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Hanseníase: Causas, Sintomas e Tratamento

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Profª Thyara Maia 
Brandão
Entendendo o contexto
Mundo
Brasil
Alagoas
219.075 novos casos em 2011
24.612 casos novos em 2014
282 novos casos em 2014
(ALMEIDA-FILHO, BARRETO, 2012;ALVES, FERREIRA, NERY, 2014; SMS, 2015).
2
Detecção 
de casos
Hanseníase - Infecção
Fonte
Homem 
(única)
Tatu, macaco 
mangabei e 
chimpanzé.
Contato
Vias aéreas 
superiores
Atinge pessoas de 
todas as idades, 
ambos os sexos, e 
raramente em
crianças
16/10/2017 Docente Andréa Vasconcelos
Hanseníase
 É uma doença infectocontagiosa,
crônica, granulomatosa e de evolução
lenta, causada pelo Mycobacterium
leprae (bacilo de Hansen)
 Esse bacilo é capaz de infectar grande
número de pessoas (alta
infectividade), mas poucos adoecem
(baixa patogenicidade).
 Sistema Imunológico;
 Notificação compulsória e 
investigação obrigatória.
Nervos mais acometidos pelo
Bacilo de Hansen
16/10/2017 Docente Andréa Vasconcelos
Aspectos Clínicos
SINAIS E SINTOMAS DERMATOLÓGICOS:
lesões de pele com alteração de sensibilidade
✓ Manchas pigmentares ou discrômicas - Placa -
Infiltração
✓ Nódulo
SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS:
✓ lesões nos nervos periféricos;
✓ Dor e espessamento dos nervos periféricos;
✓ Perda de sensibilidade - olhos, mãos, pés;
✓ Perda de força muscular - pálpebras, membros
superiores e inferiores;
Lesões Hansênicas
16/10/2017 Docente Andréa Vasconcelos
Classificação Operacional
 Paucibacilares (PB) – casos
com até cinco lesões
Multibacilares (MB) - aqueles
com mais de cinco lesões
 O seu diagnóstico é
essencialmente clínico e
epidemiológico
Formas Clínicas
 Formas Paucibacilares (não contagiosa)
1. Hanseníase Indeterminada
2. Hanseníase Tuberculóide
 Formas Multibacilares (contagiosas)
1. HanseníaseVirchowiana
2. Hanseníase Dimorfa
✓Forma inicial da doença
✓Uma ou várias manchas hipocrômicas
✓Área hipoestésica – térmica*
✓Não há espessamento neural nem deformidades
✓Duração – 1 a 5 anos
✓Fase ideal para o tratamento
✓Diagnóstico difícil
✓Alterações clínico-laboratoriais inespecíficas
✓Evolução
Hanseníase Indeterminada
Hanseníase Tuberculoide
✓Mancha com pápulas eritematosas
✓Placa eritematosa
✓Lesões isoladas, bem delimitadas
✓Nítida alteração da sensibilidade térmica
✓Hanseníase tuberculoide da infância
✓Crianças de 1 – 4 anos
✓Contactantes de doentes MB
✓Áreas expostas – face*
✓Forma “benigna”
✓Tendência à cura espontânea
Hanseníase Tuberculoide
Hanseníase Multibacilar
✓ Dimorfa (HD)
✓ Lesões pré-foveolares
(eritematosas, planas com o centro
claro)
✓ Lesões foveolares
(eritremopigmentares, de tonalidade
ferruginosa ou pardacenta)
✓ Alteração de sensibilidade
✓ Baciloscopia: 
✓ positiva (bacilos globais ou raros
bacilos)
✓ negativa
Hanseníase Virchowiana
✓Evolução em pacientes com baixa 
resistência específica ao bacilo de Hansen
✓Infiltração das manchas
✓Perda dos seus limites
✓Pápulas, placas, nódulos, infiltrações 
✓Infiltrações
✓Orelhas
✓Sobrancelhas –
madarose
✓Facies leonina
✓Mãos e pés
Hanseníase Virchowiana
✓Acometimento de 
outros órgãos e 
sistemas
✓Olhos
✓Nariz
✓Infiltração
✓Congestão e coriza
✓Perfuração de septo
✓Laringe 
Diagnóstico
Docente Andréa Vasconcelos
Diagnóstico Clínico
Exame dermatoneurológico
Teste de sensibilidade térmica
= tubo ensaio ou algodão com 
éter
Teste de sensibilidade dolorosa
= alfinete
Teste de sensibilidade
tátil = algodão, caneta, 
monofilamento
Exame de troncos nervosos
periféricos
Diagnóstico laboratorial
 Exame baciloscópico – a baciloscopia de pele 
(esfregaço intradérmico) - exame 
complementar;
 A baciloscopia positiva classifica o caso como 
MB, independentemente do número de lesões;
 O resultado negativo da baciloscopia não 
exclui o diagnóstico de hansen.
