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Questionário Filosofia

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1 – O que é a Pólis Grega?
Podemos dizer, de maneira simplificada, que seria o modelo de organização das cidades gregas antigas. Na literatura encontramos sua tradução por cidade, alguns autores também a chamam por Cidade-Estado. A Pólis possuía algumas peculiaridades que foram importantíssimas para o desenvolvimento da civilização grega. 
Nas sociedades orientais e não-gregas, o poder e o governo eram exercidos como autoridade absoluta da vontade pessoal e arbitrária de um só homem ou de um pequeno grupo que decidiam tudo, sem consultar a ninguém e sem justificar suas decisões. Aqui então destaca-se um dos principais pontos que definem a Pólis, pois as decisões eram tomadas a partir de discussões e debates públicos, inicialmente em praça pública, denominada de Ágora. Esse movimento é caracterizado por muitos autores como o nascimento da política. Esparta, Atenas são exemplos de Pólis, tinham independência política e militar. 
Outros fatores também tiveram importância para essa conjectura, sua geografia com terras montanhosas e rios curtos impulsionou para um modo de vida mais costeiro, ao invés de rural ao redor de rios como em outras civilizações, o decorrente aumento de viagens marítimas, intensificação do comércio, desenvolvimento das artes e, dentre outros, um aumento de pessoas livres se comparado com outras civilizações da época. 
2 – O que é a Ágora e qual a sua importância?
A Ágora pode ser traduzida por “praça pública”, era um espaço público onde aconteciam as assembleias, que os cidadãos livre poderiam participar das decisões da Pólis. Sua importância é imensa é uma quebra de paradigma, pois diferente das outras cidades orientais e não-gregas, as decisões não eram mais tomadas por um soberano ou por um pequeno grupo, mas sim decididas através dos votos dos cidadãos livres. Muitos autores denominam esse movimento como o nascimento da política. Isso também acarretou em novas necessidades para o povo, uma vez que a retórica e a capacidade de expressar sua ideia tinham então muita importância. 
3 – O que é a noção de Arché?
A palavra Arché pode ser chamada de elemento primordial, fonte, ou seja, um elemento que serviria de ponto de partida para todo o processo do mundo natural, o princípio absoluto de tudo o que existe; seu entendimento faz mais sentido quando compreendemos o que os gregos entendiam por Physis. A Physis é comumente traduzida por Natureza, entretanto, cabe-nos aprofundar um pouco mais nessa definição. Physis é um substantivo derivado de um verbo que, na voz ativa, é usado com o sentido de fazer nascer, produzir, fazer brotar, fazer crescer. O objeto de investigação dos filósofos pré-Socráticos era o mundo natural, e suas teorias buscam dar uma explicação causal dos processos e dos fenômenos a partir de causas naturais, e não num mundo sobrenatural, como nas explicações míticas. 
Chauí denomina a physis como o fundo eterno, imperecível, mas que se encontra em movimento e transformação, onde tudo brota e para onde tudo retorna. O conceito de Arché então seria a causa primeira, como dito anteriormente, o ponto de partida de todo esse processo. 
Ao longo da história tivemos diferentes elementos escolhidos para Arché, dentre eles destaco os seguintes: Água, ar, Apeiron (elemento indeterminado), Terra e fogo. 
4 – O que é a Physis par aos Pré-Socráticos?
Physis é uma palavra de origem grega que foi traduzida para o latim como natura e para o português como Natureza. Deriva de um verbo, que significa fazer nascer, fazer brotar, fazer crescer, produzir. O objeto de investigação dos filósofos Pré-Socráticos é o mundo natural. E pregavam que a Physis é a fonte originária de todas as coisas, a força que as faz nascer, brotar, desenvolver-se e renovar-se; é a realidade primeira e última, e em perene transformação. O fundo eterno, perene, imortal, de onde tudo nasce e para onde tudo volta, é invisível para os olhos do corpo e visível somente para o olho do espírito, para o pensamento. A physis é a força que torna visível a arché invisível, porque desoculta a arché. É a manifestação visível da arché, o modo como esta se faz pensada e percebida. 
