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SISTEMA CARDIOVASCULAR

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SISTEMA CARDIOVASCULAR
Professor Doutor Cristionor Argemiro de Souza Kzam
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 i. Sistema circulatório
1. Especialidade Médica
 - Angiologia 
2. Formação 
 a) Sistema cardiovascular
 b) Sistema Linfático
3. Funcionam paralelamente no transporte de líquidos corporais para todo o organismo.
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 2. Sistema cardiovascular
1. Especialidade Médica 
 - Cardiologia 
2. Formação
 a) Coração ( bomba propulsora) 
 b) Vasos sanguíneos - tipos:
 - Artérias Arteríolas ( vasos de distribuição final que levam sangue oxigenado para os capilares) 
 - Capilares Foram um Leito Capilar( ocorre trocas de oxigênio, nutrientes, resíduos e outras substâncias com o líquido extracelular ) continuam –se com as Vênulas. 
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 - Veias – Vênulas ( apresentam paredes finas, semelhantes a capilares largos ) – drenam para Pequenas Veias – Veias Maiores ( VCS e VCI) que reconduzem o sangue pouco oxigenado- rico em CO² - para o coração – AD) 
3. Funcionam impulsionando e conduzindo o sangue através do corpo, fornecendo O² nutrientes e hormônios para as células, e removendo seus resíduos .
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Sistema cardiovascular
I. INTRODUÇÃO 
a) A distribuição do sangue circulante por “todas as partes do corpo” é feita por uma estrutura de vasos formados pelo:
1 – Coração; ( bomba propulsora) 
2 – Artérias; ( A. ou Aa.) 
3 – Arteríolas;
4 – Capilares;
5 – Vênulas;
6 – Veias. ( V. Vv) 
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b) Circulação do Sangue 
 - É a passagem do sangue através do coração e dos vasos sanguíneos .
 II. TIPOS DE CIRCULAÇÃO 
a)Circulação pulmonar ou pequena circulação (é uma circulação CORAÇÃO > PULMÃO > CORAÇÃO )
b) Circulação sistêmica ou grande circulação ( é uma circulação CORACÃO > TECIDOS> CORAÇÃO .
c) Circulação portal ( rede capilar no INTESTINO > VEIA PORTA> CAPILARES SINUSOIDES DO FIGADO) 
d) Circulação colateral ( presença, normalmente , de ANASTOMOSES – comunicação entre RAMOS DE ARTERIAS e de VEIAS, entre si.)
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A. CIRCULAÇÃO PULMONAR
É uma circulação coração-pulmão-coração ou pequena circulação.
Início no VD TP bifurcação em APD e 
E conduzem sangue venoso – desoxigenado aos pulmões Arteríolas rede de capilares nos alvéolos pulmonares retorno pelas VPDS e I e VPES e I coração AE
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B. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA
É uma circulação coração – tecidos – coração ou grande circulação.
Início no VE Artéria aorta (posterior ao tronco pulmonar) conduz sangue arterial–oxigenado a todo organismo Arteríolas rede de capilares nos tecidos retorno ao coração pelos VCS e I AD
Constitui o Sistema de Retorno (SR)
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 C. CIRCULAÇÃO PORTAL 
- Nela uma veia interpõe- se entre duas redes de capilares, sem passar por um órgão intermediário.
- A presente estrutura ocorre na circulação:
 a)Portal – Hepática 
 b)Portal na Hipófise
 CIRCULAÇÃO PORTAL HEPÁTICA :
 a) Provida de uma rede capilares no intestino ( ocorre a absorção dos alimentos) e,
b) Outra rede de capilares SINUSOIDES no FIGADO ( ocorre complexos processos metabólicos )
A VEIA PORTA fica, portanto, interposta entre as duas redes capilares .
 
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 d. Circulação colateral 
- A existência de ANASTOMOSES, pode ser em maior ou menor número, dependendo da região do corpo.
- Em condições normais inexiste muita passagem de sangue através destas comunicações :
 - caso haja obstrução ( parcial ou total ) de um “ Vaso mais calibroso “ que participe da rede anastomótica, o sangue passa à circular ativamente por estas variantes, formando uma efetiva “ circulação colateral “
- Provavelmente ela se estabelece :
 - a partir de capilares >
 - pela aposição de tecidos às suas paredes>
 - convertendo-se em artéria ou veia .
