Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FUNDAMENTOS DE MARKETING Professor Me. Marcelo Cristian Vieira Professora Esp. Ednar Rafaela Mieko Shimohigashi GRADUAÇÃO Unicesumar C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; VIEIRA, Marcelo Cristian; SHIMOHIGASHI, Ednar Rafaela Mieko Fundamentos de Marketing. Marcelo Cristian Vieira; Ednar Rafaela Mieko Shimohigashi. Reimpressão Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 241 p. “Graduação - EaD”. 1. Introdução. 2. Administração Mercadol[ogica. 3. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-0427-4 CDD - 22 ed. 650 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - Núcleo de Educação a Distância Direção Operacional de Ensino Kátia Coelho Direção de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Direção de Operações Chrystiano Mincoff Direção de Mercado Hilton Pereira Direção de Polos Próprios James Prestes Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida Direção de Relacionamento Alessandra Baron Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey Coordenador de Conteúdo Eliane Zanoni Design Educacional Deborha Caroline Batista Rodrigues Arrias Yasminn Talyta Tavares Zagonel Iconografia Isabela Soares Silva Projeto Gráfico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Arte Capa André Morais de Freitas Editoração Melina Belusse Ramos Qualidade Textual Hellyery Agda Nayara Valenciano Ilustração Marcelo Goto Luis Ricardo Prado Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e so- lução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsabilida- de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos- sos farão grande diferença no futuro. Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar assume o compromisso de democratizar o conhe- cimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros. No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi- tário Cesumar busca a integração do ensino-pes- quisa-extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consci- ência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade. Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al- meja ser reconhecido como uma instituição uni- versitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con- solidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrati- va; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relaciona- mento permanente com os egressos, incentivan- do a educação continuada. Diretoria Operacional de Ensino Diretoria de Planejamento de Ensino Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu- nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con- tribuindo no processo educacional, complementando sua formação profissional, desenvolvendo competên- cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessá- rios para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de cresci- mento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis- so, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza- gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica. A U TO RE S Professor Me. Marcelo Cristian Vieira Mestre em Ciência Social pela UEM - Universidade Estadual de Maringá (2014) com Bacharelado em Administração (2007). Pós-Graduado em Docência no Ensino Superior (2010), Pós-Graduado em Educação a Distância e Tecnologias Educacionais (2013) e Pós-Graduado em Auditoria e Controladoria (2012). Atua como Gerente de Pós-Graduação EaD e como Professor Universitário nas modalidades a distância e presencial nos cursos de Graduação e Pós-Graduação da UNICESUMAR - Centro Universitário de Maringá. Professora Esp. Ednar Rafaela Mieko Shimohigashi Especialização em MBA em Gestão Comercial (2014); Especialização em Educação a Distância e Tecnologias Educacionais (2014); Especialização em MBA em Gestão com Pessoas (2012), ambos pela Unicesumar - Centro Universitário de Maringá. Graduação em Administração com ênfase em Comércio Exterior pela Faculdade Integrado de Campo Mourão (2009). Professora de Marketing, Gestão de pessoas e Teoria Geral para o Governo do Estado do Paraná para cursos técnicos integrado e subsequênte (2015). SEJA BEM-VINDO(A)! Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à nossa disciplina de Fundamentos de Marketing. Para aumentar seus conhecimentos, veremos a teoria e a prática, por meio de exemplos reais, mostrando as ferramentas mais utilizadas pelas empresas, indicando materiais complementares de grande auxílio, procurando ser os mais claros possíveis. Como somos apaixonados pelo Marketing, queremos transmitir a importância de se estudar esta disciplina. Na Unidade I - Fundamentos de Marketing, veremos o conceito de marketing e como sua definição sofreu alterações como passar do tempo, mudando conforme o mercado exigia. Além da história do marketing, vamos entender como surgiu o termo marketing e qual sua finalidade. Veremos sobre a análise do ambiente de marketing, dividido em microambiente e macroambiente, que é o meio em que a empresa afeta e é afetada. Na Unidade II - Composto de marketing, apresentaremos os 4P’s, conhecido como composto de marketing ou Mix de Marketing. É formado porProduto, Preço, Praça e Promoção e será estudado cada composto, de forma isolada, apresentando sua definição, características e importância para o Marketing. Unidade III - Pesquisa de mercado, abordaremos sobre como elaborar a pesquisa de mercado por meio de métodos de pesquisa, formulação do projeto, coleta de dados e processamento e análise de dados, a discussão de como realizar uma pesquisa, qual a importância para a empresa e quando ela deve ser utilizada. Na unidade IV - Sistema de Informação, seleção e segmentação de mercado, discutiremos sobre o sistema de Informação de Marketing, sua definição e como é formado. Além disso, estudaremos a primeira parte sobre as Gestões Estratégicas que divididem-se em: Segmentação de mercado e Seleção de mercado-alvo, importante estratégia adotado pelas empresas. Por fim, na Unidade V - Gestão estratégia de marketing e posicionamento, estudaremos a segunda parte da gestão estratégica, que é o posicionamento. Veremos, também, sobre outras estratégias competitivas que podem ser adotadas pelas empresas e que trazem resultados efetivos quando aplicados de forma assertiva. Terminaremos a disciplina com o tema: valor percebido e satisfação do cliente, em que as empresas estão buscando, além do lucro, criar valor, manter um relacionamento duradouro com o cliente, pois, dessa forma o cliente vai retornar à empresa. Enfim, são assuntos de grande interesse e que buscam fazer com que a empresa alcance todos os seus objetivos da melhor forma possível. Esperamos que goste da disciplina, bom proveito e bons estudos!! APRESENTAÇÃO FUNDAMENTOS DE MARKETING SUMÁRIO 09 UNIDADE I FUNDAMENTOS DE MARKETING 15 Introdução 16 Definição de Marketing 18 História do Marketing 20 Análise do Ambiente de Marketing 22 Microambiente 27 Macroambiente 47 Considerações Finais UNIDADE II GESTÃO DO COMPOSTO DE MARKETING 58 Introdução 59 Composto de Marketing 62 Produto 69 Preço 75 Praça 81 Promoção 95 Considerações Finais SUMÁRIO 10 UNIDADE III PESQUISA DE MERCADO 109 Introdução 110 Métodos de Pesquisa 116 Formulação do Projeto de Pesquisa 124 Aplicação da Pesquisa: Coleta de Dados 135 Processamento e Análise de Dados 138 Relatório da Pesquisa 143 Considerações Finais UNIDADE IV SISTEMA DE INFORMAÇÃO E SELEÇÃO E SEGMENTAÇÃO DE MERCADO 155 Introdução 156 Sistema de Informação de Marketing 170 Gestão Estratégica de Marketing: Segmentação de Mercado 182 Gestão Estratégica de Marketing: Seleção de Mercado-Alvo 185 Considerações Finais SUMÁRIO 11 UNIDADE V GESTÃO ESTRATÉGICA DE MARKETING E POSICIONAMENTO 197 Introdução 198 Gestão Estratégica de Marketing: Posicionamento 209 Gestão Estratégica de Marketing: Outras Estratégias Competitivas 224 Valor Percebido e Satisfação do Cliente 231 Considerações Finais 241 CONCLUSÃO U N ID A D E I Professor Me. Marcelo Cristian Vieira Professora Esp. Ednar Rafaela Mieko Shimohigashi FUNDAMENTOS DE MARKETING Objetivos de Aprendizagem ■ Analisar as definições de marketing ao longo dos tempos. ■ Mostrar a história do marketing. ■ Avaliar o microambiente e conhecer as variáveis controláveis e incontroláveis que o forma. ■ Verificar o macroambiente e conhecer os ambientes que podem interferir na empresa. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Definição de marketing ■ História do marketing ■ Análise do ambiente de marketing ■ Microambiente ■ Macroambiente INTRODUÇÃO A primeira pergunta que deve vir a sua cabeça é: por que devo estudar marke- ting? E a resposta é: para saber mais sobre seus consumidores, como se lançar ou continuar no mercado. Há pessoas que pensam que o marketing serve apenas para aumentar as ven- das, e fazer com que pessoas comprem produtos que elas não precisam para o momento. Não chega a ser a pura verdade, mas também não é uma afirmação sem nexo. O livro Fundamentos de marketing mostrará as bases que o marke- ting fornece às empresas, para que elas possam continuar abertas. Não devemos pensar em marketing apenas como venda, embora ela sirva para a empresa que visa lucro, mas devemos pensar mais do que isso. Pensar que há pessoas, famí- lias, que dependem da empresa para continuar pagando suas contas, que a sua sobrevivência depende disso, então, as ações que a empresa busca realizar pos- suem um propósito além do lucro. Claro que ela não é totalmente boazinha, mas todos dependem dela, e será isso tudo que você vai conhecer, o chamado microambiente, que pode interferir na empresa e que a empresa pode interferir também. Há fatores que a empresa não consegue controlar, e que ela apenas se adapta conforme a necessidade, o chamado macroambiente. Inicialmente, iremos conhecer o que significa o termo marketing, para que possamos entender o motivo de termos uma disciplina com esse nome, saber que seu termo mudou e qual o motivo da sua mudança. Depois, vamos saber sobre sua origem e as mudanças que ocorreram com o passar do tempo. Após isso, será apresentado o micro e o macroambiente, e veremos todos os elemen- tos que os compõem, apresentaremos exemplos, indicando como as empresas se preocupam e estruturam essas questões. Esperamos que esse primeiro passo seja o mais claro possível, pois será a descoberta de um mundo empresarial que sabemos que existe, agora, você conhe- cerá a partir do ponto de vista acadêmico. Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 15 FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E16 DEFINIÇÃO DE MARKETING Caro(a) aluno(a), primeiro vamos entender o que significa marketing e saber a sua definição, o que ajudará a entender a importância de estudarmos esta disci- plina em nossa grade curricular, pois precisamos conhecer todas as ferramentas que temos à disposição, o que facilitará atingir nossos objetivos dentro de uma organização. A primeira definição de marketing foi apresentada pela Associação de Marketing Americana (American Marketing Association - AMA), que é a mais influente associação de profissionais de marketing. Ela definiu, em 1948, o termo marketing, que, conforme Silva (2005, p. 34), é “a realização de ativida- des de negócios dirigidas ao fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou usuário”. A AMA cria essa definição, pois havia muitas especulações sobre a verdadeira definição de marketing, uma vez que seu estudo estava sendo apro- fundado e muito debatido na área acadêmica. Com o passar dos anos, a AMA começou e rever essa definição e a fazer rea- nálises, complementando o conceito em 2007, com base nos aprimoramentos do estudo de marketing e sua importância pelos profissionais da área. Observe: Marketing é a atividade, conduzida por organizações e indivíduos, que opera por meio de um conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas de mercado que tenham valor para consumidores, clientes, agentes de marketing e a sociedade como um todo (URDAN e URDAN, 2010, p. 05). Definição de Marketing Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 17 Com a definição atualizada, começamos a perceber que o marketing passa da compra e venda e começa a ter preocupação com a criação e comunicação, além do valor para os consumidores e todos os agentesligados à empresa. A partir dos estudos na área de marketing, surgem profissionais, estudiosos e professores com a sua definição de marketing que vale a pena conhecer. Kotler e Armstrong (2007, p. 04) definem marketing sendo um “processo administrativo e social pelo qual indivíduos e organizações obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação e troca de valor com os outros”. Já Las Casas (2013) traduz como uma ação de mercado, não apenas para ajudar as empresas a vender mais, mas também para coordenar qualquer processo de troca, e isso fica bem claro com a definição de McCarthy e Perreault Jr (1997, p. 19) quando dizem que o “marketing é mais do que venda ou propaganda”. Observem que a criação de valor é atrelada à definição de marketing, pois, atualmente,vemos o marketing como um negócio que busca bem mais do que a satisfação do cliente por meio da venda e troca, busca uma relação que dure o maior tempo possível entre o cliente e a empresa. Para entendermos o marketing, há uma visão simplificada e resumida de Reichelt (2013, p. 16) que diz “marketing são todas as ações realizadas por uma organização que tenha por finalidade atrair e reter clientes”, isso nos ajuda na ideia central do objetivo de marketing: atrair e reter clientes. A partir das definições de marketing que vimos, temos a visão de sua impor- tância para as empresas, ou seja, eu, como um profissional na minha empresa, como posso ajudá-la a atrair novos clientes e fazer com que esses clientes con- tinuem comprando? E, por que temos que ter essa pergunta em mente? Por que saber se isso pode ajudar minha empresa? Sabemos que o mercado possui muitos concor- rentes, que podem ser empresas nacionais ou internacionais, de grande, médio ou pequeno porte, empresas virtuais, ou mesmo a vendinha da esquina. Todos possuem alguma forma de atrair clientes e não podemos pensar que se perder- mos um cliente, isso não afetará nosso caixa no final do mês, pelo contrário, a disputa acontece a todo o momento e se conquistarmos um cliente, ele perma- necerá conosco durante muito tempo. Essa disciplina vai mostrar as ferramentas que podem ajudar as empresas, e mostrar conceitos que talvez já você já conheça, FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E18 mas nos ateremos à visão mercadológica. Esta disciplina, pode, ainda, contribuir para a melhoria e crescimento individual, então, convidamos a todos a conhe- cer mais deste universo! HISTÓRIA DO MARKETING Tendo em vista a definição de Marketing, é possível encontrar divergências sobre seu surgimento. Há autores que citam que marketing é uma troca (de produtos e dinheiro ou troca de mercadorias), com isso sua origem é estudada por meio das cidades em que não existiam mercadorias (além das cidades portuárias). No mercado americano, existiam os peddler, uma espécie de cacheiro-viajante que seguia para o interior americano e oferecia produtos de pequeno volume nas selas dos cavalos. No Brasil, foi o tropeiro que viajava no interior pelos caminhos aber- tos pelos bandeirantes para levar produtos ao setor rural (LAS CASAS, 2013). Já Paixão (2008) escreve que o marketing surge com o nascimento do capi- talismo, no século XV, em que começam as fábricas e os processos produtivos, surgindo a expansão do mercantilismo, no qual aparecem em cena os inter- mediários, os varejistas e os atacadistas. A grande força do marketing, porém, ocorreu por meio da Revolução Industrial, no século XVIII. A produção massiva de produtos não diferenciados, a indústria que oferecia o menor preço obtinha vantagem competitiva. Com isso, começou a preocupação com a demanda maior que a oferta, que as empresas não consigam vender seus produtos. Em 1954, Peter Drucker citou marketing pela primeira vez como uma força poderosa a ser considerada pelos administradores e, em 1960, Theodore Levitt lança “Miopia de marketing”, mudando o mundo dos negócios, em que mos- tra a importância da satisfação dos clientes. Em 1967, Philip Kotler lança o livro “Administração de marketing”, que consolida as bases de marketing (PAIXÃO, 2008). Já, no Brasil, “os primeiros contatos com esse conceito ocorreram na década de 1960, mas só se fortalecem nos anos de 1990, após a abertura do País ao mercado internacional” (PAIXÃO, 2008, p. 45). História Do Marketing Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 19 A utilização do marketing no ambiente de comercialização foi mudando com o passar do tempo com as variações ambientais. Segundo Zenone (2011), acom- panhar o desenvolvimento do marketing é acompanhar a história econômica da própria humanidade e é percorrer os meandros do consumo. Para exemplificar melhor, observe figura a seguir: Figura 1- Processo evolutivo do marketing ORIENTAÇÃO PARA A PRODUÇÃO ORIENTAÇÃO PARA AS VENDAS ORIENTAÇÃO PARA O MARKETING 1850 1900 1950 2000 FASES ENFOQUE AÇÕES PREDOMINANTES • Pouca ou nenhuma atenção é dedicada aos desejos e às necessidades dos clientes nas decisões relacionadas com as linhas de produtos, compostos de produtos ou políticas de produtos. • A vantagem diferencial dos produtos da empresa reside na sua capacidade de fabricar produtos em escala econômica, com qualidade controlada e a baixo custo. Orientação para a PRODUÇÃO Produtos “Todos podem ter um carro. Desde que seja modelo T na cor preta.” Henry Ford • Os objetivos de vendas são superiores às metas