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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS Trabalho Integrado de Ciências Contábeis SÃO PAULO – SP 2016 Alexandre Carvalho RA: C1993D-5 Emerson de Jesus Batista de Lima RA: C20FAA-6 Gilson Carvalho RA: C20GFA-9 Isabella Souza da Silva RA: C11622-0 Jacqueline Oliveira Marques RA: C101JE-0 Lucas Luque RA: C25112-7 GAJEL ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 5º SEMESTRE APS APS - Atividades Práticas Supervisionadas, apresentado como exigência para a avaliação do segundo bimestre, em disciplinas do 5º semestre, do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista, sob orientação dos professores do semestre. SÃO PAULO 2016 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 1 2- DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS........................................................................................................................... 2 2.2 – Tipos De Demonstrações ............................................................................................................................ 3 2.2.1 - Demonstrações Contábeis Individuais ................................................................................................. 3 2.2.2 - Demonstrações Contábeis Consolidadas ............................................................................................. 4 2.2.3 - Demonstrações Contábeis Separadas .................................................................................................. 4 2.2.4 - Demonstrações Contábeis Combinadas ............................................................................................... 5 2.2.5 - Demonstrações Contábeis Intermediárias ........................................................................................... 5 3 - DEMONSTRAÇÕES DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) ........................................................... 6 3.1 - Conceito....................................................................................................................................................... 6 3.2 - Obrigatoriedade .......................................................................................................................................... 7 3.3 - Estrutura ...................................................................................................................................................... 7 3.4 Substituição Pela Demonstração Das Mutações Do Patrimônio Líquido .................................................. 8 4 - DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................................................ 8 4.1 - Conceito....................................................................................................................................................... 8 4.2 - Objetivos...................................................................................................................................................... 9 4.3 - Causas ........................................................................................................................................................ 10 4.4 - Como Montar A Demonstração Das Mutações Patrimoniais .................................................................... 11 5 – DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA (DFC) ................................................................................................ 12 5.1 – Conceito .................................................................................................................................................... 12 5.2 - Obrigatoriedade ........................................................................................................................................ 12 5.3 - Estrutura .................................................................................................................................................... 12 5.4 – Métodos Utilizados ................................................................................................................................... 13 5.4.1 – Método Indireto ................................................................................................................................ 13 5.4.2 – MÉTODO DIRETO ............................................................................................................................... 14 5.5 – Exigência ................................................................................................................................................... 14 5.6 – Objetivo .................................................................................................................................................... 14 6 - RESERVAS ......................................................................................................................................................... 15 6.1 – Reservas De Lucro ..................................................................................................................................... 15 6.2 - Classificação............................................................................................................................................... 16 6.2.1 – Diferença Entre Reservas E Provisões ................................................................................................ 17 6.3 – Tipos De Reservas ..................................................................................................................................... 17 6.3.1 – Reserva Legal ..................................................................................................................................... 