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1 Universidade Federal do Ceará Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica Trabalho de Conclusão de Curso Análise e estudo de estabilidade em sistemas elétricos de potência Daniel Kenji de Alencar Ohi Fortaleza, Junho 2011 ii iii DANIEL KENJI DE ALENCAR OHI Análise e estudo de estabilidade em sistemas elétricos de potência Monografia submetida à Universidade Federal do Ceará como parte dos requisitos para obtenção do grau de Engenheiro Eletricista. Orientador: Prof. Dr. José Almeida do Nascimento Fortaleza, Junho 2011 iv Análise e estudo de estabilidade em sistemas elétricos de potência Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do título de Engenheiro Eletricista e aprovada em sua forma final pelo programa de Graduação em Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Ceará. Daniel Kenji de Alencar Ohi Banca Examinadora: Prof. José Almeida do Nascimento, Dr. Prof. Tomaz Nunes Cavalcante Neto, Msc. Profª. Gabriela Helena Sergio Bauab, Dr. Fortaleza, Junho 2011 v vi Ohi, D.K.A. “Análise e estudo de estabilidade em sistemas elétricos de potência“, Universidade Federal do Ceará – UFC, 2011, 110p. O presente trabalho busca analisar a estabilidade de sistemas elétricos de potência a partir de ferramentas computacionais e modelos matemáticos simplificados dos elementos de potência como geradores, conversores, consumidores e reguladores. A análise foi realizada em fundamentos matemáticos que foram alimentados em ferramentas especialistas com diferentes graus de liberdade quanto ao tipo de modelo usado, em seguida os resultados dos diferentes softwares foram comparados quanto a sua coesão ao tipo de falha e resultado obtido, as diferenças sendo devidas ao tipo de modelo que cada ferramenta possuí. Finalmente uma análise e demonstração comum é realizada em ANAREDE/ANATEM e MATLAB/MATPOWER/MATDYN, sendo discutido o procedimento de operação dos softwares e os resultados obtidos. Palavras chave: MATPOWER, MATDYN, ANAREDE, ANATEM, Sistemas Elétricos de Potência, Estabilidade, Análise de potência, Elementos FACTS vii Ohi, D.K.A. “Analysis and study os stability in electrical power systems”, Universidade Federal do Ceará – UFC, 2011, 110p. The objectives of this work is to study the stability in electrical power systems in light of some mathematical tools and simplified models of power elements such as generators, converters, consumers and regulators. The analisys was conducted using mathematical background which were fed in specialized software using several aproximations depending on the model used, the related results were compared with the estimated values, the difference being the related to software specific errors. Finally a analysis is made and demonstrated using ANAREDE/ANATEM and MATLAB/MATPOWER/MATDYN, discussing the overall procedure to use the tools and results. Keywords: MATPOWER, MATDYN, ANAREDE, ANATEM, Electrical power systems, stability, FACTS elements, Power analysis. viii Sumário Introdução.............................................................................................................................................1 Capítulo 02 Representação de máquinas síncronas em estudos de estabilidade......................................................4 2.1 A máquina síncrona....................................................................................................................4 2.1.1 A parte elétrica...................................................................................................................7 2.1.2 A parte mecânica................................................................................................................7 2.1.3 A turbina e sistema governador..........................................................................................7 2.1.4 Excitação............................................................................................................................8 2.2 Equação de oscilação de uma máquina síncrona.......................................................................8 2.3 Modelo da máquina síncrona, fluxo principal constante.........................................................12 Capítulo 03 Elementos de compensação de sistemas elétricos de potência...........................................................13 3.1 Elementos FACTS...................................................................................................................14 3.1.1 SVC - Static VAR compensator.......................................................................................15 3.1.2 STATCOM - Static Synchronous Compensator...............................................................16 3.1.3 SSSC - Static Synchronous Series Compensator.............................................................16 3.1.4 TCSC - Thyristor Controlled Series Capacitor/Inductor..................................................17 3.1.5 UPFC - Unified Power Flow Controller..........................................................................17 3.1.6 OLTC - On Load Tap Changers (Phase Shifting or Regulating).....................................17 3.2 Elementos de carga..................................................................................................................17 3.2.1 Controle variável de velocidade para máquinas AC........................................................17 3.3 Cargas não lineares.............................................................................................................18 3.4 Elementos auxiliares................................................................................................................19 3.4.1 PSS - Power System Stabilizer........................................................................................19 3.4.2 Transformadores...............................................................................................................19 Capítulo 04 Comparação das ferramentas..............................................................................................................20 4.1 Solução numérica no MATLAB..............................................................................................21 4.1.1 Restrições de carga...........................................................................................................22 4.1.2 Restrições de operação.....................................................................................................22 4.1.3 Restrições de segurança...................................................................................................22 4.2 Método linearizado..................................................................................................................22 4.3 Descrevendo o problema.........................................................................................................24 4.4 Primeira solução......................................................................................................................26 4.5 Segunda solução......................................................................................................................30 4.5.1 Caso CHESF Oeste simplificado.....................................................................................31 4.5.2 Resultados para CHESF Oeste simplificado....................................................................32 4.5.3 Caso MATDYN para CHESF Oeste