REVISAO CIVIL III

Prévia do material em texto

CIVIL III
QUESTIONÁRIO:
Cite um conceito de contrato
R: Contrato é o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer um regulamentação de interesses entre as partes, com o escopo de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial; sendo um negócio jurídico, requer, para sua validade, a observância dos requisitos legais (agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não defesa em lei).
Quais os enfoques da função social do contrato?
R: Impõe uma re-leitura aos contratos, priorizando os aspectos coletivos em detrimento dos individuais.
O que são cláusulas gerais? Cite dois exemplos.
R: * Normas que não prescrevem uma certa conduta, mas, simplesmente, definem valores e parâmetros hermenêuticos. Servem assim como ponto de referência interpretativo e oferecem ao intérprete os critérios axiológicos e os limites para a aplicação de demais disposições normativas.
*Normas que não prescrevem uma certa conduta, mas, simplesmente, definem valores e parâmetros hermenêuticos. Servem assim como ponto de referência interpretativo e oferecem ao intérprete os critérios axiológicos e os limites para a aplicação de demais disposições normativas.
Exemplos: 
Art. 422: “Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”
Art. 424: “ Nos contratos de adesão são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
Quais são os requisitos da validade dos contratos?
Art. 104: “A validade do Negócio Jurídico requer:
Agente capaz
Objeto lícito, possível, determidado ou determinável
Forma prescrita ou não defesa em lei.
Requisitos subjetivos: existência de duas ou mais pessoas; capacidade genérica das partes contratantes para pratica atos da vida civil; aptidão específica para contratar; consentimento das partes contratantes.
Requisitos objetivos: dizem respeito ao objeto do contrato; a validade e eficácia do contrato, como um direito creditório, dependem da: a) licitude de seu objeto; b) possibilidade física ou jurídica do objeto; c) determinação de seu objeto, pois este deve ser certo ou, pelo menos, determinável; d) economicidade de seu objeto, que deverá versar sobre interesse economicamente apreciável, capaz de se converter, direta ou indiretamente, em dinheiro. (cc 104)
Requisitos formais: são atinentes à forma do contrato; a regra é a liberdade de forma, celebrando-se o contrato pelo livre consentimento das partes contratantes 
Cite e explique quatro princípios contratuias.
1. Autonomia privada ou autonomia da vontade: Aqui os contratantes possuem autonomia, liberdade para escolher se vai contratar ou não, o que contratar, com quem contratar, etc..
2. Princípio do consensualismo: segundo o qual o simples acordo de duas ou mais vontades basta para gerar o contrato válido.
 3. Vinculação das partes ou da força obrigatória dos contratos: Do latim o pacta sunt servanda é que define esse princípio, isto é, o contrato faz lei entre as partes, sendo ambas obrigadas a se submeter ao contratado. Porém existem casos em que esse princípio é relativizado, podendo um dos contratantes se insurgir contra cláusulas que julga abusivas, ou ilegais.
4. Equilíbrio dos contratantes: A presunção de equilíbrio é o que vale nos contratos, ou seja, se presume que ambos os contratantes estão em igualdade na relação jurídica. Porém, assim como no princípio acima, admite-se exceções, como nos casos de contrato de consumo, onde pode se admitir a hipossuficiência por parte do consumidor, devido a desigualdade entre os contratantes, e por isso, a lei, especificamente, tutela esses casos.
5. Relatividade dos efeitos do negócio jurídico contratual: Esse princípio diz respeito as dimensões que os efeitos do contrato possuem, ou seja, diz-se que o contrato só possui efeitos com relação aos contratantes. 
6. Quais são os princípios básicos da interpretação contratual?
Dois hão de ser sempre observados na interpretação do contrato: Princípio da boa-fé; e, princípio da conservação do contrato.
Princípio da boa-fé – dispõe o art. 113 do novo Código que “os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração”. Deve o intérprete presumir que os contratantes procedem com lealdade e que tanto a proposta como a aceitação foram formuladas dentro do que podiam e deviam eles entender razoável, segundo a regra da boa-fé.
Princípio da conservação ou aproveitamento do contrato – tem este significado: se uma cláusula permitir duas interpretações diferentes, prevalecerá a que possa produzir algum efeito, pois não se deve supor que os contratantes tenham celebrado um contrato carecedor de qualquer utilidade. Prescreve, ainda, o art. 114 do Código Civil que “os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente”. Benéficos ou gratuitos são os que envolvem uma liberalidade: somente um dos contraentes se obriga, enquanto o outro apenas aufere um benefício. A doação pura constitui o melhor exemplo dessa espécie. Devem ter interpretação estrita porque representam renúncia de direitos.
7. Quais são as fases da formação dos contrato? Explica cada uma delas.
Negociações preliminares: Consistem nas conversações prévias, sondagens e estudos sobre os interesses de cada contratante.
Proposta: é uma declaração receptícia de vontade, dirigida por uma pessoa a outra (com quem pretende celebrar um contrato), por força da qual a primeira manifesta sua intenção de se considerar vinculada, se a outra parte aceitar”.
Aceitação: é a concordância com os termos da proposta – 100%.
8. Qual o lugar da celebração do contrato?
É o lugar onde foi feita a proposta.
9. Cite e explique 4 classificações diferentes dos contratos.
Unilateral – são aqueles em que há obrigação para apenas umas das partes.
