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COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário – Aula 12 
Josiane Minardi 
ITBI: 
 
Art. 156, II da CF 
 
Arts. 35 a 42 do CTN 
 
Critério Material: “transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou 
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição 
 
Direitos Reais – Art. 1.225 do Código Civil: 
 
Art. 1.225. São direitos reais: 
 
I - a propriedade; 
II - a superfície; 
III - as servidões; 
IV - o usufruto; 
V - o uso; 
VI - a habitação; 
VII - o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII - o penhor; 
IX - a hipoteca; 
X - a anticrese. 
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) 
XII - a concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) 
 
Hipóteses de Incidência: Compra e venda, dação em pagamento, permuta (troca), mandato em causa própria com 
poderes equivalentes para a transmissão de bem imóvel, arrematação, adjudicação, valor do imóvel que na divisão 
de patrimônio comum ou na partilha, forem atribuídos a um dos cônjuges separados ou divorciados, uso e fruto. 
 
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.TRIBUTÁRIO. ITBI. ARREMA-
TAÇÃO DE IMÓVEL. BASE DE CÁLCULO. VALOR ALCANÇADO NA HASTA PÚBLICA. PRECEDENTES.1. A 
orientação das Turmas que integram a Primeira Seção/STJ firmou-se no sentido de que a arrematação corresponde 
à aquisição do bem alienado judicialmente, razão pela qual se deve considerar, como base de cálculo do ITBI, o 
valor alcançado na hasta pública. 
Nesse sentido: AgRg no AREsp 22.274/MG, 1ª Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe de 3.4.2012; AgRg nos 
EDcl no Ag 1.391.821/MG, 1ª Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 1º.7.2011; REsp 1.188.655/RS, 1ª Turma, 
Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 8.6.2010; REsp 863.893/PR, 1ª Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 7.11.2006.2. 
Recurso ordinário não provido.(RMS 36.293/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 04/10/2012, DJe 11/10/2012) 
 
Hipóteses de Não Incidência: Usucapião, desapropriação, servidões, contratos de promessa de compra e venda 
(haja vista tratar-se de contrato que poderá ou não se concretizar em contrato definitivo, este sim ensejador da 
cobrança do aludido tributo). 
Imunidades Específicas do ITBI: 
 
Art. 156 (...) 
 
§ 2º I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em reali-
zação de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção 
de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses 
bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; 
 
Art. 184, § 5º CF – 
 
 
 
 
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§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapro-
priados para fins de reforma agrária. 
 
Súmula nº 111 STF: É legítima a incidência do imposto de transmissão "inter vivos" sobre a restituição, ao 
antigo proprietário, de imóvel que deixou de servir a finalidade da sua desapropriação. 
 
Critério Espacial: Município de situação do Bem Imóvel 
 
Critério Temporal: No momento da transmissão do Bem Imóvel. (art. 1.245 do Código Civil) 
Ocorre com o registro do Imóvel em Cartório. 
 
TRIBUTÁRIO. ITBI. FATO GERADOR. OCORRÊNCIA. REGISTRO DE TRANSMISSÃO DO BEM IMÓVEL.1. Re-
chaço a alegada violação do art. 458 do CPC, pois o Tribunal a quo foi claro ao dispor que o fato gerador do ITBI é 
o registro imobiliário da transmissão da propriedade do bem imóvel. A partir daí, portanto, é que incide o tributo em 
comento.2. O fato gerador do imposto de transmissão (art. 35, I, do CTN) é a transferência da propriedade imobili-
ária, que somente se opera mediante registro do negócio jurídico no ofício competente.Precedentes do STJ.3. 
Agravo Regimental não provido.(AgRg no AREsp 215.273/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 02/10/2012, DJe 15/10/2012) 
 
Súmula 108 STF: É legítima a incidência do imposto de transmissão "inter vivos" sobre o valor do imóvel 
ao tempo da alienação, e não da promessa, na conformidade da legislação local. 
 
Súmula 420 STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não incide sobre a construção, ou parte dela, 
realizada, inequivocamente, pelo promitente comprador, mas sobre o valor do que tiver sido construído 
antes da promessa de venda. 
 
Súmula 656 STF: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmis-
são inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel. 
 
ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – Art. 156, III da CF e LC nº 116/03 
 
Critério Material: Prestar Serviços de Qualquer Natureza. 
 
1) Serviço 
2) Que não seja de Competência dos Estados e DF, ou seja, de incidência do ICMS 
3) Tenha previsão em Lei Complementar 
 
A Lista anexa à LC nº 116/03 é taxativa, porém pode ter interpretação extensiva para serviços congêneres. 
 
Lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. 
 
1 – Serviços de informática e congêneres. 
(...) 
3.03 – Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, está-
dios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de 
eventos ou negócios de qualquer natureza. 
(...) 
4 – Serviços de saúde, assistência médica e congêneres. 
15 – Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles prestados por instituições financeiras 
autorizadas a funcionar pela União ou por quem de direito. 
15.01 – Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteira 
de clientes, de cheques pré-datados e congêneres. 
15.02 – Abertura de contas em geral, inclusive conta-corrente, conta de investimentos e aplicação e caderneta de 
poupança, no País e no exterior, bem como a manutenção das referidas contas ativas e inativas. 
 
 
 
 
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1. Conforme a orientação desta egrégia Corte Superior, é taxativa a Lista de Serviços anexa ao Decreto-lei 406/68, 
para efeito de incidência de ISS, admitindo-se, em ampliação aos já existentes, apresentados com outra nomencla-
tura, o emprego da interpretação extensiva para serviços congêneres (interpretação extensiva, observado, contudo, 
a natureza dos serviços). 
 (AgRg no REsp 1260079/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
24/04/2012, DJe 07/05/2012) 
 
Súmula 424 STJ - É legítima a incidência de ISS sobre os serviços bancários congêneres da lista anexa ao 
DL n. 406/1968 e à LC n. 56/1987. 
1) Operações Mistas – Serviço e Entrega de Mercadorias 
 
LC nº 116/03 Art. 1º (...) 
 
§ 2o Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Im-
posto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interesta-
dual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. 
7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o forneci-
mento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica 
sujeito ao ICMS). 
14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 
17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de alimentação e bebidas,que fica sujeito 
ao ICMS). 
Súmula 274 STJ - O ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as refeições, 
os medicamentos e as diárias hospitalares. 
 
Art. 155, § 2º, IX da CF (...) 
 
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na 
competência tributária dos Municípios; 
 
Súmula 163 STJ - O fornecimento de mercadorias com simultânea prestação de serviços em bares, restau-
rantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operação. 
 
TRIBUTÁRIO. ICMS E ISS. SERVIÇOS DE COMPOSIÇÃO GRÁFICA PERSONALIZADO E SOB ENCOMENDA. 
SÚMULA 156/STJ. MATÉRIA SUBMETIDA AO RITO DOS RECURSO REPETITIVOS. INCIDÊNCIA DO ISS. 
1. A Primeira Seção do STJ, no julgamento do REsp 1.092.206/SP, de relatoria do Min. Teori Albino Zavascki, 
submetido ao rito dos recursos repetitivos nos termos do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ, conso-
lidou entendimento segundo o qual: "As operações de composição gráfica, como no caso de impressos personali-
zados e sob encomenda, são de natureza mista, sendo que os serviços a elas agregados estão incluídos na Lista 
Anexa ao Decreto-Lei 406/68 (item 77) e à LC 116/03 (item 13.05). 
Consequentemente, tais operações estão sujeitas à incidência de ISSQN (e não de ICMS),Confirma-se o entendi-
mento da Súmula 156/STJ: 'A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda, ainda 
que envolva fornecimento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS'." 2. Não incidência da Súmula 7/STJ, pois 
a matéria discutida no presente caso é eminentemente de direito. 
Agravo regimental improvido. 
(AgRg no REsp 1301117/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/04/2012, 
DJe 25/04/2012) 
 ............................... 
 
EMENTA : CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONFLITO ENTRE IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER 
NATUREZA E IMPOSTO SOBRE OPERAÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E DE SERVIÇOS DE CO-
MUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. PRODUÇÃO DE EMBALAGENS SOB 
ENCOMENDA PARA POSTERIOR INDUSTRIALIZAÇÃO (SERVIÇOS GRÁFICOS). AÇÃO DIRETA DE INCONS-
TITUCIONALIDADE AJUIZADA PARA DAR INTERPRETAÇÃO CONFORME AO O ART. 1º, CAPUT E § 2º, DA LEI 
 
 
 
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COMPLEMENTAR 116/2003 E O SUBITEM 13.05 DA LISTA DE SERVIÇOS ANEXA. FIXAÇÃO DA INCIDÊNCIA 
DO ICMS E NÃO DO ISS. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA. 
Até o julgamento final e com eficácia apenas para o futuro (ex nunc), concede-se medida cautelar para interpretar 
o art. 1º, caput e § 2º, da Lei Complementar 116/2003 e o subitem 13.05 da lista de serviços anexa, para reconhecer 
que o ISS não incide sobre operações de industrialização por encomenda de embalagens, destinadas à integração 
ou utilização direta em processo subsequente de industrialização ou de circulação de mercadoria. Presentes os 
requisitos constitucionais e legais, incidirá o ICMS. 
(ADI 4389 MC, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 13/04/2011, PROCESSO ELE-
TRÔNICO DJe-098 DIVULG 24-05-2011 PUBLIC 25-05-2011 RDDT n. 191, 2011, p. 196-206 RT v. 100, n. 912, 
2011, p. 488-505) 
 