de lucros. • Os interesses as necessidades e as expec- tativas da empresa vendedora estão em primeiro lugar, os interesses do cliente devem estar subornidados aos da empre- sa. • A transação de venda encerra-se com a entrega do produto ou serviço ao cliente e com a cobrança do valor envolvido na venda. • A mentalidade da administração é voltada para seu interior, e não para o MERCADO • Salientam-se as NECESSIDADES e os INTERESSES da EMPRESA. Orientação para a VENDAS Vendas • O foco da administração de uma empre- sa deve ser o cliente, não o produto. • Todas as funções mercadológicas executadas pela empresa devem estar coordenadas com integração e sincronis- mo. • Todas as funções e departamentos de uma empresa devem estar coordenados, a fim de evitar a subotimização e de promover a sinergia. • A empresa deve objetivar receitas lucra- tivas, não apenas nas receitas de vendas. Orientação para o MARKETING Clientes Fonte: Honorato (2004, p. 12). FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E20 Cada tipo de orientação pode ser chamada também de eras e, atualmente, esta- mos na Era de Marketing de Relacionamento ou Era do Valor para o Cliente, que, segundo Zenone (2011), é focado em reforçar e ampliar o foco concentrado no cliente. Complementando a era, Churchill Jr e Peter (2012, p. 8) descrevem como “entender os clientes, concorrentes e ambientes, criar valor para eles, considerar outros públicos”, ele é uma extensão da orientação para o marketing que se con- centra em desenvolver e entregar um valor superior para os clientes. Espero que tenha ficado claro sobre as mudanças do marketing ao longo do tempo, pois o conceito foi se desenvolvendo conforme a época e o que o mer- cado exigia. Atualmente, o marketing se preocupa com a criação do valor para o cliente, pois não queremos apenas vender; queremos criar um relacionamento com os clientes e poder conhecê-los e saber do que necessitam e desejam. E, assim, vamos passar a entender melhor o marketing e o contexto em que ele se encontra. ANÁLISE DO AMBIENTE DE MARKETING O primeiro conceito que vamos verificaré a análise do ambiente de marketing, que é o ambiente em que a organização está inserida. Esse ambiente pode ser influenciado pela empresa e, também, a empresa pode ser influenciada por esses ambientes. Então, vamos saber como está dividido o ambiente e de que forma influencia e é influenciado. Pense na sua empresa, seja a sua ou a que você trabalha. O que acontece em volta da empresa? Os moradores que moram no entorno da empresa são a maio- ria dos funcionários? A empresa faz campanhas de Natal? Ela melhorou o asfalto ou a iluminação? A empresa fez com que as casas valessem mais com a sua che- gada? A empresa teve que mudar bruscamente devido alguma regulamentação Análise do Ambiente de Marketing Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 21 do governo ou começou a importar ou exportar seus produtos? Imagine tudo o que a empresa faz no bairro em que se encontra. Ela prejudica ou fortalece o bairro? Pense em tudo, pois isso é o ambiente que ela está inserida, chamado ambiente de marketing. O ambiente de marketing é formado pelas seguintes análises: microam- biente e macroambiente. A principal diferença exposta por Reichelt (2013) é que no macroambiente estão os fatores e situações que a empresa deve conhe- cer e estudar, mas que a empresa não consegue influenciar, ou seja, a empresa deve se moldar conforme as mudanças que acontecem no ambiente macro. Já o microambiente são os fatores próximos à empresa, ligados diretamente a ela, e que a empresa consegue exercer influência. Então, vejamos a empresa. Ela faz parte do microambiente, que é o ambiente no qual ela consegue afetar direta e indiretamente. Exemplo: se um mercado decide mudar de local, ela vai influenciar os clientes que estão em sua volta; vai influenciar os fornecedores que já estão acostumados com o local de carga/des- carga, que vai influenciar seus funcionários, pois dependendo no novo local, poderá dificultar a locomoção. Já, no macroambiente, a empresa não consegue influenciar, pois ela é que é influenciada. Vejamos um exemplo: o calor em excesso pode prejudicar os agricultores rurais no cultivo das hortaliças, com isso, o preço para venda vai aumentar, e vai ser repassado para o preço final dos clientes e, dessa forma, o macroambiente (que a empresa não consegue controlar) prejudica a empresa e esta repassa para o cliente. Outro exemplo: se houver uma nova lei sobre uma nova vacina bovina para validar o consumo de carne, o mercado terá que fazer a adequação junto com seu fornecedor. Não tem como não fazer a adequação, caso contrário terá que pagar multas. Espero que tenha ficado claro, e, para ilustrar esses ambientes, vejamos a figura 2. FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E22 Figura 2 - Análise do ambiente de marketing EMPRESA Microambiente Macroambiente Fonte: os autores. MICROAMBIENTE Muito do trabalho cotidiano de uma empresa acontece no microambiente, por isso ele ocupa muito do tempo e dos esforços dos profissionais envolvidos, que são todos os agentes ligados à empresa. Esses agentes próximos à empresa pos- suem uma divisão que facilita o nosso entendimento sobre a forma em que é exercido o seu relacionamento (URDAN e URDAN, 2010). DIVISÃO DO MICROAMBIENTE Para ficar mais fácil o entendimento sobre o que compõe o microambiente, temos que saber que ele é constituído pelos agentes internos controláveis (Financeiro, RH, Marketing, Produção, Comercial, etc.) e também pelos agentes externos incon- troláveis, que se encontram próximos à empresa (Fornecedores, Concorrentes, Clientes, Intermediário, etc.), conforme pode-se observar na imagem a seguir: Microambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 23 Figura 3 -Ambientes Internos Controláveis Microambiente Ambiente Interno Variáveis Controláveis Departamentos da Empresa RH Produção Finanças Comercial Marketing Fonte: os autores. As variáveis controláveis do microambiente são as que compõem a estrutura da empresa, tais como: RH, Produção, Finanças, Comercial, Marketing e outros departamentos. Nessas áreas, a empresa tem a capacidade de controlá-los, porém, se eles não forem bem controlados, podem afetar a estratégia da empresa. Como a empresa tem o controle, costumo dizer que se algo estiver funcio- nando bem, é mérito dela, podemos considerar como ponto forte, mas se algo não estiver funcionando bem, também é “mérito” dela, isso é o que considera- mos como ponto fraco. Se uma empresa possui uma ótima equipe de vendedores, sempre atingindo as metas e também possui um departamento de produção impecável, produ- zindo e entregando dentro do prazo, essa empresa tem pontos fortes, tem seus méritos, pois consegue administrar com excelência os seus ambientes internos. Agora, se essa mesma empresa possui falhas em seus controles financeiros, atra- sando os pagamentos aos fornecedores, ela não está conseguindo ter o controle dessa área, então, ela possui pontos fracos. FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E24 O importante nesse primeiro momento é entender que a empresa possui pontos fortes e fracos e internamente existem operações e departamentos que a empresa tem total controle e, se algo estiver correto ou incorreto, a responsabi- lidade é toda da empresa. Na sequência, também considerado como ambiente externo, temos as vari- áveis incontroláveis, ou seja, fatores que já não estão nas mãos, ou melhor, no controle do administrador da empresa. Figura 4- Ambientes Internos Controláveis e Incontroláveis Microambiente Ambiente Interno Variáveis Controláveis Departamentos da Empresa RH Produção Finanças Comercial Marketing Microambiente Ambiente Externo Variáveis Incontroláveis Área Mercadológica Fornecedores Intermediários Clientes Concorrentes Públicos em Geral Fonte: os autores. Como essas variáveis são incontroláveis, a administração de marketing não pode ser realizada apenas pelos gerentes de marketing. O sucesso da empresa depende de outros agentes do microambiente, pois trabalharão diretamente com eles e influenciarão ou serão influenciados por eles. Conforme Kotler e Armstrong (2007), todas essas funções devem pensar no consumidor e trabalhar em har- monia para oferecer valor e satisfação superiores para o cliente. Fornecedores: é um importante parceiro no sistema de criação de valor para o cliente, pois eles oferecem recursos necessários para a produção de bens Microambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 25 e serviços. As empresas devem trabalhar com os fornecedores em forma de par- ceria, ajudando a testar os insumos e/ou produtos. Como a empresa não tem controle sobre os fornecedores, manter um monitoramento é muito importante, pois um aumento nos custos dos suprimentos pode forçar a alta