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AULA 11

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INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
1
 
INTENSIVO II 
Disciplina: Direito Penal 
Prof. Rogério Sanches 
Aula nº 11 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO – MONITORIA 
 
 
Índice 
 
I. Anotações da Aula 
II. Jurisprudência Correlata 
2.1. STJ – HC 13.561/MG 
2.2. STJ - EDcl no AgRg no REsp 1122471/MG 
III. Simulados 
 
 
I. ANOTAÇÕES DA AULA 
 
Cont. 
 
LESÃO CORPORAL 
 
 
Lesão Corporal Dolosa Privilegiada 
 
Art. 129, §4º 
Diminuição de pena 
 
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor 
social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a 
injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a 
um terço. 
 
São as mesmas circunstâncias privilegiadoras do art. 121,§1º do CP. Só muda o resultado que no art. 
121, §1º é morte e aqui é lesão corporal. 
 
É causa de diminuição de pena� o privilégio se aplica a todas as formas dolosas do Crime? 
 
R: Art. 129, caput 
 
§1º- grave 
§2º- gravíssima 
§3º - seguida de morte 
 
§4º - privilégio 
 
Privilegia todas as formas de lesão dolosa, não importa qual seja. 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
2
Lesão Corporal Dolosa Majorada 
 
Art. 129, §7º 
 
 
 
Aumento de pena 
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das 
hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste Código. 
 
 
É causa especial de aumento de pena. Trata das mesmas circunstâncias majorantes do Homicídio. 
 
� Art. 121, §4º, 2º parte: aumenta-se a pena se a vítima é menor de 14 oi maior de 60 anos. 
� Art. 121, §6º: Por grupo de extermínio ou milícia armada. 
 
Atenção: Essa majorante se aplica a todas as formas de lesão dolosa. Mesmo nas formas preterdolosas. 
 
Substituição de pena 
 
Art. 129,§5º 
Substituição da pena 
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de 
detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis: 
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
II - se as lesões são recíprocas. 
 
O benefício da substituição da pena privativa de liberdade por multa só tem cabimento na lesão corporal 
dolosa LEVE. Ela deve ser também privilegiada ou recíproca. 
 
Cuidado: Não incide nos parágrafos 1º, 2º e 3º. 
 
Lesão Corporal Culposa 
 
Art. 129,§6º 
§ 6° Se a lesão é culposa: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 
É infração de menor potencial ofensivo, e a ação é pública condicionada a representação do ofendido. 
 
Na lesão culposa a natureza da lesão interfere na aplicação da pena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VEJA: 
 
Lesão Dolosa 
 
� Leve – Caput 
� Grave - §1º 
� Gravíssima - §2º 
 
Lesão Culposa 
 
Sempre é o §6º – não importa se leve, grave ou gravíssima. O juiz considera 
a natureza da lesão na fixação da pena. 
 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
3
 
 
Lesão Corporal Culposa Majorada 
 
 
Art. 129,§7º 
 
Aumento de pena 
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das 
hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste Código. 
 
 
É causa de aumento de pena que cuida das mesmas circunstâncias majorantes do homicídio culposo. 
 
a) Negligência Profissional 
b) Omissão de socorro 
c) Fuga para evitar o flagrante 
 
 
Perdão Judicial 
 
Art. 129,§8º 
 
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. 
(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) 
 
 
Aplica-se somente na lesão corporal culposa. 
 
Atenção: Não cabe perdão judicial nas modalidades dolosas ou preterdolosas. 
 
Lesão Corporal Culposa no CTB 
 
Art. 303, CTB 
 
 
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo 
automotor: 
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição 
de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 129, §6º CP 
 
� Praticar lesão corporal culposa 
� Pena: 2 meses a 1 ano 
� Desvalor da conduta é menor. 
 
Art. 303 CTB 
 
� Praticar lesão corporal culposa: na direção de veículo automotor. 
� Pena: 06 meses a 2 anos. 
� Desvalor da conduta é maior no trânsito (justifica a diferença das penas). 
 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
4
 
 
 
Quando se compara a pena do art. 303 do CTB com a pena do art. 129, caput (lesão dolosa leve), PASSA 
A SER QUESTIONÁVEL A CONSTITUCIONALIDADE DA SUA SAN-ÇÃO PENAL. 
 
