Buscar

508211_ESQUEMA, resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Contagem
Curso de Engenharia Mecânica - Redação Técnica – 
A PRODUÇÃO DE RESUMO COMO REGISTRO DE LEITURA
	A função desse tipo de resumo é registrar sinteticamente uma leitura que procura apreender o pensamento do autor do texto-base e não levantar polêmicas em relação às suas idéias, afirmações ou conceitos. Trata-se, portanto, de uma leitura parafrástica. Na composição desse resumo, o autor não se preocupa em avaliar o texto-base, como ocorre na produção da resenha, por exemplo.
	Costa Val (1997)� apresenta algumas perguntas que orientam a elaboração desse tipo de resumo:
Como vou sinalizar para o futuro leitor qual é o tema central do texto-base?
Qual é o eixo do meu resumo; quando o leitor terminar de ler deve ter compreendido o quê?
Vou seguir a ordenação dada pelo autor do texto-base? Vou propor outra ordenação que considero demonstrar melhor as relações entre as idéias?
Que conceitos e explicações devo registrar?
Vou anotar algum exemplo? Qual? Por quê?
 O que resolvi não registrar é realmente dispensável?
É importante usar recursos que referenciam o autor do texto-base e, se necessário, os outros autores com os quais ele dialoga.
Vejamos um exemplo desse tipo de resumo.
 
CRESPO, Regina Aída. Os conceitos de cultura e ideologia. In: TOMAZI, Nelson Dalcio (coord.). Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 1993.
Resumido por: xxxx xxxx xxxx xxxx
	Crespo (1993) apresenta os diversos conceitos de cultura e ideologia e afirma que é pelas ciências sociais que os diferentes significados e interpretações podem ser compreendidos de forma mais adequada.
	Primeiramente, a autora apresenta as diversas definições de cultura, utilizando, para isso, os estudos realizados pelo sociólogo Raymond Willians. Segundo esse sociólogo o conceito de cultura está relacionado com dois outros conceitos: o de civilização e de história. São apresentados, também, os conceitos defendidos por Rousseau, Voltaire, Kant e Hegel.
	Em seguida, Crespo (1993) aborda o conceito de cultura do ponto de vista da Antropologia. Sob essa perspectiva cultura se refere a toda produção simbólica, trazendo em si todas as contradições da sociedade.
	Após discussões sobre os vários conceitos de cultura, a autora passa a explorar os conceitos de ideologia. Apoiando-se mais uma vez nos estudos de Raymond Willians, a autora discute as três perspectivas básicas de abordagem da ideologia apontadas pelo autor: 
	a) sistema de crenças de uma classe ou grupo social;
	b) sistema de crenças ilusórias, baseadas em critérios impossíveis de serem comprovados (por isso contrastariam com o conhecimento científico);
	c) processo geral de produção de significados e idéias.
	Para finalizar, a autora propõe estudar os conceitos de cultura e de ideologia de forma comparativa, ressaltando que tanto as discussões que partem do conceito de cultura quanto as que partem do conceito de ideologia necessitam responder como é que se relacionam esses dois campos (idéias e representações que os homens constroem sobre a sociedade) e o campo da produção e reprodução material dessa sociedade. Além disso, apresenta algumas críticas aos conceitos estudados, afirmando que o conceito de cultura não trabalha de forma satisfatória com a questão de política e do poder e o conceito de ideologia ressalta a subordinação do simbólico ao econômico. A autora defende que é preciso compreender qual o papel do conceito de cultura e ideologia dentro do processo social. 
Observe que, ao contrário do que ocorre no esquema em que se destacam as ideias mais relevantes, no resumo, essas ideias devem se relacionar. Para tanto, podem ser usados:
Conectivos/organizadores textuais, tais como: porque, portanto, mas, logo, assim, ainda que, como, por isso, sendo assim, uma vez que etc.
Verbos que ajudem a relacionar as ideias mais relevantes: apontar, definir, elencar, classificar, comparar, começar, acreditar, pensar, julgar, afirmar, explicar, expor, defender, argumentar, justificar, discorrer etc.
