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CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 1 CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II Disciplina: Direito Penal Prof. Rogério Sanches Aula nº 17 MATERIAL DE APOIO – MONITORIA Índice I. Anotações da Aula II. Jurisprudência Correlata 2.1. STJ – HC 237.653/MA 2.2. STJ – HC 169.510/SP III. Simulados I. ANOTAÇÕES DA AULA EXTORSÃO Consumação: crime formal. Cuidado: ocorre tentativa quando a vitima não se intimida. MAJORANTES Art. 158,§1º primeira parte § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. � Concurso de duas ou mais pessoas. Comparação Art. 157,§2º, II Apena aumenta-se quando presente o concurso de duas ou mais pessoas. Abrange o partícipe. Art. 158, §1º, 1ª parte A pena aumenta-se quando o crime é cometido por duas ou mais pessoas. Cometido = executado, logo não abrange o partícipe. Art. 158,§1º primeira segunda parte § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 2 � Emprego de arma Art. 157, §2º, I Art. 158,§1º, segunda parte Tudo que foi dito no roubo com emprego de arma serve para a extorsão com emprego de arma. RESTRIÇÃO DA LIBERDADE § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009) Antes e Depois da lei 11.923 de 2009 Antes � Roubo – a restrição da liberdade da vítima majora a pena do roubo- art. 157, 2º, V. � Extorsão – a restrição da liberdade da vítima era circunstancia judicial desfavorável, era considerada na fixação da pena base. Depois � Roubo – majorada a pena do roubo- art. 157,§2º, V. � Extorsão – é qualificadora na extorsão - §3º. Obs: a mudança foi prejudicial ao réu, dessa forma é lei irretroativa. RESULTADO LESÃO GRAVE E MORTE Antes de depois da Lei 11.923/09 Antes � Roubo: gera qualificadora- art. 157, §3º. � Extorsão: qualificadora – art. 158,§2º. Depois � Roubo – continua servindo como qualificadora no roubo – art. 157,§3º.Hediondo � Extorsão - passou a ser qualificadora do §2º (hediondo) e qualificadora também do §3º (lesão grave ou morte + restrição da liberdade da vítima). Exemplos: 1ª - fulano, mediante violência, subtrai o carro da vítima e , em razão da violência, acaba matando o proprietário do veículo (roubo qualificado pela morte, crime hediondo). CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 3 2ª - fulano, mediante violência, obriga a víti-ma a revelar a senha bancária. Em razão da violência, o correntista morre (extorsão qualificada pela morte, art. 158,§2º, também crime hediondo). 3ª - fulano, mediante violência e restrição da liberdade da vítima obriga o ofendido a revelar a senha bancária. Em razão da violência, o correntista morre (extorsão qualificada, art. 158,§3º. É hediondo?) Temos divergência: � 1ªc - sabendo que o critério utilizado para se definir o crime hediondo é o enumerativo ( sistema legal), só pode ser considerado hediondo aquilo que assim esta previsto na lei 8.072/90. Conclusão: art. 158,§3º com resultado: morte não é crime hediondo. � 2ªc - o que fez o legislador ao criar o §3º foi especificar uma das várias formas de execução do delito de extorsão. Ele não criou delito novo. A extorsão + restrição da liberdade + morte já era crime hediondo e permanece com este status. O §3º é um desdobramento do §2º (interpretação teleológica). EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO Art. 159 CP Extorsão mediante seqüestro Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Vide Lei nº 10.446, de 2002) Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) Extorsão qualificada pela privação da liberdade da vítima Não confundir art. 158,§3º com o art. 159 ambos do CP: Art. 158,§3º - fala “restrição da liberdade”, Art. 159 – fala em privação da liberdade, é crime hediondo não importando se simples ou qualificada. Sujeitos do crime • Suj. ativo – crime comum, qualquer pessoa pode praticar. • Suj. passivo – qualquer pessoa. De acordo com a jurisprudência, concorre para o crime quem, na divisão de tarefas, providencia alimentos para o sequestrado ou quem aluga chácara para servir de cativeiro. Pergunta: Pessoa jurídica pode figurar como vítima? R: Pessoa jurídica pode figurar como vítima, lembrando o exemplo do sequestro do sócio, mas quem paga o resgate é a empresa da qual ele é coproprietário. Pergunta: Qual crime pratica agente que “sequestra” animal e exige resgate para devolvê-lo? R: Animal é coisa não é pessoa, pratica-se extorsão – art. 158. Conduta Sequestrar pessoa. CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 4 � Sequestrar abrange sequestro e abrange o cárcere privado. Diferenças: Sequestro – é privação da liberdade sem confinamento da vítima. Ex: privada da liberdade em fazenda. Cárcere