Lesão Corporal no Ambiente Doméstico e Familiar 
 
Art. 129, §§9º, 10º e 11º 
 
Violência Doméstica 
 
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, 
cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, 
ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação 
ou de hospitalidade: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
 
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as 
circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena 
em 1/3 (um terço). 
 
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um 
terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. 
 
 
 
Art. 129,§9º 
 
� É qualificadora da lesão corporal dolosa leve. 
� Pena de 03 meses a 03 anos – deixa de ser de menor potencial ofensivo. 
 
Art. 129, §10º 
 
� É causa de aumento para lesão corporal grave, gravíssima ou seguida de morte 
� Pena aumentada de 1/3 nos §§1º, 2º e 3º; 
� A lesão corporal grave, com aumento, deixa de admitir suspensão condicional do processo. 
 
Art. 129, §11º 
 
� Causa de aumento de pena para o art. 129, §9º; 
� Pena de 03 meses a 3 anos. 
� Aumento de pena de 1/3 quando a vítima for portadora de deficiência. 
 
Situações que caracterizam lesão corporal no ambiente doméstico e familiar 
 
O crime deve ser praticado contra: 
 
a) Ascendente, descendente ou irmão. Atenção: É dispensável a coabitação entre o autor e a vítima 
b) Cônjuge ou companheiro. Atenção: prevalece incidir a qualificadora mesmo na separação de fato. 
c) Pessoa com quem conviva ou tenha convivido o agente. Ex: república de estudantes. 
 
Para Nucci é imprescindível que se viva ou tenha convivido!! 
 
De acordo com Nucci, a expressão “com quem conviva ou tenha convivido o agente” deve ser 
analisada em conjunto com as situações anteriores, exigindo que agente e vítima convivam ou 
tenham convivido. 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
5
 
d) Prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou hospitalidade. 
 
 
Com essa situação entende a doutrina que o tipo ficou exageradamente aberto. 
 
Obs1: para caracterizar as qualificadoras dos §§ 9°, 10 e 11 a vítima não precisa ser necessariamente 
mulher. 
 
Obs2: se a vítima for mulher, além do CP, terá na sua proteção a lei 11.340/06. 
 
Obs3: mesmo quando homem, se a vítima for vulnerável, é possível aplicar as medidas protetivas da lei 
Maria da Penha. 
 
OMISSÃO DE SOCORRO 
 
 
Art. 135 do CP 
 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem 
risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa in-válida 
ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, 
nesses casos, o socorro da autoridade pública: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta 
lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. 
 
Bem jurídico tutelado- a segurança do indivíduo protegendo-sea vida e a saúde humana. 
 
É infração penal de menor potencial ofensivo mesmo quando qualificada pela lesão grave ou morte. 
 
Sujeitos 
 
Suj. ativo – delito comum - pode ser praticado por qualquer pessoa. Cuidado – dispensa vínculo entre os 
sujeitos. 
 
Pergunta de concurso: Admite coautoria? 
R: Sabendo que o dever de assistência é imposição que recai a todos, sem distinção, o crime não admite 
coautoria. Cada omitente é autor de uma omissão de socorro. 
 
Atenção: tem doutrina em sentido contrário admitindo a coautoria. 
 
Pergunta de concurso: É indispensável que o sujeito ativo esteja na presença da vítima em perigo? 
R: 
 
� 1ªC – o sujeito ativo deve estar no lugar e no momento em que o periclitante precisa de socorro; 
se estiver ausente, embora saiba do perigo e não vá ao seu encontro salvá-lo, não haverá o crime. 
BITEN-COURT 
 
� 2ªC – o ausente responde pelo crime quando chamado ao local para exercer o dever de 
assistência, sendo indispensável que o omitente tenha consciência do grave e iminente perigo em 
que se encontre a vítima. DAMÁSIO - TENDÊNCIA DA JURISPRUDÊNCIA 
 
Suj. passivo 
 
a) Criança abandonada ou extraviada 
b) Inválido ou ferido desamparado 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
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6
c) Pessoa que se achar em grave e iminente perigo. 
 
