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26/03/2017 1 Processo de Enfermagem ao Tratamento de Doenças Respiratórias OBJETIVOS DO APRENDIZADO • Descrever a fisiopatologia das doenças respiratórias • Discutir os principais fatores de risco para desenvolver doenças respiratórias e as prescrições de enfermagem para minimizar ou evitar estes fatores de risco. • Usar o processo de enfermagem como referencial para o cuidados do paciente com doenças respiratórias ANATOMIA TRATO RESPIRATÓRIO • Via aérea superior: nariz, boca, faringe, laringe e traquéia (porção superior) • Via aérea inferior: traquéia (porção inferior), brônquios e bronquíolos, pulmões e alvéolos PULMÕES Pleura Mediastino Lobos Brônquios Bronquíolos Alvéolos FUNÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO • Transporte de oxigênio • Respiração • Ventilação • Troca Gasosa 26/03/2017 2 PRINCIPAIS PATOLOGIAS DO TRATO RESPIRATÓRIO • DPOC (enfisema, bronquite crônica) • Asma • Pneumonia • Derrame Pleural • Edema Agudo de Pulmão • Embolia Pulmonar DPOC CONCEITO DA DPOC A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um estado de doença onde há limitação do fluxo aéreo, pelo enfisema e/ou pela bronquite crônica que não é totalmente reversível. A limitação do fluxo aéreo é geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão a partículas ou gases nocivos. DPOC Refere-se a um grupo de distúrbios pulmonares caracterizados por: • limitação do fluxo aéreo: obstrução, estreitamento das vias aéreas • dispnéia • Inflamação • produção excessiva de muco e dificuldade de remover eficazmente secreções pulmonares • intolerância à atividade • Engloba os distúrbios pulmonares: bronquite e enfisema pulmonar • *Pode haver associação dessas afecções EPIDEMIOLOGIA • Atinge 20% dos tabagistas > de 40 anos; • 30% da população brasileira é tabagista – mais de 8 milhões de pessoas tem DPOC. • A OMS prevê que em 2.020 a DPOC passará: -de 12a. doença mais prevalente para 5a. -de 6a. causa de morte para 3a. 26/03/2017 3 PATOGÊNESE DA DPOC AGENTE NOCIVO (fumaça de cigarro, poluentes, agentes ocupacionais) DPOC • Fatores genéticos • Infecções respiratórias • Outros ETIOLOGIA 1- Fumo; 2- Poluição do ar, exposição ocupacional; 3- Alergia, imunidade baixa; 4- Infecção; 5-Predisposição genética, envelhecimento; 6- Deficiência na elasticidade das estruturas da árvore brônquica. FISIOPATOLOGIA DA DPOC Na DPOC, a limitação do fluxo de ar é progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões para as partículas ou gases nocivos. Por causa da inflamação crônica e das tentativas do organismo para repará-las, o estreitamento ocorre nas pequenas vias aéreas periféricas. Com o passar do tempo, esse processo de lesão – reparação provoca a formação de tecido cicatricial e o estreitamento da luz da via aérea. BRONQUITE CRÔNICA Na bronquite crônica há a inflamação crônica dos brônquios e bronquíolos. Características Clínicas • Insidiosa, desenvolve-se durante anos. • Exacerba-se no inverno • Acessos repetidos de tosse e expectoração. • Produção de escarro espesso • Sibilos • Dispnéia • Secreções produzem obstrução crônica, retenção de O e CO2, hipoxemia e infecções de repetição. • Pode evoluir para enfisema. FISIOPATOLOGIA • Principais alterações estruturais das glândulas mucosas brônquicas produção excessiva de muco aumento do número de células caliciformes e redução de cílios • Muco + nº reduzido de cílios limpeza ineficaz dos brônquios e bronquíolos suscetibilidade a infecções 26/03/2017 4 SINAIS E SINTOMAS • Tosse produtiva: escarro pode variar de