17 6.3.2 – Reserva Estatutária ....................................................................................................................... 18 6.3.3 – Reserva Para Contingência ................................................................................................................ 18 6.3.4 – Reserva De Lucros A Realizar ............................................................................................................. 19 6.3.5 – Reserva De Lucros Para Expansão ..................................................................................................... 19 6.4 - Reserva De Capital ..................................................................................................................................... 20 6.4.1 - Destinação Das Reservas De Capital ................................................................................................... 20 6.4.2 - Reserva De Reavaliação ...................................................................................................................... 21 7 – ESTUDO DE CASO: ............................................................................................................................................ 21 7.2 - Destinações Dos Lucros ............................................................................................................................. 25 7.2.1 – Distribuição De Dividendos ................................................................................................................ 25 7.2.2 – Constituição De Reservas: .................................................................................................................25 7.3 - Contabilizações Do Período ....................................................................................................................... 27 7.4 – Elaborações Das Demonstrações Contábeis ............................................................................................. 32 7.4.1 – Elaboração Da Dlpa ............................................................................................................................ 32 7.4.2 – Elaboração Da Dmpl .......................................................................................................................... 33 7.4.3 – Elaboração Da DFC ............................................................................................................................. 33 8 - CONCLUSÃO ..................................................................................................................................................... 38 9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................................................... 39 1 1- INTRODUÇÃO O presente trabalho se refere à disciplina de Estrutura das Demonstrações Contábeis e nele serão apresentadas contabilizações das atividades operacionais da empresa fictícia Gajel. Após o encerramento do Exercício serão elaboradas as Demonstrações Contábeis, a saber: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. 2 2- DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS 2.1 - Conceito Desde o final de 2007 a contabilidade tem passado por vultosas alterações devidas À padronização dos demonstrativos contábeis ao padrão internacional e é aqui mesmo já se iniciam as dúvidas relacionadas às novas normas. O CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, através de diversos pronunciamentos veio definir a base para a apresentação das demonstrações contábeis s e também assegurar a comparabilidade tanto com as demonstrações contábeis de períodos anteriores da mesma entidade quanto com as demonstrações contábeis s de outras entidades. A dúvida de inúmeros contabilistas agora está nas diversas nomenclaturas dadas aos informes contábeis que precisam ser elaborados e de fato elas são fundadas, já que temos títulos diferentes para demonstrativos específicos e que devem ser elaborados em consonância com a nova tratativa contábil. O item 10 do CPC26, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade na Resolução CFC 1.185/09 relaciona o que seria o conjunto completo de demonstrações contábeis como sendo: a) Balanço patrimonial ao final do período; b) Demonstração do resultado do período; c) Demonstração do resultado abrangente do período; d) Demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; e) Demonstração dos fluxos de caixa do período; f) Demonstração do valor adicionado do período, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente; g) Notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações explanatórias; e h) balanço patrimonial no início do período mais antigo comparativamente apresentado quando a entidade aplica uma política contábil retroativamente ou procede à reapresentação de itens das demonstrações contábeis, ou ainda quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis. 3 2.2 – Tipos De Demonstrações 2.2.1 - Demonstrações Contábeis Individuais As demonstrações contábeis individuais são a representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações contábeis individuais é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. Estes demonstrativos também objetivam apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade e sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram confiados. Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informação da entidade acerca do seguinte: a) Ativos; b) Passivos; c) Patrimônio líquido; d) Receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; e) Alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles; f) Fluxos de caixa. Essas informações, juntamente com outras informações s constantes das notas explicativas, ajudam os usuários das demonstrações contábeis na previsão dos futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o grau de certeza de sua geração. 