- Conclui –se que ela é: 
 - mecanismo de defesa do organismo para IRRIGAR OU DRENAR determinado território , quando há OBSTRUÇÃO de artérias ou veias de relativo calibre.
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III. FUNÇÕES BÁSICAS
 1. Levar material nutritivo e O2 às células;
 a)Sangue circulante transporta nutrientes que foi absorvido pela digestão dos alimentos às células de todas as partes do organismo;
 b)O O2 que é incorporado ao sangue, quando este circula pelos pulmões, será levado a todas as células;
2. Além desta função primordial, o sangue circulante transporta também os produtos residuais do metabolismo celular, desde os locais onde foram produzidos até os órgãos encarregados de os eliminar.
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3. Outra função é a presença de células especializadas na defesa orgânica contra substâncias estranhas e micro-organismos.
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IV. CORAÇÃO 
Funciona como bomba contrátil – propulsora 
1. Definição
Órgão oco;
Muscular, com tecido:
 -Especial
 -M. Estriado Cardíaco.
 -Miocárdio
2. Forma
 -Aproximado de cone truncado;
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3. Tamanho
12 cm de comprimento;
9 cm de largura;
6 cm de espessura.
4. Massa
300 g. nos homens
250 g. nas mulheres
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5. Localização
Mediastino médio (parte caudal);
Apoiado no diafragma;
Entre as pleuras e pulmões;
Próximo à linha média da cavidade torácica;
Se estende do esterno à coluna vertebral;
2/3 de sua massa ficam à esquerda da linha média do corpo.
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*Mediastino
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 * Mediastino
Espaço entre as pleuras/pulmões;
Divisão para fins didáticos:
 - Parte cranial (mediastino superior);
 - Parte caudal (mediastino inferior) – se subdivide em:
 - Anterior: timo
 - Médio: coração/pericárdio
 - Inferior: esôfago, aorta torácica
Divisão acima baseada em um plano que se estende do ângulo esternal até a borda caudal da 4ª vértebra torácica.
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6. Limites
Superior anterior: abaixo do esterno e costelas.
Superior posterior: traqueia, esôfago e aorta descendente.
Superfície superior: grandes vasos.
Superfície inferior: é a maior parte que repousa no diafragma, correspondendo à região entre o ápice e a borda D.
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7. Revestimento
Pericárdio
- Membrana dupla que reveste e protege o coração;
- Pode ser dividida em pericárdio:
 a) Fibroso:
superficial;
tecido denso, resistente e inelástico;
repousa sobre o diafragma.
 b)Seroso:
mais profundo;
tecido fino e delicado;
Possui duas camadas: parietal (ligada ao pericárdio fibroso) e visceral ou epicárdio (ligada à parede do coração).
Entre as lâminas parietal e visceral há a cavidade pericárdica que possui um líquido que lubrifica e umedece as lâminas.
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8. Camadas da parede
 a)Epicárdio
Camada externa;
Pericárdio seroso visceral.
 b)Miocárdio
Camada média;
Espessa;
M. estriado cardíaco.
 c)Endocárdio
Camada interna;
Fina;
Recobre o coração e suas valvas;
Superfície lisa. Permite que o sangue corra facilmente.
Endotélio contínuo com a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do coração.
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9. Anatomia externa
 a)Ápice
Extremidade pontuda(ponta do coração);
Voltada para frente, para baixo e para a E. (infero-lateral do VE);
Situa-se posterior ao 5º espaço inter-cpstal E.
 b)Base
 Parte mais larga;
Voltada para trás, para cima e para a D;
Formada pelos AE maior que o AD;
Posterior a T6 – T9;
Recebe as V. P. nos lados D e E de sua porção atrial E e as V.C.S. e V.C.I no AD;
Sem delimitação nítida (virtude presença de vasos)
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9. Anatomia externa
 c) Faces
 Esternocostal;
 -Anterior;
 -V.D.
 Diafragmática
 -Inferior;
 -Repousa no diafragma – relacionado ao centro tendíneo do diafragma;
 -VE + VD.
 Pulmonar D
 -AD.
 Pulmonar ou esquerda
 -VE;
 -Forma a impressão cardíaca na face medial do pulmão E.