privado – privação da liberdade com confinamento da vítima. Ex: trancada em cômodo de uma casa. Pergunta: Se houver violência ou grave ameaça? R: são circunstancias que o juiz considera na fixação da pena. Voluntariedade: Dolo + fim especial. � Não explica se a vantagem é devida ou indevida, econômica ou de qualquer natureza. COMPARAÇÃO ART. 158 COM ART. 159 Art. 158 � Indevida vantagem econômica; Art. 159 � Fala qualquer vantagem; De acordo com a doutrina a vantagem deve ser econômica, porque estamos nos crimes contra o patrimônio, como também a vantagem deve ser indevida pois se for devida o agente responde por sequestro + cárcere privado + exercício arbitrário das próprias razões. Consumação Consuma-se com a privação da liberdade da vítima. Dispensa a obtenção da indevida vantagem, estamos diante de um delito formal. A obtenção do resgate é mero exaurimento analisada na fixação da pena. Trata-se de crime permanente. O tempo maior ou menor interfere no quantum da pena. Admite-se a tentativa. QUALIFICADORAS Art. 159,§1º § 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 5 a) Sequestro dura mais de 24 horas. A preocupação é com a privação da liberdade da vítima. b) Vitima menor de 18 anos Obs1: analisa-se a idade da vítima no começo da privação e não no final. Obs: o agente deve conhecer essa circunstância, para não gerar responsabilidadeobjetiva. c) vítima maior de 60 anos Obs: analisa-se a idade da vítima no final da privação. Obs2: o agente deve conhecer essa circunstancia. d) crime cometido por quadrilha ou bando Não incide o art. 288 do CP evitando-se “bis in idem” LESÃO GRAVE OU MORTE Art. 159, §2º e 3º § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) § 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) Essa qualificadora pode decorrer de dolo ou culpa. O resultado lesão grave ou morte deve atingir o próprio sequestrado ou pode atingir terceira pessoa, como o segurança da vítima, por exemplo? R: prevalece que o resultado deve atingir o sequestrado. Atingindo terceira pessoa, haverá o crime de extorsão mediante sequestro em concurso material ( ou formal) com o crime contra a pessoa. DELAÇÃO PREMIADA Art. 159,§4º § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996) É causa especial de diminuição de pena. Requisitos: 1º - Que o crime tenha sido cometido por concurso de pessoas; � não precisa que seja na forma de organização criminosa ou quadrilha ou bando. 2º - Um dos correntes “denuncie” (dar conhecimento a autoridade). 3º - Facilitando a libertação do sequestrado. CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 6 � A delação deve ser eficaz Os requisitos são cumulativos. A redução vai de 1/3 a 2/3 – considerando a maior ou menor colaboração do delator. Cuidado: a lei não condiciona a concessão do premio à recuperação do pagamento do resgate. ESTELIONATO Art. 171 Estelionato Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. Infração de médio potencial ofensiva, admite suspensão condicional do processo e cabe preventiva mesmo para o agente primário. Sujeitos do crime • Suj. ativo – crime comum. • Suj. passivo – qualquer pessoa. Obs1 – “qualquer pessoa” – é qualquer pessoa que sofra a lesão patrimonial ou que seja enganada. Obs2 - A vítima deve ter capacidade para ser iludida, deve ser pessoa capaz. E se incapaz?R: Se for um incapaz recai no art. 173 CP, não cabe suspensão do processo. Obs3 - a vítima deve ser determinada.E se indeterminada ,fraude contra vítima incerta? Ex1 – adulteração de taxímetro – crime contra a economia popular, art. 2º da lei 1.521/51. Ex2 – adulteração do marcador da bomba de combustível. – crime contra a economia popular, art. 2º da lei 1.521/51. Ex3 – adulteração do combustível – art. 1º da lei 8.176/91; Conduta Fraude visando indevida vantagem econômica. Elementos estruturais do Estelionato: 1º elemento – é a fraude. Serve para induzir a vítima em erro ou manter a vítima em erro. � No induzir – é o agente que cria na vítima a falsa percepção da realidade. � No manter – a fraude serve para não desfazer engano espontâneo da vítima. Instrumentos da fraude a) Mediante artifício: encenação, uso de objetos aptos a iludir. Ex: bilhete premiado. b) Ardil: conversa enganosa. CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 7 c) Qualquer outro meio: pode ser até o silêncio, muito comum pra manter a vítima em erro. � O meio escolhido deve ser apto ao iludir, caso contrário configura crime impossível. 2º elemento - Vantagem Indevida – a vantagem deve ser econômica, e indevida, se devida configura exercício arbitrário das próprias razões. 