dos preços, o que pode prejudicar as vendas (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). Intermediários: ajudam a empresa a promover e distribuir os produtos para os compradores finais. Assim como os fornecedores, os intermediários consti- tuem um importante componente do sistema de entrega de valor da empresa. A empresa deve fazer mais do que simplesmente otimizar seu desempenho, eladeve firmar parcerias eficientes com intermediários (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). Muitas empresas fecham parcerias de exclusividade e também de apoio de marketing. Clientes: as empresas precisam estudar detalhadamente seus tipos de clien- tes, como: (1) clientes consumidores, compostos por pessoas individuais ou família que compram para consumo pessoal; (2) os clientes organizacionais, que utilizam seu produto para revenda ou para uso de seu processo de produção. Há, também, os (3) clientes governamentais, constituídos por órgãos governa- mentais que compram para repassar para outros que necessitam do produto ou serviços públicos. Os (4) clientes internacionais, aqueles compradores de outros países, podem ser consumidores, produtores, revendedores ou governos. E, por fim, os (5) clientes revendedores que compram para revendê-los com uma mar- gem de lucro. A empresa deve conhecer todos os tipos de clientes, pois cada um possui uma característica diferente (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). Concorrentes: a empresa deve oferecer mais valor e satisfação para seus clien- tes do que seus concorrentes, por isso manter o olhar neles é fundamental. Os concorrentes podem afetar diretamente a empresa, oferecendo melhores produtos ou preços mais atrativos. Não existe uma estratégia competitiva de marketing ideal para todas as empresas, cada empresa deve considerar seu tamanho e sua posi- ção no setor em comparação aos concorrentes (KOTLER; ARMSTRONG, 2007). Públicos em geral: consiste em qualquer grupo que tenha interesse real ou potencial na organização ou que possa causar impacto em sua capacidade de atingir seus objetivos. Kotler e Armstrong (2007) citam alguns exemplos: FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E26 ■ Públicos financeiros: capacidade da empresa em obter fundos em ban- cos, empresas de investimentos e acionistas. ■ Públicos ligados à mídia: publicam notícias, artigos e editoriais. ■ Públicos governamentais: levar em conta medidas tomadas pelo governo. ■ Grupos de interesse: decisões da empresa que podem ser questionadas por associações de consumidores, grupos ambientais, grupos minoritários. ■ Públicos locais: incluem associações comunitárias e moradores da região em que a empresa está localizada. ■ Público geral: preocupação com a postura pública da empresa em relação a seus produtos e atividades, que podem afetar a sua venda. ■ Públicos internos: são os funcionários, gerentes, conselhos da adminis- tração. Quando os funcionários sentem-se bem em relação à empresa, isso reflete a todo público externo. A relação do ambiente interno com o ambiente externo dentro do microambiente é total, pois, de acordo com seus pontos fortes e fracos, a empresa fará sua inte- ração. Enfim, ao elaborar planos de marketing (pesquise sobre como elaborar um Plano de Marketing), a empresa leva em consideração seus outros grupos, no qual todos estão inter-relacionados no microambiente. No ambiente interno, a alta administração elabora e define a missão, os objetivos, as políticas, entre outros e, os gerentes devem tomar as decisões com base nos planos desenvolvidos. Macroambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 27 MACROAMBIENTE É constituído por agentes que podem afetar o microambiente, mas que a empresa não possui capacidade de influenciar, pois são agentes que possuem mais força perante a empresa, que são chamados de variáveis incontroláveis. O macroam- biente é formado por variáveis incontroláveis, que, segundo Yanaze; Markus e Carrilho (2012, p. 108) “podemos entender estas variáveis ambientais como forças externas de ocorrências incontroláveis, ou seja, que não nos “pediram autorização” para existirem”. Figura 5- Ambientes Externos Incontroláveis Macroambiente Ambiente Externo Variáveis Incontroláveis Ambientes Social Demográ�co Natural Tecnológico Econômico Político-Legal Competitivo Fonte: os autores. FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E28 AMBIENTE SOCIAL O ambiente social é constituído pelas pessoas, por suas crenças, seus valores, comportamentos e características. Mudanças nesse ambiente podem acarretar em novos desafios. Conforme Urdan e Urdan (2010) este ambiente diz respeito a fatores e tendências relacionadas com o modo como as pessoas vivem e se com- portam numa sociedade. Segundo Kotler e Armstrong (2015, p. 92), o ambiente cultural é composto por “instituições e outras forças que afetam os valores, as per- cepções, as preferências e os comportamentos básicos da sociedade”. Las Casas (2013), Reichelt (2013) e Honorato (2004) chamam de ambiente sociocultural e definem com os fatores: crenças, valores e normas que definem suas preferências e as regras de comportamento que afetam seu consumo de produtos. Há um exemplo que vale tanto para o Brasil quanto para o mundo, que é a questão religiosa. Desde o Rio Grande do Sul, Bahia, até o Amazonas, encon- traremos uma religião predominante, o que não é diferente no mundo, em que temos o exemplo da África, Japão e Portugal. Dentro do ambiente social, cultural ou socio- cultural, é importante sabermos que há uma divisão sobre os valo- res centrais, conhecidos, também, como secundá- rios ou subculturas, pois quem trabalha com pro- dutos e serviços precisa saber se o seu público possui alguma caracterís- tica forte que define a sua compra. Segundo Kotler e Armstrong (2015), as pessoas de determinada sociedade possuem muitas Macroambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 29 crenças e valores, e esses valores centrais são muito persistentes, pois são pas- sados de pais para filhos e reforçados pelas escolas, igrejas, empresas e pelo governo. Um exemplo é a cultura japonesa, conhecida pela disciplina, treina- mento, estudo, ética e respeito. E há os valores secundários, que são mais abertos a mudanças. Um dos exemplos dados por Kotler e Armstrong (2015) tem como cerne a crença no casamento, sendo esta uma crença central, mas acreditar que as pessoas devem se casar cedo é uma crença secundária e que pode ser alte- rada, pois, com as mulheres no mercado de trabalho, a média de idade em que acontece o casamento é cada vez mais tardio. A subcultura é formada de grupos com valores compartilhados que surgem das experiências de vida ou de circunstâncias especiais. Esses membros com- partilham suas crenças, suas preferências e até seu comportamento (KOTLER e KELLER, 2006). Um grande público de subcultura são os jovens, que são influen- ciados pelo grupo que frequentam. A contratação de jovens para campanhas publicitárias é uma tática muito utilizada, um exemplo que podemos citar é a contratação de Youtubers para propagar produtos e serviços de grandes empre- sas, pois seu público-alvo são jovens conectados nas mídias. Outro exemplo de mudança cultural é a vida saudável que as pessoas buscam atualmente, que pode impactar na prática de esportes, no aumento da procura pelas academias e implica diretamente na oferta de produtos saudáveis em lojas específicas e nas prateleiras dos supermercados. A Fanta trabalha com a cultura de cada país e possui uma grande variedade de sabores. Procure saber mais quais são os sabores espalhados por todo o mundo. Vale a pena conhecer!! Fonte: os autores. FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do CódigoPenal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E30 AMBIENTE ECONÔMICO O ambiente econômico abrange forças como a inflação e o desemprego, pois afeta o poder de compra do consumidor (URDAN E URDAN, 2010). Kotler e Armstrong (2015, p. 85) completam sobre este fator quando escrevem que são os “fatores econômicos que afetam o poder de compra e o padrão de gastos dos consumidores”. Segundo Reichelt (2013) são estudos dos fatores que podem influenciar o poder de compra, com base na economia, como: inflação, taxa de juros, variação cambial, cotações de bolsa de valores, períodos de crescimento ou recessão. Vejamos o quadro a seguir, explicando alguns fatores econômicos e sua descrição. Quadro 1- Ambiente econômico VARIÁVEIS ECONÔMICAS DESCRIÇÃO Renda Renda individual ou da família, no qual devemos saber: - Renda bruta: quantia total em moeda ganha ao ano. - Renda líquida: é o dinheiro que sobra após o paga- mento dos impostos. Inflação É a elevação do nível geral de preços, que reduz o poder de compra do consumidor. O consumo pode ser seriamente afetado, caso