 ............................... 
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIÇOS DE COMPOSIÇÃO GRÁFICA.CONFECÇÃO DE CARTÕES 
MAGNÉTICOS PERSONALIZADOS E SOB ENCOMENDA. NÃO INCIDÊNCIA DE ICMS. NÃO APLICAÇÃO DO 
ENTENDIMENTO DO STF NA MEDIDA CAUTELAR NA ADI 4389. SITUAÇÕES FÁTICAS DISTINTAS. ANÁLISE 
DE DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO STF. 
(...) 2. No julgamento da medida cautelar na ADI 4389, o STF reconheceu a não incidência do ISS sobre operações 
de industrialização por encomenda de embalagens destinadas à integração ou utilização direta em processo sub-
sequente de industrialização ou de circulação de mercadoria.3. A incidência do ICMS só ocorrerá nos casos em que 
a produção de embalagens, etiquetas sob encomenda (personalizada) seja destinada a subsequente utilização em 
processo de industrialização ou posterior circulação de mercadoria, o que não é o caso dos autos. 
4. In casu, trata-se de produção de cartões magnéticos sob encomenda para uso próprio da empresa. No caso, a 
embargada atua como consumidora final, ou seja, tais cartões não irão fazer parte de futuro processo de industria-
lização ou comercialização. Incide, portanto, o ISS nos termos do que restou determinado pela Primeira Seção do 
STJ, no julgamento do REsp 1.092.206/SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, sujeito ao rito dos recursos respetivos, 
nos termos do art. 543-C do CPC e da Resolução 8/2008 do STJ.5. Não cabe ao STJ analisar suposta violação de 
dispositivos constitucionais, mesmo a título de prequestionamento, sob pena de usurpação da competência do 
STF.Embargos de declaração rejeitados.(EDcl no AgRg no AREsp 103.409/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MAR-
TINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/06/2012, DJe 18/06/2012) 
 
Súmula 156 STJ - A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda, ainda 
que envolva fornecimento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS. 
 
Depreende-se da vontade do legislador contida no art. 156, II da CF, que seu objetivo é fazer incidir o ISS sobre o 
esforço humano que alguém presta a terceiro como um fim a ser alcançado pelo bem que recebeu o serviço. Não 
há, na norma constitucional, espaço para se estender como tributável a atividade-meio do prestador de serviço, isto 
é, o esforço humano que é realizado, a pedido de terceiro, como sendo ação intermediária para algo a ser feito, a 
consecução desse “fazer” não está sujeita ao ISS. 
Os serviços-meio destinados a atingir a execução dos serviços-fim não estão sujeitos à incidência do ISS. São 
serviços de intermediação, portanto, elementos constitutivos dos principais. 
 
Serviço X Industrialização 
 
O processo de industrialização compreende as atividades materiais de produção ou beneficiamento de bens, reali-
zadas em massa, em série, estandardizadamente; os bens industrializados surgem como espécimes idênticos den-
tro de uma classe ou de uma série intensivamente produzida (ou produtível denotando homogeneidade não-perso-
nificada nem personificável de produtos), sendo certo que industrializar em suma, é conceito que reúne dois requi-
sitos: 
 
a) Alteração da configuração de um bem material; b) padronização e massificação. 
(Marçal Justen Filho. O Imposto sobre Serviços na Constituição. São Paulo: RT, 1985, p. 115). 
 
Algumas Questões: 
 
1) ISS e Informática – Incide ISS sobre software de encomenda 
 
 
 
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TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ISSQN. PRO-
DUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE FILMES. ENCOMENDA. 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. AGRAVO NÃO PROVIDO. 
1. As fitas de vídeo produzidas por encomenda, personalizadas para um cliente determinado, configuram-se como 
prestação de serviço, sendo, por conseguinte, devido o ISS sobre o valor cobrado. 
2. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no Ag 1353885/RS, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/06/2012, 
DJe 13/06/2012) 
(...) INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. BENEFICIAMENTO DE MATÉRIA-PRIMA.ISS. APLICAÇÃO DA 
SÚMULA (...) 3. Infere-se da detida análise dos autos que trata-se de serviços personalizados feitos em conformi-
dade com o interesse exclusivo do cliente, distintos dos serviços destinados ao público em geral.4. Esta Corte en-
tende que "a 'industrialização por encomenda' caracteriza prestação de serviço sujeita à incidência de ISS, e não 
de ICMS" (AgRg no REsp 1.280.329/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 27.3.2012, DJe 
13.4.2012).Incidência da Súmula 83/STJ.Agravo regimental improvido.(AgRg no AREsp 207.589/RS, Rel. Ministro 
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/11/2012, DJe 14/11/2012) 
 
