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Pequeno Manual do Projeto Sustentável

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Pequeno Manual do Projeto Sustentável
O terreno escolhido acarreta a densificação da cidade? 
A necessidade de deslocamento e a impermeabilização do solo são grandes fatores do aumento dos gases de efeito estufa.
As infraestruturas existentes ou projetadas são suficientes e satisfatórias? 
Se já houver uma infraestrutura que seja qualificada e atenda às necessidades de energia elétrica, rede de água e de esgoto, pode ser feita uma reforma, assim materiais e energia são economizados.
O lugar é atendido por meios de transporte público e acessível a pedestres e a usuários de meios de transporte alternativos? 
É de suma importância a acessibilidade de transportes públicos (são considerados acessíveis caso seus pontos estejam situados a menos de 400m) e meios de transporte alternativos (como bicicletas), pois assim carros deixam de ser a única maneira de acesso ao local. Além disso o transporte público garante fácil acesso a pontos e serviços da cidade.
Há serviços no entorno do imediato? 
Um local que forneça oportunidades iguais a diversas gerações e classes sociais, garante valo a sustentabilidade do projeto. Dentre essas oportunidades destacam-se: escolas, serviços públicos, comércio, esporte, cultura, lazer, etc. A junção desses fatores garante a qualidade de vida e igualdade de oportunidades, assim gerando a paz social.
Uma nova construção é indispensável para atender as necessidades? 
Para a demolição, descarte ou reciclagem de um edifício já existente, haverá um gasto de energia, geração de ruído e poeira, sem contar o impacto social e/ou cultural. Portanto é indispensável a avaliação da real necessidade da demolição, podendo optar pela reforme e/ou expansão, sendo estas opções ecologicamente corretas.
O lugar possui boa insolação? 
A insolação no terreno também é importante, pois permite a obtenção de energia solar passiva, o que garante uma aproveitamento maior da luz do Sol, economizando energia e garantindo conforto aos moradores. Também deve ser estudado a angulação da incidência solar ao longo do ano, para um aproveitamento maior ainda.
O solo é contaminado? 
Construir em solo contaminado também é uma boa opção, pois descontamina o terreno e evita a passagem de poluentes para os lençóis freáticos .
O lugar conta com vegetação de qualidade? 
A vegetação danificada durante uma construção deve ser compensada em outro lugar, porém próximo, ou ainda, no terreno.
O lugar é afetado por fatores de desconforto ambiental? 
Deve-se fazer um estudo de emissões sonoras e eletromagnéticas, qualidade do ar no entorno, pois são os principais fatores de desconforto ambiental. 
A construção proposta contribui para a diversidade funcional? 
É importante saber se a função do edifício se adapta ao bairro e à cidade, pois em um bairro onde encontramos diversas funcionalidades como comércio, empresas, moradia, ensino e lazer, garante que o morador não tenha que se deslocar até esses pontos, diminuindo o consumo de combustível e consequentemente, a emissão de gases de efeito estufa.
O empreendimento promove a diversidade social? 
A disponibilidade dessas funções garante interação e participação de todas as esferas, garantindo um bom convívio social e evitando conflitos.
O programa de necessidades promove a densidade adequada? 
O programa e a área devem se adaptar ao lugar. Maximizando a densidade da infraestrutura, evita-se expansão urbana.
Qual o impacto do edifício no âmbito social? 
A necessidade do local deve ser levada em conta para não gerar um impacto negativo no bairro, pois cada nova infraestrutura e os programas e moradores que trazem, afeta de uma forma, trazendo melhorias para as necessidades ou acaba por piorar.
Qual o impacto do edifício sobre o entorno imediato? 
Devido aos impactos gerados (olfativo, acústicos, visuais, luminosos, etc.), o programa de necessidades deve desenvolver soluções e melhorias (arborização, afastamento de outros edifícios, áreas externas, etc.).
O programa permite certa flexibilidade? 
O edifício deve ser durável, para isso, seu programa deve permitir a compatibilidade de usos futuros, como reformas e ampliações. Espaços muito especializados não permitem isso. 
Quais espaços podem ser compartilhados? 
Através de um estudo do programa de necessidades, podemos tornar um mesmo espaço disponível para diferentes atividades, o que garante uma economia de espaço, material, além de ser uma forma de convívio de diferentes usuários. Como exemplo temos lavanderias comunitárias, depósitos, área de atividades coletivas, etc.