Bilateral – contrato de obrigações recíprocas
Plurilaterais – são aqueles em que existem mais de duas manifestações de vontades
Gratuitos – são aqueles em há sacrifício patrimonial para apenas umas das partes,
10. O que é promessa de fato de terceiro?
Implica no fato de que uma pessoa se compromete com outra a obter o consentimento de uma terceira pessoa na conclusão de um contrato sem ter recebido preliminarmente o consentimento desta última pessoa para a conclusão deste contrato.
11. O que são vícios redibitórios?
São efeitos ocultos de coisa recebida em virtude de contrato comutativo que a torne imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminua o valora.
12. Quais os requisitos dos vícios redibitórios.
Coisa recebida em virtude de contrato comutativo;
 Doação onerosa ou remuneratória;
Que os defeitos sejam ocultos;
Que o defeito exista desde o momento da celebração do contrato;
Que dure até o momento da reclamação;
Vícios desconhecidos do adquirente;
Defeitos graves.
13. Quais as ações podem ser manejadas para discutir os vícios redibitória?
- Ação redibitória: é aquela ação onde o adquirente não aceita receber a coisa e, consequentemente, desfaz o contrato, por causa da presença do vício redibitório, e reivindica a devolução do valor pago pela coisa.
- Ação estimatória ou quantiminoris: é aquela ação onde o adquirente percebe que há um defeito na coisa e, logo em seguida, reivindica a diminuição, ou seja, busca um abatimento no valor pago pela coisa.
14. Quais os termos iniciais para contagem dos prazos redibitórios?
Prazos decadenciais: 30 dias para bens moveis
 1 ano para bens imóveis
Regra é a tradição.
15. O que é evicção?
É a perda da coisa em virtude de sentença judicial que atribui a outrem a titularidade da coisa em virtude de relação jurídica pré-existente. É um vício no direito.
16. O que é o como opera a clausula de exclusão de responsabilidade?
É a consequência da inexecução de um negocio jurídico bilateral ou unilateral, ou seja, do descumprimento de uma obrigação contratual pela mora ou pelo seu inadimplemento, gerando dever dereparação de dano pela infratora. Art. 389 a 393 e 927.
17. Quais as verbas devidas na evicção?
Ressarcimento;
Perdas e danos;
Juros legais;
Benfeitorias.
18. O que é evicção parcial?
Ocorre quando o evicto perde parte ou fração da coisa adquirida em virtude de um contrato oneroso ou doação onerosa. 
19. Quais os requisitos caracterizadores da evicção?
Perda total ou parcial da propriedade, Da posse ou do Uso da coisa alienada em virtude de sentença judicial.
Onerosidade da aquisição
Ignorância do adquirente acerca da litigiosidade da coisa;
Anterioridade do direito do evicto
Denuncia da lide – CPC 70.
20. Cite e explique as hipóteses de contrato aleatório.
É aquele em que pelo menos uma das partes não sabe o que o espera e não consegue antever os resultados.
Há 3 espécies de contrato aleatório:
1 – ÁLEA SOBRE A EXISTÊNCIA (art. 458):
Nesta primeira espécie, o comprador resolve correr o risco da existência da coisa, ou seja, está comprando algo que pode não existir. Corre-se o risco relativo da existência da coisa. O exemplo clássico é o sujeito que vê o pescador indo pescar e compra os peixes antes mesmo de serem pescados, correndo o risco de não ser pescado peixe nenhum. O exemplo mais atual é aquele em que o sujeito compra a safra antes do tempo, uma safra futura. A regra é que quando o risco é sobre a existência da coisa, ainda que a coisa não venha existir deve haver o pagamento integral da coisa, o outro deve receber integralmente o prometido, desde que a parte contrária não haja dolo ou culpa, agindo assim de modo negligente. A exceção existirá, portanto, quando a outra parte agir com dolo ou culpa. Esse é o chamado contrato “emptio spei”, pois a álea, o risco, está na própria existência da coisa. Contudo, a boa-fé objetiva dos contratantes sempre deve ser levada em consideração.
2 – ÁLEA SOBRE A QUANTIDADE (art. 459):
Neste caso, o risco não diz respeito à existência da coisa, mas à quantidade da coisa. Assim, mesmo se a coisa vier em quantidade menor à imaginada pelo contratante, deverá pagar integralmente. §1ᵒ - mas se nada vier, não haverá alienação e o alienante restituirá o preço recebido. É o chamado contrato“emptio rei speratae”.
3 – COISAS EXISTENTES EXPOSTAS A RISCO (art. 460):
Se o contrato aleatório envolver coisa existente exposta a risco, assumido pelo adquirente, terá o alienante direito a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em todo ou, em parte, no dia do contrato. Caso o adquirente não assuma o risco pela perda da coisa, o alienante arcará com os prejuízos decorrentes do insucesso da coisa.
De acordo com o artigo 461 CC, a alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
21. Quais os requisitos de validade do contrato preliminar?
Requisito objetivo: Objeto lícito
Requisito Subjetivo: sujeitos a capacidade genérica e especifica.
Forma prescrita não defesa em lei.
Requisitos materiais: o contrato preliminar será semelhante ao contrato a ser celebrado.
22. Quando se dá a extinção normal dos contrato.
Finda com o cumprimento normal, cumprimento com ato único e instantâneo.
23. Cite e explique as hipóteses de extinção sem cumprimento do contrato cujas causas são anteriores ou contemporâneas a sua formação.
É a nulidade absoluta ou relativa; 171, 172 cc
Clausula resolutiva - 475
Direito de arrependimento – arras ou sinal