4 O CPC 26 ainda traz outro conceito intitulado “Demonstrações Contábeis de Propósito Geral “e explica como sendo aquelas cujo propósito reside no atendimento das necessidades informacionais de usuários externo s que não se encontram em condições de requerer relatórios especificamente planejados para atender às suas necessidades peculiares. 2.2.2 - Demonstrações Contábeis Consolidadas Segundo o CPC 36, as demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um conjunto de entidades (grupo econômico), apresentadas como se fossem as de uma única entidade econômica. A controladora deve apresentar as demonstrações contábeis consolidadas nas quais os investimentos em controladas estão consolidados de acordo com o requerido nos pronunciamentos do CPC e nas normas contábeis vigentes. 2.2.3 - Demonstrações Contábeis Separadas As demonstrações separadas são aquelas apresentadas por uma controladora, um investidor em coligada ou um empreendedor em uma entidade controlada em conjunto, nas quais os investimentos são contabilizados com base no valor do interesse direto no patrimônio (direct equity interest), em vez de nos resultados divulgados e nos valores contábeis dos ativos líquidos das investidas. Não se confundem com as demonstrações contábeis individuai s. As demonstrações contábeis separadas são apresentadas adicionalmente às demonstrações contábeis consolidadas e às demonstrações contábeis individuais nas quais os investimentos em controladas, coligadas e em empreendimentos controlados em conjunto são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial. 5 As demonstrações contábeis separadas podem ou não ser representadas juntamente com as demonstrações consolidadas. 2.2.4 - Demonstrações Contábeis Combinadas O CPC 15 define estes demonstrativos como os que serão feitos sempre que houver combinação de negócios e exige que os ativos adquiridos e os passivos assumidos constituam um negócio. Se os ativos adquiridos não constituem um negócio, a entidade deve contabilizar a operação ou evento como aquisição de ativos. 2.2.5 - Demonstrações Contábeis Intermediárias Estas podem ser descritas como a demonstração contábil que contém um conjunto completo de demonstrações contábeis ou um conjunto de demonstrações contábeis condensadas de um período intermediário. É importante salientar que, a entidade cujas demonstrações contábeis estão em conformidade com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do CPC, devem declarar de forma explícita e sem reservas essa conformidade nas notas explicativas. A entidade não deve descrever suas demonstrações contábeis como estando de acordo com estas normas a menos que cumpra todosos seus requisitos. 6 A entidade deve apresentar com igualdade de importância todos os demonstrativos contábeis que façam parte do conjunto completo de informes contábeis. 3 - DEMONSTRAÇÕES DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) 3.1 - Conceito A DLPA evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido. De acordo com o artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404/76, adiante transcrito, a companhia poderá, à sua opção, incluir a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados nas demonstrações das mutações do patrimônio líquido. 7 "A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia." 3.2 - Obrigatoriedade A DLPA é obrigatória para as sociedades limitadas e outros tipos de empresas, conforme a legislação do Imposto de Renda (art. 274 do RIR/99). 3.3 - Estrutura A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá discriminar: · AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES: Como ajustes de exercícios serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes. · REVERSÕES DE RESERVAS: Correspondem às alterações ocorridas nas contas que registram as reservas, mediante a reversão de valores para a conta Lucros Acumulados, em virtude daqueles valores não serem mais utilizados. · LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO: É o resultado líquido do ano apurado na Demonstração do Resultado do Exercício, cujo valor é transferido para a conta de Lucros Acumulados. · TRANSFERÊNCIAS PARA RESERVAS: São as apropriações do lucro feitas para a constituição das reservas patrimoniais, tais como: reserva legal, reserva estatutária, reserva de lucros a realizar, reserva para contingências. 8 3.4 Substituição Pela Demonstração Das Mutações Do Patrimônio Líquido De acordo com o § 2º do artigo 186 da Lei nº 6.404/76 a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e divulgada pela companhia, pois não inclui somente o movimento da conta de lucros ou prejuízos acumulados, mas também o de todas as demais contas do patrimônio líquido. 