Buscar

Analise Filme Sufragitas - Com Foucault

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Centro Universitário Salesiano de São Paulo 
Unisal – Campus São Joaquim 
Curso de Psicologia 
 
 
Ana Mirela 
Anderson da Costa Cruz 
Icaro Augusto 
Ismael Andrade 
Israel rocha 
Juliana Calvalcante 
Mariana Lima 
 
 
Análise do filme ‘As Sufragistas’: base na obra de Foucault, ‘A 
verdade e as formas jurídicas’ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lorena 
2017 
Ana Mirela 
Anderson da Costa 
Icaro Augusto 
Ismael Andrade 
Israel rocha 
Juliana Calvalcante 
Mariana Lima 
 
 
 
 
 
 
 
Análise do filme ‘As Sufragistas’: base na obra de Foucault, ‘A 
verdade e as formas jurídicas’ 
 
 
Trabalho de aproveitamento para a disciplina de 
Psicologia e Políticas Públicas do curso de Psicologia 
como exigência parcial para aprovação no curso. 
Profa. Me. Aline Tavares 
 
 
 
 
 
 
 
Lorena 
2017 
1. Análise do filme ‘As Sufragistas’ 
O Filme ‘As Sufragistas’, se passa no ano de 1912 (século XX). Neste período as 
mulheres já haviam feito diversas campanhas pacíficas para conquistar o direito ao 
voto, mas como não obtiveram resultado, passaram a adotar ações de desobediência 
como: quebrar janelas de lojas, explodir propriedades, fazer passeatas, atividades 
ilegais, fazer greves, entre outras ações. Dessa forma passaram a serem vistas como 
criminosas na sociedade. 
Foucault (2002) explica que a sociedade disciplinar se formou no início do século 
XVIII, na sociedade contemporânea. Surgiu a partir da reforma e reorganização do 
sistema judiciário e penal. Assim, a lei penal deveria ser útil para a sociedade e tratar 
como repreensível tudo que fosse nocivo à ela. Dessa forma o criminoso passa a ser 
entendido como inimigo social, que perturba e danifica a sociedade. (p.79 - 81) 
 Vistas então como inimigas da sociedade, as ações de desobediência adotadas 
pelas mulheres trabalhadoras da Inglaterra, contribuíam para a instabilidade do pacto 
social que, se rompido por um determinado grupo ou indivíduo, o dano causado deveria 
ser apagado ou reparado. 
Devendo a lei penal “reparar o mal ou impedir que males semelhantes possam 
ser cometidos contra o corpo social”, Foucault (2002) descreve que foram surgindo 
algumas formas de penalidades. Inicialmente quatro ideias seriam as principais: 
punição por expressa afirmação de que o sujeito rompeu o pacto social; segundo 
expulsão do próprio local (transferência para fora do espaço social); em terceiro o 
trabalho forçado e; por último fazer com que o dano não fosse cometido novamente 
(pena de talião). Posteriormente estas penalidades foram substituídas pela prisão. (p. 
82-84) 
O filme mostra que quando as sufragistas eram pegas, eram transferidas 
temporariamente para uma prisão e permaneciam lá por algum tempo. Se 
extrapolassem uma quantidade máxima de prisões temporárias, e fossem pegas mais 
uma vez, seriam presas por cerca de 2 anos. 
Também foi possível constatar a humilhação provocada, quando os policiais 
pegam Maud Watts (a protagonista) e deixam na frente de suas casas para que os 
vizinhos vejam, para que seu marido sinta-se envergonhado e ‘resolva o problema’. 
Foucault (2002) explica que a legislação penal vai se desviando da utilidade 
social. No século XIX todas as penalidades passam ser uma forma de controle sob os 
indivíduos. 
A lei penal, então, passa a observar não apenas o que as pessoas fizeram, mas 
também o que poderão vir a fazer, do que são capazes de fazer, do que estão sujeitos 
a fazer, do que estão a iminência de fazer. A separação dos poderes em legislativo, 
executivo e judiciário, foi decisiva para fazer com que esse controle pudesse se 
instaurar. (p.85) 
controle penal punitivo dos indivíduos ao nível de suas 
virtualidades não pode ser efetuado pela própria justiça, mas por 
uma série de outros poderes laterais, à margem da justiça, como a 
polícia e toda uma rede de instituições de vigilância e de correção 
- a polícia para a vigilância, as instituições psicológicas, 
psiquiátricas, criminológicas, médicas, pedagógicas para a 
