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Adriel C. C. Campos SRIS Síndrome da Resposta Inflamatório Sistêmica Definição: É um conjunto de sinais e sintomas cuja reação inflamatória extrapola a homeostasia, como ocorre na pancreatite e queimaduras. Quando sua causa é de foco infeccioso, essa síndrome é chamada de sepse. Seu nível de mortalidade chega a 60%. Fisiopatologia: O insulto inicial estimula a liberação de citocinas que produzem uma resposta inflamatória sistêmica, culminando em redução da oferta tecidual de oxigênio e hipóxia celular seguida de disfunção orgânica, podendo levar a Síndrome de disfunção de múltiplos órgãos (SDMO). Entre os imunomediadores, as citocinas parecem ter o maior impacto no aparecimento da SRIS, em especial o TNF, IL-6 e a IL-1. O estímulo leva a liberação de linfócitos T helper 1 (Th1), que por sua vez libera TNF. A secreção de TNF induz a secreção de IL-1 e IL-6. Outro linfócito ativado é o Th2 que produzem as interleucinas 4, 5 e 10. Os Th2 tem a capacidade de promover a produção de linfócitos B, eosinófilos e mastócitos. O Th2 tem função de imunoregulador, com produção de IL-10 e IL-12. Manifestações Clínicas e Laboratoriais/ Diagnóstico: Os critérios diagnósticos da SRIS baseiam-se em dados clínicos e laboratoriais. Para confirmar a presença da síndrome são necessários 2 ou mais manifestações das seguintes: 1. Temperatura > 38º ou < 36º 2. FC >90 3. FR > 20 irpm ou PaCO2 < 32 mmhg 4. Leucócitos > 12.000/mm³ ou < 4.000 ou > 10% em forma imaturas Diagnóstico: Deve-se sempre diferenciar a SRIS da Sepse para definir a urgência da introdução do antibiótico. Para sua diferenciação é estudado marcadores como proteína C reativa e procalcitonina (PCT). A procalcitonina é precursora do hormônio calcitonina e está intimamente relacionado à homeostase do cálcio corpóreo. A procalcitonina possui maior especificidade e sensibilidade que outros biomarcadores, como a proteína C reativa. A dosagem de IL-6 e IL-8 é meramente para avaliação da gravidade. O TREM-1 é um receptor de superfície presente nos neutrófilos. Possui uma sensibilidade de 96% e especificidade de 89% para discriminar a Sepse da SRIS. Tratamento: O manejo do paciente se baseia em: 1. Diagnóstico precoce 2. Interrupção do insulto 3. Medidas de suporte Adriel C. C. Campos Referência Paciente Crítico - Diagnóstico e Tratamento - 2ª Ed. 2012
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