O edifício cria um microclima urbano? 
A altura e largura de um edifício, bem como o espaço que ocupa na implantação, acaba por influenciar no clima no seu entorno, seja de maneira positiva ou negativa. Através de sua altura, posicionamento, localização e fachada, podemos ter uma obtenção melhor da luz solar, dos ventos (não só no edifício, mas também sua passagem entre as outras construções), criando um ambiente melhor.
O projeto gera desconfortos eventuais no entorno? 
Os desconfortos podem ser sonoros, olfativos, visuais ou lumínicos. É importante o estudo das necessidades e do que o local do edifício comporta, para que a funcionalidade não gere desconforto e impactos negativos no ambiente.
O que acontece com as águas pluviais e residuais? 
A água da chuva pode ser coletada para fins de reuso, e as residuais¹ podem ser coletadas 
O edifício projetará sombras na área vizinha? 
Devido a sua altura e orientação solar, o edifício poderá projetar sombras na área vizinha. Em alguns casos, o Código de Obras abordará esse ponto, especificando a altura permitida em cada região do município. Mas quando não é o caso, será necessário desenvolver um estudo de insolação e das sombras projetadas, para assegurar que a mova construção não prejudique o conforto das já existentes. 
A orientação solar do edifício é otimizada? 
Cada zona climática possui sua orientação solar. Por isso cada área deve ser estudada de acordo com sua orientação ideal. Porém isso não significa que deva haver apenas uma orientação. Pois espaços sombreados também são necessários, assim como a ventilação cruzada. A fachada Norte fornece uma quantidade maior de iluminação, por receber a iluminação da tarde. Já a leste, recebe a iluminação da manhã, o que a torna melhor para os dormitórios. Ambientes bem iluminados naturalmente ajudam a combater a depressão.
Os espaços externos favorecem um microclima protegido? 
Deve-se pensar na implantação o bloqueio de ventos, o nível de insolação, proteção solar ou acústica, revestimentos que protejam de sol e chuva, etc. O conforto para o convívio nessas áreas externas também deve ser pensado.
A vegetação existente está preservada? 
O desenvolvimento de uma árvore demora anos para se completar e assim beneficiar seu entorno. Por isso, a vegetação existente deve ser preservada, caso as plantas estejam em bom estado e saudáveis. Em terrenos degradados, as espécies nativas devem ser preservadas pois permitem a reconstituição do húmus necessário para o desenvolvimento da vegetação.
O projeto fornecerá o surgimento de um novo biótopo²? 
Com um projeto que permita a instalação de biótopos, a fauna e a flora podem se desenvolver e se adaptar ao clima e ao solo, protegidas dos desconfortos ambientais e da poluição.
O edifício e seus espaços externos minimizam a impermeabilização do solo? 
Ao reduzir a impermeabilização, incentivamos um possível processo de repovoamento vegetal e a drenagem natural da água da chuva, alimentando o lençol freático. Há muitas variedades de materiais que aguentam uma grande carga e que permitem a drenagem das águas. A única exceção é caso o solo for poluído, pois assim, os lençóis freáticos são poluídos pela drenagem.
O projeto minimiza operações de terraplanagem? O entulho é reutilizado no terreno? 
A modificação na topografia do terreno pode alterar o equilíbrio hídrico e ecológico da área. A criação de platôs e subsolos gera uma grande quantidade de entulho, e seu transporte gera um desconfortodevido à poluição, ruídos e a sujeira e poeira. Uma opção é reutilizar esses materiais no próprio terreno.
A organização das circulações e dos acessos garante a segurança, principalmente dos pedestres e dos ciclistas? 
Os fluxos devem privilegiar os caminhos para pedestres (inclusive PNEs) e meios de transportes alternativos (como ciclismo). As vias para automóveis de todos os tipos devem ser confinadas, para que seja evitado qualquer riscos aos demais usuários. Essas vias devem ser identificadas, sinalizadas e separadas.
Os acessos são fáceis e únicos para todos os usuários, incluindo as pessoas com necessidades especiais? 
Os acessos de preferência devem permitir a entrada facilitada para pessoas normais, PNE, idosos e gestantes ou com carrinhos de bebês. Esses acessos devem ser sinalizados de forma clara em todos os pontos. 