simplificado...........................................................34 4.5.4 Análise da estabilidade para o caso estacionário..............................................................35 4.5.5 Análise da estabilidade para um conjunto de falhas programadas...................................37 4.5.6 Caso MATPOWER para IEEE 9 Bus - P.M.Anderson....................................................424.5.7 Resultados para caso IEEE 9 Bus - P.M.Anderson..........................................................42 4.5.8 Caso MATDYN para IEEE 9 Bus....................................................................................44 4.5.9 Análise da estabilidade para o caso estacionário..............................................................45 4.5.10 Análise da estabilidade para um conjunto de falhas programadas.................................47 4.6 Terceira Solução.......................................................................................................................51 4.6.1 Caso ANAREDE para Sistema CHESF Oeste simplificado............................................51 4.6.2 Resultados do caso CHESF Oeste Simplificado..............................................................53 9 4.6.3 Caso ANAREDE para Sistema IEEE 9 Barras................................................................57 4.6.4 Resultados do caso IEEE 9 Barras...................................................................................59 Capítulo 5 Conclusões comparativas...................................................................................................................63 Conclusões..........................................................................................................................................66 Bibliografia.........................................................................................................................................67 ANEXO A Redes de múltiplas portas.....................................................................................................................1 Rede de duas portas........................................................................................................................1 Rede de n portas..............................................................................................................................1 ANEXO B Transformação de Park.........................................................................................................................3 x Lista de Figuras Figura 1: Grandes grupos de máquinas síncronas................................................................................5 Figura 2: Máquina síncrona ideal.........................................................................................................5 Figura 3: Modelo equivalente gerador síncrono...................................................................................6 Figura 4: Diagrama fasorial gerador síncrono......................................................................................6 Figura 5: Relação angular entre referências e ângulo de abertura d.....................................................9 Figura 6: Máquina(E) ligada a barramento infinito(V)......................................................................12 Figura 1: Esquemático de um SVC capacitivo ligado a transformador linear..................................15 Figura 2: Esquemático de um SVC reativo ligado a transformador linear........................................15 Figura 3: Esquemático de um STATCOM exemplo no MATLAB....................................................16 Figura 4: Motor Assíncrono controlado por PWM.............................................................................18 Figura 5: Esquemático de uma carga não linear programável............................................................18 Figura 6: Esquemático para observação de uma carga não linear .....................................................19 Figura 1: Estrutura de mudança de estados para o sistema elétrico de potência operando em tempo real......................................................................................................................................................21 Figura 2: Diagrama unifilar do sistema IEEE 9 Bus..........................................................................25 Figura 3: Diagrama unifilar do sistema CHESF Oeste simplificado - Modificado............................25 Figura 4: Entrada dos dados do caso CHESF Oeste simplificado para o MATPOWER...................32 Figura 5: Resumo das características do sistema CHESF Oeste Simplificado..................................33 Figura 6: Resultados da situação das barras do sistema CHESF Oeste simplificado.........................33 Figura 7: Resultados dos fluxos de potência entre barras do sistema CHESF Oeste simplificado....34 Figura 8: Entrada de dados dinâmicos para MATDYN......................................................................35 Figura 9: Ângulos dos geradores........................................................................................................35 Figura 10: Tensão de excitação das máquinas síncronas do sistema (o swing é tomado na referência) ............................................................................................................................................................36 Figura 11: Velocidade de rotação dos geradores................................................................................36 Figura 12: Potência útil entregue a turbina para geração...................................................................37 Figura 13: Tensão em todos os barramentos do sistema.....................................................................37 Figura 14: Entrada de dados de barramentos, linhas e geradores, arquivo MATPOWER.................38 Figura 15: Entrada de dados de geradores, governadores, excitadores e estabilizadores, arquivo MATDYN...........................................................................................................................................39 Figura 16: Entrada de falhas, arquivo MATDYN.............................................................................39 Figura 17: Ângulos dos geradores......................................................................................................40 Figura 18: Tensão de excitação das máquinas síncronas do sistema (o swing é tomado na referência) ............................................................................................................................................................40 Figura 19: Velocidade de rotação dos geradores...............................................................................41 Figura 20: Potência útil entregue a turbina para geração...................................................................41 Figura 21: Tensão em todos os barramentos do sistema....................................................................41 Figura 22: Entrada dos dados do caso IEEE 9 Bus - P.M.Anderson para o MATPOWER................42 Figura 23: Resumo das características do sistema IEEE 9 Bus - P.M.Anderson...............................43 Figura 24: Resultados da situação das barras do sistema IEEE 9 Bus - P.M.Anderson.....................43 Figura 25: Resultados dos fluxos de potência entre barras do sistema IEEE 9 Bus - P.M.Anderson 44 Figura 26: Entrada de dados dinâmicos para MATDYN...................................................................45 