TRATAMENTO
 HANSENÍASE TEM CURA E DEVE SER TRATADA 
NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE.
Etapas do tratamento:
◦ Tratamento quimioterápico específico (PQT);
◦ Acompanhamento: tratamento das intercorrências
e complicações;
◦ Prevenção e tratamento das incapacidades.
Hanseníase - Tratamento PQT
PAUCIBACILAR
Mensal supervisionado:
(1º. Dia)
✓Rifampicina 600mg
✓Dapsona 100 mg
Diário auto-administrado:
(2º. ao 28º. Dia)
✓Dapsona 100 mg
Duração:
6 blister - 6 a 9 meses
Esquema Paucibacilar (PB)
Hanseníase - Tratamento PQT
MULTIBACILAR
Mensal supervisionado:
(1º. Dia)
✓Rifampicina 600mg
✓Dapsona 100 mg
✓Clofazimina 300 mg
Diário auto-administrado:
(2º. ao 28º. Dia)
✓Dapsona 100 mg
✓Clofazimina 50 mg
Duração:
✓12 blister - 12 a 18 meses
Esquema Multibacilar (MB)
TRATAMENTO
 Casos multibacilares com numerosas lesões e/ou
extensas áreas de infiltração cutânea poderão apresentar
uma regressão mais lenta das lesões.
 A maioria destes doentes continuará melhorando após a
conclusão das 12 doses supervisionadas.
 É possível, no entanto, que alguns desses casos,
necessitem doses adicionais de PQT-MB a critério
médico.
Tratamento PQT
Forma virchowiana e infiltrada da hanseníase
após 12 meses de tratamento
Diagnóstico Diferencial
Hipopigmentação Vitiligo
Tinea corporis NeurofibromatosePsoríase
Pitiríase versicolor
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
A principal diferença entre a 
hanseníase e outras doenças
dermatológicas é que as lesões de 
pele da hanseníase sempre
apresentam alteração da 
sensibilidade
TRATAMENTO
 Situações especiais:
◦Gestação e hanseníase: o tratamento pode
ser realizado durante a gestação e a 
lactação;
◦Aids e hanseníase: o tratamento PQT não
interfere no tratamento da AIDS.
ESTRIAS
ACNE
LIPODISTROFIA
ROSÁCEA
EFEITOS COLATERAIS DA 
CORTICOTERAPIA PROLONGADA
TRATAMENTO
 Acompanhamento:
◦ Recidiva: desenvolvimento de novos sintomas e
sinais da doença após o tratamento correto –
baixa ocorrência – menos que 5% dos casos;
◦ Reação hansênica: estado de reação do
hospedeiro com exacerbação das lesões clínicas
pré-existentes, ocorrendo em quase 50% dos
casos tratados.
REAÇÕES HANSÊNICAS
✓Mudança repentina na atividade da doença
✓Mudanças no estado imunológico do paciente
✓Principal causa de danos neurais e incapacidades
✓ Geralmente secundárias ao início da PQT
✓ Podem ocorrer espontaneamente
✓ Fator mais importante associado: gravidez/parto
✓ Outros fatores:
✓infecção intercorrente
✓anemia
✓stress mental/físico
✓cirurgias
✓ Necessitam de pronta intervenção
REAÇÕES HANSÊNICAS
Sinais e Sintomas:
✓Antigas lesões que se tornam avermelhadas e/ou
aumentam de tamanho
✓Aparecimento de nódulos avermelhados e
dolorosos
✓Os nervos periféricos tornam-se dolorosos e
espessados
✓Sinais de dano neural, como perda de sensibilidade
e fraqueza muscular
✓Febre e mal-estar
✓Edema nas mãos e pés
ESTADOS REACIONAIS
 Reação tipo 1 ou reversa:
◦ Surgimento de novas lesões, infiltrações e edema 
das lesões antigas, bem como neurite;
 Reação tipo 2:
◦ Eritema nodoso hansênico (ENH): nódulos
vermelhos dolorosos, febre, dores articulares, mal 
estar geral.
