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Experiências da infância
Adler interessou-se, especialmente, pelas espécies de influências que predispõem a criança para um defeituoso estilo de vida. Descobriu alguns fatores importantes, como as crianças com inferioridades, as crianças mimadas, as crianças rejeitadas.
As crianças com enfermidades físicas e mentais sofrem muito e têm tendência a se sentir deficientes visto às solicitações da vida. Em geral, consideram-se fracassadas. Porém, com a presença de pais compreensivos e encorajadores, poderiam compensar suas inferioridades e transformar sua fraqueza em força.
Muitos homens famosos começaram a vida com deficiências orgânicas, que depois superaram. Constantemente, e com veemência, Adler levantou sua voz contra os males da superproteção; pois, para ele, esse é o maior castigo que se pode impor à uma criança.
As crianças superprotegidas não conseguem desenvolver sentimentos sociais; tornam-se déspotas, à espera de que a sociedade se conforme com seus desejos egoístas. Adler considerava isso danoso à sociedade.
A rejeição também produz consequências desastrosas nas crianças. Maltratadas na infância, tornam-se adultas inimigas da sociedade. Seu estilo de vida é dominado pela necessidade de vingança.
Essas condições – enfermidade orgânica, superproteção e rejeição – produzem concepções errôneas sobre o mundo, resultando num estilo patológico de vida.
Ter ou Ser
Duas formas ou modos de existência antagónicos. De um lado, o modo Ser de existência; do outro, o modo Ter. Tal não significa que ter seja patológico. Afinal, como refere o autor, o homem sempre teve alguma coisa e viver sem possuir qualquer coisa é totalmente impossível. O problema reside numa certa alienação inconsciente. Assim, por exemplo, quando certo paciente diz ao médico ou ao psicanalista: “Doutor, tenho um problema, tenho insónias, e apesar de ter uma boa casa, tenho muitas preocupações”, o seu discurso denota um predominante grau de alienação. Com efeito, ninguém tem um problema, como quem tem um relógio ou uma caneta.
Um problema não é um objeto que se possa ter. O discurso mais apropriado seria referir ao psicanalista que “está preocupado”. Analogamente, ninguém tem insónias, simplesmente “não consegue dormir”.
Poderá parecer insignificante, mas ao referir que “tem um problema”, o paciente elimina a experiência subjetiva e transforma o seu sentimento em qualquer coisa que possui. Do mesmo modo, uma insónia não é uma sensação física que se possa ter como uma dor de dentes ou uma faringite. A insónia é um estado de espírito. Este estilo de discurso é recente e exemplifica, segundo Fromm, o modo Ter de existência

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