Por ser a manifestação da arché e a totalidade do que é, por ser o fundo perene e imortal de tudo o que nasce e morre, os primeiros filósofos afirmaram que “nada vem do nada e nada retorna ao nada”. Não há o nada. Há a physis. Por isso os primeiros filósofos são chamados “homens da physis”, isto é, físicos. O mundo é eterno; e declara: não há criação do mundo a partir do nada. A chave da compreensão da realidade natural encontra-se nesta própria realidade e não fora dela. 
5 – Quais foram os principais pensadores Pré-Socráticos?
Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto e Heráclito de Éfeso;
Escola Pitagórica ou Itálica: Pitágoras;
Escola Eleata: Xenófanes, Parmênides;
Escola Atomista: Leucipo e Demócrito;
Empédocles de Agrigento.
6 – Para cada um deles, qual era a Arché?
Escola Jônica: Tales de Mileto (água ou o úmido), Anaximandro de Mileto (ápeiron – o indeterminado), Anaxímenes de Mileto (ar) e Heráclito de Éfeso (fogo);
Escola Pitagórica ou Itálica: Pitágoras (número);
Escola Eleata: Xenófanes (terra), Parmênides (ser);
Escola Atomista: Leucipo e Demócrito (átomo);
Empédocles de Agrigento (os 4 elementos – fogo, ar, terra e ar).
7 – O que é Logos de Heráclito?
Heráclito foi um pensador pré-socrático bastante complexo, conhecido também como “o Obscuro”. Pode ser considerado, juntamente com os atomistas, como o principal representante do mobilismo, isto é, da concepção segundo a qual a realidade natural se caracteriza pelo movimento, todas as coisas estando em fluxo. Com isso, a noção de logos desempenha um papel central em seu pensamento, como princípio unificador do real e elemento básico da racionalidade do cosmo. Tudo está em movimento, tudo está em fluxo, mas a realidade possui uma unidade básica, uma unidade na pluralidade/unidade dos opostos. O fogo é tomado como elemento primordial. “Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque o rio não é mais o mesmo”. 
8 – O que é o Ser de Parmênides?	
Parmênides dizia que só podemos pensar sobre aquilo que permanece sempre idêntico a si mesmo, isto é, que o pensamento não pode pensar sobre as coisas que são e não são, que ora são de um modo e ora são de outro, que são contrárias a si mesmas e contraditórias. Parmênides afirmava que o devir, o fluxo dos contrários, é uma aparência, mera opinião que formamos porque confundimos a realidade com as nossas sensações, percepções e lembranças. O devir dos contrários é uma linguagem ilusória, não existe, é irreal, não é. É o Não-Ser, o nada, impensável e indizível. O que existe real e verdadeiramente é o que não muda nunca, o que não se torna oposto a si mesmo, mas permanece sempre idêntico a si mesmo, sem contrariedades internas. É o Ser. 
O que Parmênides afirmava era a diferença entre pensar e perceber. Percebemos a Natureza na multiplicidade e na mutabilidade das coisas que se transformam umas nas outras e se tornam contrárias a si mesmas. Mas pensamos o Ser, isto é, a imutabilidade e a eternidade daquilo que é em si mesmo. Perceber é ver aparências. Pensar é contemplar a realidade como idêntica a si mesma. Pensa é contemplar o Ser. “O Ser é, o Não-Ser não é” 
9 – Quem foram os Pitagóricos e quais suas ideias?
Pitágoras trata-se de uma figura misteriosa e quase lendária, cercada de mistério devido talvez às características de sua escola. Os pitagóricos defendem a imortalidade e a transmigração da alma. Uma das principais contribuições dos pitagóricos à filosofia e ao desenvolvimento da ciência encontra-se na doutrina segundo a qual o número é o elemento básico explicativo da realidade, podendo-se constatar uma proporção em todo o cosmo, o que explicaria a harmonia do real garantindo o seu equilíbrio. Tiveram grande importância na matemática, sobretudo na geometria. A teoria da harmonia musical reflete também a concepção pitagórica de que há uma proporção ideal em todo o universo quese reflete na concepção da escala musical. 
Os gregos até então não tinham relação com outro mundo. Paraíso e Hades eram lugares concretos, já os pitagóricos acreditavam em outro mundo e trouxeram a ideia de reencarnação. 
10 – Quem foram os Atomistas e quais suas ideias?
Os principais representantes da escola atomista são Leucipo e Demócrito. A doutrina atomista teve grande influência em toda a Antiguidade. Sua arché seria o átomo, que tinha como definição “aquilo que não pode ser cortado ou dividido”, isto é, a menor partícula indivisível de todas as coisas. 