branco, espesso e viscoso para esverdeado, amarelado, acinzentado, purulento ou com raias de sangue (infecções). • Infecções são freqüentes. • Respiração ofegante, broncoespasmo, dispnéia. • Perda gradativa da energia física • Redução da atividade mental ( da oxigenação). • Edema de órgãos e membros ENFISEMA • Troca gasosa prejudicada (oxigênio, dióxido de carbono) resulta da destruição das paredes dos alvéolos hiperdistendidos. É o estágio terminal de um processo que evolui lentamente durante muitos anos. • “Doença pulmonar, progressiva, crônica, caracterizada por perda da elasticidade pulmonar devida a destruição e dilatação alveolar permanentes (aumento anormal dos espaços aéreos distais), gerando áreas pulmonares não funcionantes” • O enfisema começa com a destruição dos alvéolos, o que é irreversível e resulta na formação de “buracos” permanentes no tecido pulmonar. FISIOPATOLOGIA • Processo de destruição e dilatação de bronquíolos e alvéolos em um ou mais lóbulos áreas pulmonares não funcionantes perda da elasticidade aumento da complacência pulmonar redução na pressão aérea dificuldade para expelir o ar • Volume pulmonar aumentado + compressão com a parede torácica aumento da resistência ventilação-perfusão prejudicada maior gasto de energia pelo paciente SINAIS E SINTOMAS • Dispnéia • Intolerância aos esforços • Expectoração de escarro • Diâmetro ântero-posterior do tórax aumento, devido o achatamento do diafragma. • Tórax em barril PATOLOGIA E FISIOPATOLOGIA Bronquite Crônica Hipersecreção Mucosa Tosse Produtiva Tosse Produtiva Enfisema Limitação do Fluxo Áereo Aprisionamento Hiperinsuflação Dispnéia 26/03/2017 5 DIAGNÓSTICO • Espirometria: Permite confirmar o diagnóstico e quantificar a gravidade do processo. • Gasometria arterial: É uma análise para medir a quantidade de oxigênio e dióxido de carbono no sangue das artérias . • Exame radiológico: Tanto a radiografia de tórax como o exploratório torácico ajudam o diagnóstico, ainda que não sejam definitivos. • Eletrocardiograma: Mostra uma sobrecarga do coração. COMPLICAÇÕES • A insuficiência e a falência respiratória são as principais complicações da DPOC com risco de vida. • As outras complicações da DPOC incluem pneumonia, atelectasia, pneumotórax, hipertensão arterial pulmonar (cor pulmonale) TRATAMENTO 1- Parar de fumar; 2- Broncodilatadores; 3- Corticoterapia; 4-Oxigenoterapia – CUIDADO!!!; 5-Cirurgia de redução do volume pulmonar; 6-Transplante Pulmonar; 7-Reabilitação Pulmonar. A ÚNICA MANEIRA DE PREVENIR A DPOC É NÃO FUMAR!!! EXAME FÍSICO DIRIGIDO • Geral: Sudorese, tremor, cianose, confusão. • Sinais Vitais: taquipnéia, taquicardia, febre • Pescoço: palpar traquéia, auscultar estridor (obstrução de via aérea superior), ingurgitação jugular, acrocianose facial (cor pulmonale). • Pulmões: “peito em barril”, cifoescoliose, uso de músculos acessórios, ausculta de sibilos, sons respiratórios diminuídos, fase inspiratória aumentada em relação à expiratória, chiados e roncos • Extremidades: cianose, baqueteamento, unhas em vidro de relógio, hipercromia palmar e plantar, perfusão e pulsos periféricos DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 1- Padrão respiratório ineficaz, relacionado à limitação crônica do fluxo de ar; 2- Risco de infecção relacionado ao comprometimento da função pulmonar e mecanismos de defesa; 3- Troca gasosa comprometida relacionada a obstrução pulmonar crônica, anormalidades de ventilação-perfusão devido à destruição da membrana alveolocapilar; 26/03/2017 6 5-Nutrição alterada: menor que as necessidades