O volume do edifício é suficientemente compacto? 
Com o objetivo de uma maior eficiência energética, deve-se reduzir as superfícies de troca térmica entre o interior e o exterior. Além disso, deve-se minimizar a impermeabilização do solo, o que diminui o impacto sobre o ambiente. Um edifício compacto também usa menos material e consequentemente mão de obra e gasto energético. Porém, em climas mais quentes e úmidos, o espaço deve ser ampliado, facilitando a ventilação natural.
A volumetria dos edifícios permite a flexibilidade de uso? 
A construção de um edifício demanda gasto material, energético, de mão de obra e sem contar nos impactos no entorno. Por isso, um espaço que possa ser reutilizado com outro meio, economiza um gasto para destruir e construir outro. O que gera menos impacto no meio ambiente e menos gasto.
É possível abrir ao público os espaços não edificados do terreno? 
A abertura de espaços de lazer como quadras e áreas verdes, pode temporariamente suprir a falta desse tipo de necessidade de forma acessível em grandes centros urbanos. E assim beneficia um número de pessoas bem maior do que só os usuários, promovendo um bem maior para o bairro. Em caso de edificações públicas, esses espaços podem ser abertos em horários que os prédios não estejam funcionando.
A privacidade dos usuários e habitantes é preservada? 
entre a parte exterior e interior, deve haver bloqueios visuais, sendo de preferência flexíveis e reguláveis, garantindo assim o mínimo de privacidade. O que também pode ser feito, são bloqueios estratégicos pensados já na elaboração de projetos. 
Todos os ambientes possuem uma boa iluminação natural? 
Em locais onde há um grande período de permanência, deve haver incidência de luz natural em abundância e qualidade, assim há uma qualidade visual, de conforto térmico além de consumir menos iluminação artificial.
Os espaços contam com ventilação natural? 
O consumo energético apenas de meios de ventilação artificial podem representar um terço de todo o consumo, por isso quando a promovemos de maneira natural através de aberturas estratégicas nas fachadas e cômodos, fornece uma ventilação natural e agradável, que é muito importante principalmente no verão.
A relação entre as superfícies envidraçadas e opacas, das fachadas foi objeto de um cálculo específico? 
A proporção de superfícies envidraçadas é determinada pela orientação da fachada, características técnicas do vidro, zona climática e a dimensão do ambiente a ser iluminado. O principal objetivo é obter equilíbrio entre s necessidades de insolação e iluminação, gerando um ganho solar passivo necessário para um conforto térmico. Para isso é necessário um estudo de insolação no entorno e cálculos de otimização de respostas para diferentes restrições.
As fachadas são protegidas do sol corretamente? 
Apesar da iluminação ser necessária, o seu excesso gera desconforto e acaba aquecendo o ambiente. Em certas fachadas, para evitar a incidência solar direta e prejudicial, é necessário o uso de proteções solares, como brises e cobogós. Também é possível com meios passivos, como varandas e vegetação.
Existem zonas de proteção térmica em caso de intempéries? 
Ambientes que não necessitam do conforto climático, podem ser localizadas em fachadas ensolaradas ou totalmente sombreadas e então atuarem como câmaras térmicas.
Quais espaços externos devem ser protegidos de intempéries e do sol? 
Em áreas externas, ao cobrirmos um determinado espaço, este pode ser reaproveitado, já que antes, devido a incidência e falta de proteção solar, não era utilizado.
As águas pluviais e residuais podem ser coletadas? 
A coleta de águas da chuva através do telhado podem ser armazenadas em cisternas ou tanques e podem ser reaproveitados para fins de reuso. Já as águas cinzas também podem ser tratadas através de tanques filtrantes, fitorremediação³ ou outros dispositivos de depuração, assim evita o sobrecarregamento das redes de esgoto, o que reduz os riscos de inundação e, principalmente, possibilitam a reutilização das águas coletadas e tratadas para descarga de bacias sanitárias, regar jardins, e limpeza de áreas externas.
Como são utilizadas as coberturas das edificações? 
As coberturas, quando não acessíveis, podem ser usadas para instalação de painéis fotovoltaicos ou telhados verdes com captação de água. Mas para isso deve haver um estudo da cobertura, de acessibilidade para a cobertura para instalações e manutenção, etc.

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