Pergunta: E se o sujeito passivo recusa socorro? 
R: O dever de assistência persiste, pois se trata de bem irrenunciável, salvo quando a oposição da vítima 
impossibilitar o socorro. 
 
Conduta 
 
Pune a inércia de quem tem o dever de socorrer. Duas são as maneiras de se praticar o crime: 
 
1) O agente não presta auxílio à vítima (omissão da assistência imediata) 
2) O agente não solicita socorro da autoridade competente (omissão da assistência mediata). 
 
 
Cuidado: Não compete ao agente a escolha entre uma ou outra forma de assistência, pois, sendo possível 
a prestação pessoal, não pode preferir a assistência mediata. 
 
Atenção: quando possível fazê-lo e sem risco pessoal (elementar mais importante)� O art. 135 do CP 
limita o dever de agir. 
 
Cuidado: o risco meramente patrimonial ou moral não exclui a tipicidade, sendo imprescindível o riso 
pessoal. “Risco pessoal” não é causa de exclusão da ilicitude mas da própria tipicidade, desaparece 
uma elementar do crime. 
 
Voluntariedade 
 
O crime é punido a título de dolo. Não importando se dolo direito ou eventual. 
 
Atenção: Não existe a modalidade culposa!! 
 
Consumação 
 
Consuma-se no momento da omissão. 
 
Atenção: estamos diante de um crime de perigo. De acordo com a maioria, no caso de criança 
abandonada ou extraviada o crime é de perigo abstrato.Nas demais hipóteses, o crime é de perigo 
concreto. 
 
Não admite tentativa. 
 
Omissão de socorro majorada 
 
Art. 135, P. único 
 
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta 
lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. 
 
 
 
Omissão Própria 
 
� O agente tem o dever de agir (dever genérico). 
� O agente responde por crime omissivo (o tipo descreve a omissão). 
� Tratando-se de crime de mera conduta não há relação de causalidade. 
 
 
 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
7
 
 
 
Omissão Imprópria 
 
� O agente tem o dever de agir para evitar o resultado ( dever jurídico). 
� Recai sobre os personagem do art. 13,§2º 
� O agente responde por crime comissivo por omissão 
� Podendo ser material ou formal tem nexo ( nexo de evitação ou de não empedimento) 
 
Mesmo que a omissão de socorro seja um crime omissivo próprio, que se consuma com a simples 
inatividade, na hipótese do parágrafo único é indispensável que se analise a relação de causalidade. Deve 
ser comprovada a relação de não impedimento entre a omissão e o resultado o corrido, para legitimar o 
aumento. 
 
Exige-se para a incidência da majorante prova de que a conduta omitida seria capaz de impedir o 
resultado mais gravoso. 
 
Omissão de socorro no CP X CTB 
 
 
Art. 302 e 303 são majorados pela omissão quando: 
 
a) O omitente é condutor de veiculo autormotor. 
b) Omitente se envolve em acidente de transito. 
c) Omitente é culpado do acidente. 
 
Art. 304 do CTB� Omissão de socorro no trânsito: 
 
a) O omitente é condutor de veiculo autormotor. 
b) Omitente se envolve em acidente de transito. 
c) Não é culpado pelo acidente 
 
 
Art. 135 do CP� Omissão de Socorro genérica 
 
a) Omitente pode ou não ser condutor de veículo automotor. 
b) Se condutor não pode estar envolvido em acidente. 
 
 
Ex: Acidente de trânsito 
 
 
 
 
 
 
“A” � culpado pelo acidente � responde pelo 303, p. único do CTB 
“B” � sofreu lesões� responde pelo art. 304 do CTB; 
“C” � percebeu que “A” fugiu e também foge. 
“D”� percebe “B” em risco, mas não pára para socorrer � art. 135 do CP. 
 
 
 
 
 
 
“A” “B” “C” “D” 
 
 
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Condicionamento de Atendimento Médico Hospitalar Emergencial 
 
Art. 135 - A 
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial 
 
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer 
garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários 
administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar 
emergencial 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
 
Crime de menor potencial ofensivo. 
 
Atenção: só deixa de ser de menor potencial ofensivo se do comportamento criminoso resultar morte. 
 
