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PEÇA 02 AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIA DA __ COMARCA DE ___
ANTÔNIA SOARES, portuguesa, casada, médica,portadora da cédula de identidade nº , inscritano CPF nº , possuidora do endereço eletrônico , residente e domiciliada , bairro , CEP , cidade , por intermédio de seu advogado, com escritório , local indicado para fins do art. 106, I do CPC/15, vem, com fulcro no artigo 305 a 310 e 731 a 734 do CPC/15, propor:
AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR
em face dePEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista,portadora da cédula de identidade nº , inscrita no CPF nº , possuidor do endereço eletrônico , residente e domiciliado , pelos fatos e fundamentos a serem expostos.
I – DOS FATOS
A autora mantém vínculo conjugal com o réu há exatos trinta anos, sendo fruto dessa união dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes. Durante a união, a autora e o réu constituíram umvasto patrimônio, fruto do esforço comum do casal.
Fato é que a autora teve ciência de que o réu mantinha um relacionamento extraconjugal e, diante disso, busca a dissolução da sociedade marital. Porém, ao tomar conhecimento do desejo da autora, o réu vempromovendo uma dilapidação do patrimônio constituído em conjunto, através da realização de sucessivos em uma das contas conjuntas do casal, comprovados pela documentação anexa. O réu, ainda, propôs à sua irmã, IsabelSoares, a transmissão da propriedade de dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, através de doação.
Diante dos fatos, a autora busca o socorro do judiciário para resolução da contenda.
II – DO DIREITO
A norma a seguir transcrita informa as modalidades de dissolução da sociedadeconjugal trazendo, dentre elas, o divórcio. De acordo com o artigo 1.571 do Código Civil de 2002,in verbis:
“Art. 1.571, CC/02.A sociedade conjugal termina:
IV –pelo divórcio;
§ 1º.O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.”.
Segundo Maria Helena Diniz: “o divórcio é a dissolução de um casamento válido, ou seja, aextinção do vínculo matrimonial, que se opera mediante sentença judicial, habilitando as pessoas a convolar novas núpcias”.
Comprovamos o entendimento aos artigos 1.640 e 1.658 do Código Civil:
“Art. 1.640, CC:Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.”
“Art. 1.658, CC:No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.”.
Na inexistência de acordo entre as partes, o regime de bens aplicáveis ao casamento será o da comunhão parcial e, ainda, a comunicação dos bens que sobrevierem ao casal na constância do casamento. Ante as normas jurídicas expostas, inegável é a afirmação de quedissolvida a sociedade conjugal, os bens adquiridos durante o matrimônio devem ser repartidos entre ao final deste.
O caso em questão traz situação fática que se adequa às normas elencadas, isso porque, a autora deseja dissolver a sociedade conjugal até então mantida com o réu, bem como, ver repartidos os bens adquiridos na constância do matrimônio.
Ressalte-se, ainda, que a autora não dispõe da relação de todos os bens adquiridos na constância do matrimônio, devendo estes serem apurados em juízo.
III – DA TUTELA CAUTELAR
Verificamos na presente demanda ameaça ao direito (fumus boni iuris), uma vez que a autora encontra-se na posição de meeira de todo o patrimônio adquirido pelos então nubentes e as condutas do réu tendem a diminuição do mesmo.
Temos, também, o perigo de dano (periculum in mora) uma vez que o réu deseja transferir a propriedade dos dois carros do casal com o fito de não partilhar com a autora.
IV – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) seja concedida liminarmente a tutela cautelar para o arrolamento de todo o patrimônio adquirido pela autora e o réu na constância do matrimônio;
b) seja citado o réu para, querendo, no prazo de cinco dias, contestar o pedido da autora;
c) seja condenado o réu aos ônus da sucumbência.
V – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil em vigor, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu.
VI – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).
Termos em que,
pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB

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