3º elemento – exige prejuízo alheio; Tratando-se de crime sem violência ou grave ameaça, admite-se o princípio da insignificância. Atenção: o STF não admitiu o princípio da insignificância na fraude praticada em detrimento da previdência social. Também não admitiu na fraude contra o FGTS. Pergunta: A fraude bilateral descaracteriza o crime? R: Na fraude bilateral o agente e a vítima agem de má-fé. � 1ªc - o tipo penal não faz qualquer referência à boa-fé da vítima. Não aparecendo como elementar do tipo, a má-fé da vítima não exclui o crime ( STF e Bento de Faria). � 2ªc - a fraude bilateral exclui o crime, pois o direito não pode amparar a má-fé da vítima ( Nelson Hungria). FRAUDE + FALSIDADE DOCUMENTAL É um estelionato mediante documento falso. � 1ªC - o agente deve responder pelo art. 171 + falso documental em concurso material (art. 69 do CP)- tipos que protegem bens jurídicos distintos, com duas condutas produzindo dois resultados.Adotada pelo STJ. Atenção: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva fica absorvido – Súmula 17 do STJ. EX1: o agente, mediante falsificação de uma folha de cheque, engana comerciante, adquirindo produtos. Atenção: o documento falso se exauriu na fraude, ficando absorvido. EX2: o agente, mediante cartão de crédito falso, engana comerciante, adquirindo produtos. Atenção: o documento falso não se exauriu na fraude, respondendo o agente pelos dois crimes, em concurso material. � 2ªC - Responde por estelionato + falso documental em concurso formal. São tipos protegendo bens jurídicos distintos. Entende que tem uma conduta apenas dividida em atos com dois resultados. Posição adotada pelo STF. � 3ªC – O crime de falso absorve o delito de estelionato quando se tratar de documento público, porque a pena é maior. Se for documento particular o estelionato absorve a pena do estelionato. Voluntariedade O crime de estelionato é punido a título de dolo + fim especial de obter indevida vantagem (indevida) em prejuízo alheio. Consumação CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 8 É crime de duplo resultado: vantagem indevida + prejuízo alheio. A tentativa é admitida, delito plurissubsistente. Ex: O agente, mediante fraude, consegue obter da vítima um titulo de crédito, sendo preso logo após. qual crime o agente praticou? R: � 1ªc - considerando que a obrigação assumida pela vítima já é um proveito adquirido pelo estelionatário, trata-se de crime consumado. � 2ªc - enquanto o título não é convertido em valor material, não há proveito do agente, sendo impedido de convertê-lo em numerário em razão da prisão (crime tentado). ESTELIONATO PRIVILEGIADO Art. 171,§1º § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º. Comparação Art. 155,§2º � Primariedade do agente. � Pequeno valor da coisa subtraída. Art. 171,§1º � Primariedade do agente � Pequeno valor do prejuízo. Figuras Equiparadas Art. 171,§2º, IV – próxima aula. II. JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 2.1. STJ – HC 237.653/MA PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO.NÃO CABIMENTO. HOMICÍDIO TRIPLAMENTE QUALIFICADO. OCULTAÇÃO DE CADÁVER. ESTELIONATO. USO DE DOCUMENTO FALSO. PRISÃO PREVENTIVA.FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.1. Na esteira dos recentes precedentes do Supremo TribunalFederal e desta Corte Superior de Justiça, é incabível o habeas corpus substitutivo do recurso ordinário constitucionalmente previsto.2. A inadequação da via eleita, contudo, não desobriga este Tribunal Superior de, ex officio, fazer cessar manifesta ilegalidade que importe no cerceamento do direito de ir e vir do paciente.3. A indicação de elementos concretos, no tocante à necessidade de assegurar a garantia da ordem pública, em face da gravidade concreta das condutas imputadas ao acusado, constitui, na hipótese vertente, motivação satisfatória à manutenção da custódia cautelar, não havendo falar, assim, em coação ilegal.4. Consoante orientação jurisprudencial sedimentada nesta Corte Superior "condições pessoais favoráveis, por si só, não são suficientes a amparar a concessão da liberdade provisória quando presentes outras razões para a manutenção da prisão preventiva." (HC 80.661/RS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 04/05/2010, DJe 24/05/2010).5. A questão relativa a suposto excesso de prazo para o encerramento da instrução penal não foi objeto de apreciação CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 9 no Tribunal de origem quando do julgamento do remédio heróico originário, não podendo o Superior Tribunal de Justiça dela conhecer, sob pena de incorrer em indevida supressão de instância.6. Writ não conhecido. (HC 237.653/MA, Rel. Ministra ALDERITA RAMOS DE OLIVEIRA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/PE), SEXTA TURMA, julgado em 23/04/2013, DJe 06/05/2013) 2.2. STJ – HC 169.510/SP DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO. QUADRILHA OU BANDO. CRIMES PERMANENTES. PACIENTE QUE COMPLETOU 18 (DEZOITO) DURANTE A CONSUMAÇÃO DOS DELITOS. INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM DENEGADA. 