Buscar

Revisão de Direito Civil III

Prévia do material em texto

Revisão de Direito Civil III
Princípio da boa-fé objetiva nas relações contratuais:
Este princípio é conceituado como sendo a exigência de lealdade entre contratantes, gerando deveres anexos ou laterais de conduta que são implantados em qualquer negócio jurídico, desnecessária a previsão no contrato.
São alguns deveres anexos da boa-fé objetiva:
Dever de cuidado;
Respeito;
Informação;
Lealdade;
Razoabilidade;
Cooperação.
Funções da boa-fé:
Função interpretativa: com previsão no artigo 113/CC, estabelece que os negócios jurídicos devem ser interpretados com base na boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
Função de controle: previsto no artigo 187/CC, uma vez que aquele violar a boa-fé objetiva estará cometendo abuso de direito, considerado ato ilícito gerador de dever de reparação de danos.
Função integrativa: prevista no artigo 422/CC, dispõe que os contratantes devem observar a boa-fé objetiva na conclusão do contrato e em sua execução, inclusive nas negociações preliminares e após sua execução.
Conceitos parcelares da boa-fé objetiva:
Supressio e surrectio: a supressio significa a supressão de um direito por renúncia tácita em razão de seu não exercício. A surrectio é o surgimento de um direito do devedor em razão do não exercício desse direito pelo credor.
Tuquoque: significa que um contratante que violou uma norma jurídica não poderá se aproveitar da situação criada anteriormente pelo desrespeito sem a caracterização do abuso de direito.
Exceptio doli: defesa do réu contra ações dolosas contrárias a boa-fé, como exemplo tem-se a exceção do contrato não cumprido, nesta hipótese ninguém pode exigir que uma parte cumpra com sua obrigação sem antes cumpri-la.
Venire contra factum proprium: determinada pessoa não pode exercer um direito próprio contrariando um comportamento anterior, pois é necessário a mantença da confiança, da lealdade e da boa-fé.
Duty to mitigate the loss: dever imposto ao credor de mitigar as suas perdas, o próprio prejuízo. Não é de acordo com a boa-fé o credor não fazer nada para evitar o agravo da situação. 
Princípio da relatividade dos efeitos contratuais: o contrato gera efeitos entre as partes, assim, em uma relação contratual o que fica acordado atinge apenas o contratante e o contrato, porém há exceção à regra, ou seja, os efeitos de determinado contrato pode atingir a um terceiro, como exemplo do seguro de vida que é pactuado entres segurado e seguradora, mas, se por ventura vier a ser utilizado, um terceiro será o beneficiário.
Classificação contratual:
Contratos típicos, são aqueles que há previsão legal especifica para aquele tipo de contrato, como por exemplo contrato de compra e venda, locação e plano de saúde.
Contratos atípicos, são aqueles que não há previsão legal, logo, o contrato deve ser minucioso com relação as suas regras, pois este terá apenas como base legal as disposições gerais previstas em lei.
Contratos nominados, são aqueles que possuem um nome específico na lei.
Contratos inominados, são aqueles que não possuem nome em lei.
Obs.: A lei ter previsão para o nome de um contrato não significa que nela existe um tipo contratual específico, uma regulação especifica, é o caso da lei de locações falar de contrato de garagem, mas não o regula de forma minuciosa. 
Formação dos contratos: 
Proposta (art. 429/CC): negócio jurídico unilateral que contém uma declaração de vontade dirigida a outra parte contratante com intenção manifesta de se vincular ao contrato, por isso, gera o dever de celebrar o contrato definitivo. A proposta tem força obrigatória e em razão disso deve conter todos os elementos essenciais do negócio que se pretende realizar como prazo, descrição do objeto e forma de pagamento.
Aceitação (art. 430/CC): negócio jurídico unilateral pelo qual se apresenta a concordância com os termos da oferta e não possui forma especial, em regra, podendo ser expressa ou tácita. Vale ressaltar que o silêncio eloquente ou circunstanciado equivale a manifestação de vontade nos termos do artigo 432/CC.
Vícios redibitórios (art. 441 a 446/CC):
Defeitos ocultos da coisa transferida que a torna imprópria para o uso que se destina ou lhe diminuam o valor. O prazo para reclamar tais vícios está disposto no art. 445/CC.
Evicção (art. 447 a 457/CC):
Consiste na perda parcial ou integral do bem em razão de decisão judicial ou administrativa que atribua o uso, posse ou propriedade a outrem em decorrência de motivo jurídico anterior ao contrato de aquisição. São partes da evicção:
O alienante, que é quem transfere a coisa viciada de forma onerosa;
O adquirente ou evicto, que é aquele que perde a coisa adquirida;
O terceiro ou evictor, que é aquele que tem a coisa apreendida em seu favor, via de regra, por decisão judicial e excepcionalmente por via administrativa.