Pontos fundamentais na produção de um resumo
Não perder de vista a questão que o autor está discutindo.
Ficar atento aos argumentos que o autor usa e ao objetivo do texto.
O autor do resumo deve dialogar com o texto que resume.
 “Um resumo é um texto sobre outro texto, de outro autor, e isso deve ficar sempre claro...” (MACHADO, 2005, p.29)
Aspectos estruturais do resumo 
Os nomes do autor e da obra devem vir logo no início do resumo;
“As informações provenientes de um mesmo texto podem ser sumarizadas de diferentes formas, de acordo com a situação em que nos encontramos.” (MACHADO et al., 2005, p. 29)
O autor do resumo deve pensar no destinatário: professor, chefe na empresa, novo colega de trabalho;
Objetivo do professor: avaliar a compreensão, pelo aluno, das idéias globais.
Objetivo do chefe: ser informado rapidamente? 
As regras mais comumente aplicadas para a prática do resumo são:
Apagamento de elementos redundantes e supérfluos ou não relevantes. Incluem-se neste caso alguns adjetivos e advérbios; apostos.
Generalização de ideias do texto. O leitor deve ser capaz de, desprezando ideias particulares, registrar informações de ordem geral. Este conceito aproxima-se do de tematização.
Construção. Deve o leitor construir frases que incluam várias ideias expostas no texto, e fazê-lo de forma sintética.
Seleção de tópicos frasais quando claros e completos.
Combinação de dois ou três tópicos frasais de diferentes parágrafos quando repetem a mesma ideia.
PASSOS PARA RESUMIR UM TEXTO
seleção das ideias principais;
cancelamento das ideias irrelevantes;
agrupamento das ideias que se relacionam entre si;
adaptação da linguagem devido aos agrupamentos realizados.
Siqueira (1990:63) 
Cancelamento: cancelam-se palavras que se referem a pormenores que não são necessários à compreensão de outras partes do texto.
Generalização: pelo processo de generalização substituem-se "alguns elementos por outros mais gerais que os incluam".
Seleção: pela seleção eliminam-se os "elementos que exprimem detalhes óbvios". 
Construção: durante a fase de construção, substituem-se orações por outras novas.
Maria Teresa Serafini (1987:188-189)
No resumo como registro de leitura de um outro texto de outro autor, é preciso adotar procedimentos que evitem que o leitor tome como sendo nossas as ideias que, de fato, são do autor do texto resumido. 
Vejamos, então, alguns procedimentos para fazer referência ao autor do texto-base e aos outros com os quais ele dialoga:
a) Citação indireta: feita pela paráfrase do texto-base
 No entendimento de Coelho (2002)/ De acordo com Coelho (2002)/ Segundo Coelho (2002)/ Para Coelho (2002)...
Conforme apontado/indicado/observado por Coelho (2002)...
Conforme Coelho (2002) corretamente afirma/acentua/defende/ argumenta...
Segundo Coelho (2002), é possível...
Uma crítica feita por Coelho (2002)...
As proposições de Coelho (2002) privilegiam...
Tal abordagem foi sugerida por Coelho (2002) e seus conceitos foram ampliados por Berger (2004)...
Tal proposta se relaciona com o que Coelho (2002) denomina...
Há mais de uma década tem crescido o interesse por estudos dessa natureza (cf. PEREIRA & SANTOS, 1999, COELHO, 2002, BERGER, 2004)
Essa espécie foi encontrada em várias regiões do Brasil (ALVES, 2001).
b) Citação direta com até três linhas: é transcrita entre aspas no corpo do trabalho 
Para Garcez (2009, p. 09), “ a produção de textos é uma forma de reorganização do pensamento e do universo interior da pessoa.”
Coelho (2002) apresenta/argumenta/postula/defende/define/classifica/relata...
Coelho (2002) tem concentrado seus estudos em...
c) Citação direta com mais de três linhas: é transcrita em parágrafo distinto com recuo de 4cm.
