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Aulas 11 a 16 Dto Empresarial 2017.1

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Aula 11
CASO CONCRETO Em 27/02/2011, XYZ Alimentos S.A., companhia aberta, ajuizou ação para responsabilizar seu ex-diretor de planejamento, “M”, por prejuízos causados à companhia decorrentes de venda, realizada em 27/09/2005, de produto da Companhia a preço inferior ao de mercado, em troca de vantagem pessoal. Em sua defesa, “M” alegou que não houve a realização prévia de assembleia da companhia que houvesse deliberado o ajuizamento da demanda e que as contas de toda administração referentes ao exercício de 2005 haviam sido aprovadas pela 
assembleia geral ordinária, ocorrida em 03/02/2006, cuja ata foi devidamente arquivada e publicada na imprensa oficial no dia 05/02/2006, não podendo este tema ser passível de rediscussão em razão do decurso do tempo. Em sede de recurso, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí reconheceu os fatos de que (i) não houve a prévia assembleia para aprovar ajuizamento da ação; e de que (ii) as contas de “M” referentes ao exercício de 2005 foram aprovadas em uma assembleia, em cujas deliberações não se verificou erro, dolo, fraude ou simulação incorridos ou perpetrados por quem dela participou. No entanto, manteve a condenação do ex-diretor que havia sido imposta pela sentença da 1ª instância, que entendeu prevalecer, no caso, o art. 158, I, da Lei n. 6.404/76, sobre qualquer outro dispositivo legal desta Lei, sobretudo os que embasam os argumentos de “M”. Assim, na qualidade de advogado de “M” e utilizando os argumentos por ele expendidos em sua defesa, diante do acórdão proferido pelo Tribunal, elabore os argumentos jurídicos da peça cabível no caso narrado, considerando a legislação atual sobre o tema. Para tanto, suponha que o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí possua apenas o total de 10 varas cíveis, duas câmaras cíveis e nenhuma vice-presidência. Deve ser levado em consideração, pelo discente, que não cabem Embargos de Declaração.
ESPELHO DE RESPOSTA - XI EXAME DE ORDEM UNIFICADO – FGV – Trabalhar com o aluno os fundamentos jurídicos da peça – RECURSO ESPECIAL. O examinando deverá demonstrar conhecimento da área de direito societário, notadamente da disciplina da responsabilidade civil dos administradores de sociedades anônimas, regulada pela Lei n. 6.404/76. A peça a ser elaborada pelo examinando é um RECURSO ESPECIAL, com base no art. 105, III, a, da Constituição Federal, tendo em vista que a decisão do Tribunal negou vigência ou violou os dispositivos legais que embasam a tese de “M”. Cumpre ao examinando elaborar petição de interposição endereçada ao Desembargador Presidente do TJ/PI, conforme o art. 541, do CPC. Nesta peça, deverá ser requerida (i) a intimação do recorrido para apresentação de contrarrazões; e (ii) o juízo positivo de admissibilidade. Além desta, deve ser elaborada petição endereçada a uma das Eg. Turmas do Superior Tribunal de Justiça, com indicação da parte recorrente e recorrida, bem como com referência à Apelação. Nesta peça, deverá constar a exposição do fato e do direito, a demonstração do cabimento do recurso e as razões do pedido de reforma da decisão recorrida. A partir da leitura do enunciado, o examinando deve perceber que os dispositivos legais violados foram os artigos 286; 287, II, b, 2; 159; e 134, § 3º, todos da Lei n. 6.404/76, os quais devem ser aplicados em detrimento do art. 158, I, da mesma Lei, por serem mais específicos, uma vez que a Lei determina a realização de assembleia prévia que aprove o ajuizamento da demanda reparatória (art. 159). Além disso, tal ação não pode ser ajuizada contra administrador que teve suas contas aprovadas “sem ressalvas” em assembleia “limpa”, sem manifestações e votos dolosos, culposos, fraudados ou simulados, o que implica na ausência de reconhecimento de eventual atuação do administrador com dolo ou culpa (134, § 3º). Ademais, ainda que algum desses vícios fosse verificado, o prazo para anular a deliberação seria de dois anos (art. 286), o qual foi verificado em 05/02/2008 e, ainda que se entendesse pela possibilidade do ajuizamento de ação para responsabilizar “M”, esta pretensão prescreveu ao final do dia 05/02/2009 (art. 287, II, b, 2). Finalmente, o pedido deve ser o provimento do recurso especial, com o consequente reconhecimento da prescrição da ação tanto para anular a deliberação da assembleia que aprovou as contas de “M”, quanto da ação para responsabilizá-lo pelos prejuízos causados à companhia.