A evicção pode ser parcial quando não superar a metade do valor do bem ou não desvirtuar o uso da coisa para qual se destina, será considerável aquela que for superior à metade e desvirtuar o uso. Na evicção parcial considerável cabe o desfazimento do negócio; na parcial, apenas indenização.
A responsabilidade pela evicção pode ser excluída desde que, de boa-fé, a outra parte, ciente do risco da ocorrência da evicção, concorde. Pode também ser reforçada, limitada doutrinariamente até o dobro do valor do objeto que vier sofrer a evicção nos termos dos artigos 448 e 449/CC.
Formas de extinção do contrato:
Extinção normal do contrato: ocorre quando as obrigações contratuais são cumpridas por ambas as partes, ou seja, aquela relação contratual segue de forma natural até o momento de extinção, como por exemplo num contrato de compra e venda em que o pagamento é recebido e o bem é entregue.
Motivos anteriores à celebração: relacionados a problemas em sua formação ou a autonomia privada como por exemplo um contrato celebrado com um incapaz, este, será anulado. São causas anteriores: 
A nulidade absoluta ou relativa previstas nos arts. 166, 167, 169, 171 e 178/CC;
Vícios redibitórios;
Clausula resolutiva expressa, pode existir previsão no contrato estabelecendo que ocorrerá a sua extinção caso determinado evento futuro ou incerto aconteça;
Direito de arrependimento.
Fatos posteriores a sua celebração como por exemplo:
Resilição – decorre da vontade das partes, no caso de resilição bilateral ou da vontade de uma das partes na resilição unilateral.
Resolução – decorrente do inadimplemento fortuito ou voluntário.
Rescisão – decorre de vícios (defeitos) existentes no negócio jurídico como por exemplo em vícios relativos a lesão, os vícios redibitórios ou a própria evicção.
Em razão do falecimento de um dos contratantes: tal hipótese ocorrerá em contratos personalíssimos em que o falecimento da parte leva a extinção automática da relação contratual, como por exemplo a fiança, que é extinta com a morte.
Teoria da imprevisão (artigo 478/CC):
Estabelece que, em uma relação contratual que incialmente era equilibrada com prestações equivalentes para ambos os contratantes, em razão de circunstância imprevisível, essa prestação para uma das partes se torna extremamente onerosa, trazendo para a outra uma vantagem sem contrapartida. Nessa situação é possível pleitear a resolução do contrato, ou, quando possível, o reequilíbrio contratual, com base no princípio da vedação do enriquecimento sem causa.
Casos concretos:
Caso 1:
QUESTÃO OBJETIVA 1: (Procurador/Faz. Nacional/2007/ESAF) O princípio pelo qual a liberdade contratual deverá estar voltada à solidariedade, à justiça social, à livre iniciativa, ao progresso social, à livre circulação de bens e serviços, à produção de riquezas, aos valores sociais, econômicos e morais, é o: 
a) do consensualismo; 
b) do equilíbrio contratual; 
c) da relatividade dos efeitos do negócio jurídico contratual; 
d) da função social do contrato; 
e) da boa-fé objetiva. 
QUESTÃO OBJETIVA 2: (MP/SP/Promotor de Justiça/2010) Assinale a alternativa correta: 
a) O princípio da autonomia privada, segundo o qual o sujeito de direito pode contratarcom liberdade, está limitado à ordem pública e à função social do contrato. 
b) A exigência da boa-fé se limita ao período que vai da conclusão até a execução do contrato. c) Segundo o entendimento sumular, a cláusula contratual limitativa de dias de internação hospitalar é perfeitamente admissível quando comprovado que o contratante do seguro saúde estava ciente do seu teor. 
d) A função social justifica o descumprimento do contrato, com fundamento exclusivo na debilidade financeira. 
e) Os contratos atípicos não exigem a observância rigorosa das normas gerais fixadas no Código Civil, pois que nestes casos os contratantes possuem maior liberdade para contratar. 
QUESTÃO OBJETIVA 3: (TJ/PI - CESPE - Titular de Serviço de Notas e de Registro (2013) Em uma relação negocial, a ocorrência de comportamento que, rompendo com o valor da confiança, surpreenda uma das partes, deixando-a em situação de injusta desvantagem, caracteriza o que a doutrina prevalente denomina 
(A) supressio.
(B) venire contra factum proprium. 
(C) tu quoque. 
(D) exceptio doli. 
(E) surrectio. 
QUESTÃO SUBJETIVA: Diante da teoria geral dos contratos e o diálogo existente entre as fontes jurídicas, aborde, fundamentadamente, a realidade dos contratos de plano de saúde, apresentando sua natureza jurídica e elementos característicos.
R.: São contratos típicos, pois existe lei específica para assegurar direitos e deveres perante este seguro, além de serem aleatórios, pois o uso do contrato será mediante risco incerto que o contratante ou seus derivados venham a sofrer.