	Em relação à intertexualidade, Garcez afirma que:
Um texto traz em si marcasde outros textos, explicitas ou implícitas. A esse fenômeno chamamos interetextualidade. Essa ligação entre textos pode ir de uma simples citação explicita a uma leve alusão, ou até mesmo a uma paródia completa, em que estrutura do texto inicial é utilizada como base para o novo texto. Essa associação é prevista pelo autor e deve ser feita pelo leitor de forma espontânea, na proporção em que partilhe conhecimentos com o autor.
d) Citação de citação: é a referência a uma parte de um texto do qual se tomou conhecimento por citação de outro autor. Deve ser evitada, pois é importante que se dê prioridade aos textos-fonte. Mas quando é necessário fazer citação de citação, usa-se a expressão apud ou citado por: 
Segundo Van Dijk (apud FONTANA, 1995, p. 86), “resumo é definido como um tipo de texto que apresenta uma versão até certo ponto pessoal da macroestrutura do texto-fonte.” 
Segundo Van Dijk (citado por FONTANA, 1995, p. 86), “resumo é definido como um tipo de texto que apresenta uma versão até certo ponto pessoal da macroestrutura do texto-fonte.” 
A PRODUÇÃO DE ESQUEMAS 
O que é um esquema? 
Qual(is) é/são a(s) função(ões) /finalidade(s) de um esquema? 
Qual é a configuração de um esquema? 
Que atividades estão envolvidas na produção de esquemas?
Em quais situações comunicativas, utilizamos estratégias próprias da ação de resumir?
ESQUEMA
De acordo com Coscarelli (online), o esquema é um conjunto de ideias mais importantes de um texto. Nos esquemas, essas ideias são apresentadas de forma organizada e concisa. Para essa autora, o esquema: “é um recurso que pode ser utilizado tanto na leitura quanto na produção de um texto. Na leitura, podemos usá-lo para destacar as ideias que mais interessam aos nossos objetivos. E na escrita, podemos lançar mão dele para selecionar e organizar bem as nossas ideias”.
Ao elaborar um esquema, o leitor/produtor do texto poderá perceber mais claramente as principais informações do texto e, assim, poderá visualizar melhor a forma de organização das ideias.
ROTEIRO PARA PRODUÇÃO DE ESQUEMAS
1. Leia o texto, procurando entendê-lo globalmente. Marque as ideias principais ou palavras-chave.
2. Pesquise o significado de vocábulos/conceitos/fatos/teorias desconhecidos. 
3. Organize os temas/assuntos em tópicos (e subtópicos). Utilize o recurso da nominalização.
3. Sintetize, redigindo enunciados curtos com informações relevantes.
(Obs. Veja se a partir do seu esquema você é capaz de reproduzir o que considera relevante no texto lido/produzido.)
ATENÇÃO: Esquema não é o mesmo que resumo! Você deve se expressar, preferencialmente, através de frases curtas.
Adaptado de: COSCARELLI, Carla. Curso Redigir (http://bbs.metalink.com.br/~lcoscarelli) 
Considere o seguinte texto-base:
Tradicionalmente, diz-se que várias são as formas de conhecer: o mito, o senso comum, a ciência, a filosofia, a religião e a arte. Diz-se também que essas formas diferem de acordo com a postura do sujeito frente ao objeto. Essa postura distinta gera diferentes enfoques e metodologias. A ciência pode estruturar seu saber por meio do método científico, que tem como eixo básico a experimentação e a formulação de hipóteses. A filosofia procura conhecer através da reflexão rigorosa, sistemática e radical, numa abordagem globalizante. A religião, através da fé, busca dar sentido transcendente ao mundo e à vida humana A arte, principalmente por meio da intuição, e da sensibilidade, propõe sua leitura de mundo, sua forma de conhecê-lo e e interpretar esse conhecimento. O senso comum é resultante das várias formas de conhecimento amalgamadas na herança do grupo cultural ao qual pertencemos e das experiências de cada um de nós. Já o mito é repleto de componentes imagéticos e arquetípicos, que conectados imprimem significado ao mundo. (SÁTIRO, Angélica e WUENSCH, Ana Miriam. Pensando melhor: iniciação ao filosofar. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 351) 
Agora, veja o esquema que pode ser produzido a partir desse texto-base:
SÁTIRO, Angélica e WUENSCH, Ana Miriam. Pensando melhor: iniciação ao filosofar. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 351) 
Sátiro e Wuensch (1997) destacam as formas de conhecer de acordo com a postura do sujeito:
1) Ciência: estrutura o saber por meio do método científico
2) Filosofia: conhece pela reflexão
3) Religião: dá sentido à vida pela fé
4) Arte: interpreta o conhecimento pela intuição e sensibilidade
5) Senso comum: resultado da herança e das experiências
6) Mito: dá significação ao mundo através dos símbolos e imagens
Agora compare com o resumo que pode ser produzido a partir do mesmo texto-base.
