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AULA 06: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DOS MEMBROS SUPERIORES Fisioterapia em ortopedia e traumatologia FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS CRÔNICAS: FIBROSE CÍSTICA E BRONQUIECTASIA FIBROSE CÍSTICA DEFINIÇÃO • Também chamdada de mucovicidose • A Fibrose Cística (FC) é uma doença genética autossômica recessiva devido às alterações de um gene no braço longo do cromossomo 7. • há disfunção de um canal iônico responsável pelo transporte de cloro, localizado na superfície apical da membrana celular de células epiteliais exócrinas. EPIDEMIOLOGIA • Acomete ambos os sexos; • No mundo, existem 70.000 pessoas com a doença; • No Brasil a incidência de 1:7.576 indivíduos nascidos; • De acordo com o Ministério da Saúde, há aproximadamente 1.250 doentes no Brasil, com maior incidência nas regiões Sul e Sudeste . EPIDEMIOLOGIA • A expectativa de vida destes pacientes tem aumentado nas últimas décadas, sendo que a mediana de sobrevida nos EUA em 1985 era de 27 anos e aumentou para 35,9 anos em 2009. FISIOPATOLOGIA • Nesta doença, há menor liberação de fluidos pelas glândulas exócrinas, pois as secreções são menos hidratadas, mais viscosas e espessas devido à disfunção do CFTR. • Como consequência da obstrução dos dutos, há resposta inflamatória e fibrose, o que acomete frequentemente pâncreas e fígado • O acometimento multissistêmico pode comprometer os pulmões, pâncreas, fígado, intestino, glândulas sudoríparas e canais deferentes • Os períodos de exacerbação pulmonar da FC, causados por infecções, são caracterizados por piora da tosse, perda de peso, febre e aumento da produção de muco. Com a evolução da doença, aumenta a frequência das exacerbações, piora a função pulmonar e o paciente apresenta insuficiência respiratória Diagnóstico • no mínimo um achado fenotípico, • histórico de FC na família • triagem neonatal positiva (teste do pezinho após 48 horas de nascimento). • exames laboratoriais como teste do suor, para avaliar concentração de Na+ e Cl- Tratamento O tratamento da FC inclui: • antibioticoterapia, • agentes mucolíticos e anti-inflamatórios, • higiene das vias aéreas, • exercícios físicos e respiratórios, • suporte nutricional, • oxigenoterapia e transplante de pulmão BRONQUIECTASIA Definição • A bronquiectasia é caracterizada pela dilatação anormal e irreversível dos brônquios, podendo estar localizada em uma região do pulmão ou distribuída de forma difusa. • Em geral, ocorre como a evolução e o agravamento de diversas doenças. • A incidência desta complicação diminuiu com o uso da antibioticoterapia no controle de infecções Fisiopatologia • É considerada a hipótese do ciclo vicioso para explicar a fisiopatogenia, envolvendo infecção + inflamação + liberação de mediadores inflamatórios. • O paciente pode ter alguma doença que leva ao comprometimento do clearance mucociliar (fibrose cística/discinesia ciliar), o que favorece as infecções. Fisiopatologia • O paciente apresenta microscopicamente na parede da via aérea edema e presença de células inflamatórias na região acometida. Pode evoluir com broncomalácia, hipertrofia muscular e neovascularização das artérias brônquicas. Três mecanismos são característicos da bronquiectasia: infecção, processo obstrutivo das vias aéreas e fibrose. A doença pode acometer brônquios e bronquíolos Tipos • De acordo com o padrão de deformação da via aérea, o paciente pode apresentar três tipos de bronquiectasias: – Cilíndrica – alargamento ao longo da via aérea; – Varicosa – similar às veias varicosas, há constrições ao longo da dilatação cilíndrica; – Sacular ou cística – a dilatação assume formato similar a balão. Causas Pós-Infecciosa: infecções bacterianas, tuberculose, infecções virais (sarampo, influenza); Doenças congênitas: discinesia ciliar, fibrose cística, deficiência alfa 1 - antitripsina; Imunodeficiência: primária ou secundária; Obstrução brônquica localizada: aspiração de corpo estranho, neoplasia; Sequela por inalação tóxica ou aspiração: cloro, heroína e aspiração de conteúdo gástrico; Condições reumatológicas: artrite reumatóide, lupus eritematoso sistêmico; Outros: fístula brônquica; IDIOPÁTICA: 50% das bronquiectasias são Idiopáticas. Diagnóstico • Os pacientes podem se apresentar assintomáticos ou ter apenas tosse leve. • O diagnóstico será realizado mediante imagem radiológica. • Nas exacerbações da doença, há aumento do volume e aspecto purulento da secreção, assim como febre, perda de peso e fraqueza. Diagnóstico OBJETIVOS DO TRATAMENTO NAS BRONQUIECTASIAS Tratar causa específica; Antibioticoterapia nas exacerbações e controle microbiano; Reduzir inflamação; Promover CLEARANCE MUCOCILIAR: FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA; Controle de hemorragia (quando presente); Remover cirurgicamente regiões mais acometidas.
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