corporais, relacionado ao trabalho aumentado da respiração; 6-Intolerância à atividade relacionada ao comprometimento da função pulmonar, resultando em falta de ar e fadiga; 7- Distúrbio no padrão de sono relacionado à hipoxemia e hipercapnia; 8- Comprometimento individual de como lidar com o estresse de viver com doença crônica, perda da independência. PLANEJAMENTODE ENFERMAGEM 1- Melhorar o padrão respiratório; 2- Controle de infecção; 3- Melhorar a troca gasosa; 4- Melhorar a nutrição; 5- Aumentar a tolerância a atividade; 6- Melhorar o padrão de sono; 7- Estimulando a lidar com a situação 8- Educação e manutenção da saúde; 9- Evitar exposição a irritantes respiratórios; 10- Evitar e tratar as infecções respiratórias. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • Avaliar o estado respiratório do paciente, monitorando o nível de responsividade, a gasometria arterial, o oximetria de pulso e os sinais vitais; • Histórico e exame físico do paciente; • Manter oxigenoterapia de 1 a 2 l/min; • Monitorar o estado respiratório, incluindo a freqüência e o padrão respiratórios; sons respiratórios, sinais e sintomas da angústia respiratória; • Implementar estratégias (p.ex. esquema de mudança de posição) para evitar as complicações. • Monitorar alterações cognitivas (alterações da personalidade, e comportamentais, comprometimento da memória), dispnéia crescente, taquipnéia e taquicardia, que podem indicar a hipoxemia crescente e a insuficiência respiratória iminente; • Manter acesso venoso para administração de medicamentos; • Manter o paciente em posição de Fowler ou semi- Fowler; • Aspirar vias aéreas conforme necessário; • Instruir o paciente a relatar qualquer sinal de infecção, como febre ou alteração na coloração, característica, consistência ou quantidade de escarro; ASMA 26/03/2017 7 ASMA • Doença inflamatória crônica das vias aéreas, resultando em hiperatividade dessas vias, edema de mucosa e produção de muco. A inflamação é difusa e leva a episódios recorrentes dos sintomas. FISIOPATOLOGIA • Ocorre a diminuição do calibre dos brônquios e bronquíolos devido broncoespasmo, edema e produção de muco espesso. • Difere das outras doenças pulmonares obstrutivas por ser um processo reversível (com tratamento ou espontaneamente). Acontece em qualquer idade, sendo a doença crônica mais comum na infância. Pode ser incapacitante ou levar à morte, nos casos mais graves. FATORES DE RISCO • A alergia é o principal fator predisponente; • Exposição crônica a irritantes aéreos ou alergênicos • condições ambientais; • Odores fortes • Estresse; • Sinusite • Desgaste emocional. • Tabagismo • Evolui para o estado asmático (crise grave e persistente que não responde à terapia convencional. SINAIS E SINTOMAS • Tosse • Enrijecimento do tórax • Sibilos • Dispnéia • Cianose • Taquicardia • Sudorese • Ansiedade • Agitação 41 DPOC ASMA Início após 40 anos Antecedente de atopias ausente História familiar de asma ausente Início na infância Antecedente de atopias presente História familiar de asma presente DPOC x ASMA BRÔNQUICA 42 DPOC ASMA Tabagismo > 20 anos Melhora variável com tratamento Obstrução parcialmente reversível Tabagismo ausente Melhora acentuada com tratamento Obstrução reversível DPOC x ASMA BRÔNQUICA 26/03/2017 8 PNEUMONIA PNEUMONIA • CONCEITO: As pneumonias são processos inflamatórios do parênquima pulmonar, com comprometimento dos brônquios, bronquíolos e alvéolos; por vezes, do interstício e/ou da pleura. Causada por um agente microbiano. FISIOPATOLOGIA • Nariz • Filtração das partículas • Faringe e Traquéia • Reflexo da epiglote • Reflexo da tosse • Adesão e expulsão de partículas pelo muco secretado pelas células ciliadas • Pulmão • Substâncias imunes locais (complemento, antiproteases, lisoenzimas e fibronectina) Proteção Respiratória Natural FISIOPATOLOGIA A infecção ocorre quando um ou mais desses mecanismos estão alterados e/ ou são suplantados pela virulência do agente infeccioso • Infecção viral prévia • ↑ secreção • ↓ atividade ciliar • ↓ da ação bactericida dos macrófagos alveolares • Alteram a produção de anticorpos FATORES DE RISCO • Fatores ambientais: • tabagismo no lar • poluição urbana • Fatores socioeconômicos: • condições sanitárias/habitação desfavoráveis; • dificuldades de acesso aos serviços de saúde • cobertura vacinal insuficiente EPIDEMIOLOGIA • Doenças respiratórias são responsáveis por aproximadamente 12% das mortes notificadas no país, sendo as pneumonias responsáveis por quase metade destes óbitos. Cerca de 5% de todas as mortes no Brasil são causadas por pneumonia. • Quanto a mortalidade: pacientes ambulatoriais é de 5%, enquanto a dos hospitalizados pode chegar a 50% nos internados em UTI. 26/03/2017 9 MORBIMORTALIDADE • 5 a 11 casos por mil indivíduos por ano. • Maior freqüência em crianças pequenas e idosos. • Letalidade: 1% dos casos (até 50% entre os pacientes que necessitam de internação em UTI). PATOGENIA vias aéreas superiores – inalação – aspiração (secreção,vômitos,regurgitações) via hematogênica via linfática via transdiafragmática Via ginecológica, urológica. PNEUMONIAS INFECCIOSAS • Pneumonias adquiridas na comunidade – PAC • Pneumonias nosocomiais (PN) - PAC – Acometem os pacientes fora do ambiente hospitalar ou surgem nas primeiras 72 horas após a admissão. - PN – É adquirida no ambiente hospitalar e definida à medida que os sintomas iniciais se manifestem a partir de 48 horas da admissão. ETIOLOGIA A definição do agente etiológico é difícil e, mesmo quando são empregadas todas as técnicas disponíveis, a definição etiológica só é feita em 30 a 40% dos casos pesquisados. • O Hemophilus influenzae tem sido implicado como o agente etiológico em 4 a 18% dos casos, principalmente em pacientes com DPOC; • Enterobacteriáceas: (Klebsiela, Escherichia, Proteus, Enterobacter) e Staphylococcus aureus, cada, foram citados como agentes em 2 a 10% dos casos; • Pseudomonas aeruginosa foi citado como responsável em 1 a 4% dos casos. AGENTES ETIOLÓGICOS • O agente mais comum é o Streptococcus pneumoniae (pneumococo), estando envolvido em 30 a 70% dos casos; • as bactérias atípicas:icoplasma, clamídea e legionela, tem sido consideradas como agentes etiológicos em taxas que variam de 8 a 48% dos casos; • infecções mistas, tipicamente envolvendo uma bactéria e um agente atípico ou viral, tem sido relatadas em até 38% dos pacientes; 26/03/2017 10 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Tosse produtiva ou eventualmente, seca: na fase inicial a expectoração é em pequena quantidade e pode ter aspecto mucóide, evoluindo freqüentemente para o aspecto purulento; • Dor torácica pleurítica: é localizada e piora com a tosse e inspiração profunda. Embora sendo bastante comum, pode estar ausente em um número significativo dos casos; • Dispnéia: geralmente ausente nos quadros leves. Quando presente, caracteriza sempre um quadro grave; • Febre: está presente na quase totalidade dos casos, a exceção de idosos debilitados e pacientes imunossuprimidos. • Adinamia: sintoma muito frequente na pneumonia, às vezes com prostração acentuada. • Outros sintomas gerais como mialgia generalizada, suores, calafrios, dor de garganta e anorexia são observados com freqüência variável. • Dor abdominal pode ser observada em torno de 20% dos casos. • Em muitos pacientes a única manifestação da pneumonia pode ser um quadro febril.