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 d)Margens
 -Direita
 AD entre VCS e VCI;
 - Inferior
 VD - VE.
 - Esquerda
 VE - aurícula E.
 - Superior
 AD + AE em vista anterior;
 Artéria aorta ascendente;
 Tronco pulmonar.
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10. Morfologia
interna
A cavidade cardíaca, estando aberto o coração apresenta
 1. SEPTOS: subdividem o coração em 4 câmaras: 
 1.1 SEPTO ÁTRIO-VENTRICULAR - horizontal
 -Divide o coração em duas porções:
 a) superior
 b) inferior
a - A porção superior apresenta um septo sagital – SEPTO INTER-ATRIAL.
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1.2 SEPTO INTER-ATRIAL
 a)Divide a porção superior em 2 câmaras
 - A.D. e A.E.
Cada A possui um apêndice = aurícula (Au):
 Câmaras adicionais – aumentam a capacidade das A;
 Assemelham-se à orelha de animal;
 L – auris = orelha.
 Externa
 Amortecem a pressão do sangue que chega.
 -A porção inferior apresenta também um septo sagital – SEPTO INTER-VENTRICULAR.
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1.3. SEPTO INTER-VENTRICULAR
Divide a porção inferior em 2 câmaras
V.D. e V.E.
1.4. SEPTO ATRIO-VENTRICULAR 
Possui dois orifícios, um D e outro E – ÓSTIOS A – V (D e E).
Possibilitam a comunicação do AD com o VD e do AE com o VE.
Possuem dispositivos que permitem a passagem de sangue somente do A para o V – VALVAS ATRIO-VENTRICULARES (D e E).
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2. VALVA
Formada por uma lâmina de tecido conjuntivo denso, recoberta em ambas as faces pelo ENDOCÁRDIO.
A lâmina é:
 - Descontínua;
 -Apresenta subdivisões incompletas = VALVAS.
2.1 VALVA ÁTRIO-VENTRICULAR D
Possui 3 válvulas ou CÚSPIDES.
Denominada TRICÚSPIDE:
 -Anterior;
 -Posterior;
 -Septal.
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2.2VALVA ÁTRIO-VENTRICULAR E
Possui 2 válvulas ou CÚSPIDES.
Denominada BICÚSPIDE:
 -Anterior;
 -Posterior;
Na SÍSTOLE V a tensão nesta câmara aumenta consideravelmente, o que poderia provocar a eversão da valva para o A e, consequentemente, refluxo de sangue para esta câmara
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O refluxo não ocorre em virtude da presença de:
A) CORDAS TENDÍNEAS
 - Conectadas com as margens das VALVAS AV e com os mm. pectíneos.
 - Mantém retesadas as VALVAS das VÁLVULAS durante a sístole V – evita o refluxo.
 B) MM. PECTÍNEOS
 - Projeções musculares (miocárdio) cônicas ou arredondadas da parede ventricular que se conectam com as CORDAS TENDÍNEAS.
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Átrios e ventrículos
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11. ESQUELETO CARDIACO E MIOCÁRDIO
 1. ESQUELETO CARDÍACO 
 a) consiste de tecido fibroso ou fibrocartilaginoso ( circundam os ostíos AV e semilunares )
 b) dá inserção às VALVAS E CAMADAS MUSCULARES.
 c) é continuada pelas:
 - raízes da aorta e tronco pulmonar
 - parte membranácea do septo IV
 2. MIOCÁRDIO.
 a) as fibras musculares dispõe-se: 
 - camadas 
 - feixes musculares complexos 
 b) as musculaturas AV são separadas .
 c) o sistema de condução é a sua única conexão muscular 
 
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12. ATRIO DIREITO (AD)
Forma a borda D do coração;
Recebe sangue venoso desoxigenado (rico em CO2) das veias cavas superior/inferior (VCS / I) e dos seio venoso;
Maior que o E;
Parede mais delgada que o E.
Consiste de duas partes:
 1 – Cavidade principal ou seio das VC;
 2 – Expansão cavitária ou Au D
1 – SEIO DAS V.C.
Parte da cavidade entre a VCS / I e o óstio atrioventricular (óstio AV);
Suas paredes fundem-se com as 02 VC;
Formado pela incorporação do seio venoso embriológico durante o desenvolvimento;
Superfície interna bastante lisa.