2) O ISS e o Arrendamento Mercantil 
 
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO. ISS. ARRENDAMENTO MERCANTIL. OPE-
RAÇÃO DE LEASING FINANCEIRO. ARTIGO 156, III, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. O arrendamento mercantil 
compreende três modalidades, [i] o leasing operacional, [ii] o leasing financeiro e [iii] o chamado lease-back. 
No primeiro caso há locação, nos outros dois, serviço. A lei complementar não define o que é serviço, apenas o 
declara, para os fins do inciso III do artigo 156 da Constituição. Não o inventa, simplesmente descobre o que é 
serviço para os efeitos do inciso III do artigo 156 da Constituição. No arrendamento mercantil (leasing financeiro), 
contrato autônomo que não é misto, o núcleo é o financiamento, não uma prestação de dar. 
E financiamento é serviço, sobre o qual o ISS pode incidir, resultando irrelevante a existência de uma compra nas 
hipóteses do leasing financeiro e do lease-back. Recurso extraordinário a que se dá provimento. 
 
(RE 547245, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 02/12/2009, DJe-040 DIVULG 04-03-2010 
PUBLIC 05-03-2010 EMENT VOL-02392-04 PP-00857 RT v. 99, n. 897, 2010, p. 143-159 LEXSTF v. 32, n. 376, 
2010, p. 175-200) 
 
Súmula 138 STJ - O ISS incide na operação de arrendamento mercantil de coisas móveis. 
 
3) ISS e Cessão de uso de Marca 
 
(...) 4. ISS. Incidência sobre contratos de cessão de direito de uso da marca. Possibilidade. Lei Complementar 
116/2003. Item 3.02 do Anexo. 5. Agravo regimental ao qual se nega provimento. 
 
(Rcl 8623 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 22/02/2011, DJe-045 DIVULG 09-
03-2011 PUBLIC 10-03-2011 EMENT VOL-02478-01 PP-00001 RDDT n. 190, 2011, p. 175-177 RSJADV maio, 
2011, p. 49-51) 
 
4) ISS E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
 
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL. MATE-
RIAIS DEDUZIDOS DA BASE DE CÁLCULO DO ISS. MATÉRIA RECONHECIDA EM REPERCUSSÃO GERAL 
PELO STF. PRECEDENTES. ACÓRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. 
1. Após oscilações no entendimento, alinhada à orientação firmada pelo STF no recurso extraordinário n. 
603.497/MG, a jurisprudência do STJ reconhece a legalidade da dedução do custo dos materiais empregados na 
construção civil da base de cálculo do imposto sobre serviços (ISS). Precedente mais recente: AgRg no AREsp 
409.812/ES, Rel. Ministro Ari Pargendler, Primeira Turma, DJe 11/04/2014. 
2. Agravo regimental não provido. 
 
 
 
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(AgRg no REsp 1217401/SP, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 08/05/2014, 
DJe 26/05/2014) 
 
5) ISS E ATIVIDADE MEIO 
 
TRIBUTÁRIO. ISS. SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÃO. ATIVIDADE-MEIO. NÃO INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. 
SÚMULA 83/STJ. 
1. O Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no sentido de que, independente da cobrança pela prestação 
de serviço, "não incide ISS sobre serviços prestados que caracterizam atividade-meio para atingir atividades-fim, no 
caso a exploração de telecomunicações" (REsp 883254/MG, Rel. Min. José Delgado, Primeira Turma, julgado em 
18.12.2007, DJ 28.2.2008 p. 74). Precedentes. Incidência da Súmula 83/STJ. 
2. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que o teor da Súmula 83/STJ aplica-se, também, aos recur-
sos especiais interpostos com fundamento na alínea "a" do permissivo constitucional. 
Agravo regimental improvido. 
(AgRg no AREsp 445.726/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/02/2014, 
DJe 24/02/2014) 
 
Critério Temporal: Momento da Prestação de Serviço 
 
Critério Espacial: Art. 3o O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador 
ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a 
XXII, quando o imposto será devido no local: 
 