A doutrina atomista sustenta que a realidade consiste em átomos e vazio, os átomos se atraindo e se repelindo, e gerando com isso os fenômenos naturais e o movimento. Existiriam átomos com formas e consistências diferentes, logo, os diversos modos de combinação entre eles é que produzem a variedade de seres, suas mudanças e desaparições. A atração e a repulsão dos átomos devem-se às suas formas geométricas, os semelhantes se atraem e os diferentes se repelem. Eles são imperceptíveis e existem em número infinito. Se a matéria e o tempo são infinitos, em algum momento da história tudo voltaria a ter a mesma combinação.
11 – O que era a dialética dos Sofistas?
Os Sofistas são comumente conhecidos como os mestres retórica e oratória, A dialética Sofista, ou seja, o debate entre interlocutores, difere-se fortemente da dialética socrática, uma vez que não está comprometida com a busca da verdade, mas sim com o objetivo de ganhar o debate. Conta-se que percorriam as cidades oferecendo seus ensinamentos, suas técnicas e habilidades de retórica. Uma vez que na Pólis os assuntos eram discutidos de forma aberta na Ágora, nota-se a importância que uma boa retórica teria na defesa de ideias dentro da vida política do cidadão. Basicamente os fragmentos e citações que chegaram até nós foram escritos pelos seus principais adversários, os quais, caracterizam os pensadores sofistas de forma negativa. Seu interesse pela elaboração e proferimento do discurso correto e eficaz levou-os a investigar a língua grega, o que contribuiu bastante para o seu desenvolvimento. 
12 – O que á a noção de causa em Empédocles?
Para Empédocles a água, o ar a terra e o fogo são as substâncias que estão no princípio de todas as outras coisas. Elas são as substâncias mais simples das quais derivam todas as outras, são os elementos básicos que não mudam nunca sua qualidade. As quatro substâncias básicas se unem e se separam umas das outras formando todas as substâncias existentes. O que governa sobre a arché? Amizade ou o amor é a força cósmica que une os elementos e o ódio ou a discórdia causam a desunião e a consequente separação dos elementos. 
13 – O que é a dialética socrática?
A dialética socrática opera inicialmente através de um questionamento das crenças habituais de um interloculor, interrogando-o, provocando-o a dar respostas e a explicitar o conteúdo e o sentido dessas crenças. Em seguida, frequentemente utilizando-se de ironia, problematiza essas crenças, fazendo com que o interlocutor caia em contradição, perceba a insuficiência delas, sinta-se perplexo e reconheça sua ignorância. 
Diferente dos sofistas que utilizavam sua retórica e técnicas de oratória unicamente para se saírem vencedores de uma debate, a dialética socrática tinha o comprometimento com a busca pela verdade, ela buscava afastar o entendimento do senso comum e utilizava o método da dialética para desconstruir conceitos e conduzir cada um a parir suas próprias ideias. Para isso, pegava temas como coragem, virtude e pedia para que a pessoa trouxesse a definição. Então ia contra argumentando tudo o que ela ia dizendo, até que a pessoa então chegasse a conclusão que não sabia mais o que dizer sobre o assunto. Dessa forma ela estaria livre então para paria sua própria ideia sobre o tema. Destaca-se o fato que ao ser indagado sobre qual seria então a definição verdadeira sobre os temas, Sócrates nunca dava resposta. Sua fase clássica era “Só sei que nada sei”, logo, como sua postura era que não sabia de nada, não deixou nada escrito. 
14 – O que é a Maiêutica de Sócrates?
Cabe inicialmente contextualizar o termo Maiêutica, o qual significa literalmente a arte de fazer o parto. Isso tem relação direta com a vida familiar de Sócrates, uma vez que sua mãe era uma parteira, a qual tem a função de ajudar que o nascimento da criança, entretanto, esta só entra em ação caso algo dê errado. Isso se relaciona com o fato que Sócrates pretendia fazer o parto de ideias, incentivando e conduzindo cada um a produzir suas próprias ideias. Esse método apresenta que o papel do filósofo não seria a de transmitir um saber pronto e acabado, mas fazer com que o outro indivíduo, através da dialética, da discussão no diálogo, dê a luz as suas próprias ideias.

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