REAÇÃO TIPO 1 OU REAÇÃO 
REVERSA
ERITEMA NODOSO 
HANSÊNICO – TIPO 2
TALIDOMIDA - EFEITOS COLATERAIS
✓Teratogenicidade
✓Neuropatia periférica
✓Sonolência 
✓Constipação intestinal
✓Diminuição da libido
REAÇÕES HANSÊNICAS
✓Diagnóstico correto da reação
✓Escolha adequada da droga
✓Orientação adequada ao paciente✓Relação equipe - paciente
✓Desmame bem programado
✓Acompanhamento rigoroso
✓Profissionais comprometidos
Prevenção de Incapacidades em
Hanseníase significa medidas visando evitar a 
ocorrência de danos físicos, emocionais, 
espirituais e socioeconômicos. 
No caso de danos já existentes, a 
prevenção significa medidas, visando evitar as 
complicações.
Aparelho visual
 Madarose superciliar (sobrancelha);
 Madarose ciliar;
 Triquíase (crescimento dos cílios em
direção à córnea);
 Redução ou fechamento das pálpebras 
(lagoftalmo)
 Inversão da margem palpebral (entrópio);
 Eversão da margem palpebral (ectrópio).
Membros Superiores
 Início – garra nos quarto e quinto dedos;
 Avançada – segundo e terceiro dedos.
Sinal de Froment
 Pinçar um objeto contra resistência –
falange distal do polegar entra em flexão.
Palpação
• No diagnóstico da hanseníase;
• No decorrer do tratamento, em intervalos de
três meses;
• Mensalmente, durante neurites e reações, ou
quando houver suspeita destas, durante e após
o tratamento;
• Na apresentação de queixas (ficar alerta às
neuropatias silenciosas, quando não há queixas);
• Na alta.
81
Avaliação Neurológica
(BRASIL, 2008). 
82
83
84
85
86
87
Diagnóstico oportuno e 
preciso, com 
aconselhamento
profissional de suporte
Tratamento disponível 
gratuitamente e de fácil 
utilização
Intervenções relacionadas 
à prevenção de 
incapacidades realizadas 
de forma adequada
Encaminhamentos, 
devido a complicações ou 
para reabilitação, 
realizados conforme a 
necessidade
Manutenção de registros
simples e incentivo a 
revisões e avaliações
91
Serviços de saúde de qualidade
(BRASIL, 2010). 
Vacinação BCG
 Aplicada nos contatos intradomiciliares;
 Depende da história vacinal:
* se o contato não possui cicatriz vacinal 
de BCG, deverá ser prescrita uma dose 
de vacina.
* caso possua uma cicatriz de BCG, deverá 
ser prescrita uma dose adicional.
* Caso possua duas cicatrizes vacinais, não 
deverá receber nenhuma dose da vacina.
Vigilância dos Contatos
Exame
dermatoneurológico
das pessoas que
resida ou tenha
residido nos últimos 5 
anos
16/10/2017 Docente Andréa Vasconcelos
Educação em Saúde
✓ oficinas
✓ dinâmicas
✓ trabalho em grupo
✓ campanhas
Material educativo:
cartaz, folder, álbum seriado
panfleto etc.
• ALMEIDA-FILHO, N.; BARRETO, M.L. Epidemiologia & Saúde –
Fundamentos, Métodos e Aplicações. Editora: Guanabara Koogan, 2012.
• ALVES, E.D.; FERREIRA, T.L.; FERREIRA, I.N. Hanseníase: avanços e 
desafios. Brasília: NESPROM, 2014.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Vigilância 
Epidemiológica. Manual de prevenção de incapacidades. 3ª. ed., rev. 
e ampl. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
• _________________.Departamento de Vigilância em Doenças 
Transmissíveis. Plano integrado de ações estratégicas de 
eliminação da hanseníase, filariose, esquistossomose e 
oncocercose como problema de saúde pública, tracoma como 
causa de cegueira e controle das geohelmintíases: plano de ação 
2011-2015. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
• _________________. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2014.
• _________________. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 
Manual de
97
Referências
• OMS. Organização Mundial da Saúde. 
Estratégia global aprimorada para 
redução adicional da carga da 
hanseníase: 2011-2015: diretrizes 
operacionais (atualizadas). Organização 
Mundial da Saúde. Brasília: Organização Pan-
Americana da Saúde, 2010.
98
Referências

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