1. Os crimes descritos no art. 159, § 1º, e art. 288, parágrafo único, do Código Penal, são permanentes. Em consequência, se o menor atingir a idade de 18 (dezoito) anos enquanto os delitos se encontrarem em plena consumação, será por eles responsabilizado.2. No caso, não obstante os atos executórios tenham se iniciado em 22 de setembro de 2004, findaram-se apenas em 9 de novembro de 2004, quando o paciente já havia atingido a maioridade (3/10/2004), não havendo que se cogitar de inimputabilidade.3. Habeas corpus denegado. (HC 169.510/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 07/02/2012, DJe 23/04/2012) III. SIMULADOS 3.1. (FCC - 2013 - TJ-PE – Juiz) Quanto aos crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que a) equiparável à atividade comercial, para efeito de configuração da receptação qualificada, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, excluído o exercido em residência. b) configura o delito de extorsão indireta o ato de exigir, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento civil contra a vítima ou contra terceiro. c) a consumação do crime de extorsão independe da obtenção da vantagem indevida, segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça. d) cabível a diminuição da pena na extorsão mediante sequestro para o coautor que denunciá-la à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, apenas se o crime é cometido por quadrilha ou bando. e) independe de comprovação de fraude o delito de estelionato na modalidade de emissão de cheque sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado. 3.2. (FGV - 2012 - PC-MA - Delegado de Polícia) Maria é casada com José, mas é amante de João. O casal de amantes resolve simular o sequestro de Maria para que José pague o respectivo resgate. João liga para José e anuncia o sequestro de sua esposa e cobra a quantia de 500 mil reais para que Maria seja libertada. José, acreditando que sua esposa realmente estivesse sequestrada, até porque ela estava desaparecida há mais de 24 horas, efetua o respectivo pagamento. Meses depois, o fato é descoberto e o caso é levado à sua consideração para a devida capitulação. A partir do exposto, assinale a afirmativa correta. a) Maria e João deverão responder pelo crime de extorsão mediante sequestro qualificado por ter durado mais de 24 horas (Art. 159, § 1º, do CP). b) João deverá responder pelo crime de extorsão mediante sequestro qualificado por ter durado mais de 24 horas (Art. 159, § 1º, do CP), ficando Maria isenta de pena porque o crime foi praticado contra seu esposo na constância do casamento (Art. 181, I, do CP). c) João deverá responder pelo crime de estelionato (Art. 171 do CP), ficando Maria isenta de pena porque o crime foi praticado contra seu esposo na constância do casamento (Art. 181, I, do CP) d) Maria e João deverão responder pelo crime de extorsão majorada (Art. 158, § 1º, do CP). e) João deverá responder pelo crime de extorsão majorada (Art. 158, § 1º do CP), ficando Maria isenta de pena porque o crime foi praticado contra seu esposo na constância do casamento (Art. 181, I, do CP). 3.3. (FGV - 2012 - PC-MA - Delegado de Polícia) Com o escopo de obter indevida vantagem econômica, Jorgina adquire mercadorias em um Supermercado e efetua o pagamento com um cheque roubado, ocasião em que apresentou uma carteira de identidade falsa, eis que houve CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 10 troca de fotografia, em nome do titular do cheque. O fato foi descoberto pelo caixa do estabelecimento comercial que desconfiou do nervosismo apresentado pela “cliente”. Com base no exposto, assinale a alternativa que capitule o fato. a) Artigo 171, c/c 14, II, do CP (estelionato tentado), de acordo com a Súmula 17, do STJ. b) Artigo 304, c/c 297, do CP (uso de documento público falso), devendo o crime mais grave prevalecer sobre o crime fim de menor gravidade. c) Artigos 171, c/c 14, II, 297 (falsificação de documento público) e 304 (o uso de documento falso), na forma do Art. 69, (concurso material) todos do CP. d) Artigos 171, c/c 14, II, 304 c/c 297, na forma do Art. 70 (concurso formal), todos do CP. e) Artigos 171, c/c 14, II, 297 e 304 c/c 297, na forma do Art. 70 (concurso formal), todos do CP. GABARITO: 3.1. C 3.2. D 3.3. D
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