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SEMANA 3 – TEORIA DA NORMA JURÍDICO PENAL 3.1. Norma Jurídico Penal 3.2. Classificação das normas 3.3. Fontes do Direito Penal 3.4. Interpretação da Norma Jurídico Penal 3.5. Analogia e interpretação analógica 3.6. Norma penal em branco 3.7. Conflito aparente de normas 3.1 – NORMA JURÍDICO PENAL Normas penais têm a função de regular os institutos jurídico-penais e de definir as infrações penais, proibindo (comissivas) ou impondo (omissivas) condutas, sob ameaça expressa e específica de pena. Preceito primário – descreve condutas proibitivas. Preceito secundário – cominação abstrata de pena. 3.2. CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS Normas incriminadoras – descrevem condutas que consideram ilícitas atribuindo uma pena. Normas não incriminadoras – não tipificam condutas puníveis, podendo ser permissivas (arts. 23 a 25 do CP) e explicativas ou complementares (art. 327 do CP). 3.3. FONTES DO DIREITO PENAL FONTES DO DIREITO PENAL IMEDIATAS 1. Princípios 2. Regras MEDIATAS 1. Costumes 2. Doutrina 3. Jurisprudência 4.Tratados internacionais 3.4. INTERPRETAÇÃO DA NORMA JURÍDICO PENAL O objetivo da interpretação é identificar o real sentido e alcance da norma jurídica. “Art. 121. Matar alguém” (CP) “Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público” (CP). “Art. 355. Tomar o nacional armas contra o Brasil ou Estado aliado, ou prestar serviço nas forças armadas de nação em guerra contra o Brasil: Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo” (CPM). CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE INTERPRETAÇÃO: Quanto às fontes: Autêntica Jurisprudencial Doutrinária Quanto aos resultados: Declarativa Extensiva Restritiva Quanto aos meios: Gramatical ou literal Histórica Lógico-sistemática 3.5. ANALOGIA E INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA Analogia - é forma de integração da norma jurídica e não de sua interpretação. Em Direito Penal será sempre “in bonam partem”. Ex: Descarte de embriões. Art. 181, I, do CP. Interpretação analógica – é uma forma de interpretação extensiva, decorrendo do comando da própria lei. Ex: arts. 71 e 121, § 2º, III, ambos do CP. 3.6. NORMA PENAL EM BRANCO Preceito primário é incompleto, mas secundário é determinado. Exemplos: 1º - Art. 33 da Lei 11.343/06 – conceito de drogas é definido por Portaria da ANVISA. Norma penal em branco heterogênea. 2º - Arts. 235 a 237 do CP – conceitos referentes aos impedimentos matrimoniais estão no art. 1521 do CC. Norma penal em branco homogênea. Norma penal em branco inversa: o preceito primário é completo e o secundário incompleto. Exemplo: Art. 1º e 3º da Lei 2.889/56 (Define e pune o crime de genocídio), remetendo a outros tipos penais quanto às penas. Art. 35 da Lei n.º 8.977/95: “Art. 35. Constitui ilícito penal a interceptação ou a recepção não autorizada dos sinais de TV a Cabo”. Não tem preceito secundário. 3.7. CONFLITO APARENTE DE NORMAS • Há apenas a aparente incidência de duas ou mais normas em relação a um fato. • Existem três princípios para resolver o conflito aparente de normas: • 1º Especialidade: acrescenta elemento próprio à descrição típica prevista na norma geral. Ex: art. 121, § 3º do CP e art. 302 do CTB (Lei 9.503/97). • 2º Subsidiariedade: uma norma é primária e a outra é subsidiária, pois descrevem duas condutas em graus diferentes de violação de um bem jurídico. Ex: art. 146 em relação ao 158. Art. 307 do em relação ao 171. • 3º Consunção: a norma definidora de um crime constitui meio necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime. Súmula 17 do STJ. • Antefato impunível: falsificação do cheque para praticar o estelionato. • Pós-fato impunível: subtrair um bem e vendê-lo.
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