SÁTIRO, Angélica e WUENSCH, Ana Miriam. Pensando melhor: iniciação ao filosofar. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 351) 
Sátiro e Wuensch (1997) afirmam que as formas de conhecer diferem de acordo com a postura do sujeito. A ciência estrutura o saber por meio do método científico; a Filosofia conhece pela reflexão; a religião dá sentido à vida pela fé; a arte interpreta o conhecimento pela intuição e sensibilidade; o senso comum é resultante das diferentes experiências e o mito dá significado ao mundo através dos símbolos.
 
�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������
Vejamos mais um exemplo de esquema. Observe a hierarquização das informações a partir da numeração progressiva. 
Sistemas de acionamento de robôs
Elétrico
motor de corrente contínua
motor de passo
motor de corrente alternada
vantagens 
eficiência calculada, controle preciso
envolve uma estrutura simples e fácil manutenção
não requer uma fonte de energia cara
custo relativamente pequeno
desvantagens
não pode manter um momento constante nas mudanças de velocidade de rotação
sujeito a danos para cargas pesadas suficientes para parar o motor
baixa razão de potencia de saída do motor e seu peso, necessitando um motor grande no braço
Pneumático
composto de motores pneumáticos de movimento rotativo e cilindros pneumáticos de movimento deslizante
preferível em aplicações envolvendo
baixa precisão
necessidade de baixo custo
altas velocidades
transferências de pequenas e medias cargas
vantagens 
pode operar em velocidades extremamente altas. 
custo relativamente pequeno. 
fácil manutenção. 
pode manter um momento constante em uma grande faixa de velocidade. 
pode manter alto o momento por longos períodos de tempo sem danos, quando parado. 
desvantagens
não possui alta precisão. 
está sujeito a vibrações quando o motor ou cilindro pneumático é parado
Hidráulico
composto de motor de movimento rotativo e cilindro para movimento deslizante. 
controle através de válvulas que regulam a pressão do óleo nas duas partes do cilindro e que impulsionam o pistão
vantagens
momento alto e constante sob grande faixa de variação de velocidade
precisão de operação (menor que o elétrico e maior que o pneumático)
pode manter um alto momento para um longo período de tempo quando parado. 
desvantagens
requer uma fonte de energia cara
requer uma manutenção cara e intensa
requer válvulas de precisão caras
sujeito a vazamento de óleo.
Texto adaptado de slides disponíveis em:
http://www.fem.unicamp.br/~hermini/Robotica/Apresenta/aula2.pps#257,1,Slide 1
Atividade 01
Leia o texto abaixo:
Este trabalho tem como objetivo a análise do aproveitamento da energia eólica, que como todas as demais energias possuem certas vantagens e desvantagens; o que a faz diferente não é só um fato ou outro, é o conjunto como um todo. Além de esta ser uma fonte de energia renovável, ela pode ser utilizada para o fornecimento de energia para pequenas populações onde não há um acesso de energia direto e também não necessita de grandes investimentos.
O aproveitamento deste tipo de energia decorrente dos avanços tecnológicos do setor contribuiubastante para a definição deste tema como um trabalho de estudo em fase do término do curso de graduação de Engenharia. Com isso, o foco desse projeto é ressaltar a importância do uso da energia renovável neste início do século XXI e demonstrar o diferencial da energia proveniente dos ventos.
