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Hannah Arendt

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Hannah Arendt (1906 – 1975)
Hannah Arendt (1906 – 1975)
Filósofa de origem judaica, estudou com alguns dos principais filósofos alemães do século XX, como Heidegger, Husserl e Jaspers.
Foi vítima do nazismo, mas conseguiu fugir de um campo de concentração na França.
Exilou-se em países europeus no início da década de 30.
Viveu nos estados Unidos desde 1941,onde escreveu várias obras, dentre as quais destacam-se: As origens do totalitarismo (1951); A condição humana (1958); e A vida do espírito (1971).
Essência e existência
Há filósofos que acreditam que não há nada de universal que defina o ser humano.
O ser humano é definido pelo que faz;
Eles tiram o foco da essência humana e colocam na existência;
Podemos apenas observar como ele se relaciona com os outros e com as coisas do mundo (a condição humana).
A condição humana
São fatores históricos e sociais em que o ser humano vive;
São ações que o ser humano exerce sob essa condição;
Na condição humana não há uma noção exclusiva de ser humano;
 Há uma abertura da compreensão do ser humano em acordo com a diversidade de suas ações.
A condição humana
Compreende a condição humana como vita activa (vida ativa).
Se desdobra em três atividades: trabalho, obra e ação.
A condição humana
Trabalho: é a atividade do corpo humano em seu aspecto biológico.
Obra: é a atividade da existência, transformar a natureza e criar cultura.
Ação: é a atividade política, aquilo que os indivíduos realizam entre si.
A cada uma dessas atividades corresponde uma condição humana.
A condição humana
Ao trabalho corresponde a própria vida (condição para a realização de todas as atividades).
À obra corresponde a mundaneidade, isso é, a criação do mundo por meio da cultura (e o mundo possibilita a obra).
À ação corresponde a pluralidade (condição da política).
A condição humana
A condição humana é aquilo que nos permite que sejamos humanos de fato quando somos ativos.
Essa noção não nos define, ela nos condiciona, nos dá um horizonte no qual fazemos a nossa vida.
Essa noção não nos determina de modo absoluto.
A nossa condição é penas o referencial a partir do qual podemos nos mover e criar.
O totalitarismo
As democracias liberais europeias se consolidaram a partir do século XIX, mas no século XX as duas grandes guerras trouxeram consigo esse novo e devastador fenômeno político.
O termo “totalitarismo”
O termo “totalitarismo” surgiu com Mussolini, que se opunha ao estado liberal e propunha que todas as manifestações sociais, políticas, econômicas e culturais se mantivessem sob o poder do Estado; “Tudo pelo Estado – nada contra o Estado”, era o seu lema.
O totalitarismo
Esse termo se aplica melhor aos regimes de Hitler e Stalin; 
Adolf Hitler e Josef Stalin foram líderes de governos totalitários na primeira metade do século XX;
No final da 1ª GM, o contexto era de descontentamento político e social;
 Surgiram ideias políticas e teorias biológicas racistas (superioridade ariana, ódio a judeus, homossexuais, ciganos e opositores políticos).
Propaganda totalitarista
As origens do totalitarismo (1951)
Propõe uma explicação do totalitarismo embasada em um amplo estudo histórico e político.
Defende a tese de que o antissemitismo e o imperialismo, ao se cristalizarem, permitiram a ascensão do totalitarismo alemão.
Analisa os elementos que constituíram a Alemanha nazista de Hitler e o regime soviético de Stalin.
Aponta a ideologia, o terror e a mobilização das massas como fundamentos do totalitarismo.
Modelos clássicos de Montesquieu
Há certos princípios políticos que são seguidos, em cada regime político, pelos cidadãos e governantes. Todo esse esquema é baseado na separação das esferas de vida pública e privada.
Na monarquia: a honra
Na república: a virtude
A tirania: o medo
As origens do totalitarismo (1951)
O totalitarismo é uma negação radical das liberdades individuais;
Escapa aos modelos analisados por Montesquieu, pois tem a pretensão da dominação total do ser humano, apagando a distinção entre as esferas pública e privada;
As origens do totalitarismo (1951)
O governo totalitário quer dominar o cidadão (esfera pública) e o indivíduo (esfera privada);
O princípio político característico do regime totalitário é o terror, que torna desnecessário qualquer um daqueles princípios citados na análise de Montesquieu;
As origens do totalitarismo (1951)
A dominação totalitária não segue a lei tradicionalmente conhecida, segue uma lógica própria.
O totalitarismo se coloca fora do esquema “legal x ilegal”. 
Stalin considera uma “lei da história” e Hitler uma “lei da Natureza”. 
Ambas as leis estão além das convenções humanas e não podem ser debatidas o controladas por nós.
A base do terror totalitário é transformar em legal uma ação abominável dos governantes.
Exemplo: Reflita, um regime político pode matar seus cidadãos?
As origens do totalitarismo (1951)
O totalitarismo captura os indivíduos que se encontram isolados (sem laços sociais), numa sociedade que perde a coesão, isto é, uma sociedade “atomizada”; 
O totalitarismo amplia o isolamento, porque só indivíduos isolados podem ser dominados por completo;
 Não forma uma nação, transforma o povo em “massa”;
As origens do totalitarismo (1951)
Esse governo só existe enquanto se mantém em movimento e essa é a razão do expansionismo. 
Seu propósito é fundir todos os indivíduos em uma única humanidade (isolados sob o mesmo governo).
Prepara os indivíduos para serem, ao mesmo tempo, carrascos e vítimas: ninguém está a salvo. 
E consegue isso por meio da ideologia e da propaganda.
Constrói um sistema explicativo do mundo e da vida (ideologia) que não tem relação com a experiência concreta. 
Explica tudo, o passado e o futuro.

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