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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE É um instrumento jurídico pelo qual se verifica a conformidade dos dispositivos infra constitucionais com a Constituição Federal. O QUE É A INCONSTITUCIONALIDADE? É a contrariedade à constituição, que pode se dá por duas formas: Por ação e por omissão. A inconstitucionalidade por ação pode ser por duas formas distintas: Material e formal. A inconstitucionalidade material é aquela que atinge um princípio, um paradigma ou um postulado consagrado pela Constituição. Ex. Lei infra constitucional que seja contrária ao princípio da igualdade, fere materialmente a Constituição Federal. Já a inconstitucionalidade formal, atinge um procedimento previsto na constituição. A inconstitucionalidade por omissão – É a falta de medida regulamentadora de dispositivo constitucional de eficácia limitada. CLASSIFICAÇÃO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Quanto ao momento: O controle de constitucionalidade pode ser Preventivo ou repressivo Quanto ao número de ordem: O controle de constitucionalidade pode ser Difuso ou concentrado. Quanto a posição da questão constitucional: O controle de constitucionalidade pode ser abstrato ou direto e concreto ou incidental. CONTROEL DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE – É aquele exercido por todo e qualquer magistrado. Todo e qualquer juiz tem competência para julgar a constitucionalidade de leis ou de atos normativos. O controle difuso foi criado pelos Estados Unidos, e também é conhecido como controle americano. CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE – É aquele que atribui a um único órgão a competência para declara a constitucionalidade de uma lei ou de atos normativos ou inconstitucionais. Essa competência é exclusiva do STF. Esse tipo de controle foi inventado por um alemão chamado Hans Kelsen, e por isso é conhecido como controle europeu, ou controle austríaco. CONTROLE ABSTRATO OU DIRETO DE CONSTITUCIONALIDADE – Neste caso não há partes, não há um caso concreto. Pergunta-se apenas ao órgão responsável pelo julgamento do controle de constitucionalidade, se determinada norma ou lei é ou não é constitucional. CNTROLE CONCRETO OU INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE - Neste caso, trata-se de um processo normal, com partes, com pretensão pretendida, com litígio que, no meio desse litígio, surge a questão de constitucionalidade como uma das causas de pedir. Em síntese, diz-se que: No controle abstrato, a pergunta é direta, pra saber do órgão se determinada questão é ou não é inconstitucional. Portanto, no controle abstrato ou direto de constitucionalidade, a questão é o pedido, enquanto que, no controle concreto ou incidental, a questão de constitucionalidade é a causa do pedido. CONTROLE DIFUSO OU CONCRETO DE CONSTITUCIONALIADE – Toda e qualquer lei, norma ou ato, editada após a CF/88, pode ser objeto de controle difuso de constitucionalidade, seja lei, norma ou ato federal, estadual, municipal. QUEM TEM COMPETENCIA PARA JULGAR CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE – Todo e qualquer magistrado de qualquer área tem competência para julgar o controle difuso. QUEM TEM LEGITIMIDADE PARA PROVOCAR O EXERCÍCIO DO CONTROLE DIFUSO – Toda e qualquer pessoa física ou jurídica. QUAL QUÓRUM PARA DELIBERAÇÃO – No juiz singular, de primeira instância, quem decide é o próprio juiz da causa. Ele próprio fala se determinada norma é ou se não é constitucional. Porém, se for num tribunal, há de se observar o princípio da cláusula de reserva de plenário – que estabelece que, toda vez que uma corte julgar a inconstitucional de uma norma, será necessária a participação de todo o pleno do tribunal, ou, que seja feito através de órgão do próprio tribunal que tenha atribuições especificas para julgamento de inconstitucionalidade de normas. Portanto, um órgão fracionado, formado por 3 ou 5 membros do tribunal não tem competência para julgar a inconstitucionalidade de normas. OBSERVAÇAO: Existem duas situações em que órgão fracionado de tribunal pode julgar a inconstitucionalidade de lei ou norma: 