I – do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver 
domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o desta Lei Complementar; 
II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços descritos no subitem 
3.05 da lista anexa; 
III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa; 
IV – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa; 
V – das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 
7.05 da lista anexa; 
VI – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final 
de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista anexa; 
VII – da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, pis-
cinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa; 
VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos serviços descritos no 
subitem 7.11 da lista anexa; 
IX – do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos, no caso 
dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa; 
X – (VETADO) 
XI – (VETADO) 
XII – do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos serviços descritos no 
subitem 7.16 da lista anexa; 
XIII – da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no caso dos serviços des-
critos no subitem 7.17 da lista anexa; 
XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa; 
XV – onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da lista anexa; 
XVI – dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos serviços descritos 
no subitem 11.02 da lista anexa; 
XVII – do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso dos serviços descritos 
no subitem 11.04 da lista anexa; 
XVIII – da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso dos serviços descritos 
nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa; 
XIX – do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços descritos pelo subitem 16.01 da 
lista anexa; 
 
 
 
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XX – do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, 
no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa; 
XXI – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento, organização e administração, 
no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da lista anexa; 
XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos 
pelo item 20 da lista anexa. 
 
Art. 4o Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar servi-
ços, de modo permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes 
para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de repre-
sentação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. 
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) INCIDENTE NA OPERAÇÃO DE ARRENDAMENTO MER-
CANTIL (LEASING FINANCEIRO). COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO ONDE SITUADO O ESTABELECIMENTO 
PRESTADOR. CONTROVÉRSIA DECIDIDA PELA PRIMEIRA SEÇÃO NO RESP 1.060.210/SC,SUBMETIDO AO 
REGIME DO ART. 543-C DO CPC. 
1. A Primeira Seção, no julgamento do REsp 1.060.210/SC, submetido à sistemática do art. 543-C do CPC e da 
Resolução STJ n. 08/2008, firmou a orientação de que "(b) o sujeito ativo da relação tributária, na vigência do DL 
406/68, é o Município da sede do estabelecimento prestador (art. 12); (c) a partir da LC 116/03, é aquele onde o 
serviço é efetivamente prestado, onde a relação é perfectibilizada, assim entendido o local onde se comprove haver 
unidade econômica ou profissional da instituição financeira com poderes decisórios suficientes à concessão e apro-
vação do financiamento - núcleo da operação de leasing financeiro e fato gerador do tributo". 
2. De acordo essa nova orientação, na prática, em se tratando de ISS especificamente sobre as operações de 
arrendamento mercantil, irrelevante tenham sido referidas operações realizadas na vigência do DL n. 406/68 ou da 
LC n. 106/2003, pois em qualquer hipótese "o Município do local onde sediado o estabelecimento prestador é o 
competente para a cobrança do ISS sobre operações de arrendamento mercantil", pois é nele (estabelecimento) 
em que o núcleo da operação de arrendamento mercantil, o serviço em si, que completa a relação jurídica, ocorre, 
qual seja a "decisão sobre a concessão, a efetiva aprovação do financiamento". 
3. No caso dos autos, restou incontroverso que as agravadas não possuem estabelecimento prestador no Município 
de Florianópolis/SC, situação que autoriza o reconhecimento da inexistência de capacidade tributária ativa deste 
ente municipal para cobrar o ISS sobre os fatos geradores ora em questão. 
4. Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação de multa. 
(AgRg no REsp 1334305/SC, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/03/2014, DJe 
22/04/2014) 
 
Critério Pessoal: 
 
Sujeito Passivo: Art. 5o Contribuinte é o prestador do serviço. 
Critério Quantitativo: Base de Cálculo: 
 
Art. 7o A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. 
 
Art 9º A base de cálculo do impôsto é o preço do serviço. 
 
§ 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o impôsto 
será calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores 
pertinentes, nestes não compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho. 
 Alíquotas: 
Máxima: Art. 8o As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza são as seguintes: 
I – (VETADO) 
II – demais serviços, 5% (cinco por cento). 
 
ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação 
Art. 155, I da CF e art. 35 a 42 do CTN 
Critério Material: 
 
Critério Material: Transmissão causa mortis ou doação 
 
 
 
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Art. 538 Código Civil: 
 “Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vanta-
gens para o de outra”. 
 
Art. 540. A doação feita em contemplação do merecimento do donatário não perde o caráter de liberalidade, como 
não o perde a doação remuneratória, ou a gravada, no excedente ao valor dos serviços remunerados ou ao encargo 
imposto. 
 
causa mortis, é o próprio falecimento que determina a imediata transmissão desses bens ou direitos aos seus 
herdeiros ou legatários. Isto porque no nosso ordenamento jurídico não se admite que um bem não tenha proprie-
tário ou possuidor 
 
O artigo 1.784 do novo Código Civil dispõe que “aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos her-
deiros legítimos e testamentários”. 
 