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2 - Au. D
Pequena projeção ou bolsa muscular cônica que fica no AD;
- forma semelhante à “orelha de cão” : AURIS = orelha;
Entre a VCS e o VD;
Câmara adicional que aumenta a capacidade do átrio;
Se superpõe à parte ascendente da aorta.
2.1 Sulco terminal
- Sulco na face externa do AD;
- Junção do AD e seio venoso.
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2.2 Crista terminal
- Crista na face interna do AD;
- Corresponde ao sulco terminal.
2.3 M. M. pectíneos
- Feixes musculares salientes em distintas cristas paralelas com aspecto de dentes de um pente;
- Parede arterial do AD:
 -Rugosa
 -Muscular - m.m. pectíneos
 -M.M. pectíenos + Au D
 - Parede posterior do AD
 -Lisa
 -Fina
 
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O interior do AD apresenta, ao exame, apresenta as seguintes aberturas e partes:
1. VCS
 Abre-se na parte cranial do seio venoso ou do AD, ao nível da 3ª cartilagem costal D:
 Óstio da VCS – permite que o sangue penetre no AD e seja encaminhado em direção do óstio atrioventricular.
 Drena sangue da metade cranial do corpo (Cabeça e MMSS).
2. VCI
 Abre-se na párte caudal do seio venoso ou do AD, ao nível da 5ª cartilagem costal D:
 Óstio da VC é maior que o da VCS.
Possui uma válvula rudimentar (prega de revestimento membranáceo do AD, contendo algumas fibras musculares.
Drena sangue da metade caudal do corpo (abdome e MMII).
 
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3. Seio coronário
 Abre-se no AD.
Drena sangue da parede do coração.
Possui uma válvula em seu óstio.
4. Válvula do seio coronário
É uma simples dobra semicircular da membrana de revestimento do AD.
Pode ser cubiforme ou dupla.
5. Forames venosos mínimos
Aberturas de pequenas veias.
Despejam sangue no interior da cavidade atrial.
Óstio AVD é a grande abertura de comunicação entre A e VD.
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6. Septo interatrial (septo IA)
Forma a parede dorsal do AD.
Apresenta:
 - Fossa oval: depressão oval na parede septal correspondente ao forame oval do coração fetal.
 -Limbo da fossa oval: é a margem oval proeminente do orifício que persiste no adulto.
 * Em 20 a 25% dos corações persiste uma abertura em fenda do septo IA: se comunica com o AE.
 - Raramente apresentam importância funcional.
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13. ATRIO ESQUERDO (AE)
Recebe sangue oxigenado ( O2) das 4 VP;
Menor que o D;
Parede mais espessa;
Constitui a maior parte da base e da parte dorsal do coração;
A separação do Ad não é identificada na superfície dorsal;
A aorta e o troncopulmonar situam-se ente o AD e o AE;
Consiste de 02 partes:
 1- Cavidade principal;
 2- Au E.
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ATRIO ESQUERDO (AE)
2. Au E
É um pouco estreitada em sua junção com a cavidade principal.
Mais larga, estreita e curva que a Au E.
Interior marcado pelas cristas musculares dos mm. pectíneos.
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VENTRÍCULO D (VD)
1. Ocupa:
- A maior parte da face esternocostal (ventral);
- Parte da face diafragmática;
- Quase toda margem inferior.
2. Como a PA é menor na circulação pulmonar o VD trabalha menos que o VE.
3. Limites
- D – sulco coronário;
- E – sulco longitudinal anterior;
- Superior – parte em que o cone arterial alcança o TP;
-Inferior – parede da margem aguda do coração que se estende por certa distância na superfície diafragmática.
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VENTRÍCULO D (VD)
4. Espessura
1/3 do VE;
Mais espessa na base;
Menos espessa no ápice.
5. Capacidade
85 ml;
A mesma do VE.
6. Apresenta as seguintes partes e orifícios:
Interior com 2 aberturas
a – Óstio AVD
 - Guarnecido pela valva tricúspide ou AVD;
 - Orifício de 4 cm de diâmetro;
 - Cercado por forte anel fibroso.
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b. Óstio do TP
 - Guarnecido pela valva semilunar do TP;
 - Situado próximo ao septo AV.