Um dos grandes tormentos do mundo de hoje é a questão relativa à energia: o aproveitamento desta ainda não atingiu um nível satisfatório, visto que a imensa maioria da energia utilizada no planeta é de origem não renovável, seja de fonte mineral ou atômica.
Atualmente, quando falamos em geração de energia, em qualquer parte do mundo a primeira visão que se tem é a de maior distribuição possível juntamente com a maior economia envolvida. Esses foram os principais fatores que nos levaram a desenvolver um trabalho relacionado à energia renovável. E, através desse conhecimento aponta-se a energia eólica como um tipo de energia bem diferenciado dos demais e que vem indicando resultados significativos de crescimento tanto em países desenvolvidos como em países emergentes.
Esta última vantagem pode ser explorada por pessoas que queiram montar um módulo de energia próprio ao redor de suas casas e não precisar mais se filiar às empresas. Mas claro também há desvantagens que devem ser levadas em conta, como o barulho provocado, que não é muito elevado se o módulo for freqüentemente monitorado, a área ocupada que deve ser específica (sem muitas elevações e habitações por perto), e principalmente que hoje como esta tecnologia ainda não está totalmente desenvolvida e o seu custo ainda é um pouco elevado, de modo que é muito difícil uma população ter o seu próprio fornecimento de energia elétrica gerada por meios eólicos e também que seu aproveitamento ainda não é satisfatoriamente elevado, entretanto esses fatores podem ser superados com o desenvolvimento desta tecnologia.
Para esclarecimentos sobre os tipos de energias que dispomos atualmente, as mesmas são divididas basicamente em dois tipos de acordo com as suas fontes.
Uma delas é a energia de fonte não-renovável onde se pode dizer que são aquelas que se encontram na natureza em quantidades limitadas e se extinguem com a sua utilização como, por exemplo, os combustíveis fósseis (carvão, petróleo bruto e gás natural) e o urânio, que é a matéria-prima necessária para obter a energia resultante do processo de fusão nuclear.
O outro tipo de energia utilizada em larga escala é a energia renovável onde não é possível estabelecer um fim temporal para a sua utilização como, por exemplo, o calor emitido pelo sol, a existência do vento, das marés ou dos cursos de água sendo assim consideradas, justamente, inesgotáveis, mas limitadas em termos da quantidade de energia que é possível extrair em cada momento.
Para justificar o desenvolvimento de energias do tipo “renováveis” podemos analisar, primeiramente, a atual dependência que temos de recursos energéticos não-renováveis que pela estimativa se pode prever a futura escassez que haverá dos mesmos. Outro fator importante é a busca permanente de novas opções tecnológicas energéticas que não geram degradação da atmosfera, do solo, de recursos hídricos e do meio ambiente de uma maneira geral, sempre levando em conta as fontes de energia intermináveis que temos no planeta.
Apesar desses fatores, as fontes de energia renováveis ainda são pouco utilizadas devido aos custos de instalação, à inexistência de tecnologias e redes de distribuição experimentadas e, em geral, ao desconhecimento e falta de sensibilização para o assunto por parte dos consumidores e dos municípios.
Ao ritmo que cresce o consumo dos combustíveis fósseis, e tendo em conta que se prevê um aumento ainda maior em médio prazo, colocam-se dois importantes problemas: o primeiro são questões de ordem ambiental que se destacam mais detalhadamente a seguir e o segundo é o fato dos recursos energéticos fósseis serem esgotáveis. As fontes de energias renováveis surgem como uma alternativa ou complemento às convencionais. 
É impossível apontar o preciso momento na história em que foi descoberta ou desenvolvida a energia proveniente dos ventos. Mas é possível analisar e relacionar alguns períodos de maior incidência do uso desta energia.
Os princípios de estudos científicos são relacionados com a tentativa de entender o meio ambiente; infelizmente, na época, os homens não eram incentivados para a autocrítica e não praticavam a experimentação.