Assim, pode-se afirmar que o fato gerador do ITCMD ocorre na abertura da 
sucessão. 
 
Súmula Nº 112: O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da 
sucessão. 
 
Assim, tem-se que pela abertura da sucessão se transmite a posse e a propriedade da herança aos herdeiros 
legítimos e testamentários (Código Civil, art. 1.572). 
Até a partilha, no entanto, os herdeiros têm os seus direitos expressos em frações ideais no conjunto dos bens do 
monte. 
Somente após a homologação da partilha é que se obterá a distribuição especificada, uma vez que a partilha tem 
efeito meramente declaratório e não atributivo da propriedade. 
 
Critério Temporal: 
 
Com relação à DOAÇÃO pode-se afirmar que o ITCMD deve ser recolhido no momento em que há a efetiva trans-
missão de propriedade. 
 
O artigo 1.267 do Código Civil dispõe que “a propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes 
da tradição”. 
 
O recolhimento do ITCMD, em virtude da transmissão de bens em decorrência de óbito, ocorre somente após a 
homologação do cálculo, pois em que pese a abertura da sucessão ser o fato gerador do imposto de transmissão 
causa mortis, neste momento não se faz surgir ainda o crédito tributário líquido e certo. 
 
Por essa razão, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula 114 que estabelece: “O Imposto de Transmissão 
Causa Mortis não é exigível antes da homologação do cálculo". 
 
A conclusão da Corte Suprema na Súmula 114 decorre do fato de que nem todos os bens do falecido que compõe 
o espólio integrarão a herança. 
 
Critério Espacial: 
 
Quando o ITCMD, previsto no artigo 155, inciso I da Carta Magna, incidir sobre a transmissão de bens imóveis, 
competirá o seu recolhimento ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal, conforme previsto no parágrafo 
primeiro do artigo ora mencionado. Se o de cujus possuía bens em vários Estados, a cada um deles competirá o 
imposto, relativamente à transmissão do bem nele situado. 
Se a transmissão for de bens móveis, títulos e créditos, a competência para a cobrança do respectivo imposto será 
do Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou onde tiver domicílio o doador, ou do Distrito Federal. 
 
 
 
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E nos termos da Súmula 435 do STF, quando houver transmissão de ações, o imposto sobre transmissão causa 
mortis será devido ao Estado em que tenha sede a companhia. 
 
Todavia, a competência para a cobrança do imposto será regulada por lei complementar, quando o doador tiver 
domicílio ou residência no exterior, ou se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu 
inventário processado no exterior. 
 
Sujeito Passivo: 
O artigo 42 do CTN autoriza as leis dos Estados a elegerem qualquer das partes envolvidas no negócio como 
contribuintes do imposto. Entretanto, em se tratando de causa mortis, somente poderão ser contribuintes do tributo 
os herdeiros ou legatários, isto é, os beneficiados pela transmissão hereditária. Podendo haver responsabilidade 
dos tabeliães, escrivães ou serventuários de ofício, nos termo do art. 134, VI, do CTN. 
 
Base de Cálculo: 
 
O artigo 38 do CTN determina que a base de cálculo do ITCMD será o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. 
O valor venal do bem é aquele valor pelo qual este pode ser negociado no mercado. 
 
Porém, em se tratando de causa mortis, se no curso do inventário o Poder Público conferir novo valor venal ao 
imóvel, será válido aquele em vigor na data da avaliação. 
 
Aliás, neste sentido tem-se a Súmula 113 do Supremo Tribunal Federal: “O imposto de transmissão causa mortis é 
calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação”. 
Com relação, ao compromisso de compra e venda, se o bem imóvel for objeto desse contrato, o imposto será 
calculado sobre o crédito existente na abertura da sucessão. 
 
Súmula 590 do STF: calcula-se o Imposto de transmissão causa mortis sobre o saldo credor da promessa de 
compra e venda de imóvel, no momento da abertura da sucessão do promitente vendedor. 
 
Artigo 155, § 1º, inciso IV da Constituição Federal,constata-se que as alíquotas máximas serão fixadas pelo Senado 
Federal. 
Resolução 9/92 determina que a alíquota máxima para o ITCMD seja de 8%. 
 
