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caso 10 prática

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1º VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
CAMPINAS/SP 
 
 
 
 
Processo n.° : 1234 
 
 
 
JULIANA FLORES, brasileira, solteira, empresária, cadastrada no registro geral de pessoas 
físicas sob o n.° (....), residente e domiciliada na rua Tulipa, 333 , no município de 
Campinas/SP , CEP: 000-000, representada por seu advogado, com endereço profissional na 
(.....), onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais nos autos da 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, pelo procedimento (.......) movida por SUZANA 
MARQUES, vem a este juízo oferecer ou apresentar. 
 
CONTESTAÇÃO 
Para expor e requerer o que segue 
 
I –PRELIMINARES 
A) Venho arguir a preliminar da COISA JULGADA, pois a autora já propôs ação idêntica que 
tramitou perante a 2° Vara Cível, no qual já houve o transitado em julgado, não cabendo 
mais recurso, portanto fez coisa julgada material, não podendo mais ser discutido. Assim a 
parte ré requer que o processo seja extinto sem julgamento de mérito, na forma do 337 C/C 
com o 485 CPC. 
B) Da Ilegitimidade passiva, por ser JULIANA, somente a representante legal da empresa , 
Não se confundindo pessoa Jurídica com pessoa física, sendo legítima no polo passivo o 
orfanato Semente do amanhã. (art 337. XI), 
 
DO MÉRITO 
I) Da Decadência 
Registre-se desde logo que ação inicial do caso em tela, resta-se intempestiva pela 
ocorrência do prazo decadência. A Autora alega que sofrerá coação para que doasse 
imóvel à Instituição de caridade, e a mesma pedirá demissão em abril de 2012, após a data 
da doação, que ocorrerá em 18 de março de 2012. Portanto se realmente houve coação por 
parte da Ré, Já não cabe mais que a Autora requeira Anulação de Negócio Jurídico, visto que 
como expõe o art. 178 caput, inciso I,o prazo decadencial para pleitear anulação de Negócio 
jurídico é de 4 anos, e levando em consideração o dia em que se efetivou o negócio jurídico, 
e a data do ajuizamento da ação, 20 de janeiro de 2017, como se nota já faz quase 5 anos, 
desde de a doação. Não há como anular um negócio jurídico já atingido pelo prazo 
decadência. Nesse sentido : 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para 
pleitear -se a anulação do negócio jurídico, contado: 
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar ; 
 
Portanto, tornando-se inequívoco o pedido da autora, devendo, deste modo, ser extinto o 
processo com resolução do mérito nos termos do art 487, inciso II NCPC. 
 
II- Da inexistência da coação 
 A parte autora alega que sofrerá grave coação para que efetuasse doação de seu imóvel 
à Instituição, contudo, a mesma não trouxe provas para demonstrar tal vício de 
consentimento. Limitou-se a dizer que temia ser dispensada, caso se recusasse a faze-lo, 
assim diz da Ré. 
 Ocorre, Excelência, que a Ré apenas incentivou a todos funcionário, como sempre o fazia, e 
que se achassem prudente, o faziam. A ré nunca direcionou sua palavra exclusivamente a 
Autora. Não se podendo aceitar que uma simples sugestão se torne em um grave vício de 
consentimento. 
O pedido da Autora é tão carente de fundamentos, que o mesmo pedido, com os mesmos 
fatos já foram julgados improcedente e uma outra ação. Ressalta-se que o demais 
funcionários, não se sentiram vítimas de tal coação alegada pela parte Autora. 
O caso exposto trata-se da livre liberdade da parte autora em efetuar tal doação, sendo 
está impassível de desfazimento, visto que não ocorrerá nenhuma das hipóteses do art 555 
do C.C, devendo assim ser declarado improcedente o pedido de anulação de negócio 
jurídico nesses termos doas art 151, 153 e 155 todos do CC. 
 
Do Pedido 
 
I- Que seja acolhido a preliminar de coisa julgada, julgando-se a extinção do processo sem 
apreciação do mérito. 
II-Que seja acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva. Intimando-se a parte autora para 
se manifestar no prazo de 15 dias sobre a substituição processual da parte ré, sob pena de 
extinção do processo. 
III- Que seja acolhida a decadência arguida extinguindo-se o processo com resolução de 
mérito 
IV- Que seja julgado improcedente o pedido da autora. 
V-Que a Autora seja condenada ao Ônus de sucumbência que são: Os honorários 
advocatícios em 20% sobre valor da causa (art. 85 CPC), bem como as custas processuais a 
serem fixadas. 
 
Das Provas 
 
Requer todas as provas em direito admitidas, na amplitude do art 369 e seguintes do CPC, 
em especial, documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor. 
 
Nesses termos, pede deferimento 
19/10/2017 
OAB/RJ

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