Obs: Antes da lei 12.653/12, o comportamento já era etiquetado como ilícito e abusivo. 
 
a) Art. 39 do CDC � pratica abusiva que expõe o consumidor a desvantagem exagerada. 
b) Art. 171, II CC � anulável negócio jurídico por vício resultante do estado de perigo. 
c) Resolução Normativa n. 44 da ANSS 
d) O fracasso dos demais ramos justifica a intervenção do direito penal� princípio da intervenção 
mínima. 
 
Sujeitos do crime 
 
Suj. Ativo - Administradores e funcionários de hospitais particulares. 
 
E se o funcionário apenas cumpre ordens do diretor?R: Nesse caso haverá concurso de pessoas devendo 
ambos responder pela infração penal. 
 
Suj. passivo – pessoa em estado de emergência. 
 
Conduta 
 
Negar atendimento médico emergencial exigindo como condição: 
 
a) Cheque caução, nora promissória ou qualquer garantia; 
b) Preenchimento prévio de formulários administrativos 
 
Pergunta: As letras “A” e “B” são alternativas ou cumulativas? 
 
R: A doutrina divergente: 
 
� 1ªC – o agente aproveita-se de um momento de extrema fragilidade do doente (ou de seus 
familiares) para, mediante uma das indevidas exigências, garantir para o hospital o ressarcimento 
das despesas realizadas. 
 
� 2ªC – o crime só se caracteriza com a exigência da garantia + preenchimento de formulários 
administrativos. NUCCI 
 
Pergunta: e se a exigência acontecer no atendimento de urgência e( e não de emergência)? 
R: 
 
Atenção: a lei 11.935/09 define situação de emergência e situação de urgência 
 
• Emergência – situação que exige intervenção cirúrgica ou médica imediata havendo 
efetivo riso para a vida ou saúde corporal (lesões irreparáveis); 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
9
 
• Urgência – Não retrata situação de imediatidade, abrangendo acidentes pessoais ou complicações 
no processo gestacional. 
 
� 1ªC - faz um a interpretação teleológica: defende que a urgência está implícita no tipo – Rogério 
Greco. 
� 2ªC - baseada na legalidade estrita defende que somente a emergência é elementar do tipo.A 
urgência pode configurar o art. 135 do CP.Voluntariedade 
 
Crime doloso. 
 
Consumação 
 
Consuma-se com a indevida exigência. 
 
A doutrina vem entendendo tratar-se de perigo concreto. 
 
A tentativa é admissível: tentar exigir. 
 
Art. 135-A, P. único – nexo da não evitação. 
____________________________________________________________________________________ 
 
II. JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 
 
2.1. STJ – HC 13.561/MG 
 
PENAL. LESÃO CORPORAL CULPOSA E OMISSÃO DE SOCORRO. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO, 
ARTS. 303 E 304. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO.1. Extinta a punibilidade do crime de lesão corporal culposa 
na direção de veículo, por ausência de representação por parte da vítima, configura constrangimento 
ilegal o prosseguimento da ação com relação ao crime de omissão de socorro, uma vez que, pelo princípio 
da consunção, encontra-se absorvido pela conduta delitiva de maior gravidade. 
2. Ordem de Habeas Corpus deferida para trancar a ação penal a que responde o paciente como incurso 
nas sanções do Código de Trânsito Brasileiro, art. 304. 
 
(HC 13.561/MG, Rel. Ministro EDSON VIDIGAL, QUINTA TURMA, julgado em 21/11/2000, DJ 18/12/2000, 
p. 221) 
 
2.2. STJ - EDcl no AgRg no REsp 1122471/MG 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. LEI MARIA DA PENHA. 
LESÃO CORPORAL LEVE. AÇÃO PENAL CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DA VÍTIMA. ALTERAÇÃO DA 
JURISPRUDÊNCIA APÓS O JULGAMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE DE ADEQUAÇÃO 
DO JULGADO POR MEIO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA. 
1. O embargante pretende a rediscussão de mérito da quaestio juris, limitando-se a repetir as razões do 
agravo regimental, sem demonstrar a ocorrência de nenhuma das hipóteses do art. 619 do Código de 
Processo Penal, procedimento incompatível com a finalidade dos aclaratórios. 
2. O recurso de embargos de declaração não é meio hábil para adaptar o entendimento do acórdão 
embargado à posterior mudança jurisprudencial, no caso, com o entendimento firmado no julgamento da 
Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.424/DF, que pacificou a natureza incondicionada para as ações 
penais que versem sobre lesões corporais sofridas pela mulher em ambiente doméstico. 3. Embargos de 
declaração rejeitados. 
 
