, e da crença no seu poder de predição e controle, o processo de orientação profissional deixou de ser visto como uma forma de auxílio ao processo de escolha profissional do indivíduo para se preocupar com a indicação da profissão mais adequada para o indivíduo
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A teoria de Parsons beneficiou-se das diferentes contribuições de autores que estudaram os traços de personalidade, que são os componentes da personalidade que os testes se propõem a medir. Beneficiou-se também da análise fatorial, um processo estatístico que, por meio de correlações e rotações de eixos, reduz o número de traços medidos pelos testes a um número menor, aglomerando-os em grupos de traços semelhantes.
 A orientação profissional era caracterizada por ser um processo de aconselhamento diretivo, em que o orientando mantinha uma postura passiva frente à escolha profissional.
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 Era feito um diagnóstico das características do indivíduo baseado em testes psicológicos padronizados e validados cientificamente, (podiam ser utilizados testes de inteligência, aptidões, personalidade, interesses), não havendo preocupação com a auto-avaliação do indivíduo
 Era feito um cruzamento do perfil do indivíduo com o perfil das profissões (geralmente baseados no senso comum e em estereótipos)
 Era feito um prognóstico de adaptação do indivíduo à profissão
 Era feita a indicação da profissão mais adequada ao indivíduo
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Com o tempo, questionamentos e críticas sobre essa teoria foram levantadas.
Questiona-se a ação da Orientação Profissional nessa abordagem: 
"para diferenciar-se daquilo que o indivíduo pode fazer sozinho, vem revestida de uma certa aparência de ciência ao utilizar instrumentos que só o orientador pode manipular e que carrega a ideia de que o indivíduo tem uma essência que só um profissional pode descobrir" (Bock, 2001, p.23).
Esse modelo foi considerado um "modelo estático", porque preconiza que os perfis dos profissionais dificilmente são alterados, mesmo acontecendo transformações sociais, políticas, tecnológicas, econômicas, etc. 
Traça-se o perfil de um determinado profissional e usa-se este por vários anos, sem alterar nenhum aspecto. 
CRÍTICAS
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Esse modelo é ainda classificado dessa forma por defender a estaticidade dos perfis dos indivíduos, por esperar que a pessoa não mude muito a partir do fim da adolescência, mantendo suas características pessoais durante toda a vida.
Outro ponto criticado é que a preocupação maior dessa abordagem parece ser o fornecimento de uma espécie de critério racional de escolha, não dando ênfase, dessa forma, à maneira como vai ocorrer a formação da personalidade do indivíduo e a interferência dos contextos social, histórico e econômico nessa formação.

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