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embargos a execucao fiscal

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DIREITO TRIBUTÁRIO II
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL
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CONCEITO
É via processual incidental à execução deflagrada, revelando-se como ação própria, autônoma, de natureza cognitiva, com a qual o devedor tem a chance de, alegando tudo o que for lícito e julgar adequado, de fato e de direito, discutir a validade da execução, estando livre para produzir todas e quaisquer provas, tentando inviabilizar a efetividade do processo ajuizado, demonstrando que a pretensão executiva do autor exequente é infundada, almejando alvejar o título executivo e assim ver reconhecido o equívoco da cobrança.
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Com os embargos pretende-se atacar o objeto da execução fiscal, propiciando uma readequação do título e uma recompensação do montante correto. E as vezes os embargos são ajuizados apenas em face de alguns atos executivos, mas não necessariamente da execução propriamente dita.
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Para Alexandre Freitas Câmara: os embargos à execução possuem caráter de prejudicialidade, pois revelam demanda que deverá ser apreciada antes do desfecho do processo executivo atacado, influenciando de modo direto na sua decisão, podendo fulminá-lo ou então provocar mudança de teor substancial em seu objeto. E ainda, pode-se falar em caráter prejudicial também porque, havendo garantia oferecida pelo embargante, o juiz pode atribuir efeito suspensivo ao feito executivo e assim afetar a continuidade da execução, suspendendo-a até o julgamento final da ação embargante, nos termos do que regula o art. 739-A, CPC.
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Os embargos não se confundem com qualquer modalidade de recurso, não se aproximam da contestação e das modalidades naturais de defesa do réu em processo de conhecimento, nem sequer se equiparam às exceções . Traduzem uma ação autônoma cognitiva, ajuizada contra uma ação executiva e, deve o embragante respeitar todos os requisitos de uma ação, suas condições e seus fundamentos processuais.
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TEMPESTIVIDADE
Deferida a ação de execução fiscal pelo juiz, seu despacho importa em ordem para citação do réu, intimando-o para penhora, se não quiser pagar ou garantir por outra via (art. 7º, LEF);
Citado o executado nos termos do art. 8º da LEF, este terá 05 dias para pagar a dívida ou, oferecer garantia, se pretender embargar;
Para garantir o juízo para oferecer embargos, o executado deve ser valer de uma das modalidades previstas no art. 9º, LEF.
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Garantida a dívida por uma das formar do art. 9º, LEF(depósito, penhora ou fiança bancária), o prazo para ajuizamento dos embargos será de 30 dias, conforme previsto no art. 16 da LEF, contados da data da juntada do comprovante do depósito; da data da intimação de penhora ou da juntada aos autos do comprovante da fiança bancária.
Na execução fiscal o prazo para embargar é dobrado (30 dias, diferente dos 15 dias do CPC) e não corre da juntada aos autos do mandado citatório.
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Os embargos devem ser opostos pelo executado no prazo de 30 dias, que começa a correr (art. 16 da LEF): (i) do depósito: A Corte Especial do STJ já pacificou o entendimento de que, embora o art. 16, I, da LEF afirme que o prazo corre do depósito, uma vez efetivado o depósito em garantia pelo devedor, deve-se reduzi-lo a termo, para dele tomarem conhecimento o juiz e o exequente, iniciando-se o prazo para oposição de embargos a contar da data da intimação do termo. Isso porque somente a partir daí passa o devedor a ter segurança quanto à aceitação do depósito e a sua formalização (EREsp 1.062.537/RJ Rel. Min. Eliana Calmon, DJe de 4.5.2009). 
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(ii) da juntada da prova da fiança bancária: também nesse caso, entende o STJ que há de ser formalizado o termo de penhora, do qual o executado deverá ser intimado, e, partir de então, fluirá o lapso temporal para a defesa (REsp 621.855/PB, 4ª Turma, rel. Ministro Fernando Gonçalves). (iii) da intimação da penhora: o STJ, em julgamento sob a sistemática de recursos repetitivos, pacificou a orientação de que o termo inicial para a oposição dos Embargos à Execução Fiscal é a data da efetiva intimação da penhora, e não a da juntada aos autos do mandado cumprido (REsp 1.112.416/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, Primeira Seção, julgado em 27/05/2009). 
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Outra discussão, bastante relevante, diz respeito aos casos em que o devedor adere a programa de parcelamento no curso da execução fiscal. O STJ entende que o parcelamento, assim como qualquer outra causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário posterior ao ajuizamento da execução fiscal, ostenta o condão somente de obstar o curso do feito executivo, e não de extingui-lo (REsp 957.509/RS, 1ª Seção, rel. Min. Luiz Fux). Se a parte pede o parcelamento, está reconhecendo o débito, motivo pelo qual há preclusão lógica a impedir a oposição de embargos. Caso o devedor já tenha oposto embargos, deverá desistir destes para a sua inclusão em parcelamento fiscal, caso em que a Lei dispensará o pagamento de honorários, nos termos do art. 6º, § 1º, da Lei nº 11.941/09.
 
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Muito se questionou sobre a legalidade da garantia da execução para oferecimento dos embargos, haja vista as alterações introduzidas pela L. 11.382/06, que altera o art. 736 do CPC, onde consta que os embargos serão admitidos independente de oferecimento de garantia pelo devedor.
Entretanto pelo princípio da especialidade, a LEF não pode sofrer alterações através de lei que altera apenas normas gerais, devendo ser obedecido os ditames do art. 16, parágrafo 1º, LEF.
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Assim que o Juiz recebe os embargos à execução fiscal, ocorre o efeito suspensivo da execução, até ulterior decisão.
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MODELO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO

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