Figura 27: Ângulos dos geradores......................................................................................................45 Figura 28: Tensão de excitação das máquinas síncronas do sistema (o swing é tomado na referência) ............................................................................................................................................................46 Figura 29: Velocidade de rotação dos geradores................................................................................46 Figura 30: Potência útil entregue a turbina para geração...................................................................47 Figura 31: Tensão em todos os barramentos do sistema.....................................................................47 11 Figura 32: Entradade dados de barramentos, linhas e geradores, arquivo MATPOWER.................48 Figura 33: Entrada de dados de geradores, governadores, excitadores e estabilizadores, arquivo MATDYN...........................................................................................................................................48 Figura 34: Entrada de falhas, arquivo MATDYN..............................................................................49 Figura 35: Ângulos dos geradores.....................................................................................................49 Figura 36: Tensão de excitação das máquinas síncronas do sistema (o swing é tomado na referência) ............................................................................................................................................................50 Figura 37: Velocidade de rotação dos geradores................................................................................50 Figura 38: Potência útil entregue a turbina para geração...................................................................50 Figura 39: Tensão em todos os barramentos do sistema.....................................................................51 Figura 40: Entrada de dados do sistema CHESF no ANAREDE.......................................................52 Figura 41: Entrada de dados do sistema CHESF no ANATEM.........................................................53 Figura 42: Relatório de fluxo de potências nas linhas........................................................................54 Figura 43: Ângulos dos geradores em relação a referência................................................................55 Figura 44: Tensão de campo dos geradores........................................................................................55 Figura 45: Oscilação da tensão de campo do gerador equivalente de Tucuruí..................................56 Figura 46: Potências mecânicas entregues aos geradores..................................................................56 Figura 47: Tensão em todos os barramentos do sistema.....................................................................56 Figura 48: Entrada de dados do sistema IEEE 9 Barras no ANAREDE............................................58 Figura 49: Entrada de dados do sistema IEEE 9 Barras no ANATEM..............................................59 Figura 50: Relatório de fluxo de potências nas linhas........................................................................60 Figura 51: Ângulos dos geradores em relação a referência...............................................................60 Figura 52: Tensão de campo dos geradores........................................................................................61 Figura 53: Oscilação da frequência do sistema IEEE 9 barras...........................................................61 Figura 54: Potências mecânicas entregues aos geradores..................................................................61 Figura 55: Tensão em todos os barramentos do sistema.....................................................................62 xii Lista de Tabelas Tabela 1: Informação simplificada de geração do sistema CHESF Oeste simplificado - Modificado ............................................................................................................................................................26 Tabela 2: Informação simplificada de consumo do sistema CHESF Oeste simplificado - Modificado ............................................................................................................................................................26 Tabela 3: Informação simplificada de reatância do sistema CHESF Oeste simplificado - Modificado ............................................................................................................................................................27 Tabela 4: Comparação das potências nos barramentos antes do fluxo e depois do fluxo de potência. ............................................................................................................................................................27 Tabela 5: Relação de ângulos nos barramentos após execução do fluxo de potências.....................27 Tabela 6: Informação simplificada de impedância do sistema CHESF Oeste simplificado - Modificado.........................................................................................................................................28 Tabela 7: Informação simplificada de consumo do sistema CHESF Oeste simplificado - Modificado ............................................................................................................................................................28 Tabela 8: Comparação das potências nos barramentos antes do fluxo e depois do fluxo de potência. ............................................................................................................................................................28 Tabela 9: Relação de ângulos nos barramentos após execução do fluxo de potências......................29 Tabela 10: Fluxo de potências para o caso base.................................................................................29 Tabela 11: Fluxo de potências para o caso simples............................................................................30 xiii Lista de equações Equação 1.............................................................................................................................................6 Equação 2.............................................................................................................................................6 Equação 3.............................................................................................................................................7 Equação 4.............................................................................................................................................7 Equação 5.............................................................................................................................................7 Equação 6.............................................................................................................................................7 Equação 7.............................................................................................................................................7 Equação 8.............................................................................................................................................7 Equação 