(complementar com o estudo do RX de tórax). DIAGNÓSTICO • Radiológico; • Laboratorial; • Cultura do escarro. • Diagnóstico Diferencial • Doenças de vias aéreas superiores e inferiores e também as doenças infecciosas não respiratórias; • Asma, infecções virais de vias aéreas superiores, pneumopatias crônicas • Todo quadro de tosse com febre é suspeito de pneumonia até que se exclua o diagnóstico TRATAMENTO O tratamento médico consiste em abordagem do quadro clínico e antibioticoterapia.SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ANAMNESE E EXAME FÍSICO • Anamnese: relatos de febre, calafrios ou sudorese noturna,, secreção. • Exame físico: à inspeção, frequência da tosse; frequência e intensidade respiratória; à palpação, frêmito tóraco-vocal aumentado; à percussão, macicez ou sub macicez; à ausculta, murmúrio reduzido com crepitações e sopro tubáreo. 26/03/2017 11 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 1. Risco de infecção relacionado ao comprometimento da função pulmonar e mecanismos de defesa; 2. Nutrição alterada: menor que as necessidades corporais, relacionado ao trabalho aumentado da respiração; 3. Intolerância à atividade relacionada ao comprometimento da função pulmonar, resultando em falta de ar e fadiga; PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM 1- Melhorar o padrão respiratório; 2- Controle de infecção; 3- Melhorar a troca gasosa; 4- Melhorar a nutrição; 5- Aumentar a tolerância a atividade; 6- Melhorar o padrão de sono; 7- Estimulando a lidar com a situação 8- Educação e manutenção da saúde; 9- Evitar exposição a irritantes respiratórios; 10- Evitar e tratar as infecções respiratórias. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • Avaliar o estado respiratório do paciente, monitorando o nível de responsividade, a gasometria arterial, o oximetria de pulso e os sinais vitais; • Histórico e exame físico do paciente; • Manter oxigenoterapia de 1 a 2 l/min; • Monitorar o estado respiratório, incluindo a freqüência e o padrão respiratórios; sons respiratórios, sinais e sintomas da angústia respiratória; • Implementar estratégias (p.ex. esquema de mudança de posição) para evitar as complicações. • Monitorar alterações cognitivas (alterações da personalidade, e comportamentais, comprometimento da memória), dispnéia crescente, taquipnéia e taquicardia, que podem indicar a hipoxemia crescente e a insuficiência respiratória iminente; • Manter acesso venoso para administração de medicamentos; • Manter o paciente em posição de Fowler ou semi- Fowler; • Aspirar vias aéreas conforme necessário; • Instruir o paciente a relatar qualquer sinal de infecção, como febre ou alteração na coloração, característica, consistência ou quantidade de escarro; DERRAME PLEURAL 26/03/2017 12 DERRAME PLEURAL • Derrame Pleural é uma coleção de líquido no espaço pleural, secundário a outras doenças. • Pode ser complicação da insuficiência cardíaca, tuberculose, pneumonia, infecções pulmonares, embolia pulmonar entre outras. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Dispnéia • Tosse • Sons respiratórios diminuídos ou ausentes • Angústia respiratória aguda • Desvio de traquéia DIAGNÓSTICO • Exame físico • Radiografia de tórax • TC de tórax • Toracocentese TRATAMENTO • Toracocentese, drenagem de tórax; • pleurodese; • antibioticoterapia; • tratamento da doença primária PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM Preparar e posicionar paciente para toracocentese Controle da dor Administra analgésicos Monitorar dreno de tórax – débito • Pleurisia/pleurite: inflamação /infiltração camadas pleura • Derrame pleural: coleção de líquido espaço pleural entre parietal e visceral • Empiema: coleção de líquido infectado na cavidade pleural • Pneumotórax: acúmulo ar na cavidade pleural • Hemotórax: acúmulo de sangue na cavidade pleural • Quilotorax: acúmulo de líquido linfático, com conteúdo gorduroso - rompimento do ducto torácico. • *Obs: geralmente são condições secundárias a algumas doenças 26/03/2017 13 Edema Agudo de Pulmão EDEMA AGUDO DE PULMÃO • O Edema Agudo de Pulmão (EAP) é um aumento súbito na pressão dos capilares pulmonares, levando ao extravasamento de líquido para os alvéolos, deixando o pulmão menos elástico e com menos superfície de contato para troca de gases, manifestando-se por dificuldade respiratória. É um quadro clínico crítico, decorrente da incapacidade do ventrículo esquerdo em bombear o sangue para válvula aórtica, causando um acúmulo de líquido nos pulmões. Sintomatologia: • dispnéia; • tosse produtiva - escarro róseo espumoso; • AP: estertoração • agitação; • queda do nível de consciência; TRATAMENTO • O tratamento médico se compõe a correção do distúrbio anterior, bem como: • oxigênio; • diuréticos; • ansiolíticos; • analgésicos. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • Orientar cliente e acompanhantes sobre procedimentos; • Manter cliente em repouso, com cabeceira elevada; • Garantir conforto; • Monitorizar SSVV e ausculta pulmonar em intervalos menores; • Garantir acesso venoso pérveo; • Monitorar respostas do cliente às medicações; • Realizar Balanço Hídrico; • Avaliar necessidade da passagem de SVD; • Garantir restrição hídrica; 26/03/2017 14 Embolia pulmonar EMBOLIA PULMONAR Obstrução da artéria pulmonar ou dos seus ramos por um trombo ou trombos (gorduroso, amniótico, gasoso e, na grande maioria, trombo –sg). • TEP = tromboembolia pulmonar • Fisiopatologia: obstrução total ou parcial da a. plmr → ↑ spç morto alveolar → reação inflamatória → broncoespasmo → hipóxia e ainda → ↑ resistência vascular plmr → hipertensão art. plmr → sobrecarga coração direito →↓ D.C. → choque • Origens mais comuns de trombos: ✴VV profundas das pernas; ✴VV Pélvicas; ✴ Átrio direito A embolia pode ser: • Maciça: oclusão bifurcação da a. Plmr • Múltiplos e pequenos êmbolos SINAIS E SINTOMAS ‣ Dor torácica súbita; ‣ Dispnéia/taquipnéia; ‣ Febre; ‣ Taquicardia; ‣ Tosse; ‣ Hemoptise; ‣ Síncope. FATORES DE RISCO - Estase venosa - Hipercoagulobilidade - Doença endotelial venosa - Cardiopatias - Trauma - Pós-operatório - DM - DPOC - Idade - Obesidade - Gestação 26/03/2017 15 PREVENÇÃO • Terapia anticoagulante (geralmente baixas doses SC) ppal/te se repouso e pós-operatório; • Elevar MMII, não cruzar MMII; • Exercícios passivos/ativos; • Uso de meias elásticas ou equipamentos pneumáticos nos MMII. TRATAMENTO • Terapia anticoagulante • Terapia trombolítica • Oxigenioterapia • Terapia compressiva –meias elásticas, pneumáticos • Repouso absoluto com MMII elevados • Analgésicos • Intervenção cirúrgica (embolectomia, interrupção veia cava inferior). BRUNNER, S; SMELTZER, Suzanne C. (orgs.). Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. 12a ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2011. REFERÊNCIAS OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
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