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CASOS CONCRETOS PROCESSO CIVIL 2 (NOVOS)

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CASO CONCRETO 10
Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos morais movida por Júlio em face do Mercado Oferta Livre LTDA, a Juíza proferiu sentença onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elem entos ou partes obrigatórias: relatório, fundamentação e dispositivo. Questionou autor, por fim, se o juiz poderia alterar o conteúdo da sentença proferida, o que foi afirmado pelo advogado. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio ? 
Resposta: Sim, eis que a sentença realmente ostenta tais requisitos e quanto a seus efeitos, permite a instituição de hipoteca judiciária. Ver artigo 38 da Lei 9.099/95 (Juizados Especiais).
O juiz pode alterar o conteúdo da sentença após a sua publicação? Em quais hipóteses? 
Resposta: Segundo dispõe o artigo 203, § 1o, NCPC, a sentença é definida como pronunciamento, por meio do qual o juíz com fundamento nos artigos 485 e 487, NCPC, põe fim na fase cognitiva do processo comum ou extingue a execução.
c) O caso acima admite reexame necessário?
CASO CONCRETO 11
 Um espanhol foi condenado em segunda e última instância por um tribunal competente de seu país a pagar a quantia de 50 mil euros por conta de dívidas oriundas de cheques não honrados pelo sistema bancário ou pelo próprio emitente. O caso transitou em julgado e quando foi iniciada a execução, descobriu-se que o devedor tinha se mudado para o Brasil, especificamente para Fortaleza, capital do Ceará. O credor consulta seu advogado a respeito da possibilidade de cumprimento da sentença no Brasil, onde está claro o estabelecimento de nova residência e domicilio do espanhol devedor, inclusive com novos negócios em andamento, conforme relatos e documento obtidos pelas redes sociais. O advogado espanhol contrata os serviços do escritório onde você está estagiando para concretizar o direito material de seu cliente. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) Quais os requisitos para a homologação de sentença estrangeira no Brasil?
Resposta: Todos os requisitos do artigo 963, NCPC
b) Quais os órgãos judiciários competentes para e homologação e execução no Brasil ?
Resposta: Execução pela justiça federal, Art. 109, X, CF e homologação do STJ, artigo 960, § 2o, NCPC
CASO CONCRETO 12
Joana ingressou com uma ação de despejo em face de Laila alegando que a ré não efetuou o pagamento dos aluguéis referente ao imóvel localizado no centro de Minas Gerais. A ré contestou a demanda alegando que, em verdade, o imóvel estava em comodato razão pela qual não cabe o pedido de despejo. O juiz, antes de julgar a causa, apreciou a questão prejudicial concluindo pela inexistência de locação prevalecendo a tese da ré acerca do comodato. Ao final o juiz julgou improcedente o pedido da autora sob o fundamento de que inexiste contrato de locação que ampare sua pretensão. Ao saber da decisão Laila comemora com seu advogado e lhe pergunta se Joana pode promover nova ação de despejo com novos fundamentos. O advogado afirma que infelizmente a solução da questão prejudicial na fundamentação não faz coisa julgada, podendo a autora propor nova ação no futuro, conforme interpretação do art. 504 do CPC. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a orientação do advogado ? 
Sim, tendo em vista que somente a parte dispositiva da sentença é que serão abarcados pelo manto da coisa julgada, não se operando, deste modo, seus efeitos na fundamentação do julgado, que poderá ser novamente proposta em nova ação com novos fundamentos jurídicos . Nos termos do artigo 504 do CPC. Ademais, se faz necessário mencionar a possibilidade da questão prejudicial ser decidida incidentalmente na parte dispositiva da sentença, devendo para isso ser requerida como forma incidental na peça pela parte interessada afim de que assim seja abarcada pelo manto da coisa julgada material, sempre em atenção ao que dispõe o artigo 503 do CPC. 
b) No caso acima ocorre coisa julgada material e formal? 
No caso em tela houve a coisa julgada em sua espécie formal, visto que a decisão é de caráter definitivo, não resolvendo assim o mérito da lide, mas tão somente decidiu a questão prejudicial do reclame. A coisa julgada material existe quando a sentença julga de forma definitiva a questão principal de mérito. O que não houve no caso em questão.
c) A coisa julgada, no presente caso, afetará terceiros que não participaram da relação processual? 