4 - DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 4.1 - Conceito A DMPL é um relatório contábil que mostra as variações ocorridas nas contas integrantes do grupo Patrimônio Líquidas. Nesta demonstração contábil são evidenciados os saldos iniciais, os ajustes de exercícios anteriores, os aumentos do Capital, as Reversões de Reservas, o Lucro Líquido do Exercício e sua destinação, além dos saldos finais das respectivas contas que compõem o Patrimônio Líquido da entidade. DMPL SEGUNDO A LEI 6.404/76 A DMPL está prevista no §2º do art. 186 da Lei nº 6.404/76. §2º A DLPA deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na DMPL, se elaborada e publica da pela companhia. Conforme o parágrafo, a Lei das Sociedades por Ações concede à empresa a opção de elaborar a DMPL em substituição à DLPA. Entretanto, a partir de 1985, Sociedades Anônimas de Capital Aberto ficaram obrigadas, por resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a elaborar essa demonstração, ficando dispensadas da elaboração da DLPA. 9 Os dados para a elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido também são extraídos do Livro Razão. A empresa poderá elaborar e publicar a DMPL em substituição à DLPA devido estar contida nela. 4.2 - Objetivos A grande finalidade dessa demonstração é mostrar claramente o porquê das variações entre os saldos das contas do patrimônio líquido do fim do exercício anterior e os saldos do fim do exercício atual; é mostrar o que fez mudar o valor do patrimônio líquido como um todo e o que houve de alterações internas, dentro de suas contas, mesmo que sem alteração de seu valor total. Assim, o grande objetivo da demonstração de mutações patrimoniais é exatamente o de explicar as causas da variação dessa diferença entre ativos e passivos exigíveis durante um determinado período. Além disso, como uma das grandes razões dessa alteração do patrimônio líquido é o resultado, e quando ele é positivo (lucro) precisa receber uma destinação, torna-se a análise dessas de stinação bem mais rica com essa demonstração. Afinal, muitos valores oriundos de lucros ficam definitivamente retidos (como no caso de sua incorporação ao capital); outras vezes ficam retidas para eventuais futuras utilizações na distribuição de dividendos, no caso de haver possibilidade (reservas de contingências ou as constituídas para suportar situações financeiras incompatíveis com distribuição de dividendos quando o lucro é gerado - §§ 4º e 5º do art. 202 da Lei nº 6.404/76), e em ou transações há retenções de lucros para efetivo pagamento no futuro (reserva de lucros a realizar) etc. Além disso, existem outras utilidades adicionais. Uma vez feita à demonstração das mutações patrimoniais, fica também facilitada à montagem da demonstração das origens e aplicações de recursos, pois se têm facil mente evidenciadas as origens de recursos provocadas por modificações do patrimônio líquido e as aplicações relativas à utilização de valores que dele constavam (dividendos, prejuízos, devoluções de capital, aquisições de ações próprias etc.) 10 4.3 - Causas As modificações nos componentes do patrimônio líquido decorrem dos seguintes fatos: · Aumento de capital por subscrição; · Aumento de capital por incorporação de reservas de lucro · Aumento de capital por incorporação de reservas de capital; · Aumento de capital por incorporação de lucros acumulados; · Redução do capital por prejuízos não absorvidos por lucros ou reservas; · Ajuste de exercícios anteriores; · Reversões de reservas de lucros; · Transferência do lucro ou prejuízo líquido do exercício; · Destinação do lucro líquido do exercício; · Dividendos a acionistas. 11 4.4 - Como Montar A Demonstração Das Mutações Patrimoniais A forma mais simples para se produzir a demonstração das mutações do patrimônio líquido é a seguinte: pegam-se todas as contas do patrimônio líquido (razão) e faz-se um resumo de toda a sua movimentação no período em questão, colocando -se: · o saldo do fim do balanço anterior; · os aumentos de saldo, agrupados por natureza; · as diminuições de saldo, agrupadas por natureza também; · o saldo no fim do exercício atual; A seguir, reúnem-se todos esses resumos de cada conta do patrimônio líquido colocando-os em um papel de trabalho, em colunas, ou em uma planilha de cálculo eletrônica, verificando-se a efetiva correspondência entre as movimentações internas (por exemplo, deve-se checar se o aumento em reserva legal corresponde à diminuição em lucros ou prejuízos acumulados em função da primeira destinação de lucro líquido do exercício); totalizam-se as colunas, na coluna final, linha a linha; Procede-se ao agrupamento de colunas, se for necessário, para que na publicação não se tenha um número exagerado de colunas que pouco auxiliaria na análise. 12 5 – DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA (DFC) 5.1 – Conceito A Demonstração de Fluxode Caixa – DFC é a previsão de entradas e saídas de recursos econômicos – financeira e monetária, por um determinado período de tempo. Essa previsão é realizada com base nos valores apurados nos levantamentos econômicos atuais da empresa, levando, porém, em consideração o levantamento das informações apuradas nessa mesma previsão. 5.2 - Obrigatoriedade Conforme a Lei 11.638 de 2007, todas as empresas constituídas na forma de Sociedades Anônimas, companhias de capital aberto, são obrigadas a publicar a Demonstração de Fluxo de Caixa, exceto as que tiverem patrimônio líquido inferior a R$ 2 milhões. 5.3 - Estrutura Para a montagem do fluxo de caixa devemos considerar as seguintes informações: · Entradas: a. contas a receber b. empréstimos c. dinheiro dos sócios d. dinheiro dos sócios · Saídas: A. contas a pagar B. despesas gerais de administração (custos fixos) C. pagamento de empréstimos D. compras à vista 13 Para a elaboração do fluxo de caixa, a empresa precisa ter internamente os dados organizados que permitam a verificação das contas a receber, contas a pagar. A projeção pode ser realizada mês a mês, trimestre a trimestre ano a ano ou até mesmo em bases diárias. Nota: Sinteticamente, podemos afirmar que Fluxo de Caixa é a demonstração das receitas e despesas em um dado período de tempo. 5.4 – Métodos Utilizados A demonstração dos Fluxos de Caixa poderá ser elaborada utilizando-se o método direto ou o método indireto. 