9.............................................................................................................................................8 Equação 10...........................................................................................................................................8 Equação 11............................................................................................................................................8 Equação 12...........................................................................................................................................8 Equação 13...........................................................................................................................................8 Equação 14...........................................................................................................................................8 Equação 15...........................................................................................................................................8 Equação 16...........................................................................................................................................8 Equação 17...........................................................................................................................................8Equação 18...........................................................................................................................................9 Equação 19...........................................................................................................................................9 Equação 20...........................................................................................................................................9 Equação 21...........................................................................................................................................9 Equação 22...........................................................................................................................................9 Equação 23...........................................................................................................................................9 Equação 24...........................................................................................................................................9 Equação 25...........................................................................................................................................9 Equação 26.........................................................................................................................................10 Equação 27.........................................................................................................................................10 Equação 28.........................................................................................................................................10 Equação 29.........................................................................................................................................10 Equação 30.........................................................................................................................................10 Equação 31.........................................................................................................................................10 Equação 32.........................................................................................................................................10 Equação 33.........................................................................................................................................10 Equação 34.........................................................................................................................................10 Equação 35..........................................................................................................................................11 Equação 36..........................................................................................................................................11 Equação 37..........................................................................................................................................11 Equação 38..........................................................................................................................................11 Equação 39..........................................................................................................................................11 Equação 40.........................................................................................................................................12 Equação 41.........................................................................................................................................12 Equação 42.........................................................................................................................................12 Equação 43.........................................................................................................................................12 Equação 44.........................................................................................................................................12 Equação 45.........................................................................................................................................12 Equação 46.........................................................................................................................................12 Equação 47.........................................................................................................................................12 Equação 1...........................................................................................................................................14 14 Equação 2...........................................................................................................................................14 Equação 3...........................................................................................................................................14 Equação 4...........................................................................................................................................14 Equação 5...........................................................................................................................................14 Equação 6...........................................................................................................................................14 Equação 7...........................................................................................................................................14 Equação 8...........................................................................................................................................14 Equação 1...........................................................................................................................................22 Equação 2...........................................................................................................................................22 Equação 3...........................................................................................................................................22 