Não há qualquer afetação do julgado a terceiros que não participaram da relação processual em tela, visto mandamento expresso no artigo 506 do CPC: 
Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros. De todo modo, torna-se oportuno destacar uma possibilidade de terceiro ser atingido pelos efeitos da coisa julgada, que se dará na hipótese da substituição processual de ação individual, quando ainda que o substituído não seja mais parte no feito, sofrerá os efeitos da coisa julgada. 
CASO CONCRETO 13
Maurício vendeu seu carro para seu grande amigo Gilson pelo valor de R$15.000,00. Na ocasião Gilson se comprometeu a realizar a comunicação junto ao DETRAN e regularizar a propriedade do veículo. Passados 02 anos, Maurício é notificado para responder a um processo de suspensão do direito de dirigir em razão do excesso de multas referentes ao veículo vendido, que ainda estava em seu nome. Muito chateado com a situação e sem conseguir localizar seu amigo, Maurício propôs ação de obrigação de fazer em face de Gilson cujo objeto era a condenação do réu na obrigação de regularizar a propriedade do carro junto ao DETRAN. Após a instrução da causa, o juiz julgou procedente o pedido para determinar que o réu regularize a propriedade do veículo, no prazo de 20 dias, sob pena de multa diária de R$1.000,00. Após o término do prazo, sem o cumprimento da obrigação, o juiz, a requerimento do autor, aumenta a multa diária para R$2.000,00. O réu apresentou petição requerendo a reconsideração da decisão, pois, de acordo com o art. 502 do CPC, a coisa julgada torna imutável a decisão sendo incabível o aumento da multa diária após o trânsito em julgado. Diante do caso indaga -se: 
Esta correta a argumentação do réu? 
Não assiste razão alguma a o réu do caso ora sob análise, tendo em vista que a imposição de multa, mesmo que ela se dê de maneira progressiva, é uma forma que o magistrado dispõe para compelir que o mesmo faça a obrigação de fazer imposta na sentença, conforme disposição do artigo 497 do CPC. A coisa julgada material é imutável no que diz respeito ao mérito do feito decidido entre as partes da relação processual, sendo indiscutível depois do trânsito em julgado qualquer nova pretensão que baseie em uma tentativa de modificar ou extinguir decisão sem que a mesma já não permita interposição de qualquer recurso, salvo nas hipóteses de cabimento da ação rescisória previstas no artigo 966 do CPC.
b) Considerando a doutrina sobre o tema, qual é a distinção entre coisa julgada e preclusão? A coisa julgada, quer seja material ou formal, diz respeito a impossibilidade de se modificar a decisão em que já se dera o trânsito em julgado, sendo, pois, obstado qualquer interposição de novo recurso. Já a preclusão dá-se quando se deixade praticar determinado ato subjetivo que cabia a parte interessada, sendo este concedido de forma temporal ou por mandamento de lei. Caso a parte não exerça o direito subjetivo que possui, resta-se precluso a oportunidade, não cabendo, deste modo, nova chance para efetuar o ato perdido. Exemplo: a oportunidade de manifestar toda a defesa do réu no processo civil se dá pela contestação, no prazo de 1 5 dias úteis (art. 335.CPC), não oferecendo-a no tempo proposto, resta preclusa e prejudicada tal utilidade, não sendo mais cabível nova chance.
CASO CONCRETO 14
 Temístocles ingressou com ação em face da empresa de Telefonia Fone Fácil S.A formulando declaratório de inexistência de relação jurídica combinado com condenação por danos materiais e morais. Segundo o autor, a ré teria realizado inscrição indevida de seu nome no cadastro de inadimplentes em razão de suposta dívida de contas pretéritas de titularidade do autor. Após contestação da ré, o juiz, não havendo mais necessidade de realização de mais provas, resolveu o caso com julgamento antecipado da lide, julgando procedente o pedido autoral e estipulando a indenização total no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), entendo ser este valor suficiente para reparar os danos materiais e morais suscitados e provados nos autos. A decisão transitou em julgado e Temístocles inicia a fase de execução em face da agora executada, Telefonia Fone Fácil S.A. Em diligências internas na empresa, o advogado da Telefonia Fone Fácil S.A descobre que já havia uma decisão judicial transitada em julgado em face de Temístocles, envolvendo os mesmos fatos jurídicos suscitados na ação atual. Indignado, o advogado resolve ingressar com Ação Rescisória. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) É possível Ação Rescisória no presente caso ?