Aula 12
CASO CONCRETO: 
 
Determinada Companhia, pretendendo se constituir da forma de capital aberto, seguindo a orientação do artigo 80, inciso I da Lei das S/As, teve o seu registro negado tanto na CVM, como no Registro de Empresa, pois se constituiu com quatro sócios, tendo no Conselho de Administração dois deles e mais um componente não sócio. Foi correta a decisão da Junta Comercial e da CVM? Justifique a sua resposta. 
Não. Antes da Lei 12431/2011, o Conselho de Administração deveria ser composto por no mínimo três sócios. A partir da vigência desta Lei, que modificou o caput do artigo 146 da lei das S/As, os três membros não necessitam ser obrigatoriamente sócios, tais como os membros da diretoria. 
QUESTÃO OBJETIVA 01: Respeitando as normas doutrinárias das sociedades anônimas, quanto ao conselho de administração, pode-se afirmar: A. Trata-se de um órgão, em regra, facultativo nas sociedades anônimas.. Art. 138 par. 2º, c/c artigo 146 da L. 6404/76
QUESTÃO OBJETIVA 02: A ação de responsabilidade civil contra o administrador de uma sociedade por ações pode ser: D) promovida por acionistas que representem pelo menos 5% cinco por cento do capital social, desde que a assembleia geral delibere não a promover. . Art. 159, parágrafo 5º Lei 6404/76
Aula 13
CASO CONCRETO: A Sociedade XXX SA ingressou com execução por título executivo extrajudicial em face de vários devedores. Os executados alegam que a CIA. é parte ilegítima no feito, vez que, antes do ajuizamento da execução, foi incorporada pela Cia. De Cimentos Juruna, juntando os documentos comprobatórios do alegado. Pergunta-se: Você entende que os executados têm razão? Pode uma sociedade pleitear direito seu após ser incorporada por outra? Que documento fundamental deve ter sido juntado pelos executados? Fundamente as suas respostas. Sim. Como a companhia foi incorporada por outra, por não mais existir, não está legitimada para executar os devedores. Tal direito passou à Incorporadora, sucessora da XXX S/A. Não. Por ter sido extinta em razão da Incorporação. A Ata da Assembléia Geral da Incorporadora que aprovou o laudo de avaliação e a incorporação, devidamente arquivada e publicada. De acordo com o artigo 227 da Lei das S/As e § 3º do mesmo dispositivo legal.
QUESTÃO OBJETIVA 01: Dentre as modificações sociais estudadas, diga em qual delas ocorre a transferência de parte do patrimônio de uma sociedade para outra já existente ou criada especialmente para isso? D) Cisão
QUESTÃO OBJETIVA 02: A operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações é a definição de qual dos institutos abaixo indicados: C) Incorporação.
Aula 14
CASO CONCRETO: 
O Consórcio está previsto no artigo 278 da Lei de Sociedades Anônimas. Trata-se de uma: "comunhão de interesses e atividades que atende a específicos objetivos empresariais, que se originam nas sociedades consorciadas e delas se destacam". O consórcio é formado para acumular meios para a consecução de um fim comum (consórcio operacional), ou para somar recursos para contratarem com terceiros a execução de determinados serviços, obras ou concessões (consórcio instrumental). Assim, diferencie o Consórcio das Sociedades tendo por base a legislação vigente.As diferenças começam no próprio conceito: o consórcio é feito por quem quer juntar esforços coletivos, mas não quer virar sócio. Já os efeitos legais também são distintos. Se nas sociedades o grupo ganha uma nova identidade, no consórcio isso não ocorre. O parágrafo primeiro do artigo 278 da lei 6.404 deixa isso bem claro.Aula 15
CASO CONCRETO: 
Ao ajuizar a execução fiscal, sustentava a União Federal, basicamente, que a venda das ações do Banco A. S/A não fora realizada por A.M.E. ? pessoa física ? mas, sim, por A. - Comercial e Administradora S/A - pessoa jurídica. Para tanto, alinhou uma série imensa de alegações, suposições e argumentos, que o ilustrado Juiz de 1º grau reuniu numa beleza de síntese. Em síntese: 
- a dissolução da empresa A. - Comercial e Administradora S/A não teria existido, porque: a) a compra das ações da Transporte de M. S/A foi mera simulação, pois negócio de tal vulto não se faria verbalmente, ou somente valeria entre as partes, sendo ineficaz perante o Fisco; b) admitido que tivesse havido o negócio, ele seria nulo de pleno direito, por infringência do art. 1.133, II, do CC, pois A. - Comercial e 
Administradora S/A era administrador único da vendedora e teria usado dos poderes amplos que esta situação lhe conferia; c) não valeria argumentar com a inaplicação da referida norma a negócio realizado fora do Brasil, pois, destinando-se a obrigação a ser cumprida aqui. 