a renda não acompanhe os índices inflacionários. Juros A elevação da taxa de juros retrai o consumo e encarece as linhas de crédito para as empresas que precisam captar recursos para investimento ou capital de giro. Câmbio As empresas que atuam com o mercado externo ou dependem da importação de matéria-prima ou mes- mo de produtos acabados sofrem influência direta das flutuações cambiais. Fonte: adaptado de Honorato (2004, p. 41). Esses fatores podem influenciar os consumidores em suas compras. A varia- ção do dólar com o real faz com que o comércio do Paraguai seja afetado, pois o dólar mais caro afasta os compradores. Continuando com a variação do câmbio, Macroambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 31 o dólar mais alto faz que as empresas de turismo nacional consigam mais clientes, pois fica mais barato viajar dentro do Brasil, do que ir para a Disney, por exem- plo. No Brasil, os anos 90 é considerado o período mais temido da economia, pois as famílias perderam o poder de compra do dia para a noite e a instabili- dade econômica tomou conta de todos. Para Churchill e Peter (2012), no ambiente econômico, deve-se verificar os ciclos de negócio, a renda do consumidor e os padrões de gastos. ■ Ciclos de negócio: o padrão do nível de atividade comercial, que atravessa as etapas de prosperidade, recessão e recuperação. Figura 6- Padrão básico de um ciclo de negócios Tempo Nível de atividade comercial Prosperidade Recessão Recessão Recuperação Prosperidade Fonte: Churchill e Peter (2012). ■ Renda do consumidor: a quantia total de moeda ganha em um ano por um indivíduo ou família. Embora os ciclos de negócios reflitam a saúde geral da economia, a renda individual das famílias influencia a probabilidade de os consumidores comprarem produtos (CHURCHILL; PETER, 2012). FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E32 Fatos e dados: Figura 7. Rendimento domiciliar per capita Fonte: IBGE (2014). Macroambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 33 ■ Padrões de gastos: é a forma como as pessoas gastam seu dinheiro. São modelos específicos a que o consumo obedece, levando em consideração os fatores condicionantes (tempo, espaço, rendimento e cultura). Como exemplo dessas variáveis, pode-se observar que a classe C emergente mudou completamente o perfil socioeconômico brasileiro. Por isso, o vinho, o chocolate e os produtos turísticos são muito mais demandados atualmente na periferia (YANAZE; MARKUS; CARRILHO, 2012). Segundo Las Casas (2013), a variável econômica é muito complexa devido aos diferentes fatores que nela interferem, exigindo que os profissionais da empresa tenham cuidado com os impactos nos negócios. AMBIENTE NATURAL O ambiente natural é constituído por forças da natureza: clima, temperatura, chuvas, desastres naturais (terremotos, furações, tsunamis), escassez de maté- rias-primas, nível de preservação ambiental (REICHELT, 2013). De acordo com Kotler e Armstrong (2015, p. 86), “o ambiente natural envolve o ambiente físico e os recursos naturais utilizados pelas empre- sas como insumos ou que são afetados pelas atividades de marketing”. Conforme Las Casas (2013), essa preocupação surge na vida moderna neste novo século, já que o crescimento da popu- lação e o acelerado aumento da concorrência fizeram com que os recursos naturais se tornas- sem escassos. Envolve todos os recursos naturais (ar, água, mine- rais, plantas e animais) disponíveis FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E34 para a organização ou afetados por ela. Todas as empresas funcionam dentro de ecossistemas naturais e físicos que podem ser mais ou menos modificados pelo homem (CHURCHILL; PETER, 2012). Quando a oferta de recursos é limitada, os profissionais de marketing podem se valer do demarketing, uma estratégia de marketing usada para reduzir o con- sumo de um produto. Essa estratégia é muito comum em empresas que trabalham com os recursos naturais como água ou com geração de energia. Segundo Kotler e Keller (2006), as matérias-primas da Terra são classifica- das de três modos diferentes: 1. Infinitas: acreditava-se que a água e o ar nunca acabariam, mas a explo- ração do ar e da água já se tornou um problema, em que é discutido a sua falta não mais em longo prazo. A poluição das águas é um problema em algumas partes do mundo. 2. Finitas, mas renováveis: florestas e alimentos, que devem ser consumi- dos de maneira moderada. Um exemplo são as madeireiras, que precisam fazer o reflorestamento, de modo a proteger o solo e assegurar madeiras suficientes para a geração futura. 3. Finitas, mas não renováveis: por exemplo, o petróleo, o carvão, a platina, o zinco e a prata. A medida que o esgotamento se aproxima, começa a apresentar um problema sério à empresa. Aos que necessitam desses mate- riais, enfrentam substanciais aumentos de custos, ao mesmo tempo em que as empresas dedicadas à pesquisa possuem uma excelente oportu- nidade para desenvolver materiais alternativos. As empresas que não possuem preocupação com o meio ambiente não são vis- tas com belos olhos no mercado. O tratamento de resíduos químicos, reciclagem de materiais, reflorestamento e outras medidas devem ser considerados no pla- nejamento das empresas e refletem diretamente no consumo, criando valores maiores aos seus clientes (HONORATO, 2004). Segundo Las Casas (2013), o marketing verde é uma realidade, principal- mente quando ofertamos os produtos para o mercado internacional, pois, em Macroambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 35 alguns países, os hábitos de consumo para esses produtos estão aumentando. Como a consciência ambiental é, muitas vezes, não só necessária, mas também lucrativa, as empresas utilizam o marketing verde, que, segundo Churchill e Peter (2012), são atividades de marketing destinadas a minimizar os efeitos negativos sobre o ambiente físico ou melhorar sua qualidade. E isso nós podemos ver no Brasil, em ações como a utilização de refil para produtos que fazemosuso diário, as sacolas de tecido que duram mais para uti- lizar nos mercados, as sacolinhas plásticas biodegradáveis, entre outras. AMBIENTE TECNOLÓGICO Honorato (2004) utiliza o termo que refere-se à busca de conhecimentos científi- cos, invenções e inovações, para que as empresas aumentem a sua produtividade e reduzam os custos de produção, criando produtos de menor preço e maior recurso. Com isso, há empresas que gastam milhões em pesquisa e desenvolvi- mento. Reichelt (2013) explica que são novas tecnologias desenvolvidas às quais a empresa precisará adaptar-se para conseguir ser competitiva no mercado. Urdan e Urdan (2010) citam o ambiente científico e tecnológico como fatores ligados ao conhecimento científico e à aplicação tecnológica em produtos, serviços e no Sabesp cria incentivo econômico à redução no consumo de água O link a seguir mostra um exemplo de como uma empresa, no caso a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), se apropria do Marketing Verde para incentivar moradores da Grande São Paulo a reduzi- rem o consumo de água. Para saber mais, acesse o link disponível em: <http://site.sabesp.com.br/site/imprensa/noticias-detalhe.aspx?secaoI- d=65&id=6105>. Fonte: Sabespe... (on-line)1. FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E36 processo de fabricação, pois estão do mesmo lado e as descobertas científicas fornecem bases para os avanços tecnológicos. Kotler (2000) cita tecnologias que vieram para facilitar nossas vidas, como a penicilina e a cirurgia no coração, que antes eram inimagináveis. Há exemplos de tecnologias que vieram para inovar, como a xerografia que derrubou a indústria e papel-carbono; os automóveis que afetaram as estradas de ferro, no transporte de pessoas. Há inovações menos importantes que foram os pequenos aperfei- çoamentos: o café embalado a vácuo, xampu/condicionar 2 em 1, entre outros. Um exemplo de inovação que teve inúmeras alterações foi a utilização de smartphones e tablets em ambientes empresariais, que antes não existia; a menor utilização de câmeras fotográficas pessoais pelos modelos profissionais e até a troca pelo uso de celulares com câmeras semiprofissionais. Conforme Las Casas (2013), o ambiente tecnológico, sem dúvida, é uma das que estão revolucionando a forma de comercialização do planeta. Vemos isso com as compras online, pois podemos comprar produtos do Japão, da China, dos Estados Unidos com ape- nas um clique. O ensino a distância, por exemplo, representou uma quebra de paradigma acadêmico e gerou vantagem para universidades que puderam, rapidamente, rea- gir às demandas da tecnologia (YANAZE; MARKUS e CARRILHO, 2012). Para complementar o conteúdo é interessante que você assista ao vídeo1 sobre o uso do RFID (Radio Frequency IDentification) Identificação por Radiofrequência nos supermercados. 