Resposta:Sim, conforme artigo 966, IV, NCPC, uma vez que existia coisa julgada anterior que deve ser respeitada (protegida pela CF/88).
b) Qual o órgão competente para conhecer e julgar a Ação Rescisória.
Resposta: Competência originária dos Tribunais, na forma de seus regimentos internos.
CASO CONCRETO 15
 Em Ação Rescisória proposta por Godofredo em face de Silas houve requerimento de de concessão de tutela provisória, considerando que Godofredo alega que em razão da flagrante nulidade do julgamento anterior ( violação manifesta de norma jurídica objeto de súmula de jurisprudência dominante do STF) e da fase em que se encontra a execução, é possível que seu bem imóvel seja levado à hasta pública, com demasiado perigo de dano irreparável ou mesmo de dificílima reparação. O relator admite a petição inicial e, incontinente, defere o requerimento de Godofredo para suspender a execução até a decisão final da Ação Rescisória. Silas inconformado, afirma que decisão antecipada do relator seria uma violação constitucional do contraditório e da ampla defesa, pelo que não se conformará com a decisão. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos:
a) A Ação Rescisória poderia ser admitida no presente caso?
Resposta: Sim. Do que se depreende da análise do texto, a situação em exame está em consonância com o artigo 966, V, NCPC, e, portanto em um juízo provisório é cabível a ação rescisória.
b) Existe a possibilidade de concessão de tutela provisória em sede de Ação Rescisória.
Resposta: Sim, conforme dispõe o artigo 969, NCPC.
A tutela provisória pode ser concedida em qualquer fase do processo, inclusive na sentença, no âmbito recursal e na ação rescisória.
CASO CONCRETO 16
O Banco BMD ajuizou ação de cobrança em face de Antônio, pelo procedimento comum, sob o fundamento de que o réu não efetuou o pagamento da quantia de 15.000,00 referentes a um empréstimo realizado. Após a realização infrutífera da audiência de conciliação, Antônio pretende, através de seu advogado, alegar que: a) não reconhece a dívida vez que o empréstimo já foi quitado; b) a devolução em dobro do valor pago indevidamente, vez que o banco cobrou numero de parcelas maior do que o acordado e c) a incompetência territorial do juízo. Diante da situação acima indaga-se: 
a) Quais as modalidades de resposta do réu devem ser utilizadas pelo advogado do réu? 
b) Caso o réu pretenda alegar sua ilegitimidade para a causa, como deve proceder? 
c) Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC?
Respostas:
a) O patrono do réu deverá utilizar como resposta a peça de 
contestação integrando nesta a propositura de reconvenção (Art. 343. 
CPC), que devem ser apresentadas em até 15 dias úteis, a contar o termo 
inicial conforme as ocasiões em que se verificar no artigo 335 do CPC.
b) O réu deverá alegar a sua ilegitimidade passiva na ação proposta na preliminar de mérito de sua peça de contestação. Conforme o que declara o artigo 337, inciso XI do CPC. Com isso, o magistrado facultará ao Autor, no prazo de 1 5 dias úteis, a oportunidade de substituição do polo passivo da demanda. Ressaltando que o Réu, desde sua alegação de ilegitimidade, caso conheça a parte legítima para integrar o respectivo polo, deve indicá-lo sob pena de arcar com as despesas processuais e indenizar o autor pelos prejuízos causados pela ausência de indicação. 
c) O PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE, também chamado de principio da concentração, significa que é na contestação a oportunidade do réu alegar (concentrar) todo o arsenal de argumentos de defesa que na ocasião possui, ainda que sejam alternativos, ou de certa maneira incoerentes entre si, sob pena de preclusão, e com isso a impossibilidade de se trazer outro argumento de defesa no decorrer do feito.
O ÔNUS DA IMPUGNAÇ ÃO ESPECÍFICA pertence ao réu, em outras 
palavras, é um rebatimento proposto por ele, uma vez que o mesmo 
deverá refutar, de modo preciso, toda a alegação trazida pelo Autor, sob 
pena de se ter como fato incontroverso as argumentações não rebatidas. 
Assim se pode entender da redação do artigo 341 do CPC (com o devido 
alerta para as ressalvas).
OBS.:
Uma questão a ser ressaltada é: “A decisão transitada em julgado na rescisória caberia outra rescisória? Ou seja, o sistema autoriza a rescisória sucessiva? Sim, desde que ainda possua um dos vícios previstos no rol taxativo, disposto no art. 966/NCPC.

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