5.4.1 – Método Indireto É aquele onde se parte do lucro líquido do período e o ajusta até se obter o caixa das operações. Esses ajustes são aqueles que já se utilizava na montagem da DOAR (itens que não afetam o Ativo e o Passivo Circulante, como depreciações, amortizações, equivalência patrimonial etc.) e aqueles que representam variações das contas de ativo e passivo que são contrapartida s de registros no resultado (clientes, estoques, fornecedores, contas a pagar etc.) querem sejam contas circulantes que não circulantes. 14 5.4.2 – MÉTODO DIRETO Para o caixa gerado nas operações, é aquele onde as entradas e saídas referentes às operações aparecem pelos seus valores totais realizados, ou seja, mostra a efetiva movimentação de dinheiro. O que se tem visto no Brasil e no exterior é uma forte predileção pelo Método Indireto, uma vez que se apresenta mais útil, mais informativo e os analistas dão preferência a ele. Já no que tange às demonstrações do caixa gerado/consumido pelos investimentos e pelos financiamentos é igual em ambos os métodos. 5.5 – Exigência O pronunciamento técnico CPC nº 03 exige que, quando da publicação da DFC pelo método direto, seja apresentada uma conciliação entre o caixa gerado pelas operações com o lucro líquido. Ou seja, devem ser ajustadas todas as transações contidas no lucro líquido que não tiveram impacto n o caixa exercício, bem como aquelas que produziram ou consumiram caixa e não tiveram reflexo no resultado do período. Na realidade, quando se elabora essa conciliação na da mais se está fazendo do que a demonstração do caixa das operações segundo o apontado pelo método indireto. Por essa razão diz-se da predileção pelo método indireto, uma vez que ele automaticamente já contém essa conciliação, e nada mais é exigido. 5.6 – Objetivo O principal objetivo dessa ferramenta é fornecer informações para a tomada gestão da empresa, tais como: 15 · verificar as necessidades de captação de recursos bem como prever os períodos em que haverá sobras ou necessidades de re cursos; · aplicar as sobras de caixa nas alternativas mais rentáveis para a empresa sem comprometer a liquidez. O fluxo de caixa é considerado uma as principais ferramentas de análise e avaliação de uma empresa, facilitando ao administrador uma visão futura dos recursos financeiros da empresa, incluindo as contas: · caixa; · contas correntes em bancos; · contas de aplicações; · receitas; · despesas; e · previsões. Nota: As decisões relacionadas a compra, venda, investimentos aportes de capital pelos sócios captação ou pagamento de empréstimos e desinvestimentos, constituem um fluxo contínuo entre as fontes geradoras e os utilizadores de recursos. Devido a sua importância e simplicidade poderá ser utilizado por empresas de qualquer porte. Entretanto não foi exigida pela Lei 11.638/2007 para as micro e pequenas empresas. 6 - RESERVAS 6.1 – Reservas De Lucro As Reservas de Lucros são as contas de reservas constituídas pela apropriação de lucros da companhia, conforme previsto no § 4º do art. 182 da Lei nº 6.404/1976, para atender a várias finalidades, sendo sua constituição efetivada por disposição da lei ou por proposta dos órgãos da administração. 16 6.2 - Classificação Tendo em vista o seu conceito e as definições da Lei das S/A, classificam-se como Reservas de Lucros: a) reserva legal; b) reserva estatutária; c) reserva para contingências; d) reserva de lucros a realizar; e) reserva de lucros para expansão; f) reserva de incentivos fiscais. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social; atingido esse limite, a assembléia deliberará sobre a aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social, ou na distribuição de dividendos. 17 6.2.1 – Diferença Entre Reservas E Provisões As provisões representam expectativas de perdas de ativos ou estimativas de valores a desembolsar que, apesar de financeiramente ainda não efetivadas, derivam de fatos geradores contábeis já ocorridos. A partir do momento que essas perdas de ativos ou obrigações se tornam totalmente definidas, deixam de ser consideradas como provisões, como por exemplo: a provisão para férias se transforma em salários a pagar a provisão para Imposto de Renda passa a ser Impostos de Renda a pagar. Por outro lado, as reservas representam a diferença entre o patrimônio líquido e o capital, sendo resultantes de valores entregues pelos titulares do capital que não representam aumento de capital, ou representam acréscimos de valor de elementos do ativo, ou ainda se originam de lucros não distribuídos aos sócios ou acionistas. 6.3 – Tipos De Reservas 6.3.1 – Reserva Legal De acordo com o art. 193 da Lei nº 6.404/1976, a reserva legal deverá ser constituída mediante destinação de 5% (cinco por cento) do lucro líquido do exercício, antes de qualquer outra destinação. Esta reserva será constituída, obrigatoriamente, pela companhia, até que seu valor atinja 20% (vinte por cento) do capital social realizado, quando então deixará de ser acrescida; ou então, poderá, a critério da companhia, deixar de receber créditos, quando o saldo desta reserva, somado ao montante das reservas de capital (exceto a reserva de correção monetária do capital realizado), atingir 30% (trinta por cento) do capital social. A finalidade da reserva legal é assegurar a integralidade do capital social, sendo permitida a sua utilização exclusivamente para absorção de prejuízos, cuja compensação ocorrerá obrigatoriamente quando houver saldo de prejuízos, após terem sido absorvidos os saldos de lucros acumulados e das demais Reservas de Lucros. 18 6.3.2 – Reserva Estatutária As reservas estatutárias são constituídas por deter minação do estatuto dacompanhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício, e não podem restringir o pagamento do dividendo obrigatório (Art. 198 da Lei nº 6.404/1976). O estatuto poderá criar as reservas desde que, para cada uma (art. 194 da Lei nº 6.404/1976): I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade; II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; e III - estabeleça o limite máximo da reserva. 