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A Importância da Divisão dos Poderes

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A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE É FEITA A PARTIR DE UMA NECESSIDADE HUMANA E DESSA NECESSIDADE É QUE SÃO ELABORADAS AS LEIS, MAS AS LEIS TEM UM ESPÍRITO E ESTE É QUE DÁ VIDA A TAIS LEIS QUE AO FORMAR O ESTADO NECESSITAM DO EQUILÍBRIO DOS TRÊS PODERES.
Montesquieu discorre sobre as leis em cada país e analisa que suas origens são determinadas por diversos fatores como o clima, a qualidade do terreno, sua extensão, o gênero da vida dos povos, sua religião, suas riquezas, comércio, costumes, etc. 
A organização da sociedade em classes, de acordo com suas necessidades vai moldando também a forma de governo de cada região, nação ou Estado. Por conseqüência essa configuração do Estado direciona a educação que recebemos, que é o nosso primeiro contato com as leis “relativas aos princípios dos governos”.
Para Montesquieu em cada Estado existem três tipos poderes: “o poder legislativo, o poder executivo das coisas que emendem do direito das gentes e o poder executivo daquelas que dependem do direito civil”. São os poderes autônomos, mas tem o direito de intervir em outros poderes a fim de evitar desmandos, excessos de liberdade, autoritarismos e que um ou outro não ultrapasse suas atribuições. Estabelece-se desta forma o princípio de que nenhum poder será ilimitado, a fim de respeitar a liberdade e segurança dos cidadãos, que deve ser assegurada pela constituição.
O homem que detém o poder está propenso a cometer excessos ou a agir em benefício próprio, até que encontre os limites. Por este motivo verifica-se que a tirania e o despotismo oprimem as liberdades individuais, necessitando de restrições que somente o próprio poder pode impor. 
Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: e o de julgar os crimes ou desavenças dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, que vão exercer suas funções de maneira individual para a manutenção da liberdade. Seria impossível que ela existisse caso alguém ao algum grupo exercesse os três poderes de forma simultânea, reforçando assim, a importância dessa divisão, independência e distribuição dos poderes. 
O autor defende que nos governos moderados estão as leis que “formam a liberdade política”. As leis devem ter sabedoria e ser adaptadas às características gerais de um país, sua época e aí está o papel do legislador. O equilíbrio dessas leis está em conciliar a natureza das coisas com as pretensões humanas e de acordo com o princípio de cada governo que visa se manter.
De acordo com seu pensamento sobre a formação de um Estado livre, Montesquieu afirma que somos livres porque somos governados por leis que orientam nossa vida em sociedade. Pois, uma constituição pode ser de tal modo, que ninguém será constrangido a fazer coisas que a lei não obriga e a não fazer as que a lei permite. Fazendo uma análise histórica e com base no estudo proposto por Montesquieu, verificamos que as mudanças nas leis ocorrem e sempre ocorreram como reflexo das sociedades e seus governos estabelecidos e aí está o espírito das leis que visam atender anseios e necessidades sociais em determinada época ou situação.
O trabalho dos legisladores seria voltar ao ponto de partida quanto ao equilíbrio da Natureza através da razão buscando a harmonia entre a virtude, o temor e a honra que fazem parte do ser humano.  “As leis, no seu sentido mais amplo, são relações necessárias que derivam da natureza das coisas e, nesse sentido, todos os seres têm suas leis.”

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