Equação 4...........................................................................................................................................22 Equação 5...........................................................................................................................................23 Equação 6...........................................................................................................................................23 Equação 7...........................................................................................................................................23 Equação 8...........................................................................................................................................23 Equação 9...........................................................................................................................................23 Equação 10.........................................................................................................................................23 Equação 11..........................................................................................................................................23 Equação 12.........................................................................................................................................23 Equação 13.........................................................................................................................................24 Equação 14.........................................................................................................................................24 Equação 15.........................................................................................................................................24 Equação1.............................................................................................................................................1 Equação 2.............................................................................................................................................1 Equação 3.............................................................................................................................................1 Equação 4.............................................................................................................................................1 Equação 5.............................................................................................................................................1 Equação 6.............................................................................................................................................2 Equação 7.............................................................................................................................................2 Equação 1.............................................................................................................................................3 Equação 2.............................................................................................................................................3 Equação 3.............................................................................................................................................3 Equação 4.............................................................................................................................................3 Equação 5.............................................................................................................................................3 Equação 6.............................................................................................................................................3 Equação 7.............................................................................................................................................3 Equação 8.............................................................................................................................................3 Equação 9.............................................................................................................................................3 Equação 10...........................................................................................................................................3 Equação 11............................................................................................................................................3 Equação 12...........................................................................................................................................4 Equação 13...........................................................................................................................................4 Equação 14...........................................................................................................................................4 xv Lista de Abreviaturas Tabela 1 : AC Alternated Current %alfa aceleração angular mecânica ATC Available Transfer Capability B matriz de admitâncias nodais linear CHESF Companhia Hidroelétrica do São Francisco DC Direct Current %delta ângulos de abertura E_d fluxo direto EFD campos de excitação EHV Extra-High Voltage EMF field E Tensão elétrica no gerador F frequência FACTS Flexible AC Transmission Systems GTO Gate Turn-Off Thyristor H constante de inércia HV High Voltage I momento de inércia IEEE Institute of Electrical and Electronic Engineers IGBT Insulated Gate Bipolar Transistor LV Low Voltage MOSFET Metal Oxide Semiconductor Field Effect Transistor MV Medium Voltage O_e elétricos OLTC On Load Tap Changers O_m graus mecânicos ONS Operador Nacional do Sistema OPF Optimal Power Flow P Potência ativa P_BASE potência na base escolhida PEN Plano Energético Nacional P_m potência mecânica PSS Power System Stabilizer 16 PWM Pulse Width Modulation Q Potência reativa R resistência SSSC Static Synchronous Series Compensator Statcom Static Synchronous Compensator SVC Static VAR compensator TCSC Thyristor Controlled Series Capacitor/Inductor T_m torque mecânico UPFC Unified Power Flow Controller V velocidade nominal V tensão X reatância Z impedância do sistema 1 Capítulo 1 Introdução O sistema elétrico de potência é fundamentalmente constituído por três segmentos: geração, transmissão e consumo. Os conceitos abordados neste trabalho tratarão da geração e transmissão para diferentes perfis de consumo, objetiva-se construir um modelo de sistema gerador (máquina síncrona) ligado a um barramento infinito por meio de uma rede de transmissão de características conhecidas, tal modelo servirá como instrumento de análise da estabilidade de um sistema interligado de geração e transmissão. Uma motivação complementar é a análise de diferentes condições de operação, com consumo variante e perdas de carga ou linhas de transmissão. Esse conjunto de análises reflete um estudo da estabilidade para sistemas de potência. Em [APC03] são descritos 3 agentes fundamentais da qualidade de energia elétrica desejada em sistemas de potência: ● A qualidade percebida da energia elétrica; ● A interrupção do serviço por motivos não relacionados à capacidade produtiva; ● A habilidade dos sistemas de se recuperar a falhas na transmissão de potência. Porém os agentes observáveis do serviço prestado precisam ser complementado por critérios de segurança e custo, afinal não é de interesse social oferecer energia elétrica sob condições dispendiosas em exagero ou que ofereçam riscos. De acordo com [PMA77] “A operação satisfatória de um sistema elétrico de potência depende da capacidade do engenheiro de manter um serviço confiável e ininterrupto aos consumidores...