7. Valva AVD (Tricúspide)
Circunda o óstio AVD;
Se projeta no interior do V sob a forma de 3 cúspides (válvulas / lacínias).
a – Cúspide ventral ou infundibular
 - Presa à parede ventral na região do CONE ARTERIAL;
 - É a maior.
b – Cúspide dorsal ou marginal
 - Prende-se à partes do V que se encurva da superfície esterno costal até a diafragmática, formando a margem aguda do coração.
 - É a menor.
c- Cúspide Medial (Septal) 
 - É presa parede septal do VD
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As cúspides valvares são mantidas em seu lugar por: 
 a) cordas tendineas 
 b) mm papilares
 - essas estruturas servem para resistir à pressão em sentido contrario e
evitar o refluxo de sangue para o A.
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8. Valva semilunar do TP
Constituída de 3 válvulas semilunares:
 - Revestidas por endocárdio;
 - Reforçada por tecido fibroso.
Atrás de cada válvula há uma bolsa chamada seio.
O ponto através do qual 2 cúspides adjacentes se unem é chamada de comissura.
Cada cúspide tem um módulo espessado corpo de Arânzio:
 -Localizado no centro da margem livre.
Há uma faixa espessa, curva em arco, com convexidade dirigida para a parede do vaso, desde o nódulo até a comissura – a parte da valva entre estes arcos é a margem livre, é delgada ou mesmo fenestrada e pela configuração em crescente é chamada LÚNULA.
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9. Cordas tendíneas
Fibrosas;
Delicadas porém fortes;
Fixam-se nos ápices , margens livres e superfícies ventriculares das válvulas;
Estão presas à parede muscular;
Têm origem no ápice dos mm. papilares;
Número aproximado de 20;
Tamanho e espessura diferentes.
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10. M. M. Papilares
Projeções cônicas ou arredondadas de mm. em cujos ápices se inserem as cordas tendíneas;
Tamanho e número variáveis;
3 principais no VD que correspondem as 3 válvulas AVD.
A) m. papilar anterior:
 - Maior;
 - Origina-se na parede ventral do VD;
 - Suas cordas tendíneas prendem-se às cúspides (válvulas) anterior e posterior (V.A. e V.P.);
 - Geralmente faz parte do feixe moderador;
B) m. papilar posterior
 - Menor;
 - Origina-se na parede inferior do VD;
 - Suas cordas tendíneas prendem-se às válvulas posterior e septal (V.P. e V.S.).
C) m. papilar septal
 - Pequeno m.;
 - Origina-se no septo IV;
 - Suas cordas tendíneas prendem-se às válvulas anterior e septal (V.A. e V.S.).
 
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11. Trabéculas cárneas
São feixes e faixas irregulares de m. que se salientam na superfície interna do V., exceto no cone arterial;
São de três tipos
A) Cristas ao longo da parede;
B) Cristas que se projetam na luz por pequenas distâncias (recobertas de endocárdio).
C) formam estruturas especiais chamadas m.m. papilares.
12. Feixe moderador
Espesso feixe muscular situado na parte central ou apical do VD. (quando presente).
13 . Cone arterial
Superfície bastante lisa;
Limite marcado por uma orla de tecido muscular chamada de crista supraventricular.
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Ventrículo esquerdo (ve)
1. Ocupa
Ápice do coração;
Quase toda face E (pulmonar) e margem E;
Maior parte da face diafragmática.
2. Como a PA é maior na circulação sistêmica o VE trabalha mais que o VD.
3. Apresenta as seguintes partes e orifícios:
A ponta, que forma o ápice;
Cavidade cônica mais larga (oval);
Mesma capacidade;
Paredes 2 a 3 vezes mais espessa;
Interior com duas aberturas:
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Ventrículo esquerdo (ve)
Óstio AVE
Guarnecido pela valva mitral ou bicúspide (AVE);
Circundado por denso anel fibroso ;
Pouco menor que o D.
b) Óstio da aorta
Guarnecida pela valva aórtica;
Abertura circular;
Parte de saída supero-anterior, não muscular, de parede lisa = vestíbulo da aorta – parte do V. adjacente ao óstio com paredes fibrosas e não musculares.