Caso 2:
QUESTÃO OBJETIVA 1: (TRE/PE/Analista Judiciário/2004/Fundação Carlos Chagas) Considere: 
A função social do contrato prevista no art. 421 do novo Código Civil elimina o princípio da autonomia contratual. 
II. E m virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo Código Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independentemente de culpa. 
III. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas no novo Código Civil.
 IV. O impedimento de contratar tendo por objeto a herança de pessoa viva tem uma única exceção, expressamente prevista no novo Código Civil. Quanto às normas gerais sobre contratos, são corretos APENAS: 
a) II e III. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
QUESTÃO OBJETIVA 2: (Procurador do Trabalho/2008/XV Concurso) Leia com atenção as assertivas abaixo: 
A proposta de contrato não obriga o proponente quando o contrário resulta da própria natureza do negócio proposto; 
II. Como regra geral, a oferta ao público equivale à proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato; 
III. Ainda que o proponente tenha se comprometido a esperar resposta, tornar-se-á perfeito o contrato entre ausentes desde a expedição da aceitação. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
a) apenas as assertivas I e II estão corretas; 
b) apenas as assertivas II e III estão corretas; 
c) apenas as assertivas I e III estão corretas; 
d) todas as assertivas estão corretas; 
e) não respondida. 
QUESTÃO OBJETIVA 3: (TRF/4ª Reg./Juiz Federal/2005/Fundação Carlos Chagas) Assinale a alternativa INCORRETA. Quanto à classificação dos contratos, pode-se dizer que: 
a) O contrato de compra e venda é consensual e principal, entre outras classificações possíveis. 
b) O contrato de doação manual (bens móveis de pequeno valor), obrigatoriamente, será real. 
c) O contrato de fiança é principal e sinalagmático, entre outras classificações possíveis. 
d) O contrato de locação é principal, não solene e sinalagmático, entre outras classificações possíveis. 
QUESTÃO SUBJETIVA– (FGV/OAB 2010.2/Adaptada) Durante dez anos, empregados de uma fabricante de extrato de tomate distribuíram, gratuitamente, sementes de tomate entre agricultores de uma certa região. A cada ano, os empregados da fabricante procuravam os agricultores, na época da colheita, para adquirir a safra produzida. No ano de 2009, a fabricante distribuiu as sementes, como sempre fazia, mas não retornou para adquirir a safra. Procurada pelos agricultores, a fabricante recusou-se a efetuar a compra. O tribunal competente entendeu que havia responsabilidade pré-contratual da fabricante. Explique o que significa a responsabilidade pré-contratual, fundamentando se a decisão do tribunal foi acertada.
R.: A decisão do tribunal foi correta, pois a atitude dos empregados violou a boa-fé objetiva, princípio basilar dos relacionamentos contratuais e pré-contratuais, perante os agricultores, descumprindo com os deveres de lealdade e informação perante os mesmos. 
Caso 3:
QUESTÃO OBJETIVA 1- (Prefeitura Municipal/Jaboatão dos Guararapes/Auditor Tributário/2006/Fundação Carlos Chagas) A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Se o alienante não conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá: 
a) As despesas do contrato com perdas e danos. 
b) Somente o valor recebido. 
c) Somente as despesas do contrato. 
d) O valor recebido com perdas e danos. 
e) O valor recebido, mais as despesas do contrato. 
QUESTÃO OBJETIVA 2- (TRF/1ª Reg./Analista Judiciário/2006/Fundação Carlos Chagas) De acordo com o Código Civil brasileiro, a coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de: 
a) trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva sendo que, se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. 
b) trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva, sendo que, se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido de 1/3. 
c) sessenta dias se a coisa for móvel, e de três anos se for imóvel, contado da entrega efetiva, sendo que, se já estava na pose, o prazo conta-se da alienação, reduzido de 1/3. 
d) noventa dias se a coisa for móvel, e dois anos se for imóvel, contado da entrega efetiva, sendo que, se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido de 1/3. 
e) noventa dias se a coisa for móvel, e dois anos se for imóvel, contado da entrega efetiva, sendo que, se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. 
QUESTÃO OBJETIVA 3- (OAB/Exame Unificado 2009.3/CESPE/UnB) Assinale a opção CORRETA a respeito dos vícios redibitórios e da evicção. 
a) Não há responsabilidade por evicção caso a aquisição do bem tenha sido efetivada por meio de hasta pública. 
b) Se o alienante não conhecia, à época da alienação, o vício ou defeito da coisa, haverá exclusão da sua responsabilidade por vício redibitório. 
c) As partes podem inserir no contrato cláusula que exclua a responsabilidade do alienante pela evicção. 
d) O adquirente, ante o vício redibitório da coisa, somente poderá reclamar o abatimento do preço. 