[ o operador de sistemas de potência deve manter um nível de qualidade muito alto quanto a continuidade do serviço prestado... ] um segundo requisito de operação confiável é manter a integridade da rede de potência.” Satisfazer as condições de operação do sistema elétrico de maneira confiável e ininterrupto aos usuários e vislumbrando a integridade da rede requer que características admissíveis sejam observadas na rede e em cada equipamento individual, sejam elas intrínsecas à rede ou aos equipamentos. Dentro de sistemas de potência algumas ações devem ser tomadas, conforme elencadas em [ElHawary]: ● Manter o balanço energético entre geração e demanda; ● Manter o balanço de reativos para controlar o perfil de tensão; ● Manter a condição ótima de geração com relação ao custo e efeito ambiental; 2 ● Garantir a segurança do sistema quanto a contingências possíveis. Em [WDJ95] foram reconhecidos alguns problemas relativos a sistemas elétricos de potência que precisam de solução por parte de um operador: ● Problemas de controle; ○ Computação em tempo real da capacidade disponível de transferência de potência (ATC - Available Transfer Capability); ○ Controle de fluxo de potência em tempo real; ○ Ferramentas para rearranjo estrutural da distribuição de potências, justificável economicamente; ○ Ferramentas para reorganização da distribuição de potências durante defeitos ou manutenções programadas; ○ Ferramentas para otimização da ação de contingências a falhas em sistemas de potência. ● Problemas econômicos; ○ Serviços de estimativa de custo e relação preço/risco em tempo real; ○ Ferramentas para operação ótima dos recursos de geração e distribuição de sistemas de potência; ○ Instrumentosde avaliação de custos para operação de sistemas de potência; ○ Métodos para precificação de obras estruturais em termos de necessidade e flexibilidade; ● Problemas de simulação. ○ Modelos de simulação de mercados; ○ Ferramentas de comunicação e apresentação da informação concreta para amparar projetos e acompanhamento dos sistemas de potência. Os elementos que formam um sistema de potência costumam ter embutidos equipamentos para manobra, medição, proteção e controle. Assim compensadores controlados (síncronos ou estáticos), transformadores multi-taps e outros equipamentos auxiliares fazem parte do universo de sistemas de potência modernos. O planejamento de sistemas de potência “... é um ato de sabedoria” [Ackoff], o operador é peça central pois dele depende a sabedoria para prever consequências de longo prazo e sensibilizar equacionamentos matemáticos para compatibilizar perdas de curto prazo para operar em margens de segurança a longo prazo. Os critérios de planejamento inserem uma dimensão analítica extra ao problema de 3 estabilidade, é inconcebível ao engenheiro estabelecer soluções estritamente técnicas, é inerente a formação profissional dos responsáveis por estes estudos o equilíbrio técnico financeiro de suas análises. O primeiro capítulo deste trabalho inicia o estudo de máquinas síncronas como a base do sistema gerador de potência. Conforme [WDJ95] a importância do gerador síncrono é basilar pois “Os custos associados com sistemas de potência dependem de muitos fatores, mas em geral podem ser atribuídos aos custos da potência gerada (megawatts) em cada gerador”, portanto determinam uma faceta econômica que não pode ser ignorada. O segundo capítulo transita nos elementos auxiliares do sistema de potência (Elementos FACTS - Flexible AC Transmission Systems), os elementos de transporte de potência e os consumidores são analisados quanto sua importância num modelo de fluxo de potências otimizado (OPF - Optimal Power Flow). O terceiro capítulo discursa dos modelos aplicados ao estudo dos instrumentos de OPF enquanto facilitadores da análise, acompanhamento e planejamento das projeções de sistemas elétricos de potência, versa ainda do estudo da estabilidade de tais sistemas, integrando os conhecimentos do primeiro capítulo acerca dos geradores quando inseridos no fluxo de potências obtido do OPF. O quarto capítulo demonstra diferentes estudos de casos em diversas plataformas de análise da estabilidade de sistemas de potência, tratando exclusivamente das capacidades técnicas das ferramentas para amparar o operador do sistema elétrico no seu papel de administrador e planejador. Ao fim de cada análise um cenário técnico é produzido, o qual deve ser analisado quanto a sua viabilidade financeira, assim não se costuma produzir apenas a “melhor solução” mas um conjunto de oportunidades equilibradas que atendam da melhor maneira possível o problema em questão, oferecendo suficiente relativização para um estudo econômico dos cenários. Finalmente a conclusão introduz comentários do papel da análise e estudo de estabilidade em sistemas de potência, em especial relação aos problemas discutidos por [WDJ95], para os modernos mercados de energia elétrica e introduz novos questionamentos que podem ser discutidos em complemento, como a análise da qualidade da energia. 4 Capítulo 02 Representação de máquinas síncronas em estudos de estabilidade O primeiro passo do estudo de estabilidade é produzir modelos matemáticos do sistema antes, durante e após o transiente, para tanto devem ser conhecidos e determinados: ● A rede; antes, durante e após o defeito; ● As cargas e suas características; ● Os parâmetros das máquinas síncronas; ○ Os sistemas de excitação das máquinas síncronas; ○ A turbina mecânica e o sistema de controle de velocidade; ○ Outros componentes influentes do torque mecânico da planta. ● Sistemas auxiliares de controle da rede, das tensões e dos mecanismos envolvidos na transmissão da energia. Algumas características do sistema devem ser observados para uma boa aproximação matemática: • tensões de excitação constante; • ângulos mecânicos e elétricos estão em sincronia e em velocidade constante. Com estas considerações observa-se um equilíbrio dentre todas as fases e sequência estritamente positiva. Características intrínsecas como tensão nas máquinas síncronas e máxima abertura de entrada de fluídos nas turbinas geradoras tornam-se importantes critérios da qualidade percebida do serviço prestado, tal qualidade reflete-se na estabilidade total do sistema. A estabilidade está relacionada à capacidade dos geradores síncronos de responderem às demandas de energia dos consumidores e às perdas inerentes aos componentes elétricos, assim o gerador é o ponto inicial de estudo. 2.1 A máquina síncrona “Máquinas síncronas são a principal forma de gerador de corrente alternada (AC - Alternated Current), oferecem a energia elétrica necessária para todos os setores da sociedade moderna: indústrias, comércio, agricultura e uso doméstico.”