Acredita-se que foram os egípcios os primeiros a fazer uso prático do vento. Em torno do ano 2800 a.C. eles começaram a usar velas para ajudar a força dos remos dos escravos. Eventualmente, as velas ajudavam o trabalho da força animal em tarefas como moagem de grãos e bombeamento de água. 
Os persas começaram a usar a força do vento poucos séculos antes de Cristo, e por volta de 700 d.C. eles estavam construindo moinhos de vento verticais elevados para serem usados como força nas mós, na moagem de grãos. 
Outras civilizações do oriente médio, mais notavelmente os muçulmanos, continuaram onde persas deixaram e construíram seus próprios moinhos de vento. Com o retorno das cruzadas, pensou-se que eles tinham trazido idéias sobre moinhos de vento e desenhos para a Europa, mas provavelmente foram os holandeses que desenvolveram o moinho de vento horizontal, com hélices, comuns nos campos dos holandeses e ingleses.
As forças do vento e da água logo se tornaram a fonte primária da energia mecânica medieval inglesa. Durante esse período, os holandeses contaram com a força do vento para bombeamento de água, moagem de grãos e operações de serraria. 
Os primeiros moinhos de vento nas novas colônias inglesas eram duplicatas das máquinas inglesas. Muitos dos desenhos melhorados na Holanda eram virtualmente ignorados. Por volta de 1850, Daniel Halliday começou a desenvolver o famoso moinho de vento americano de fazenda. Usado principalmente para bombear água, essa máquina é o familiar moinho de vento multi-lâmina, ainda visto hoje em muitas áreas rurais. Mesmo hoje, as fazendas de gado, não seriam possíveis em muitas partes da América e Europa sem essa máquina.
A geração de eletricidade pelo vento começou em torno do início do século, com alguns dos primeiros desenvolvimentos creditados aos dinamarqueses. Pelo ano de 1930, cerca de uma dúzia de firmas americanas estavam fazendo e vendendo esses "carregadores de vento", na maior parte aos fazendeiros do ventoso Great Plains. Tipicamente, essas máquinas poderiam fornecer até 1000 Watts de potência quando o vento estivesse soprando.
Muitos países europeus construíram enormes geradores de vento. Durante os anos 1950 e 1960, os franceses construíram desenhos avançados de unidades de 100 kW a 300 kW. Os alemães construíram geradores de vento para prover força extra para sua linha de utilidades, mas por causa da rígida competição dos geradores de fluído fóssil, essas máquinas experimentais foram eventualmente descartadas.
Uma das mais memoráveis máquinas de vento, foi a máquina de Smith-Putman, construída perto de Rutland, Vermont- USA, durante os anos 1940. Esta enorme máquina com lâminas de 50 m, foi desenhada para fornecer 1250 kW, para a malha de forças de Vermont.(...)
(Fragmento de trabalho acadêmico do curso de Engenharia Mecânica sobre geração de energia eólica.)
A) O texto apresentado é a introdução de um trabalho acadêmico e o seu objetivo está explicitado logo no primeiro parágrafo. Em quantas partes esse texto pode ser dividido? Que título pode ser dado para cada uma das partes? 
B) Cada uma dessas partes pode ainda ser dividida em subpartes. A indicação dessas partes e subpartes constitui um esquema. Divida as partes em subpartes, considerando um leitor que tem a intenção de conhecer sobre o tema “Energia eólica”
C) A partir do esquema construído, produza um pequeno resumo do texto, para dar informações centrais mínimas sobre o tema e convencer o destinatário para que leia o texto. 
I. RESUMOQUE ANTECEDE UM TEXTO-BASE (ARTIGO, TESE DE DOUTORADO, DISSERTAÇÃO DE MESTRADO, ETC.)
Segundo Motta-Roth� (2001), o resumo que antecede um texto acadêmico (abstract) é um texto breve que encapsula a essência do texto que precede. No caso do artigo acadêmico, o abstract tem o objetivo de sumarizar, indicar e predizer, em um parágrafo curto, o conteúdo e a estrutura do texto integral que segue. Esse tipo de resumo ajuda o pesquisador a ter acesso rápido e eficiente ao crescente volume de publicações científicas e serve também para persuadir o leitor a continuar lendo o texto integral. 
