Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Farmacologia dos Antibióticos * Definição de um Antibiótico Antibiótico: Anti contra Biotic vida Muitas vezes trazendo dano ao hospedeiro. * Waksman & Fleming Penicillium notatum * RESISTÊNCIA ANTIBIÓTICA Segunda Guerra Mundial : resistência à penicilina; 1970 : patógenos respiratórios resistentes à penicilina e outros betalactâmicos e MRSA A partir de 1980 : Pseudomonas aeruginosa resistente à gentamicina, ciprofloxacina e ceftazidima; A partir de 1990: ESBL e Enterococcus faecium (VRE); Legionella, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, Bacteroides fragilis: sem resistência; Acinetobacter baumanii e Pseudomonas não-aeruginosa (Stenotrophomonas, Burkholderia): sempre resistentes; Burke A. Cunha Medical Clinics of North America 2000 MRSA VRE * História dos Antimicrobianos 2000 a.C. “Tome, coma esta raiz” 1000 d.C. “Esta raiz é heathen” “Vá, Diga esta prece” 1850 d.C. “Esta prece é uma supertição” “Tome, beba esta poção” 1940 d.C. “Esta poção é uma lenda” “Tome, use a penicilina” 1980 d.C. “A penicilina esta sem valor, tome este novo antibiótico; ele é muito melhor” 2000 d.C. “Os antibióticos não funcionam mais” “Tome, coma esta raiz” * Teichoic acid From: Goodman and Gilman, 9th ed. * PRINCÍPIOS DA TERAPIA ANTIBIÓTICA As bactérias estão normalmente associadas a diversas patologias como a causa de doenças, contudo, podem também produzir efeitos benéficos. Podemos citar como exemplo as bactérias da flora gastrointestinal que, em indivíduos saudáveis, previne a colonização de patógenos. Desta forma, o tratamento com antibióticos não deve ser feito de maneira indiscriminada. * Abordagem para o tratamento de condições infecciosas Avaliar evidências de infecção; Avaliar o potencial de variáveis intervenientes; Estabelecer a gravidade da infecção; Determinar o local mais provável da infecção; Procurar identificar o patógeno; Determinar a patogenicidade do isolado; Estabelecer a susceptibilidade do microrganismo frente aos agentes antimicrobianos Selecionar um agente antimicrobiano com base: v Na eficácia clínica; v No perfil de reações adversas; v Nas características farmacocinéticas; v No custo. * * Abordagem para o tratamento de condições infecciosas Estabelecer a dose levando-se em conta: As diretrizes sobre as doses usuais; A idade, peso, gravidez, alergias e quaisquer distúrbios do paciente; O local da infecção; As barreiras anatômicas ou fisiológicas; A via de eliminação e função orgânica. · Avaliar a resposta do paciente à terapia; · Avaliar o paciente quanto aos efeitos adversos. * * Abordagem para o tratamento de condições infecciosas Conceitos: Terapia empírica/ terapia definitiva Sucesso terapêutico: [ ] terapêuticas devem alcançar o alvo (CIM) Obs.: 90% susceptíveis in vitro: idem in vivo 60% resistentes in vitro: susceptíveis in vivo Resistência bacteriana: Intrínseca/ Primária/ Secundária Profilaxia com agentes antibacterianos Superinfecções * Combinação de antimicrobianos Recomendado em situações definidas: Tratamento de infecções mistas Terapia empírica de infecções graves Aumento da atividade contra patógenos específicos Prevenção do desenvolvimento de resistência (1 em cada 106) * Escolha do Fármaco antimicrobiano Terapia empírica ou inicial- onde a escolha do antibiótico deve oferecer uma maior cobertura contra todos os patógenos prováveis, até se estabelecer o diagnóstico definitivo. Terapia de combinação ou a monoterapia de amplo espectro de ação. Terapia definitiva- uma vez identificada o agente, deve-se instituir a terapia antimicrobiana definitiva. Esquema de baixa toxidade e espectro estreito para completar o tratamento. * * CARACTERÍSTICAS DE UM ANTIMICROBIANO IDEAL Toxidade Seletiva direcionada contra o patógeno sem causar danos ao hospedeiro. Farmacocinética- a concentração mínima do fármaco no local da infecção deve ser no mínimo igual ao MIC. Escolha de Bactericida ou Bacteriostático Espectro de ação de acordo com o diagnóstico Baixos efeitos colaterais Capacidade de atravessar membranas citoplasmáticas Pouco ou nenhum nível de resistência do organismo patogênico ao antibiótico e uma pequena resistência cruzada a cepas que são relacionadas Resistência a inativação pelas enzimas microbianas. * Mecanismo de Ação * Base da ação antimicrobiana Inibem a síntese da parede celular, Desequilibram a integridade da membrana plasmática, causando um desbalanço osmótico, Inibidores de síntese protéica, (p.ex. bloqueiam o função da DNA-girase; Inibem a transcrição ou a tradução gênica), Agem no mecanismo de síntese do ácido fólico, Atuam na síntese de ácidos nucléicos (DNA ou RNA). * * Inibidores da Síntese de parede celular b-LACTÂMICOS: Penicilinas Cefalosporinas * Características do anel beta-lactâmico Inibiçao da transpeptidase Substrato para as b-lactamases