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Ventrículo esquerdo (ve)
c) Valva mitral AVE (mitral ou bicúspide)
Circunda o óstio AVE;
Estende-se para o interior do VE, em 2 cúspides ou válvulas, de forma e tamanhos diferentes.
1. Maior;
Colocada ventralmente e a D;
Adjacente ao óstio da aorta;
Chamada de cúspide ventral, anterior ou aórtica.
2. Menor
Chamada de cúspide dorsal ou posterior.
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Ventrículo esquerdo (ve)
5. Valva aórtica
Constituída de 3 válvulas semilunares;
Semelhante à valva pulmonar;
Mais espessa e mais forte;
Maior que a valva pulmonar;
Chamadas válvulas:
 - Adjacente D;
 - Adjacente E;
 - Oposta.
6. Lúnula
Mais distinta
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Ventrículo esquerdo (ve)
7. Seios aórticos (valsalva)
São bolsas dilatadas entre as válvulas e a parede da aorta;
As a.a. coronárias têm origem em 2 destes seios:
 a) ACD – seio da aorta D, da parte ascendente;
 b) ACE – seio da aorta E, da parte ascendente.
8. Trabéculas córneas
Semelhantes às do VD;
Mais numerosas;
Dispostas mais dorsalmente sobretudo no ápice e parede dorsal.
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Ventrículo esquerdo (ve)
9. m. m. papilares
Há 2:
A) Anterior ou ventral: inserido na parede ventral;
B) Posterior ou dorsal: inserido na parede dorsal;
Ambas de grande tamanho;
Maiores que aqueles do VD;
Terminam onde as cordas tendíneas se inserem.
 - As cordas das m.m. papilares distinguem-se para ambas as cúspides da valva.
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Ventrículo esquerdo (ve)
10. Septo IV
Posição oblíqua;
Completa o oval do espesso VE;
Invade a cavidade do VD;
Margens correspondem aos sulcos IV (anterior e posterior).
Apresenta
Septo IV muscular – parte maior, mais espessa e muscular;
Septo IV membranáceo – parte cranial adjacente ao septo atrial, mais delgada e fibrosa.
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Ventrículo esquerdo (ve)
11. Comunicação IV
Lugar de eleição para malformação cardíaca conhecida pelo nome acima;
Septo IV membranáceo que é a última parte do septo a fechar durante o desenvolvimento embrionário, daí a presença da lesão.
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COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO
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COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO
Conhecido também como sistema de condução;
É o conjunto das seguintes estruturas:
Nó SA (localizado no AD – superior);
Nó AV (localizado no AD – inferior);
Fascículo AV (feixe de His), com seus ramos D e E;
Ramos subendocardíacos (fibra de Purkinje).
A retirada do coração de animais recentemente abatidos mostra a presença do AUTOMATISMO CARDÍACO.
- Coração permanece contraindo ritmicamente durante algum tempo;
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COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO
Controle da atividade cardíaca é feito através da inervação.
A) Extrínseca:
SNAS (Estimulando – cardio-acelerador);
SNAP – NCX – vago (inibindo – cardio-inibidor);
B) Intrínseca = células antiarrítimicas.
RESUMO: No AS(crista terminal na função da VCS com AD) – Nó AV (próximo ao óstio do seio coronário na parede septal do AD) – Fascículo AV – D.
- Simpático e vago agem sobre uma formação chamada Nó SA. 
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COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO
Nó SA
Localização:
Antero-lateralmente, abaixo do epicárdio, na função da VCS com o AD (parede do AD);
Inicia os impulsos para as contrações cardíacas;
Grupo de células musculares cardíacas;
Marca-passo cardíaco;
Fornece impulso de aproximadamente 70 vezes por minuto;
Ritmicamente o impulso espalha-se pelo miocárdio resultando em contração.
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COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO
Nó AV
Localização:
Região postero-inferior do SAI, perto da abertura do seio coronário (lado D do SAI);
Impulso se propaga aos VD e VE através do fascículo AV.
Fascículo AV (Feixe de HIS)
Localização:
Atravessa o Nó AV e segue para parte membranácea do SIV;
Única comunicação do Sistema de Condução entre os A e os V – ponte entre MIOCÁRDIO ATRIAL e VENTRICULAR.