correção. (Foucault, 2002. p.86) 
A lavanderia onde algumas mulheres trabalhavam servia e fazia o papel de um 
mecanismo de controle. Elas eram vigiadas durante uma longa jornada de trabalho, que 
tomava quase o dia inteiro (caracterizando, também a primeira função das instituições 
de sequestro; a extração da totalidade do tempo) (p.118). Quando surge uma mulher 
sufragista convencendo a Maud a participar das ações do movimento sufragista, é 
possível notar o início de um ataque ao sub poder. 
Falo de subpoder pois se trata do poder que descrevi há pouco e 
não do que é chamado tradicionalmente de poder político; não se 
trata de um aparelho de Estado, nem da classe no poder; mas do 
conjunto de pequenos poderes, de pequenas instituições situadas 
em um nível mais baixo.[sic] (Foucault, 2002. p.125) 
Para o controle das virtualidades a polícia conta com o inspetor Steed, 
especialista em vigilância e coleta de dados. Steed passa a ser responsável pelas 
sufragistas. 
A polícia também exerce muito bem esse seu papel de vigilância e punitivo. 
Quando dezenas de mulheres se encontram para escutar a fala da líder sufragista (Sra. 
Pankhurst), sem que tivessem feito qualquer coisa de errado (somente por estarem 
escutando a fala), a polícia chega batendo e capturando cada uma das mulheres. Que 
foram colocadas nas viaturas e deixadas na porta de suas casas. Fica evidente o 
controle punitivo das virtualidades uma vez que no momento, as moças não tivessem 
feito nada de errado. 
Em uma oportunidade o inspetor Steed, tenta atribuir o poder de vigilância 
também à Maud, eles se encontram e ele sugere que ela seja informante da polícia, 
que passe informações sobre o grupo. Busca com essa ação, construir um saber a 
respeito das pessoas vigiadas, assim como no panopstismo que Foucault (2002) 
descreve como: 
uma forma de poder que repousa não mais sobre um inquérito 
mas sobre algo totalmente diferente, que eu chamaria de exame. 
(...) Vigilância permanente sobre os indivíduos por alguém que 
exerce sobre eles um poder (...) a possibilidade tanto de vigiar 
quanto de constituir, sobre aqueles que vigia, a respeito deles, um 
saber. (...) Ele se ordena em torno da norma, em termos do que é 
normal ou não, correto ou não, do que se deve ou não fazer. 
(Foucault, 2002, p. 87-88) 
Esse tipo de “saber de vigilância, de exame,” viria a se tornar o controle dos 
indivíduos e dar base para a forma de poder, denominada como saber-poder. 
Atribuídas às ciências humanas, como a psiquiatria, psicologia, sociologia, etc. (p. 88) 
 É possível notar a tarefa dupla de vigilância (Foucault, 2002, p.89) exercida pelo 
marido da protagonista, quando a expulsa de casa, sendo esta atitude análogo à 
expulsão, o exílio, o banimento ou a deportação. (p .82) 
O surgimento da polícia, segundo Foucault (2002), se dá a partir das sociedades 
propriamente econômicas, inicialmente foi uma polícia privada para defender o 
patrimônio, de modo que os bairros de Liverpool, na Inglaterra, começa a ser 
arranjados como organizações privadas. A partir daí a riqueza passa a ser armazenada 
em forma de acumulo de estoques e de maquinas, e começou a ser necessário garantir 
sua segurança. (p. 91-92) 
A polícia sem aparece no filme, protegendo a elite contra as sufragistas em atos 
e grandes aglomerados. Por exemplo, como foi na cena em que o juiz deu o decreto 
recusando o direito às mulheres de votarem, em resposta à agitação, a polícia usou de 
grande violência para conter e prender as mulheres, como um reforço do poder da 
autoridade penal. 
 
REFERÊNCIAS 
AS SUFRAGISTAS.Direção: Sarah Gavron. Produção: Alison Owen, Andy Stebbing, 
Cameron McCracken, Faye Ward, Katherine Butler. Reino Unido: Film 4, BFI, Ingenious 
Media, Canal+, Ciné+, Ruby Films. 2015. 1 DVD (106 min), widescreen, color. 
 
FOUCAULT, Michael. Conferência 4. In:______. A verdade e as formas jurídicas. 3ª ed. 
Rio de Janeiro: Trarepa, 2002. 
 
FOUCAULT, Michael. Conferência 5. In:______. A verdade e as formas jurídicas. 3ª ed. 
Rio de Janeiro: Trarepa, 2002.

Outros materiais