II - mesmo admitida como existente e válida a dissolução de A. - Comercial e Administradora S/A a escritura pública de dissolução da sociedade, promovida por A.M.E., não teria implicado sua liquidação, fase pela qual teria necessariamente de passar antes de se extinguir, de modo que, em verdade, a venda, feita logo após, das ações do Banco A. S/A, não teria sido ato do Sr. A.M.E., como pessoa física, mas da pessoa jurídica; 
III - finalmente, afirma a Fazenda que tudo não passou de simulação com o objetivo de escapar ao pagamento do tributo devido etc. 
Analise a questão de acordo com a legislação vigente em relação às Sociedades Anônimas. 
Conclui-se que a dissolução e liquidação da A. - Comercial e Administradora S/A ocorreram, legítima e efetivamente, de fato e de direito, com a aquisição das ações dos demais sócios e subseqüente escritura de dissolução, liquidação e extinção. A venda das ações do Banco A. S/A, feita após, foi negócio legitimamente realizado pela pessoa física de A.M.E., não sujeito à incidência do Imposto sobre a Renda. 
Desaparecida, assim, qualquer base para incidência do referido Imposto, seja pela inocorrência de qualquer irregularidade nos negócios que conduziram à dissolução da sociedade, seja pela total improcedência da tese tendente a sustentar sua persistência após a aludida escritura e atribuir-lhe a venda das ações do Banco A. S/A, resulta sem qualquer amparo jurídico o lançamento criticado e, com maior soma de razão, a pretensão da Fazenda, de responsabilizar o apelado pelo suposto débito. 
Aula 16
A assembleia de sócios de Castelo Imobiliária Ltda. aprovou, por quorum de 95% do capital, a incorporação de duas sociedades, ambas do tipo simples. João Neiva, titular de 5% do capital social de Castelo Imobiliária Ltda. E dissidente da aprovação da incorporação, procurou seu advogado e prestou-lhe as seguintes informações: 
I. a incorporação foi aprovada pela unanimidade dos sócios das sociedades simples envolvidas, que aprovaram as bases da operação e autorizaram os administradores a praticar todos os atos necessários à incorporação; 
II. não houve elaboração de protocolo firmado pelos sócios ou administradores das sociedades incorporadas e da incorporadora, nem justificação prévia; 
III. há cláusula de regência supletiva no contrato da incorporadora, pelas normas da sociedade simples. 
Ao final, o cliente fez as seguintes indagações ao advogado: 
A) É possível a incorporação envolver sociedades de tipos diferentes? 
 B) É obrigatória a elaboração de protocolo e justificação prévia à incorporação? 
Obs.: as respostas devem ser justificadas e acompanhadas do dispositivo legal pertinente. 
O aluno deverá ser capaz de conhecer as disposições do Código Civil sobre a incorporação de sociedade, em especial a possibilidade da operação ser realizada entre sociedades de tipos diferentes e a facultatividade de elaboração de protocolo e justificação.
A) Sim, não há impedimento que as operações de incorporação possam ser realizadas entre sociedades de tipos diferentes, no caso uma sociedade limitada e duas simples, com base no artigo 1.116 do Código Civil, devendo ser observadas as regras dos respectivos tipos.
B) Não. Nas fusões e incorporações entre sociedades reguladas pelo Código Civil, é facultativa a elaboração de protocolo e justificação pelos sócios ou administradores das sociedades envolvidas, em razão de inexistência incorporação.destas providências nos artigos 1.116 a 1.118 do Código Civil, que dispõem sobre a

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