Estrutura instável Sensível a ácidos Produçao de produtos imunogênicos * Papel do ácido clavulâmico na inibiçao das b-lactamases ATIVA * Usos clínicos da penicilina Streptococcus - pneumonia, meningite, , endocardite, febre reumatica Staphylococcal skin and wound infections Meningococcos Sífilis Clostridia - tetanus, gangrene H. influenzae - pneumonia UTI - E. coli, Pseudomonas, enterococcos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � * Cefalosporinas sao estruralmente semelhantes as Penicilinas * Características das Cefalosporinas Inibe a síntese da parede celular Absorção, distribuição e excreção semelhante a das penicilinas Reações adversas: hipersensibilidade Tromboflebite Nefreotoxidade Incidencia de resistência menor do que as penicilinas * As geraçoes de Cefalosporinas 1a GERAÇAO Cefalotina, Cefalexina, Cefradine 2a GERACAO Cefaclor, Cefuroxima 3a GERACAO Cefotaxima, Ceftriaxona 4a GERACAO Cefepima, Cefpiroma * * Alguns usos da Cefalosporinas pneumonias - Cefotaxima Meningites - Cefotaxima, Ceftriaxona Sepses (Rx) - cefalosporinas de 3a e 4a geraçoes Gonorreia Acute UTI * IMIPENEM-CILASTATIN Se liga a PBP-2 causando lise da bactéria Normalmente administrado com o CILASTATIN, que é um inibidor de peptidase que bloqueia, em parte, a degradação renal do Imipenem Amplo espectro Boa ação contra Gram-negativos provenientes de infecção hospitalar Reação cruzada a outros b-lactâmicos * Aztreonam Estreito espectro de ação, preferencialmente as gram(-) Possui elevada resistência as b-lactamases Não possui ação contra gram (+) e organismos anaeróbios * VANCOMYCIN Previne a polimerização do peptidoglicano Estreito espectro - Staph. (MRSA) & Strep., Enterococcus, Clostridium sp. Uso em associoação com Linezolida (bacteriostático) Ototoxidade * INIBIDORES DE SÍNTESE DO Ác. NUCLÉICO Sulfonamidas Sulfametoxazol-Trimetoprima Quinolonas (inibem a DNA-girase) As sulfonamidas são primariamente utilizadas no tratamento das infecções das vias urinárias; e em combinação com a trimetoprima são freqüentemente empregadas no tratamento da otite, bronquite, sinusite e pneumonia por Pneumocystis. As quinolonas constituem uma classe importante de antibióticos devido ao seu amplo espectro de ação contra bacilos gm(-) aeróbicos e estafilococos e cocos gm(-) e sua biodisponibilidade oral. Seus usos terapêuticos incluem o tratamento das vias urinárias, prostatite, varias DST, osteomielite e diarréia bacteriana. Contra-indicado a crianças e gestantes, devido ao risco de produzir artropatia. Inibem o Ácido Fólico (metabolismo) * SULFONAMIDAS Bacteriostáticos Biodistribuição - 50% a 80% detectado no plasma. Eliminação - basicamente renal Antagonismo competitivo do ácido para-aminobenzóico (PABA) Pteridina + PABA Ácido diidropteróico Ácido diidrofólico Ácido tetraidrofólico Glutamato NADP NADPH * QUINOLONAS Rápidos Bactericidas Eliminação - basicamente renal (ofloxacina, lomefloxacina e cinoxacina) Via não-renal (perfloxacina e ácido nalidíxico). Necessita-se de ajuste de dose para cinoxacina, norfloxacina, ciprofloxacina, ofloxacina, enoxacina e lomefloxacina em pacientes com insuficiência renal. Inibição da subunidade A da DNA-girase (topoisomerase), inibindo a duplicação do DNA (Inibidores de síntese protéica) O uso terapêutico das quinolonas inlclui o tratamento contra cocos gm(+), infecções urinárias, prostatite, DSTs, infecções gastrintestinais, infecções das vias aéreas e infecções ósseas e articulares. A administração concomitantante com AINES pode potenciar seus efeitos estimulantes no SNC. * Aminoglicosídeos Tetraciclnas INIBIDORES DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS AMINOGLICOSÍDEOS Bactericidas Nenhum deles é adequadamente absorvido p.o. (via oral) pelo fato de serem cátions altemente polares Todos excretados pelo rim Penetram no espaco periplasmático da bactéria gm(-) através da porina. Inibidores da síntese de proteínas (ligando-se a subunidade 30s), desagregando o ciclio normal da função ribossomal Clorafenicol Macrolídeos (eritromicina, claritromicina e azitromicina) * Algumas aplicações dos aminoglicosídeos. Direcionada à bactérias aeróbicas gm (-) Canamicina NÃO deve ser usada contra Serratia ou Psedomonas Pouca ação contra anaeróbicos ou facultativas Limitada contra gm(+) Principais efeitos adversos: Nefrotoxidade e ototoxidade * TETRACICLINAS, CLORAFENICOL E MACROLÍDEOS Bacteriostáticos Inibidores da síntese de proteínas Ligando-se a subunidade 30s (Tetraciclinas) Ligando-se a subunidade 50s (Clorafenicol e Macrolídeos) * *** O clorafenicol inibe de forma irreversível as enzimas do citocromo P450. Toxidade grave e morte se administrados com dicumarol, fenitoína, clorpropamida e tolbutamida. Pode ser mais facilmente eliminado em conjunto com fenobarbital ou rifampicina, prejudicando o tratamento * * *
Compartilhar