(EDcl no AgRg no REsp 1122471/MG, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, 
julgado em 07/02/2013, DJe 18/02/2013) 
 
 
 
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10
 
III. SIMULADOS 
 
3.1. (FUNDEP - 2011 - MPE-MG - Promotor de Justiça) Ontem, 20 de agosto de 2011, às 18h, em 
Belo Horizonte/MG, Zé do Pó, habilitado na categoria D, na direção de um veículo automotor, ultrapassou 
em alta velocidade o sinal vermelho em cruzamento de vias urbanas, atropelando o ciclista José Cidadão 
Ecológico. Ao perceber a gravidade do acidente, deixou de prestar socorro à vítima, embora pudesse fazê-
lo sem risco pessoal. Em consequência das lesões, a vítima morreu, algum tempo depois, ainda no local 
do fato. Dali, Zé do Pó foi até uma Delegacia de Polícia e confessou o ocorrido, dizendo que provocou o 
acidente porque se encontrava sob influência de cocaína, o que foi confirmado. Zé do Pó deverá ser 
denunciado por 
a) três crimes, dois deles previstos no Código de Trânsito Brasileiro e majorados. 
b) dois crimes, ambos previstos no Código de Trânsito Brasileiro, um deles majorado. 
c) um crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro, duplamente qualificado. 
d) nenhum crime, pois praticou o fato sob influência de substância psicoativa que causa dependência, 
hipótese excludente de culpabilidade. 
 
3.2. (FCC - 2011 - TJ-PE – Juiz) No crime de lesão corporal praticado no contexto de violência 
doméstica (art. 129, § 9º , do Código Penal), 
a) o sujeito passivo é sempre a mulher. 
b) é necessário que a vítima conviva com o agente. 
c) não incide a agravante de o crime ser cometido contra cônjuge, se a ofendida é casada com o autor. 
d) a pena é aumentada de 1/6 (um sexto) se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. 
e) não basta que se prevaleça o agente de relação de hospitalidade. 
 
3.3. (FGV - 2008 - TJ-MS – Juiz) Josefina Ribeiro é médica pediatra, trabalhando no hospital municipal 
em regime de plantão. De acordo com a escala de trabalho divulgada no início do mês, Josefina seria a 
única médica no plantão que se iniciava no dia 5 de janeiro, às 20h, e findava no dia 6 de janeiro, às 20h. 
Contudo, depois de passar toda a noite do dia 5 sem nada para fazer, Josefina resolve sair do hospital um 
pouco mais cedo para participar da comemoração do aniversário de uma prima sua. Quando se preparava 
para deixar o hospital às 18h do dia 6 de janeiro, Josefina é surpreendida pela chegada de José de Souza, 
criança de apenas 06 anos, ao hospital precisando de socorro médico imediato. Josefina percebe que José 
se encontra em estado grave, mas decide deixar o hospital mesmo assim, acreditando que Joaquim da 
Silva (o médico plantonista que a substituiria às 20h) chegaria a qualquer momento, já que ele tinha o 
hábito de se apresentar no plantão sempre com uma ou duas horas de antecedência. Contudo, naquele 
dia, Joaquim chega ao hospital com duas horas de atraso (às 22h) porque estava atendendo em seu 
consultório particular. José de Souza morre em decorrência de ter ficado sem atendimento por quatro 
horas. Que crime praticaram Josefina e Joaquim, respectivamente? 
a) Homicídio culposo e homicídio culposo. 
b) Homicídio doloso e homicídio doloso. 
c) Omissão de socorro e omissão de socorro. 
d) Homicídio doloso e nenhum crime. 
e) Homicídio doloso e homicídio culposo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
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11
 
 
Gabarito: 
 
3.1. B 
3.2. C 
3.3. D

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