1 Em: <https://www.youtube.com/watch?v=Av9A2mZaDLw>. Macroambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 37 AMBIENTE POLÍTICO-LEGAL O ambiente legal, de acordo com Urdan e Urdan (2010), são as leis e regula- mentos que pautam o mercado e que devem ser cumpridas. O ambiente legal é composto por leis, políticas públicas, agências governamentais e grupos de pres- são, que regulam ou influenciam a sociedade como um todo (CHURCHILL; PETER, 2012). São agentes que podem influenciar as empresas e a forma como elas tra- balham, seja com relação ao produto: embalagem, distribuição, preço, peso, ou mesmo com relação à companhas publicitárias, promoções, feiras e even- tos do produto. No Brasil, vale destacar a participação do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que, em seu artigo 4º diz que ele: [...] tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumido- res, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo. O CDC atende aos consumidores que possuem a relação mais fraca com as empre- sas. Temos, também, o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que, segundo Honorato (2004 p. 43), “coíbe as práticas desleais de concorrência, como a formação de cartéis, monopólio pela fusão ou aquisição de empresas”. O que é uma tecnologia vestível? Para entender como Ambiente Tecnológico influencia nas atividades de uma empresa, no caso do ramo da confecção, temos como exemplo as tec- nologias vestíveis, que são peças de roupa ou acessórios que contenham um ou mais sistemas inteligentes embutidos no seu processo de criação ou aplicação no seu resultado final. Para saber mais, acesse o link disponível em: <http://modaetecnologia.com. br/o-que-e-uma-tecnologia-vestivel/>. Fonte: os autores. FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E38 Além disso, na área de publicidade, existe o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), que tem como missão “impedir que a publi- cidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou a empresas e defender a liberdade de expressão comercial”2. Segundo Kotler (2005, p.116), [...] a legislação voltada para os negócios tem três propósitos centrais: proteger as empresas da concorrência desleal, proteger os consumido- res das práticas empresariais desleais e proteger a sociedade do com- portamento desenfreado das empresas. Temos um exemplo que foi muito discutido no Brasil, que é a Lei 9.294 de 15 de Julho de 1996, sobre a proibição de propaganda de cigarros, cigarrilhas, charu- tos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, implicando em multa para empresas que fizerem a propaganda e a quem veicular essa propaganda, nesse sentido, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) teve grande parti- cipação em relação às novas embalagens que trazem advertências sobre o produto. Segue tabela das principais leis brasileiras que impactam as atividades de marketing: 2 Em: <http://www.conar.org.br/>. Acesse o site do CONAR <http://www.conar.org.br/>, pois lá você encontra o Boletim do CONAR. Nas últimas páginas, apresentam-se os resultados de acórdãos (sentenças) julgados pelo Conselho de Ética, em relação à veraci- dade, às criança e os adolescentes, à respeitabilidade e à responsabilidade social, feitos por meio de denúncias das peças publicitárias que passam na televisão. Fonte: os autores. Macroambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 39 Quadro 2- Principais Leis Brasileiras que impactam as atividades de marketing LEGISLAÇÃO OBJETIVO Lei Antitruste – Lei 8.884 (1994) Proíbe ações que limitem, ou tenham possi- bilidade de limitar, a concorrência e por meio de restrições a estruturas de mercado que sem permissivas, como a conduta paralela e o preço predatório. Lei 6.437 (1977) Proíbe a fabricação e venda de alimentos adulte- rados ou com embalagem danificada, configura infrações a legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências. Lei 8.078 (1990) – Código de Defesa do Consumidor. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Art. 39. Proibição de prática de métodos comer- ciais desleais e abusivo. Art. 31. À divulgação de informações corretas e claras sobre um produto ou serviço, Art. 37. À publicidade que se aproveite da defici- ência de julgamento e de experiência da criança ou queseja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à saúde. Lei 9.294 (1996) Faz restrições ao uso e à propaganda de produ- tos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamen- tos, terapias e defensivos agrícolas. Lei 9.279 (1996) Regula os direitos e obrigações relativos à pro- priedade industrial, como o registro de marcas e patentes. Lei 9.437 (1997) Proíbe a fabricação, venda, comercialização ou importação de brinquedos, que se constituem em réplicas ou similares de armas de fogo. Lei 6.360 (1976) Dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, sanean- tes e outros produtos, e dá outras providências. Lei 8.069 (1990) Dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente em vários campos, como por exem- plo, relacionado à venda de produtos e serviços nocivos. FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E40 LEGISLAÇÃO OBJETIVO Lei 11.265 (2006) Regulamenta a comercialização de alimentos para lactantes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correla- tos. Lei 10.406 (2002) Institui o novo código civil. Os Arts. 18 e 19 tra- tam do uso do nome e apelido e o Art. 20 do uso de imagem. Lei 5.197 (1967) Regula a utilização de animais da fauna silvestre na publicidade. Lei 6.463 (1977): Constituição da República Federativa do Brasil (1988): Tornar obrigatória a declaração de preço total nas vendas a prestação e dá outras providências. Conar (Conselho Nacional de Au- torregulamentação Publicitária) É uma organização da sociedade civil fundada em São Paulo, em 1950, pela ABAP – Associação Brasileira de Agências de Publicidade, ABA – Associação Brasileira de Anunciantes, ANJ – Asso- ciação Nacional de Jornais, ABERT – Associação Brasileira de Emissores de Rádio e Televisão, ANER – Associação Nacional de Editores de Re- vistas, CENTRAL DE OUTDOOR, e que conta com a adesão da ABTA – Associação Brasileira de TV por Assinatura, FECEEC – Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas e da IAB Brasil – Interactive Advertising Bureau. A atividade desenvolvida pelo Conar visa evitar a veiculação de anúncios e campanhas de conteúdo enganoso, ofensivo, abusivo ou que desrespeitem, entre outros, a leal concorrência entre anunciantes. A entidade não tem “poder de polícia”; não pode mandar prender, não multa, não pode mandar devolver dinheiro ao consu- midor ou mandar trocar mercadorias. O foco é a ética na publicidade e, neste campo, ela pode evitar excessos e corrigir desvios e deficiências constatadas nas campanhas publicitárias. Macroambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 41 LEGISLAÇÃO OBJETIVO Campanhas Promocionais no Brasil – Aspectos Legais Lei 5.768 (1971) Sobre a distribuição gratuita de prêmios, me- diante sorteio, vale-brinde ou concurso, a título de propaganda, estabelece normas de proteção à poupança popular, e dá outras providências. Nesses casos, deve haver aprovação do Ministé- rio da Fazenda, com exceção de concursos que distribuam prêmios apenas a título meramente cultural, recreativo ou educacional. E não podem ser dados como prêmio: medicamentos, armas e munições, explosivos, fogos de artifício ou estampido, bebidas alcoólicas, fumo e derivados, dinheiro, e outros produtos relacionados pelo Ministério da Fazenda. Fonte: adaptado de Kotler e Armstrong (2015 p. 90). Outra questão ligada ao ambiente político-legal é a instabilidade política, pois, em vários países, a cada quatro anos há eleição. Dependendo do partido eleito, as políticas podem sofrer alterações. O que você faria se o principal produto da sua empresa se tornasse proibido na cidade em que você atua? Isso foi o que aconteceu com as empresas de publicidade e propaganda que atuavam em São Paulo, pois uma lei proibiu a exposição de placas e outdoors. Segue exemplo de como as leis podem influenciar no mercado. Mudança na lei em SP pode afetar cadastro de devedores Serasa Experian, SPC Brasil e Boa Vista SCPC dizem que a lei pode ainda in- viabilizar os cadastros de inadimplentes e dificultar a concessão de crédito. Para saber mais acesse: <http://www1.folha.uol.com.br/merca do/2015/10/ 1692002-neo-mudanca-em-lei-em-sp-pode-afetar-cadastro-de-devedores. shtml>. Fonte: os autores. FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E42 AMBIENTE DEMOGRÁFICO Conforme Kotler e Armstrong (2007, p. 58), os profissionais de marketing devem estudar o ambiente demográfico, pois ele traz dados sobre pessoas que consti- tuem o mercado, com isso, a “demografia é o estudo da população humana em termos de tamanho, densidade, localização, idade, sexo, raça, ocupação e outros dados estatísticos”. Segundo Reichelt (2013), o ambiente demográfico envolve aspectos como: taxas de crescimento populacional, grau de instrução e todos os dados que pos- suem relação com o estudo da população. Urdan e Urdan (2010) acrescentam ainda a taxa de natalidade e a expectativa de vida da população. Podemos citar, como exemplo, o caso da Volkswagen, que de acordo com Kotler e Keller (2006), se retirou do mercado de massa e buscou o público jovem – disposta a gastar um pouco mais, utilizando uma campanha publicitária cha- mada “Procuram-se motoristas”. Com essa campanha, a empresa saltou de 50 mil carros em 1993 para 300 mil uma década mais tarde. Em seu anúncio na TV, fica claro o seu público-alvo: na estrada da vida, existem passageiros e motoristas. No Brasil, segundo dados do IBGE, a taxa de fecundidade3, o número de filhos por casal está diminuindo a cada ano, com isso, aumentaram os pacotes de turismo fechados para casal. Há também mais idosos no Brasil, assim a oferta de serviços está aumentando e conquistando cada vez mais esse público, como viagens para aposentados, cruzeiros, serviços especializados e com qualidade. 