Divide-se em RAMOS D e E na função das partes membranácea e muscular do SIV;
Os ramos seguem de cada lado do SIV, profundamente ao endocárdio – dividem-se em RAMOS SUBENDOCÁRDICOS. 
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COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO
Ramos subendocárdicos (Fibras de Purkinje)
Se estendem até as paredes dos respectivos V – mm. papilares e paredes dos V.
Doença de Chagas
Lesões atrapalham a transmissão do estímulo e consequentemente alteram o RITMO e o TRABALHO do coração. Ex.
MIOCÁRDIO CHAGÁSICA
- Lesão ocorre no FASCÍCULO AV ou nos RAMOS.
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AORTA
Pcp. tronco das aa. Sistêmicas;
Emergência:
- Óstio aórtico do VE.
Diâmetro
2-3 cm
Porções
Aorta ascendente
Arco aórtico
Aorta descendente:
Porção torácica
Porção abdominal
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AORTA ASCENDENTE
RAMOS
ACD
ACE
ACD
Origem: 
Seio aórtico adjacente E ou;
Seio aórtico anterior D (de valsalva).
Ramos
Interventricular D ou posterior (r. interventricular posterior – origem em 67% da ACD – da r. para VD e VE).
R. Marginal ou marginal maior (irriga a superfície ventral e dorsal do VD).
R. do Nó SA (origem em 60% da ACD).
R. do Nó aurículo ventricular.
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ACE 
Origem
Seio aórtico adjacente E ou;
Seio aórtico posterior
E (de Valsalva);
Ramos
Interventricular E ou anterior (r. interventricular anterior ou r. descendente anterior E – fornece r. para VD e VE).
R. marginal E.
A. interventricular D ou posterior (variante com origem em 33% da ACE)
R. do Nó SA (origem em 40% do r. circunflexo)
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Variações
A. coronária única
A.a. coronárias (D e E) podem raramente, originar-se do a. pulmonar.
R. Descendente da ACE com origem na a. pulmonar E (irriga o VE).
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AORTA ASCENDENTE
B1) AIVE ou anterior;
B2) r. circunflexo;
B3) R. marginal E.
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VEIAS DO CORAÇÃO
São tributárias do seio coronário.
SEIO CORONÁRIO
Amplo conduto venoso de cerca de 2,25 cm de comprimento;
Situado na parte posterior do sulco coronário;
Termina no átrio D, próximo à abertura V.C. Inferior;
Óstio guarnecido por uma válvula semilunar incompleta (válvula do seio coronário);
Tributários:
Veia cardíaca magna – começa no ápice do coração;
Veia cardíaca parva – cone no sulco coronário entre o AD e o VD;
Veia posterior do VE – corre na face diafragmática do VE;
Veia cardíaca média – começa no ápice do coração, ascende no sulco interventricular posterior (veia interventricular posterior).
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MALFORMAÇÃO CONGÊNITA
Complexo de transposição
Anormalidades no crescimento do septo e dos coxins endocárdicos (responsáveis pela divisão do tronco da aorta e do tronco pulmonar);
Deslocamento dos troncos arteriais de suas origens peculiares;
Segundo o grau de deslocamento são designadas como:
A) Cavalgamento (um dos troncos arteriais cavalga o septo ventricular com o defeito).
B) Transposição parcial (ambos troncos arteriais originam-se do mesmo V).
C) Transposição completa (Aorta se origina do VD. Tronco pulmonar se origina do VE).
Essas anomalias podem ocorrer em grupos ou em complexos.
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MALFORMAÇÃO CONGÊNITA
Tetralogia de Fallot
Um dos complexos mais conhecidos;
Combinação das seguintes anomalias:
A) Cavalgamento da aorta;
B) Defeito no septo ventricular;
C) Esternose pulmonar;
D) VD hipertrofiado.
Complexo de Eisenmenger
Semelhante à tetralogia de Fallot;
Combinação das seguintes anomalias:
Cavalgamento da aorta;
 Hipoplasia da aorta;
Defeito septal
VC hipertrofiado
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MALFORMAÇÃO CONGÊNITA
Estas e outras malformações congênitas do coração o sangue enviado para as a.a.sistêmicas é pobremente oxigenado – há predominância de sangue venoso – cianose – conhecida como DOENÇA AZUL. 
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