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FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA I NIETZSCHE (1844-1900) Filósofo alemão. Critico radical do pensamento moderno e do cristianismo (moral de rebanho); Defensor da filosofia como um processo constante de autossuperação; Sustenta a causa da vida contra tudo oque tem por fim matar o querer; Sua obra é provocadora, escandalosa e intempestiva. NIETZSCHE (1844-1900) Primeiro genealogista das motivações que dão origem aos nossos ideais; Inaugura uma era de suspeita e desencanto, com seu niilismo radical, que rejeita a ontologia, a supressão do ser pela noção de valor, proclama a morte de Deus; NIETZSCHE (1844-1900) Mostra a aurora de uma nova cultura: da coragem de ser verdadeiro, da força de viver num mundo em que já não há fundamentos; NIETZSCHE (1844-1900) Nasceu perto de Leipzig, na Alemanha; Seu pai era um pastor protestante, que faleceu quando Nietzsche tinha cinco anos; Estudou línguas antigas e filosofia clássica, tornando-se professor na universidade da Basiléia (1869-1879); NIETZSCHE (1844-1900) Foi fortemente influenciado pela filosofia de Schopenhauer e de Kant; Ao ler “O mundo como vontade e representação” de Schopenhauer, foi influenciado por duas ideias: 1) A tese de que os conceitos são produtos da Vontade; 2) A crença na salvação da cultura humana através das artes; Ver: vontade de poder/ potência; aspectos apolíneo e dionisíaco; NIETZSCHE (1844-1900) Envolveu-se com Richard Wagner, a quem dedicara o seu primeiro livro “O nascimento da tragédia”; Em 1878, quando “perde a sanidade”, publica humano demasiado humano; Deixa de ensinar devido a doença e consegue uma pensão que lhe garante uma vida independente e lhe permite dedicar-se inteiramente à filosofia; OBRAS O nascimento da tragédia (1872 - Para Wagner), sobre o helenismo, ou pessimismo; Considerações extemporâneas (1876) Humano demasiado humano (1879) Aurora (1881) A gaia ciência (1882) Assim falava Zaratustra (1883-1885), considerada por ele mesmo sua principal obra. Além do bem e do mal (1886) Genealogia da moral (1887) Caso Wagner (1888) O Anticristo (escrito em 1888 e publicado em 1906) Ecce Homo(escrito em 1888 e publicado em 1908) O crepúsculo dos ídolos (1889) Vontade de potência (publicado em 1901) Escreveu muitos aforismos, um estilo fragmentário, que pede a reflexão e a interpretação do leitor. A GRAMÁTICA COMO CRENÇA ÉTICA Descartes (eu penso, logo eu existo...), Kant ( eu sou transcendental/ sou além dos limites da razão...), Schopenhauer (eu quero/ eu sou uma objetivação da vontade...), erram ao considerar o “eu” como algo definitivo e acabado; Nietzsche questiona a veracidade do “eu”; A GRAMÁTICA COMO CRENÇA ÉTICA A filosofia até ele errou ao simplificar todas as coisas para facilitar a sua denominação; Apesar do sucesso das ciências, não se pode afirmar sua hegemonia sobre o conhecimento; A ciência e suas afirmações “funcionam bem”, mas tornaram-se um hábito, tomando o lugar das coisas mesmas; A GRAMÁTICA COMO CRENÇA ÉTICA Descartes transformou o “eu” em um simples conceito, destituindo-o de sua realidade; Kant tenta reintroduzir o “eu” no mundo, como centro do conhecimento do mundo e da moral (iluminismo / esclarecimento); Schopenhauer tenta romper como dogmatismo kantiano (do “eu” a priori), associa o conhecimento do mundo com um ato da vontade; Para Nietzsche, criamos um mundo de faz de conta, que é expresso pela linguagem e, em relação ao qual acreditamos como verdadeiro; Tudo é interpretação!!! A VIDA COMO OBRA DE ARTE Nietzsche acusa a filosofia ocidental de niilista, i. é, de reduzir-se a um mínimo do tudo que está disponível, isso nos impede de viver a vida na sua totalidade; Ele propõe : ampliar as possibilidades de vivências; Que o sentido do mundo é uma gama de conexões a ser inventada; Que o cidadão seja um “espírito livre”; Que cada um “crie” a si mesmo, transforme a sua vida; A VIDA COMO OBRA DE ARTE A liberdade é essa capacidade de construir-se de forma diferente, diante de múltiplas possibilidades; Liberdade não se resume a obedecer ou desobedecer comandos morais, poder comprar tudo, ou não poder comprar; A vida é um constante processo de construção de si mesmo, do qual, só os fortes são capazes; Explicar os aspectos apolíneo e dionisíaco UM NOVO HOMEM PARA UM NOVO MUNDO Identifica a racionalidade como fator diferencial do homem em relação aos animais, que sobrepõe a responsabilidade aos desejos; Explica que os valores são constructos históricos e sociais; Mostra que o “bom”, na natureza, - a força, a disposição, a velocidade, a fome, o desejo - torna-se “mal” na vida civilizada; Na sua “Genealogia da Moral”, identifica o momento histórico no qual o homem “civilizado” se impõe, abafando o homem dionisíaco (as duas fontes de inversão de valores); UM NOVO HOMEM PARA UM NOVO MUNDO A inversão de valores é a causa da “moral dos fracos”, ou escravos, i. é, aqueles de caráter reativo (passivo); A “moral dos fortes”, ou senhores, é a típica das relações dadas entre iguais, que agem segundo a vontade de poder (ou vontade de potência) , dotados de um caráter ativo (criativo, ativo); UM NOVO HOMEM PARA UM NOVO MUNDO A criação advindas do exercício da vontade de poder, expressa pelo caráter ativo, pela arte e pela ciência, transformou a cultura, expandiu os limites do conhecimento humano e... ... Tornou Deus dispensável; Esse esforço pelo conhecimento, pela criação que culmina com a “morte de Deus”, da qual, o próprio homem é o culpado, leva Nietzsche a buscar um novo referencial para os valores (transvaloração dos valores); UM NOVO HOMEM PARA UM NOVO MUNDO O homem, livre, responsável por si, sem Deus, pode exercer sua vontade de poder (Super-homem), seus desejos e instintos naturais, reescrevendo a sua história sobre a Terra; Essa nova história e esse novo mundo, não estariam mais ligados a princípios gramaticais, abstratos, externos ao mundo no qual vivemos.
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