6.3.3 – Reserva Para Contingência De acordo com o artigo 195 da Lei nº 6.404/1976, a assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor por essa ser estimado. Nesse caso, a proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva. No exercício em que ocorrer a perda efetivamente, ou deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição, efetua-se a reversão da Reserva para Contingências anteriormente constituída para a conta de Lucros Acumulados. 19 6.3.4 – Reserva De Lucros A Realizar No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de Reserva de Lucros a realizar (Art. 197 da Lei nº 6.404/1976 com a Redação dada pela Lei nº 10.303, d e 31.10.2001). Para esse efeito, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial; e II - o lucro, ganho ou rendimento em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. 6.3.5 – Reserva De Lucros Para Expansão Para atender a projetos de investimento e expansão, a companhia poderá reter parte dos lucros do exercício. Essa retenção deverá estar justificada com o respectivo orçamento de capital aprovado pela assembleia geral (Art. 196 da Lei nº 6.404/1976). O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com justificação da Retenção de Lucros proposta deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de investimento. 20 6.4 - Reserva De Capital As Reservas de Capital são constituídas com valores recebidos pela empresa e que não transitam pelo resultado, por não se referirem a contraprestação à entrega de bens ou serviços prestados pela empresa. De acordo com o parágrafo 1º do artigo 182 da Lei n º 6.404/1976, serão Classificadas como Reservas de Capital as contas que registrarem: a) a correção monetária do capital realizado; b) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor patrimonial que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; c) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; d) o prêmio recebido na emissão de debêntures; e) as doações e as subvenções para investimentos. 6.4.1 - Destinação Das Reservas De Capital De acordo com o artigo 200 da Lei das S/A, as Reservas de Capital somente podem ser utilizadas para: a) absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros, exceto no caso da existência de lucros acumulados e de reservas de lucros, quando os prejuízos serão absorvidos primeiramente por essas contas; b) resgate, reembolso ou compra de ações; c) resgate de partes beneficiárias; d) incorporação ao capital social; e) pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada. 21 6.4.2 - Reserva De Reavaliação Serão classificadas como reserva de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo feito por 3 (três) peritos ou empresa especializada, aprovado em assembleia geral. 7 – ESTUDO DE CASO: Para simular as Demonstrações Contábeis de uma empresa, tomaremos como exemplo uma empresa que comercializa cosméticos, chamada Gajel. A Empresa não fabrica e nem modifica nenhum dos produtos vendidos por ela, realiza apenas a compra e revenda dos mesmos. Partiremos do Balanço Patrimonial de X1 e faremos a contabilização do período de X2 assim como o fechamento do Balanço. 22 BALANÇO PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12. X1 ATIVO X1 PASSIVO e PL X1 Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa 1.000,00 Fornecedores a Pagar 90.000,00 Banco 34.000,00 Salários a Pagar 10.000,00 Clientes 25.000,00 Despesa a Pagar 14.000,00 Estoque 105.000,00 Dividendos a Pagar 10.000,00 Empréstimos 30.000,00 Total do Ativo Circulante 165.000,00 Total do Passivo Circulante 154.000,00 Passivo Não Circulante - Total do Passivo Não Circulante - Ativo Não Circulante Patrimônio Liquido Terrenos 43.000,00 Capital Social 130.000,00 Equipamentos 40.000,00 Maquinas 40.000,00 Reserva Legal 5.000,00 Depreciação Acumulada (10.000,00) Reserva Estatutária 5.000,00 Investimentos 16.000,00 Reserva Contingências - Total do Ativo Não Circulante 129.000,00 Total do PL 140.000,00 TOTAL ATIVO 294.000,00 TOTAL PASSIVO e PL 294.000,00 23 7.1 – Movimentações Do Período 1) Recebimento de Clientes no valor de R$ 4.000,00 2) Pagamento de Fornecedores no valor de R$ 8.000,00 3) Compra de uma Máquina á vista no valor de R$ 5.0 00,00 com ICMS de 18%. Cálculo do ICMS: 5.000,00 X 18% = 900,00 Valor Líquido que entrou no Estoque = 4.100,00 4) Venda de mercadorias no valor de R$ 150.000,00 sendo 50% a vista e 50% a prazo com ICMS de 18%, cujo o custo foi de R$ 48.000,00 Cálculo do ICMS: 150.000,00 X 18% = 27.000,00 5) Compra de mercadoria no valor de R$ 45.000,00 sendo 50% a vista e 50% a prazo com ICMS de 18% Cálculo do ICMS: 45.000,00 X 18% = 8.100,00 Valor Líquido que entrou no Estoque = 36.900,00 6) Venda de mercadoria a vista no valor de R$ 40.000,00 com ICMS de 18% ,cujo o custo foi de R$ 13.200,00 Cálculo do ICMS: 40.000,00 X 18% = 7.200,00 7) Pagamento de salários do período no valor de R$ 10.000,00 8) Pagamento de Despesas diversas no valor de R$ 500,00 9) Constituição da provisão dos salários do mês no valor de R$ 10.000,00 10) Recebimento de Resultado de Equivalência Patrimonial no valor de R$ 600,00 11) Contabilização da Depreciação do período no valor de R$ 10.000,00 12) Pagamento dos Dividendos referente ao período anterior no valor de R$ 10.000,00. 