1 – Quando o próprio pleno ou órgão especial do tribunal já tiver se manifestado anteriormente sobre a inconstitucionalidade da mesma lei ou do mesmo ato que está sendo questionado e 2 – Quando o próprio STF já tiver julgado a inconstitucionalidade de tal lei ou norma. OBSERVAÇÃO – Órgão fracionado tem competência para julgar A CONSTITUCIONALIDADE de lei, ato ou norma. Porém, não tem competência quando o julgamento é de INCONSTITUCIONALIDADE. EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE – Os efeitos são ex tunc (retroagem a data do início dos efeitos da lei, ato ou norma). Os efeitos no controle difuso são também inter partes , o que significa que só serve para as partes envolvidas em determinado processo. Para que os efeitos de uma decisão no controle difuso tenha abrangência erga omnes, faz-se necessário que o STF remeta ofício ao SENADO FEDERAL, informando que determinada lei, ato ou norma foi considerado inconstitucional, para que o SENADO declare os efeitos para todos. Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; ADIN – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – É uma ação constitucional que está relacionada ao controle concentrado. Ela é exercida de modo direto ou abstrato. Nela NÃO há um caso concreto. É feita por requerimento direto ao STF para que se declare a inconstitucionalidade de uma lei, ato ou norma. Somente Leis e atos normativos no âmbito federal, estadual ou distrital é que podem ser objeto de ADIN. Leis municipais não podem ser objeto de ADIN. OBSERVAÇÃO – Somente o STF exerce o controle CONCENTRADO de constitucionalidade. Porém, o STF exerce também o controle difuso. Não é qualquer pessoa que pode propor ADIN. Somente os legitimados constantes do artigo 103 da CF/88. Art. 103 da CF/88. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. OBSERVAÇÃO – Existem os legitimado universais e os legitimados especiais. Os legitimados universais podem propor ADIN a qualquer momento sem ter que justificar nada. Já os legitimados especiais precisam demonstrar a pertinência temática, demonstrando seu interesse de agir. Os legitimados especiais são: Governador, Mesa da Assembleia Legislativa, Entidade de classe de âmbito nacional e Confederação sindical. OBSERVAÇÃO – Somente pelo voto da maioria dos seus membros, podem os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. No caso do STF precisa do voto de pelo menos 6 ministros. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DAS DECISÕES TOMADAS EM CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE LADIN - Lei nº 9.868 de 10 de Novembro de 1999 - Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. ADC/ADCON– AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE – Somente leis ou atos normativos FEDERAIS editados após a CF/88, que tenham sua constitucionalidade recorrentemente questionada, poderão ser objeto de ADC. Diferentemente de ADIN, onde são objetos leis e atos normativos federais, estaduais e distritais. A competência da ADC é exclusiva do STF. Os legitimados para propor ADC são os mesmo da ADIN, tanto universais como especiais. Os efeitos da ADC são erma omnes. OBSERVAÇÃO – Os ministros do STF, por maioria qualificada de 2/3 de seus membros, podem tornar os efeitos ex tunc em efeitos ex nunc, ou pró futuro, fixando uma data a partir da qual os efeitos passem a vigorar, que pode ser data futura. OBSERVAÇÃO – Quando se quer saber se determinada lei federal é ou não inconstitucional, pode-se propor tanto ADIN quanto ADC. Apenas se o questionamento for de norma estadual ou municipal é que se usa apenas ADIN. ADPF – AREGUIÇAO DE DESCOMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – (lei 9882/99) – Podem ser objeto de ADPF leis e atos normativos federais, estaduais, distritais e municipais, inclusive anteriores a constituição de 1988, que ofenda ou ofereça risco a preceito fundamental. Essa é a ação inconstitucional mais ampla de todas. Sobre a ADPF vige o princípio da subsidiariedade. Ou seja, quando não couber ADIN nem ADC, cabe ADPF. A competência é exclusiva do STF. Os legitimados são os mesmos da ADIN e ADC.
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