Qual é a estrutura básica de um abstract?
Em geral, esse tipo de resumo busca responder às seguintes questões: por que o estudo foi realizado? Como o estudo foi realizado? Quais os resultados obtidos? Qual a significação desses resultados para a área? 
A extensão do resumo depende do fim a que se destina:
	a) para notas e comunicações breves, os resumos devem ter até 100 palavras;
	b) para monografias e artigos, até 250 palavras;
	c) para relatórios e teses, até 500 palavras.
Atividade 02
A seguir são apresentados alguns exemplares de abstracts, extraídos de artigos que tratam de temas relativos ao seu campo de estudo. Identifique nos textos apresentados os trechos que respondem às questões propostas por Motta-Roth (2001).
Um Ambiente Multimídia na Área de Expressão Gráfica Básica para Engenharia
Angela Dias Velasco
RESUMO: O trabalho relata o desenvolvimento de um ambiente multimídia, na área de expressão gráfica, destinado a auxiliar o ensino das disciplinas que lhe são pertinentes como, por exemplo, Desenho Geométrico e Desenho Técnico. Discute inicialmente o ensino de desenho, definindo um quadro de referência que mostra a necessidade premente de novas propostas didáticas que incorporem novas tecnologias e objetivem auxiliar e complementar conteúdos do ensino presencial, de forma a otimizar e melhorar o rendimento acadêmico. Resume as premissas teóricas assumidas no planejamento do ambiente e descreve sua execução, mostrando os fatores que influenciaram as tomadas de decisões. Coloca os resultados de uma primeira avaliação feita junto ao público alvo. Conclui que a proposta é de utilidade inegável, teve excelente recepção, promoveu maior satisfação e motivação dos alunos, a melhor compreensão da teoria dada e a melhor dinâmica em sala-de-aula. Conclui também que o que foi feito é só o início e são necessários mais investimentos e pessoal envolvido.
VELASCO, Ângela. Um ambiente multimídia na área de expressão gráfica básica para Engenharia. Revista de Ensino de Engenharia, Vol. 29, No 1 (2010).
Reflexões de um engenheiro sobre ciência, tecnologia e educação
Waldimir Pirró 
RESUMO: O presente texto expõe reflexões sobre a atual dinâmica da evolução tecnológica e seus impactos sociais, com ênfase naqueles que dizem respeito não somente às necessidades educacionais dos engenheiros, mas de todos os cidadãos. Para tanto, são apresentados alguns aspectos de recentes desenvolvimentos tecnológicos e de suas consequências sobre os indivíduos e sobre a sociedade em geral. Em seguida, são, sinteticamente, expostas algumas tendências previstas na área educacional. O objetivo final é contribuir para a discussão de qual escola seria apropriada para dar conta do cenário social atual e aquele que se vislumbra duas décadas adiante.
PIRRÓ, Waldimir Pirró. Reflexões de um engenheiro sobre ciência, tecnologia e educação. Revista de Ensino de Engenharia, Vol. 29, No 1 (2010).
Desenvolvimento sustentável: a engenharia atendendo a necessidade das atuais gerações sem comprometer a capacidade das futuras em satisfazer as suas necessidades
Antonio Francisco Savi, Eduardo Vila Gonçalves Filho, Erika Monteiro de Souza e Savi
RESUMO: As organizações de hoje cada vez mais enfrentam um ambiente dinâmico, convivendo com altas taxas de inovação tecnológica e um elevado nível de competitividade e conseqüentemente desafios tentando manter um ambiente sustentável. Para enfrentar estes desafios, é necessário que se mantenham em permanente melhoria, operando dinamicamente conforme a evolução tecnológica no seu ramo de atividade sem afetar o meio ambiente. Grande parte dessa tecnologia advém das varias áreas de engenharia com as mais variadas técnicas e abordagens para manter o desenvolvimento sustentável. Esta pesquisa apresenta como método o tipo qualitativo, com objetivo exploratório-descritivo, com dados secundários. Este trabalho descreve qual e como as engenharias podem ajudar nesse ínterim, demonstrando alguns trabalhos e sistemas de sucesso para o desenvolvimento sustentável em várias áreas.