[Wikipedia] Algumas das maneiras com que tais máquinas contribuem para esta oferta de energia são: sob a forma de geradores de velocidade constante ou compensadores de reativos em grandes sistemas de potência. As máquinas do tipo síncrono costumam ser usados como geradores elétricos conectados as mais diversas fontes de energia mecânica, desde turbinas a gás de alta velocidade até fontes 5 hidráulicas de potencial energético elevado e baixas velocidades de operação, em todo caso o gerador síncrono procura manter uma velocidade de rotação constante. [Wikipedia] Figura 1: Grandes grupos de máquinas síncronas. Dois grandes grupos de máquinas síncronas existem (Figura 1), as de armadura rotativa e as de campo rotativo. O primeiro tipo sendo raramente usado, dada a dificuldade em transmitir grandes potências por meio de anéis coletores, já o segundo tipo é universalmente aceito como gerador elétrico padrão, dada sua grande capacidade de geração [F553m]. As máquinas do tipo campo rotativo dividem-se quanto ao tipo de rotor usado, podendo ser do tipo polos lisos ou polos salientes, a primeira opera a altas velocidades e possuí poucos polos no rotor, ao passo que o segundo tipo possuí muitos polos e opera a velocidade menores. Usualmente as máquinas de polos salientes possuem integrados ao rotor uma estrutura “gaiola de esquilo” que permite melhor controle de corrente alternada e assim mais estabilidade. Figura 2: Máquina síncrona ideal Quando um gerador síncrono é alimentado por uma corrente de campo e sua rotação é mantida constante, uma tensão equivalente é produzida na armadura se uma carga balanceada é conectada aos terminais deste gerador. Então uma corrente equilibrada passa a existir nos enrolamentos da armadura, passando pelos enrolamentos produz um campo eletromagnético (EMF - Electromagneto field). A frequência do campo eletromagnético relaciona-se à velocidade do rotor [Zhu], já a velocidade do campo magnético girante da armadura depende da frequência da corrente gerada, desta forma ocorre uma sincronização destas frequências, ou seja, incrementos na velocidade do rotor causam aumentos na frequência do campo eletromagnético que, por sua vez, altera a 6 frequência da corrente. Aspectos como limites máximo e mínimo de tensão e frequência nos equipamentos auxiliares do gerador síncrono, mínima potência gerada, máxima corrente suportada e condições deoperações mecânicas e físicas dos elementos constituem um nível importante de agente limitador do uso realista dos equipamentos e devem ser considerados em qualquer instalação de engenharia. Para uma análise de um sistema no estado estacionário de operação observa-se que os efeitos da reação de armadura e das perdas nos enrolamentos devem ser consideradas e causam uma queda de tensão na reatância síncrona equivalente, enquanto a excitação do campo é formado por um gerador elétrico de corrente contínua (Direct Current - DC), a impedância total equivalente pode então ser descrita como Equação 1 , onde R é relativa as perdas de resistência da própria armadura. (Figura 3) Figura 3: Modelo equivalente gerador síncrono Figura 4: Diagrama fasorial gerador síncrono A equação do modelo de segunda ordem é dada por: Equação 2 Tal modelo é suficiente para análises preliminares, entretanto encontra cada vez menos validade nos modernos sistemas de potência em que os reguladores de tensão são cada vez mais rápidos. Observa-se do diagrama fasorial (Figura 4), para o caso da referência ser colocada na tensão terminal, o ângulo de abertura para a tensão no gerador. Em [HLZ] são consideradas três partes componentes no modelo de uma máquina síncrona: Z S=R jX S V Gerador=V TerminalR jX I 7 A parte mecânica, a parte elétrica, a turbina e o governador de potência. Cada uma das partes possuí uma diferente relevância no estudo da máquina síncrona e uma diferente influência no estudo de sistemas de potência. 2.1.1 A parte elétrica Duas tensões em quadratura podem ser definidas quanto ao modelo elétrico, conforme Figura 2, as equações são definidas em [PMA77],[Wikipedia] e [HLZ]: Equação 3 A Equação 3 determina a relação do campo em eixo direto do gerador síncrono quanto a seus termos de reatância em quadratura. Equação 4 A Equação 4 determina a relação do campo em eixo de quadratura com os termos gerais de eixo direto equivalente e da tensão de campo a que se submete o gerador. O conhecimento da parte elétrica é fundamental para análise da reação rápida do gerador síncrono, apesar da inércia da máquina ser a primeira relação de resposta as instabilidades do sistema, são os elementos elétricos quem produzem acréscimo de potência na máquina para atender mudanças na demanda. A abertura angular percebida pela transformada Park ANEXO B Transformação de Park) reflete-se diretamente nos campos elétricos em eixo direto e quadratura, ou seja, a mudança da tensão de eixo em quadratura (estator) é causada pela atuação do sistema de excitação na tensão em eixo direto (rotor) e vice versa, acelerando ou reduzindo os campos magnéticos através das alterações de magnitude dos campos elétricos da transformada Park. 2.1.2 A parte mecânica A relação entre o ângulo mecânico e as potências transferidas é fundamental no estudo de estabilidade das máquinas síncronas, tais relações são discutidas em [PMA77],[HLZ] e [CTF] como sendo: Equação 5 A velocidade angular vista na Equação 5 relaciona-se com o efeito de amortecimento D e Ed '= xd '−xq 1sT q0 I q Eq '= xd '−xd 1sT d0 I d E fd 1sT d0 = 1 DsM Pm−Pe 8 momento M a que se submete a máquina, assim produzindo uma diferença de potência entre a mecânica e a elétrica disponível. Equação 6 A relação da Equação 6 apresenta o ângulo de abertura da máquina síncrona em suas velocidade nominal de operação e ao slip característico da máquina. As relações mecânicas de um gerador síncrono são nominais à máquina, assim a velocidade e ângulo de abertura mudam de acordo com as características do sistema e cada máquina reage de acordo com suas características de amortecimento e momento mecânico às mesmas condições de distúrbios. Assim o controle mecânico se dá indiretamente sobre os efeitos de torque controlados pelo sistema governador da turbina. 2.1.3 A turbina e sistema governador Diversos elementos de controle funcionam em paralelo ao gerador síncrono, lidando desde o volume de fluído (potência mecânica disponível) até a tensão DC disponível nos enrolamentos de campo do gerador, conforme [PMA77] e [HLZ]: Equação 7 A potência relativa a ação do governador é determinada por uma constante direta a velocidade e a relação de tempo do estator. Equação 8 A potência de eixo direto da turbina relaciona-se com a potência que o governador passa à turbina e a uma constante de tempo do motor acoplado. Equação 9 A potência elétrica é relacionada a potência do eixo direto da turbina e a constante de tempo do sistema hidráulico. Equação 10 =0 s P r= K G 1sT SR Ph= 1 1sT SM P r Pc= 1 1sT CH Ph Pm= sK RH T RH 1sT RH P c 9 A potência mecânica é relação direta da potência elétrica no caso motor e vice versa no caso gerador, o conjunto de equações representativas do efeito mecânico orientam a reação linear do conjunto turbina rotor. A partir da continuidade do distúrbio ou aumento de carga o sistema governador é a última base de atuação do gerador síncrono, por sua velocidade de resposta mais lenta e pela capacidade de restabelecer grandes quantidades de potência, o sistema governador da turbina atua sobre condições de cargas bastante peculiares, do volume de fluído que é admitido às pás da turbina, a quantidade de torque que se permite dar ao eixo da turbina ligado ao rotor até a potência elétrica e mecânica que são distribuídas dentre os elementos. 