QUESTÃO OBJETIVA 4- (PGE/SP/Procurador do Estado/2005/VUNESP) Em matéria de evicção, não é possível demandar se o adquirente foi privado da coisa por furto. Este posicionamento está 
a) correto, porque não há como responder por fato que é alheio ao alienante. 
b) correto, já que é entendimento majoritário da doutrina tratar-se de força maior. 
c) incorreto, já que o Código Civil em vigor não fez essa restrição contida no Código revogado. 
d) incorreto, pois haveria um enriquecimento sem causa do evicto. 
e) incorreto, não há como se invocar qualquer excludente. 
QUESTÃO SUBJETIVA? (FGV- OAB/ 2012.3 - Adaptada) Em 12.09.12, Sílvio adquiriu de Maurício, por contrato particular de compra e venda, um automóvel, ano 2011, por R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais). Vinte dias após a celebração do negócio, Sílvio tomou conhecimento que o veículo apresentava avarias na suspensão dianteira, tornando seu uso impróprio pela ausência de segurança.Considerando que o vício apontado existia ao tempo da contratação, de acordo com a hipótese acima e as regras de direito civil, o que poderá Silvio requerer de Maurício?
R.: Silvio pode requerer de Maurício abatimento proporcional do preço de acordo com as hipóteses dos artigos 441 e 442 do Código Civil. 
Caso 4:
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (OAB/2009.2/CESPE/UnB) Com relação ao contrato, assinale a opção CORRETA. 
a) A resilição consiste na extinção do contrato por circunstância superveniente à sua formação, como, por exemplo, o inadimplemento absoluto. 
b) A resolução constitui a extinção do contrato por simples renúncia da parte. 
c) A rescisão tem origem em defeito contemporâneo à formação do contrato, e a presença do vício torna o contrato anulável ou nulo. 
d) O distrato constitui espécie de resolução contratual. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (TJ/DFT/Juiz de Direito/2003) A exceptio no rite adimpleti contractus tem como pressuposto: 
a) descumprimento total do contrato; 
b) descumprimento parcial do contrato; 
c) a prorrogação do contrato; 
d) a extinção do contrato. 
QUESTÃO SUBJETIVA– (27º Concurso Promotor de Justiça/MPDFT/Adaptada) Considere a hipótese em que foi firmado um contrato de empréstimo-financiamento entre instituição bancária e pessoa física, no qual foi inserida cláusula pela qual o devedor autorizava o desconto do débito das prestações do financiamento por consignação em folha de pagamento ou em sua conta bancária. Após o pagamento de algumas parcelas mensais, o devedor constata que não tem condições financeiras para continuar a cumprir as obrigações contratuais, porque o valor da prestação tornou-se insuportável, correspondendo a quase 80% do valor líquido de seus rendimentos. Nessa situação, como o devedor deverá proceder?
R.: Nessa situação aplica-se a hipótese do artigo 478 do Código Civil em relação a onerosidade excessiva com base na teoria da imprevisão que consiste na possibilidade de, ao longo do curso do contrato, as prestações que inicialmente eram favoráveis começam a se tornar extremamente onerosa de forma imprevisível.
Caso 5:
QUESTÃO OBJETIVA 1 -(TJ/ PB/IESES - Titular de Serviços de Notas e de Registro/2014) O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias. O dispositivo transcrito a cima refere-se a qual instituto do direito civil?
 (A) Retrovenda. 
(B) Venda a contento. 
(C) Venda com reserva de domínio. 
(D) Venda sobre documentos. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (Analista Judiciário/Área Judiciária/TRT2 - FCC/2014) Considere as afirmativas relativas à compra e venda: 
Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes, a fixação do preço. 
II. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do vendedor, e, a cargo do comprador, as da tradição. 
III. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do comprador, e os do preço, por conta do vendedor. 
IV. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço. Está correto o que consta em: 
(A) III e IV, apenas.
(B) I, II, III e IV. 
(C) I e IV, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I e II, apenas. 
QUESTÃO SUBJETIVA– (Defensoria Pública/MS/VUNESP/2012/Adaptada) João comprou um automóvel, com reserva de domínio, com uma entrada e pagamento de 24 prestações. Desempregado, deixou de efetuar o pagamento da última parcela, quando foi interpelado judicialmente pelo vendedor, para constituí-lo em mora e ser possível a execução da cláusula de reserva de domínio, resolvendo o contrato. Com base nesta situação, poderá o vendedor ver o contrato resolvido?
R.: Sim, a situação descrita gira em torno do adimplemento substancial que se refere a casos em que o contrato tiver sido quase todo cumprido, sendo a mora insignificante, não caberá sua extinção, mas apenas outros efeitos jurídicos, como a cobrança ou o pleito de indenização por perdas e danos como na hipótese do artigo 475 do Código Civil.

Continue navegando