3 Em:<http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-povo/nupcialidade-e-fecundidade.html>. Acesso em:28 jun. 2016. Macroambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 43 AMBIENTE COMPETITIVO Atualmente, as empresas possuem concorrência para conquistar seus consumi- dores, e isso pode acontecer na cidade onde você mora, por exemplo: pense em farmácias, dependendo da cidade, a concorrência pode ser pouca, de apenas duas lojas ou até mesmo, ser uma concorrência acirrada, com várias lojas espa- lhadas por toda a cidade. Com isso, as empresas buscam vantagem competitiva, pois o mercado é dinâmico e precisamos saber o que oferecer a nossos clientes. Conforme Honorato (2004, p. 47), “a concorrência cria um cenário dinâmico, e o que uma empresa faz com seus produtos ou serviços influencia diretamente na empresa concorrente”. Segundo Urdan e Urdan (2010), no Brasil, o ambiente com- petitivo sofre grande influência do ambiente econômico junto com o ambiente competitivo a partir dos movimentos de abertura comercial e global. Na abertura comercial, o Brasil começou a abrir seu mercado para os países do exterior a partir do governo Sarney. Isso favoreceu a abertura da economia brasileira ao exterior, em que muitas empresas brasileiras fecharam devido à alta competitividade com produtos vindos de fora, mas fez com que os produtos de ponta chegassem a nossas casas. IBGE CidadesO IBGE Cidades é uma ferramenta para se obter informações sobre todos os municípios do Brasil num mesmo lugar. No link você encontrará gráficos, tabelas, históricos e mapas que traçam um perfil completo de cada uma das cidades brasileiras. Veja tabelas e gráficos com diversas informações sobre todas as cidades do país. Para acessar, selecione um estado ou faça a pesquisa pelo nome da cidade. Para realizar a pesquisa acesse o link disponível em: <http://www. cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php>. Fonte: os autores. FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E44 Na globalização, houve um aumento de produção e comercialização de pro- dutos (exportação e importação), entradas de empresas multinacionais, maior variedade de produtos à disposição, além de acordos comerciais como o Mercosul e os BRICS, mas também podemos pensar nas lojas virtuais, que fornecem inú- meros produtos, com variação de preço, qualidade e cores. Esses também são concorrentes, então, a competição é grande, seja com a lojinha da esquina que me conhece e sabe meu nome, ou pela internet, que oferece promoções e maior variedade de produtos. Com toda essa competitividade, temos o Modelo das Cinco Forças de Porter, que mostra as forças competitivas que influenciam a organização. Figura 8 - 5 Forças Competitivas de Porter Ameaça de novos concorrentes Poder de barganha dos fornecedores Poder de barganha dos compradores Ameaça de produtos e serviços substitutos Rivalidade entre concorrentes já existentes Fonte: adaptação de Honorato (2004, p. 49). Segue explicação de cada força, conforme escrito por Honorato (2004): ■ A ameaça de novos concorrentes: está ligada à entrada de novas empresas, ou seja, novos concorrentes, que trazem consigo o desejo de conquistar sua participação no mercado. ■ A ameaça de produtos e serviços substitutos: isso limita o preço que os líderes de mercado podem cobrar, pois os preços altos podem induzir os compradores a procurar um substituto. Exemplo: se o feijão carioca é o mais consumido no mercado X, mas o seu preço aumenta drasticamente, as pessoas irão substituir o feijão carioca pelo feijão preto. Macroambiente Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 45 ■ Poder de barganha dos compradores: os compradores querem sempre pagar o menor preço, com isso, podem forçar uma redução de preços, dependendo da sua estrutura. Um grande comprador consegue pagar um menor preço, enquanto um pequeno comprador pagará mais alto. ■ Poder de barganha dos fornecedores: os fornecedores, dependendo do mercado em que atuam, podem elevar significativamente os preços para influenciar a lucratividade deles. Há, no entanto, uma frequente procura por fornecedores dispostos a trabalhar em parceria para criar vantagem competitiva. ■ Rivalidade entre concorrentes já existentes: é a busca pela melhor posi- ção e obtenção de vantagens de uns sobre outros. Essa rivalidade pode se manifestar por meio de diferenciações, preços, entre outros. É importante que a empresa pesquise quais reflexos essas ações trarão, por exemplo: abaixar o preço dos produtos, sem reduzir os seus custos pode acarretar em prejuízo muito grande a empresa. Saber das variáveis/ambientes ajuda a entender os fatores que podem e irão influenciar a empresa, seja de pequeno/médio/grande porte, pois devemos nos adaptar às condições a que estamos expostos. Essas variáveis podem mudar de nomenclatura de autor para autor, mas alguns possuem o mesmo significado. Ocorre, também, que outros autores incluem outras variáveis, conforme o seu estudo sobre o macroambiente. Não há uma fórmula exata que deve ser utili- zada em todos os casos, mas devemos conhecer todas as variáveis existentes e perceber quais delas influenciam mais nossa empresa do que outras. A seguir, veremos um esquema das variáveis que estudamos no macroambiente e quais autores discutem sobre elas. Dessa forma, sabemos todas as variáveis existentes e que podem interferir na empresa. FUNDAMENTOS DE MARKETING Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E46 Figura 9- Participantes do macroambiente Microambiente Ambiente Interno Variáveis Controláveis Departamentos da Empresa RH Produção Finanças Comercial Marketing Microambiente Ambiente Externo Variáveis Incontroláveis Área Mercadológica Fornecedores Intermediários Clientes Concorrentes Públicos em Geral Macroambiente Ambiente Externo Variáveis Incontroláveis Ambientes Social Demográ�co Natural Tecnológico Econômico Político-Legal Competitivo Fonte: os autores. A empresa deve mudar conforme o mercado exige. As mudanças que acontecem em volta, mesmo que aconteça de forma devagar ou que exija uma rápida ação, é necessária, pois o mercado é competitivo e os clientes agem de forma nega- tiva para aquelas que não seguem o que está acontecendo. Fazer estudos sobre o mercado, como os consumidores estão agindo e o que estão procurando é uma forma de concorrer e continuar na ativa. E isso vale para empresas que estão em bairros pequenos ou mesmo na internet. Um exemplo que temos são as liquida- ções que acontecem todo começo do ano pelas empresas de loja de departamento, com ações rápidas, para retirar o estoque existente. Considerações Finais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 47 CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final da primeira unidade deste livro, nesta primeira parte, foi possível perceber o que é marketing, e como o seu conceito se aprimorou con- forme o tempo, indo de acordo com os fatos, acontecimentos e a sociedade. Isso indica como o ambiente em que vivemos muda, e isso pode acontecer de maneira rápida, assim como a evolução tecnológica dos celulares, ou de forma mais lenta, como nossas mudanças ao passar dos anos. Então, o marketing vem como ferramenta para facilitar o entendimento do mercado em que a empresa está localizada, pois apenas abrir uma empresa e não fazer estudos sobre onde você está posicionado pode trazer graves consequências. Saber que temos um ambiente que podemos mudar e que nos afeta mostra o importante papel da empresa, pois muitas pessoas ao nosso redor dependem disso, assim como também nós dependemos de outras pessoas. Sem funcioná- rios a empresa para. Por isso, vemos empresas que buscam o melhor para seus funcionários, como planos de saúde, planos odontológicos, cestas básicas, con- fraternizações, ações que tornam o trabalho mais prazeroso. O mundo moderno está exigindo esse tipo de ação, nem que seja uma simples sala de descanso. Também precisamos saber os fatores que afetam a empresa, e que apenas temos que nos adaptar, como a legislação, os regulamentos e, até mesmo, as cri- ses econômicas mundiais que podem nos afetar, seja direta ou indiretamente. Diante disso, como profissionais, temos que estar de olhos abertos e nos prepa- rarmos para o futuro. Fique a vontade para estudar mais sobre os assuntos ligados ao marketing e veja a leitura complementar sobre o ambiente competitivo e nossa indicação de filme. Tudo isso colabora para a sua aprendizagem e está relacionado com o que aprendemos nesta unidade. 