Palavras-chave: Gestão do Conhecimento; Meio Ambiente; Desenvolvimento Sustentável. 
SAVI, Antonio Francisco, GONÇALVES FILHO, Eduardo Vila, SOUZA, Erika Monteiro de. Desenvolvimento sustentável: a engenharia atendendo a necessidade das atuais gerações sem comprometer a capacidade das futuras em satisfazer as suas necessidades. II CONGRESSO BRASILEIRO DE SISTEMAS. Ribeirão Preto – SP (s/d)
Análises numérica e experimental de perfis de aço formados a frio comprimidos submetidos à temperaturas elevadas 
Saulo José de Castro Almeida & Jorge Munaiar Neto
RESUMO: A crescente utilização dos perfis de aço formados a frio na construção civil brasileira motivou a elaboração de procedimentos normativos que subsidiassem o dimensionamento desses perfis em temperatura ambiente e, mais recentemente, em situação de incêndio. Porém, embora haja o entendimento da necessidade de estudar o comportamento de elementos e estruturas em aço formado a frio em temperaturas elevadas, tal conhecimento ainda está sendo construído, o que pode ser evidenciado pelo pequeno número de pesquisas desenvolvidas até o momento. Esse trabalho busca ampliar o entendimento do comportamento de perfis de aço formados a frio em temperaturas elevadas via análises, experimental e numérica. 
Palavras-chave: Análise estrutural. Perfis de aço formados a frio. Análise experimental. Análise numérica. Temperaturas elevadas 
ALMEIDA, S. J. C.; MUNAIAR NETO, J. Análises numérica e experimental de perfis de aço formados a frio comprimidos submetidos a temperaturas elevadas. Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos,  v.11, n. 53, p. 99-103, 2009.
O aproveitamento da energia eólica
F.R. Martins; R.A. Guarnieri e E.B. Pereira
RESUMO: Diversos estudos realizados nos últimos anos têm apontado as implicações e impactos sócio-ambientais do consumo de energia. As fontes renováveis de energia são apresentadas como a principal alternativa para atender as demandas da sociedade com relação à qualidade e segurança do atendimento da demanda de eletricidade com a redução dos danos ambientais decorrentes do consumo de energia. Este artigo apresenta uma revisão dos conceitos físicos relacionados ao emprego da energia cinética dos ventos na geração de eletricidade. Inicialmente, o artigo descreve a evolução do aproveitamento da energia eólica, incluindo dados e informações sobre a situação atual do uso desse recurso para geração de energia elétrica. O artigo apresenta uma descrição dos aspectos dinâmicos dos ventos e circulação atmosférica na Terra, incluindo a descrição dos fatores que influenciam a velocidade e direção dos ventos nas proximidades da superfície de nosso planeta. A modelagem e previsão dos ventos são discutidas apresentando os principais resultados obtidos com as metodologias empregadas no Brasil. Os aspectos relacionados à estimativa e previsão da potência eólica são abordados ressaltando a importância de uma base de dados de vento de qualidade para a determinação da confiabilidade dos resultados fornecidos pelos modelos numéricos.
Palavras-chave: energia eólica, circulação atmosférica, modelos numéricos, modelagem atmosférica.
MARTINS, F.R. GUARNIERI, E.B. Pereira. O aproveitamento da energia eólica. Revista Brasileira de Ensino de Física. Vol.30, nº 1, São Paulo,   2008.� COSTA VAL, Maria da Graça. Programa-piloto de inovação curricular e capacitação de professores do Ensino Médio: Módulo II, 2ª série. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, 1997.
� MOTTA-ROTH, Désirée (org.). Redação Acadêmica: princípios básicos. Santa Maria: Imprensa Universitária, 2001.

Continue navegando