24 Fechamento do Balanço Após os lançamentos do período foi fechado o Balanço Patrimonial e o Resultado do Exercício em X2 conforme demonstrado abaixo: BALANÇO PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.X2 ATIVO X1 X2 PASSIVO e PL X1 X2 Ativo Circulante Passivocirculante Caixa 1.000,00 1.000,00 Fornecedores a Pagar 90.000,00 104.500,00 Banco 34.000,00 97.000,00 Salários a Pagar 10.000,00 10.000,00 Clientes 25.000,00 96.000,00 Despesa a Pagar 14.000,00 14.000,00 Estoque 105.000,0 0 80.700,00 Dividendos a Pagar 10.000,00 19.870,20 ICMS a recuperar imobiliz. - 900,00 Empréstimos 30.000,00 30.000,00 ICMS a pagar - 26.100,00 IR e CS a pagar - 17.928,00 Total do Ativo Circulante 165.000,0 0 275.600,0 0 Total do Passivo Circulante 154.000,0 0 222.398,20 Passivo Não Circulante - - Total do Passivo Não Circulante - - Ativo Não Circulante Patrimônio Liquido Terrenos 43.000,00 43.000,00 Capital Social 130.000,00 130.000,00 Equipamentos 40.000,00 40.000,00 Maquinas 40.000,00 44.100,00 Reserva Legal 5.000,00 7.838,60 Depreciação Acumulada (10.000,00) (20.000,00) Reserva Estatutária 5.000,00 33.386,00 Investimentos 16.000,00 16.600,00 Reserva Contingências - 5.677,20 Total do Ativo Não Circula 129.000,00 123.700,00 Total do PL 140.000,00 176.901,80 TOTAL ATIVO 294.000,00 399.300,00 TOTAL PASSIVO e PL 294.000,00 399.300,00 25 DRE Receita de Vendas 190.000,00 (-) CMV (61.200,00) (=) Lucro Bruto 128.800,00 (-) Despesa de Depreciação (10.000,00) (-) Despesas Diversas a pagar (500,00) (-) Despesa salários (10.000,00) (-) Despesa de ICMS (34.200,00) (+) REP 600,00 (=) Lucro Líquido antes IR e CS 74.700,00 IRPJ.......... 15% 11.205,00 CSLL ......... 9% 6.723,00 (=) Lucro Líquido 56.772,00 7.2 - Destinações Dos Lucros 7.2.1 – Distribuição De Dividendos O Estatuto definiu a Distribuição de Dividendos do período de 35% sobre o Lucro Líquido conforme cálculo abaixo: Lucro Líquido do Período: R$ 56.772,00 Cálculo: 56.772,00 x 35% Dividendos distribuídos no período: R$ 19.870,20 7.2.2 – Constituição De Reservas: 26 Reserva Legal No período de X2 foi constituída nova Reserva Legal no valor de R$ 2.838,60 conforme calculo abaixo: CÁLCULO RESERVA LEGAL Testar 2 limite que é 30% Capital Social 1 30% 130.000,0 0 39.000 Reserva legal anterior 5.000 Reserva Capital - 2 Total 5.000 2 < 1 então é Obrigatório Valor Teórico 5% LL 2.839 1 Limite 20% Capital Social 26.000 Reserva Legal Anterior 5.000 Constituição da nova reserva legal 2.839 Total Reserva Legal 7.839 27 Reserva Estatuária O Estatuto definiu a criação de uma Reserva para Estatutária com suas devidas destinações de 50% do Lucro Liquido conforme cálculo abaixo: Lucro Líquido do Período: R$ 56.772,00 Cálculo: 56.772,00 x 50% Constituição de Reserva Estatutária do período: R$ 28.386,00 Reserva para Contingência Em função da mudança de endereço do deposito da empresa ocorrido em X2 à companhia decidiu destinar o total de R$ 3.462,20 em Reservas para Contingência em função de o novo endereço ser localizado em uma área de risco de enchentes 7.3 - Contabilizações Do Período Lançamento Contas do Ativo Banco Caixa (SI) 34.000,00 8.000,00 (2) (SI) 1.000,00 (1) 4.000,00 5.000,00 (3) (4a ) 75.000,00 22.500,0 0 (5) (6) 40.000,00 10.000,0 0 (7) 500,00 (8) 10.000,0 0 (12) 153.000,00 56.000,0 0 1.000,00 - 97.000,00 1.000,00 Terreno s Clientes (SI) 43.000,00 (SI) 25.000,00 4.000,00 (1) (4a) 75.000,00 43.000,00 - 100.000,00 4.000,00 43.000,00 96.000,00 28 Equipamentos Estoque (SI ) 40.000,00 (SI) 105.000,00 48.000,0 0 (4 b) (5) 36.900,00 13.200,0 0 (6 b) 40.000,00 - 141.900,00 61.200,00 40.000,00 80.700,00 Máquinas Investimentos (SI ) 40.000,00 (SI) 16.000,00 (3) 4.100,00 (10) 600,00 44.100,00 - 16.600,00 44.100,00 16.600,00 Depreciação Acumulada ICMS a Recuperar 10.000,00 (SI) 8.100,00 8.100,00 10.000,00 (11) (5) - 20.000,00 8.100,00 8.100,00 - ICMS a Recup. - Ativo Imobiliz. (3) 900,00 900,00 900,00 29 Lançamento Contas do Passivo Fornecedores a Pagar Salários a Pagar (2) 8.000,00 90.000,00 (SI) (7) 10.000,00 10.000,00 (SI ) 22.500,00 (5) 10.000,00 (9) 8.000,00 112.500,00 10.000,00 20.000,00 104.500,00 10.000,00 Dividendos a Pagar Empréstimos 10.000,00 10.000,00 (SI) 30.000,00 19.870,20 (B) 10.000,00 29.870,20 - 30.000,00 19.870,20 ICMS a Recolher Despesas Diversas a Pagar 8.100,00 27.000,00 (4c) 14.000,00 7.200,00 (6c) 8.100,00 34.200,00 - 14.000,00 26.100,00 30 IR e CS a Pagar Reserva Contingência 11.205,00 5.677,20 (D ) 6.723,00 - 17.928,00 5.677,20 17.928,00 5.677,20 Reserva Estatutária Reserva Legal 5.000,00 (SI) 5.000,00 (S I) 28.386,00 (C) 2.838,60 (A ) - 33.386,00 - 7.838,60 33.386,00 Capital Social Lucros Acumulados 130.000,00 (SI) (A) 2.838,60 56.772,00 (B) 19.870,20 (C) 28.386,00 (D) 5.677,20 - 130.000,00 56.772,00 56.772,00 - Lançamento Contas do Resultado Receita de Venda CMV 150.000,00 (4a ) (4b ) 48.000,00 40.000,00 (6a ) (6b ) 13.200,00 - 190.000,00 61.200,00 - 190.000,00 61.200,00 Despesa Depreciação REP (11) 10.000,00 600,00 (10 31 ) 10.000,00 - - 600,00 10.000,00 600,00 Despesa Diversas Despesa de Salários (8) 500,00 (9) 10.000,00 500,00 - 10.000,00 - 500,00 10.000,00 ICMS sobre venda IR e CS s/ resulta do (4c ) 27.000,00 11.205,00 - (6c ) 7.200,00 6.723,00 34.200,00 - 17.928,00 34.200,00 17.928,00 - 32 7.4 – Elaborações Das Demonstrações Contábeis 7.4.1 – Elaboração Da Dlpa Para dar inicio a elaboração das Demonstrações Contábeis elaboramos a DLPA conforme mostrado a seguir: DLPA Saldo Inicial de Lucros e prejuízos acumulados - Ajustes de exercício anterior - Reversão de reserva de lucros - Lucro líquido do exercício 56.772,00 Saldo de LA a disposição da AGO 56.772,00 Constituição de reservas Reserva legal (2.838,60) Reserva Estatutária (28.386,00 ) Reserva Contingência (5.677,20) Dividendos (19.870,20 ) Saldo final de Lucros Acumulados - 33 7.4.2 – Elaboração Da Dmpl Abaixo demonstramos as mutações do Patrimônio Liquido no período: DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LIQUIDO EM X2 Patrimônio Liquido Capital Reserv a Reserv a Reserva de Lucros/Pre juízos Total Social Legal Estatutá ria Contingê ncia Acumulad os do PL Saldo Inicial X1 130.000,0 0 5.000, 00 5.000,00 - - 140.000,0 0 Aumento do Capital - - - - - - Lucro Líquido X2 - - -- 56.772,00 56.772,00 Constituição de reservas - 2.838, 60 28.386,00 5.677,20 (36.901,80) - Dividendos - - - - (19.870,20) (19.870,20 ) Saldo Final 31.01. X2 130.000,0 0 7.838, 60 33.386,00 5.677,20 - 176.901,8 0 7.4.3 – Elaboração Da DFC MÉTODO INDIRETO A seguir iremos demonstrar a elaboração da DFC pelo método Indireto, onde inicialmente classificamos as contas do Balanço e da DRE em Atividades Operacionais, Atividades de Financiamento e Atividades de Investimento: 34 BALANÇO PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12. X2 ATIVO X1 X2 PASSIVO e PL X1 X2 Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa 1.000,00 1.000,00 Fornecedores a Pagar A. O 90.000,00 104.500,00 Banco 34.000,00 97.000,00 Salários a Pagar A. O 10.000,00 10.000,00 Clientes A. O 25.000,00 96.000,00 Despesa a Pagar A. O 14.000,00 14.000,00 Estoque A. O 105.000,00 80.700,00 Dividendos a Pagar A.F 10.000,00 19.870,20 ICMS a recuperar imobiliz. A.I - 900,00 Empréstimos A.F 30.000,00 30.000,00 ICMS a pagar A. O - 26.100,00 IR e CS a pagar A. O - 17.928,00 Total do Ativo Circulante R$ 165.000,00 R$ 275.600,00 Total do Passivo Circulante 154.000,00 222.398,20 Passivo Não Circulante - - Total do Passivo Não Circulante - - Ativo Não Circulante Patrimônio Liquido Terrenos A.I 43.000,00 43.000,00 Capital Social A.F 130.000,00 130.000,00 Equipamentos A.I 40.000,00 40.000,00 Maquinas A.I 40.000,00 44.100,00 Reserva Legal A.F 5.000,00 7.838,60 Depreciação Acumulada (10.000,00) (20.000,00) Reserva Estatutária A.F 5.000,00 33.386,00 Investimentos A.F 16.000,00 16.600,00 Reserva Contingências A.F - 5.677,20 Total do Ativo Não Circulante 129.000,00 123.700,00 Total do PL 140.000,00 176.901,80 TOTAL ATIVO 294.000,00 399.300,00 TOTAL PASSIVO e PL 294.000,00 399.300,00 35 DRE Receita de Vendas 190.000,00 A. O (-) CMV (61.200,00) A. O (=) Lucro Bruto 128.800,00 (-) Despesa de Depreciação (10.000,00) A. I (-) Despesas Diversas a pagar (500,00) A. O (-) Despesa salários (10.000,00) A. O (-) Despesa de ICMS (34.200,00) A. O (+) REP 600,00 A. I (=) Lucro Líquido antes IR e CS 74.700,00 IRPJ .......... 15% 11.205,00 A. O CSLL ......... 9% 6.723,00 A. O (=) Lucro Líquido 56.772,00 Elaboração da DFC – Método Indireto: DFC FLUXO DE CAIXA - MÉTODO INDIRETO FCAO - FLUXO DE CAIXA ATIVIDADE OPERACIONAL Lucro Líquido do período 56.772,0 0 (+) Despesa de Depreciação 10.000,0 0 (-) REP (600,00) (+/-) Aumento /Diminuição da Conta de Ativo operacional (-) Aumento da Conta de Clientes (71.000, 00) (+) Diminuição da conta Estoque 24.300,0 0 36 (+/-) Aumento /Diminuição da Conta de Passivo operacional (+) Aumento da conta Fornecedores 14.500,0 0 (+) Aumento do IR e CS a pagar 26.100,0 0 (+) Aumento do ICMS a pagar 17.928,0 0 Variação do FCAO => 78.000,0 0 FCAF - FLUXO DE CAIXA ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO (+) Pagamento de Dividendos (10.000, 00) SI Dividendos + Novos Dividendos- SF Dividendos = 10.000 + 19.870 - 19.870 Variação do FCAF => (10.000, 00) FCAI - FLUXO DE CAIXA ATIVIDADE DE INVESTIMENTO (+) Aquisição de Imobilizado (4.100,0 0) (+) ICMS a Recuperar s Ativo Imobilizado (900,00) Variação do FCAF (5.000,0 0) Variação do Equivalente Caixa 63.000,0 0 Equivalente de Caixa X1 35.000,0 0 Equivalente de Caixa X2 98.000,0 0 Confere => - 37 MÉTODO DIRETO Para finalizar as Demonstrações Contábeis elaboramos a DFC pelo Método Direto: DFC FLUXO DE CAIXA - MÉTODO DIRETO FCAO - FLUXO DE CAIXA ATIVIDADE OPERACIONAL 1) Recebimento de Clientes 119.000, 00 SI Clientes + Vendas - SF Clientes 25.000 + 190.000 - 96.000 = 119.000 2) Pagamento de Fornecedores (22.400,0 0) * Achar o valor de Compras: CMV = Estoque Inicial + Comprar - Estoque Final 61.200 = 105.000 + C - 80.700 = 36.900 SI Fornecedor + Compras - SF Fornecedor 90.000 + 36.900 - 104.500 = 22.400 3) Pagamento de salários (10.000,00) 4) Pagamento de despesas diversas (500,00) 5) Despesa com ICMS (34.200,00) 6) IRPJ e CSLL apurado 26.100,00 Variação do FCAO => 78.000,00 38 8 - CONCLUSÃO As demonstrações contábeis são o conjunto de informações que devem ser obrigatoriamente divulgadas, anualmente, segundo a lei 6404/76, pela administração de uma sociedade por ações e representa a sua prestação de contas para os sócios e acionistas. A prestação anual de contas é composta pelo Relatório da Administração, as Demonstrações Contábeis e as notas explicativas que as acompanham, o Parecer dos Auditores Independentes (caso houver) e o Parecer do Conselho fiscal (caso existir). As demonstrações contábeis são relatórios extraídos da contabilidade após o registro de todos os documentos que fizeram parte do sistema contábil de qualquer entidade (empresa) em um determinado período. Essas demonstrações servirão para expressar a situação patrimonial da empresa, auxiliando assim os diversos usuários no processo de tomada de decisão. Podemos observar que através das demonstrações contábeis é possível avaliar a empresa de forma mais abrangente, como por exemplo a demonstração do fluxo de caixa onde destacam-se a movimentação realizada pela empresa. 39 9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FIPECAFI – Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações Sergio de Iudícibus, Eliseu Martins, Ernesto Rubens Gelbcke Editora Atlas – Sexta Edição www.portaldacontabilidade.com.br www.planalto.gov.br - Lei 11.639/2010
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