ICMS – Art. 155, II CF e LC nº 87/96 
 
Critério Material: 
 
1) Realizar operações de circulação de mercadorias; 
2) Prestar Serviços de Transporte Interestadual ou Intermunicipal; 
3) Prestar serviço de Comunicação 
4) Sobre a Energia Elétrica 
5) sobre a Importação de bens; 
1) Realizar operações de circulação de mercadorias: 
 
Operações: São atos ou negócios jurídicos em que ocorre a transmissão de um direito. 
 
Circulação: Circular para o direito significa para o direito mudar de titular. Se um bem ou uma mercadoria mudam 
de titular, circula para efeitos jurídicos 
Assim, o simples deslocamento entre estabelecimentos de um mesmo contribuinte, sem negócio jurídico, não enseja 
incidência de ICMS. 
 
Súmula 166 STJ – Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadorias de um para outro 
estabelecimento do mesmo contribuinte. 
 
Mercadoria: Não é qualquer bem móvel que é mercadoria, mas tão só aquele que se submete à mercancia. 
 
 
 
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Toda mercadoria é bem móvel, mas nem todo bem móvel é mercadoria. 
Os bens negociados ou transmitidos por particulares, sem implicar mercancia, ou não sendo transacionados com 
habitualidade não são mercadorias! 
 
Não incide ICMS sobre venda de bens de ativo fixo da Empresa. 
 
- Programas de Computadores – Apenas incide ICMS sobre a circulação de cópias ou exemplares dos programas 
de computadores produzidos em série e comercializados no varejo como o Software de prateleira 
 
Não incide ICMS sobre Arrendamento mercantil de Aeronaves Internacionais, quando não haja circulação do bem 
(RE 461.968). 
 
Súmula Vinculante 32 - O ICMS NÃO INCIDE SOBRE ALIENAÇÃO DE SALVADOS DE SINISTRO PELAS SE-
GURADORAS 
 
Serviços de Comunicação: Para que haja incidência do ICMS- comunicação é imperioso que exista uma fonte 
emissora, uma fonte receptora e uma mensagem transmitida pelo prestador de serviço. Sem esses elementos não 
há comunicação. 
 
A base econômica é o serviço de comunicação propriamente, e não as atividades-meio realizadas e cobradas, assim 
considerados os serviços preparatórios, acessórios ou auxiliares. 
 
Súmula 350 do STJ – O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação celular. 
 
 
Súmula 334 do STJ – O ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à internet. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) (Advogado Câmara de Atibaia SP CAIPIMES) Relacione corretamente o tributo às características ou aos 
conceitos apresentados. 
 
I- ITBI. 
II- IPTU. 
III- ISS. 
 
( ) Imposto municipal, com característica predominantemente fiscal, sem prejuízo da sua excepcional utilização 
extrafiscal (artigo 182, § 4º, inciso II, da CF), encontra fundamento constitucional nos artigos, 156, inciso I e § 1º, e 
182, § 4º, inciso II. No CTN tem previsão legal nos art. 32 e 34, bem como e no art. 7º do Estatuto da Cidade (Lei 
10.257/01). Tem por fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, localizado na zona urbana 
do Município, visando assegurar o cumprimento da função social da propriedade. A base de cálculo do imposto é o 
valor venal do imóvel, não se considerando o valor dos bens móveis mantidos em caráter permanente ou temporário 
no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, amorfoseamento ou comodidade. 
( ) Imposto Municipal que encontra fundamento no texto constitucional no artigo 156, inciso II, e nos CTN nos artigos 
35 a 42, e possui como fato gerador a transmissão, por ato oneroso, de bens imóveis, excluindo-se a sucessão 
(causa mortis). Em sendo da competência dos Municípios, referido imposto possui legislação própria em cada um 
deles. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. O contribuinte do imposto é 
qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. 
( ) Imposto municipal e também de competência do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços 
constantes da lista anexa à Lei Complementar 116/2003, ainda que esses não se constituam como atividade pre-
ponderante do prestador. O contribuinte é o prestador do serviço e sua base de cálculo do imposto é o preço do 
serviço. 
 
Assinale a alternativa que indica a sequência correta: 
 
 
 
 
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A) III, I e II. 
B) II, III e I. 
C) I, II e III. 
D) II, I e III. 
 
2) (Advogado Pref. Caçapava do Sul RS ASSCON-PP) Por força de lei, poderão os municípios instituir seus 
próprios impostos. Sua criação é desvinculada de qualquer atuação da estatal e não há destinação especí-
fica para o dinheiro arrecadado. De acordo com a Constituição Federal, são impostos arrecadados pelos 
municípios dentre outros: 
 
a) IPTU, ITBI e IPVA; 
b) IPVA, IPTU, ISS e ICMS; 
c) IPTU, ISS e ITBI; 
d) IPTU, ISS e ITBI. 
 