48 1. As variáveis controláveis do microambiente são as que compõem a estrutura da empresa. Sendo assim, assinale a alternativa que corresponde a essa afir- mação. ( ) Nas variáveis controláveis, podem-seencontrar os departamentos de RH e Finanças, bem como os fornecedores e concorrentes. ( ) Nas variáveis controláveis, podem-se encontrar os clientes, bem como os concorrentes e o público em geral. ( ) Nas variáveis controláveis, podem-se encontrar os departamentos de marketing e o comercial. ( ) Nas variáveis controláveis, podem-se encontrar o departamento de produ- ção, bem como os intermediários. ( ) Nas variáveis controláveis, encontram-se os vários públicos que a empresa pode atender. 2. Assim como nas variáveis externas do Microambiente, as variáveis que estão presentes no Macroambiente são consideradas incontroláveis, ou seja, a empre- sa não tem como controlar o que vai acontecer no ambiente externo. Com base nessa afirmação, leia as asserções: I. O ambiente Social: é constituído pelas pessoas, por suas crenças, seus valores, comportamentos e características e, os profissionais de marketing utilizam os dados demográficos para analisar mercados, aprender sobre clientes e criar va- lor para eles. II. No ambiente econômico, verificam-se os ciclos de negócio, a renda do consumi- dor e os padrões de gastos. III. Algumas empresas podem utilizar estratégia de marketing para reduzir o consu- mo de seu próprio produto, esta ação é conhecida por demarketing. É correto o que se afirma em: ( ) I, apenas. ( ) II, apenas. ( ) I e II, apenas. ( ) II e III, apenas. ( ) I, II e III. 49 3. Analise as afirmações abaixo e considere V para verdadeiro e F para falso. Depois, assinale a alternativa que representa a sequência correta. ( ) Os Intermediários ajudam a empresa a promover e distribuir os produtos para os compradores finais. ( ) O Público em geral pode afetar diretamente a empresa oferecendo melho- res produtos ou com preços mais atrativos ( ) A relação do ambiente interno com o ambiente externo dentro do micro- ambiente é total, pois, de acordo com seus pontos fortes e fracos, a empresa fará sua interação. a. V, F, V. b. V, V, V. c. F, V, V. d. V, F, F. e. F, F, V. 4. Leia a seguinte notícia: A mais nova campanha protagonizada por um famoso jogador de futebol, para a rede de fast food de sucesso, foi vetada na Arábia Saudita. Isso aconteceu por- que as peças estavam instaladas nas ruas da cidade santa de Meca, considerado o local mais sagrado do mundo, epicentro da peregrinação muçulmana. Com base na notícia, marque V para verdadeiro e F para Falso sobre o que podemos concluir por meio do Macroambiente. ( ) Podemos entender que o ambiente tecnológico foi o que sofreu mais im- pacto, pois retirar um cartaz de uma grande rede, representa prejuízos à empresa. ( ) Podemos concluir que o ambiente social foi o mais afetado, pois possui re- lação com a cultura. É necessário que a empresa entenda que uma cidade com a religião forte poderia considerar a campanha uma ofensa, mesmo que essa não tenha sido a intenção. ( ) Podemos entender que o ambiente mais afetado foi o natural, pois com a campanha a cidade terá uma poluição visual muito forte. 50 5. Antes era normal ver a seguinte campanha: Fonte imagem 10: História …(on-line)3. Fonte: imagem 11: Morre…(on-line)4. Essas campanhas já foram considerados sinônimo de status, elegância e pres- tígio, mas isso mudou com o passar do tempo, e não vemos mais campanhas de tais produtos. Qual tipo de ambiente fez com que essas campanhas fossem proibidas? Este ambiente refere-se a quê? Qual o número da lei, em que ano foi publicado e qual o objetivo desta lei. 51 Gostaríamos de mostrar como alguns ambientes do macroambiente refletem nas orga- nizações mundiais. Às vezes, não fazemos alusão ao que estudamos, mas vale a pena refletirmos sobre o que as empresas criam e colocam no mercado. Conhecer mais sobre o ambiente mercadológico é ter uma visão ampla sobre as empresas e, também, sobre vendas e atingir nosso público. Veremos sobre o ambiente competitivo. Fonte: Audi…(on-line)5. Nos Estados Unidos, diferente do Brasil, quando falamos de concorrência, a disputa é acirrada, com algumas provocações e foi isso que aconteceu na guerra dos outdoors, protagonizado pela Audi e pela BMW. Na imagem, a Audi fez um outdoor (à esquerda), em que se escreve desafia, como no jogo de xadrez: “sua vez BMW”, como resposta a BMW coloca um outdoor bem maior e apenas escreve: “checkmate”. A briga, porém, não termina com dois outdoors, procure na internet por “Disputa em outdoor finalizada”. A competição entre empresas do mesmo segmento é natural, pois gera inovação nas organizações, o que beneficia os usuários. Exemplos iguais da Audi e BMW são corriquei- ros e chamam a atenção do público, mas alguns casos acabam em processos judiciais. vejamos cinco grandes casos de rivalidade entre empresas: 1 – Sony X Microsoft (Playstation versus XBOX) Batalha conhecida como “Guerra dos consoles” acontece desde 2001, quando a Micro- soft resolveu entrar no mercado de consoles, até então dominado pela Sony. Desde en- tão, as duas empresas lutam pela liderança e favoritismo do público gamer, trocando por diversas vezes alfinetadas e provocações. 52 2 – Apple X Samsung Rivalidade desde 2008, quando a Samsung provocou a rival com o slogan “Apple eater”, traduzindo seria “Comedor de maçã”. A Apple, por sua vez, acusou a empresa Coreana de quebrar patentes e copiar o design de seus produtos, o que gerou um dos maiores processos judiciais da história dos EUA. 3 – Coca-cola X Pepsi A desavença teve início no final da década de 70, quando a Pepsi começou a passar o “Desafio Pepsi”, no qual consumidores vendados experimentavam as bebidas e esco- lhiam o sabor da Pepsi. Muitos outros anúncios publicitários foram lançados, cada um com um tipo de provocação diferente. 4 – Energizer x Duracell Tiveram uma das disputas mais acirradas na década de 70, quando veicularam uma campanha de marketing bastante parecida, o que gerou um processo judicial sobre quem teria o direito de usar como mascote um coelho de pelúcia. Para ler mais sobre disputas publicitárias, acesse o link1. 1 Disponível em: <http://listonas.com.br/5-grandes-casos-de-rivalidade-entre-empresas/>. Material Complementar MATERIAL COMPLEMENTAR Marketing 3.0: as formas que estão defi nindo o novo marketing centrado no ser humano Philip Kotler, Hermawan Kastajaya, Iwan Setiawan Editora: Campus Sinopse: O novo modelo de marketing - Marketing 3.0 - trata os clientes não como meros clientes, mas como os seres complexos e multifacetados. Estes, por sua vez, estão escolhendo produtos e serviços que satisfaçam suas necessidades de participação, criatividade, comunidade e idealismo. Neste livro, Philip Kotler, o mais infl uente pensador da área de marketing de todos os tempos, mostra porque o futuro do marketing está em criar produtos, serviços e empresas que inspirem, incluam e refl itam os valores de seus consumidores-alvo. Ele também explica o futuro do marketing e porque a maioria de seus profi ssionais estão presos ao passado. Coco antes de Chanel Quando criança, Gabrielle (Audrey Tautou) é deixada, junto com a irmã Adrienne (Marie Gillain) em um orfanato. Ao crescer, ela divide seu tempo como cantora de cabaré e costureira, fazendo bainha nos fundos da alfaiataria de uma pequena cidade. Até que ela recebe o apoio de Étienne Balsan (Benoît Poelvoorde), que passa a ser seu protetor. Recusando-se a ser a esposa de alguém, até mesmo de seu amado Arthur Capel (Alessandro Nivola), ela revoluciona a moda ao passar a se vestir costumeiramente com as roupas de homem, abolindo os espartilhos e adereços exagerados típicos da época. Comentário: Ela mudou a cultura da época, em que mulheres usavam saias e espartilhos. Sofrendo com os olhares reprovadores da sociedade, mudar uma cultura, uma forma de agir
Compartilhar