3) (Advogado Pref. Sapucaia do Sul RS FUNDATEC) De acordo com Leandro Paulsen, na obra Curso de 
direito tributário completo, “O IPTU é considerado um imposto ___________, porquanto considera a propri-
edade de um imóvel isoladamente e não as riquezas que dimensionam a possibilidade atual de o contribu-
inte pagar o tributo. Mesmo assim, a Constituição expressamente autoriza sua progressividade tanto por 
razões meramente arrecadatórias ou fiscais como para fins extrafiscais.” 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima. 
 
A) pessoal 
B) real 
C) progressivo 
D) alternativo 
 
4) (Advogado Pref. Viamão RS FUNDATEC) Leia a seguinte notícia: “É uma das principais fontes de receita 
próprias do município e gera investimentos sociais para o cidadão, como a manutenção de ruas, iluminação 
pública, recolhimento de lixo, limpeza urbana, entre outros serviços. A falta de pagamento acarreta, entre 
outras consequências, a aplicação de multa, juros, atualização monetária, inscrição no cadastro de inadim-
plentes da Prefeitura, inscrição na Dívida Ativa, instauração de processo de execução fiscal e, em última 
instância, pode levar o imóvel a leilão para satisfação do crédito tributário. A Lei nº 4.416/2015 concedeu 
desconto de 30% nesse no imposto 2016, para quem pagou até o dia 29 de janeiro.” (Fonte: texto adaptado 
– www.viamao.rs.gov.br). A notícia acima se refere ao imposto municipal pago anualmente por pessoas que 
possuem propriedades urbanas. Qual o nome desse imposto? 
 
A) ICMS. 
B) INSS. 
C) IPVA. 
D) IPTU. 
 
5) (PGE MT FCC) O imposto de transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos, de com-
petência estadual, 
 
A) incide sobre a transmissão de bens, realizada entre pessoas jurídicas, em decorrência da transferência da pro-
priedade de bem imóvel em virtude de aumento de capital aprovada pelos órgãos societários das pessoas jurídicas 
envolvidas. 
B) onera atos jurídicos relativos à constituição de garantias reais sobre imóveis. 
C) será devido em favor do Estado do Mato Grosso, em relação às doações de dinheiro, sempre que o donatário 
estiver domiciliado nessa Unidade da Federação, ou no Distrito Federal. 
D) não incidirá sobre as transmissões ou doações em que figurarem como herdeiros, legatários ou donatários, os 
partidos políticos e suas fundações, respeitados os requisitos de lei. 
 
6) (Advogado Pref. Buriti dos Lopes PI IMA) Acerca do imposto de transmissão causa mortis e doação de 
quaisquer bens ou direitos, assinale a alternativa verdadeira: 
 
 
 
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I – Quando este imposto recair sobre bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, 
ou ao Distrito Federal;II – Relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrola-
mento, ou tiver domicílio o doador, ou Distrito Federal; 
III – terá a competência para a sua instituição regulada por lei complementar, se o doador tiver domicílio ou residên-
cia no exterior; se o “de cujus” possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no 
exterior; 
 
A) Somente I é verdadeira; 
B) Somente I e II são verdadeiras; 
C) Somente II e III são verdadeiras; 
D) Todas as alternativas são verdadeiras; 
 
7) (Advogado Pref. Bodoquena MS SIMPA) Julgue os itens abaixo: 
 
( ) A empresa “Máquinas Bodoquena” presta serviços de montagem de máquinas de lavar roupas e, esporadica-
mente, promove a manutenção dessas máquinas. Sendo assim, a empresa “Máquinas Bodoquena” deverá recolher 
do ISSQN sobre todos os serviços prestados, mesmo que não sejam sua atividade preponderante. 
( ) Compete ao Município de Bodoquena instituir imposto sobre as mercadorias que circulam em seu território. 
( ) Maria firmou contrato de promessa de compra e venda de imóvel com João. Esse imóvel está registrado no nome 
de João e localiza-se na zona urbana de Bodoquena. Embora Maria ainda não tenha adquirido a propriedade do 
imóvel, está exercendo a posse sobre referido bem. Nesse sentido, é correto afirmar que tanto Maria quanto João 
são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU. 
( ) O ITCMD é de competência do Município da situação do bem, tendo seu fato gerador a transmissão de direitos 
e a transmissão de bens móveis e imóveis. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
A) V – V – V – F 
B) V – F – V – F 
C) F – F – V – F 
D) F – V – F – V 
 
 
 
 
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3-B 
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