2.1.4 Excitação Os campos de excitação seguem uma modelagem descrita por [HLZ]. Equação 11 A tensão de campo, responsável pela geração do campo magnético de excitação é devida a tensão de eixo direto menos as perdas diretas e reatância direta. Igualmente a tensão em quadratura é relação da tensão deslocada em quadratura e das perdas e reatância de quadratura. Equação 12 Equação 13 A potência, então é determinada das relações de correntes e tensões para mover o sistema direto (rotor) e quadratura (estator). 2.2 Equação de oscilação de uma máquina síncrona O fator relevante para uma máquina girante é o torque mecânico aplicado ao rotor, matematicamente definido: Equaçã o 14 Lei mecânica, dados α a aceleração angular mecânica do eixo e I o momento de inércia do eixo. A teoria de máquinas síncronas oferece uma relação entre graus mecânicos no rotor e graus elétricos correspondentes: E fd=Ed '−Ra I d−xd ' I q V tq=E q '−Ra I q−xd ' I d Pe=Ed ' I dEq ' I q T 1= I 10 Equação 15 Graus elétricos se relacionam com polos sobre 2 graus mecânicos. Como a frequência da rotação é dada por [PMA77][Zhu][ElHawary]: Equação 16 Equação 17 Esses ângulos são medidos com relação uma referência estacionária, usualmente o plano do solo. É interessante definir um plano rotativo de potência conhecida, pois a partir dele é direto reconhecer incrementos nos ângulos de abertura. Figura 5: Relação angular entre referências e ângulo de abertura d Assim cada um dos vetores angulares possui uma velocidade rotativa e aceleração angular, tais que: Equação 18 Equação 19 Como: Equação 20 f = P 2 rpm 60 e= 60f rpm m d dt = de dt −0 d 2 dt2 = d 2e dt2 e= P 2 m d 2m dt 2 = 11 E: Equação 21 Então Equação 22 Equação 23 Equação 24 Equação 25 Como: Equaçã o 26 Equação 27 Cujo interesse até este ponto é encontrar um valor de torque em p.u. Equação 28 Equação 29 Torque em p.u. é a potência na base escolhida sobre a velocidade nominal para esta potência. Equação 30 d 2 dt2 = d 2 60f rpmm dt 2 d 2 dt2 = 60f rpm d 2m dt 2 d 2 rpm dt260f = d 2m dt 2 = rpm d 2 60f dt2 T 1= I T 1= rpm 60f I d 2 dt 2 T pu= PBASE =2 rpm 60 T 1 pu = T 1 T BASE e= 60f rpm m 12 Equação 31 Equação 32 Na literatura [PMA77] costuma-se definir um termo Hconhecido como constante de inércia para máquinas rotativas, definido como: Equação 33 O que leva a um novo equacionamento para o torque líquido na ponta da máquina síncrona: Equação 34 Entretanto, sabe-se que o torque líquido na ponta da máquina é resultado da transformação do torque mecânico total aplicado em “torque” elétrico, de tal sorte que: Equação 35 Equação 36 Em p.u. torque e potência respeita a mesma proporcionalidade, logo é possível analisar a variação do ângulo de abertura para diferentes condições de operação: Equação 37 Analisando a Figura 4 é possível determinar a potência elétrica do sistema, seja: Equação 38 Conhecida a tensão terminal e a impedância do sistema, para uma resistência insignificante, que é o tipo de projeto mais comum: T 1 pu = rpm 60f I d 2 dt2 PBASE 2 rpm 60 T 1 pu = 2 I rpm2 d 2 f PBASE 3600 dt 2 H= 1 2 I 2 rpm 60 2 P BASE T 1 pu = H d 2 f dt 2 T 1=T m−T e T m pu−T e pu= H d 2 f dt2 d 2 dt2 = f H Pm pu−Pe pu P e=V I sin 13 Equação 39 Raramente um gerador síncrono operará isolado, um conjunto de geradores operam em paralelo para fornecer energia a rede elétrica, assim eles devem operar em sincronia, tal fato é modelado por uma conexão de cada gerador a um barramento infinito. Uma definição da estabilidade de tais máquinas é suficiente para este trabalho, da literatura [PMA77][WDJ95][F553m] tem-se que uma condição de estabilidade fundamental é que as máquinas síncronas permaneçam sincronizadas, de acordo com [PMA77] “Se a resposta oscilatória de um sistema de potência durante um transiente subsequente a um distúrbio for amortecido [estabilidade assintótica] e o sistema estabilize em um tempo finito numa nova condição de operação estacionária, dizemos que o sistema é estável.” Um defeito causa duas reações distintas nas máquinas síncronas, uma relativa ao efeito do fluxo direto da máquina e outro relativo as correntes de excitação, qualquer defeito prontamente modifica os termos de correntes, enquanto a reação de fluxo magnético leva na ordem de um segundo [Zhu] para ser sentido na reação da máquina, assim um modelo que leve em consideração uma máquina de fluxo principal constante pode ser usado na maioria das análises. 2.3 Modelo da máquina síncrona, fluxo principal constante A construção do modelo de uma máquina síncrona está ligada a ação dos fluxos magnéticos internos e suas reações no ângulo e módulo de tensão terminal, ao se desprezar as mudanças causadas no fluxo direto, um bom modelo pode ser descrito. Figura 6: Máquina(E) ligada a barramento infinito(V) No modelo simplificado da Figura 6 é possível analisar os efeitos de uma máquina de fluxo magnético constante ligado a um barramento infinito por uma reatância constante. Equação 40 P e=E V t X sin =Pmsin E=E∨ 14 Equação 41 Equação 42 Equação 43 Equação 44 Equação 45 Equação 46 Equação 47 V=V∨0 X=X∨ V−E=X I I∨=V∨0−E∨ X∨ I∨=V X ∨−− E X ∨− P=E I ' P= EV X ∨− E2 X ∨ 15 Capítulo 03 Elementos de compensação de sistemas elétricos de potência Linhas de transmissão não ideais incluem elementos capacitivos e indutivos em sua representação junto ao sistema elétrico de potência causando relevantes distúrbios na distribuição energética. Os efeitos nocivos destas impedâncias de linha precisam ser combatidos, assim diversos termos foram desenvolvidos para melhorar o aspecto de potência transmitida por uma linha de energia. O sistema elétrico padrão é composto por elementos geradores, cujas tensões de saída são elevadas para termos ultra altos de tensão (Extra-High Voltage - EHV) e transmitidos de uma área produtora para outra consumidora. Na unidade consumidora as tensões são reduzidas a alta tensão (High Voltage - HV), onde os consumidores de maior porte estão conectados (indústrias, shoppings etc), e média tensão (Medium Voltage - MV) que finalmente distribuí energia para as cargas menores (residenciais, comerciais etc) num último ramal de baixa tensão (Low Voltage - LV). As dificuldades de um sistema de potência produzem muito mais complexidades do que a simples tríade: geração, transmissão e consumo fazem parecer, durante a geração as máquinas podem sair de sincronia podendo causar prejuízos financeiros e transtornos sociais inadmissíveis. As linhas de transmissão produzem efeitos de perdas (ativas e reativas) que reduzem níveis de tensão e alteram os ângulos das cargas trazendo problemas de sincronia e estabilidade em longas linhas. O consumo cada vez maior de cargas não lineares exigem potências do sistema de uma maneira imprevisível. Todos estes efeitos existem nos modernos sistemas de potência e precisam ser combatidos. A segurança da operação requer dispositivos de controle bastante precisos, porém a última linha de defesa para sistemas de potência são os elementos de proteção, há uma relação peculiar entre controle e proteção, haja visto que ambas devem agir em oposição a perda de uma condição ideal de operação, em [SAC] refere-se aos sistemas de proteção como atuadores locais que não possuem relação com elementos de controle naquele trecho localizado do sistema, entretanto a vulnerabilidade de atuação de controles ao invés de proteção ou vice versa é um problema de extrema complexidade. Elementos diversos são usados no controle da distribuição de energia do sistema: reatores e capacitores fixos ou ajustáveis são posicionados em certos pontos do sistema melhorando a flexibilidade de operação da rede. Para aumentar o desempenho nas barras de alta, média e extra altas tensões diversos dispositivos foram criados: transformadores de TAP variável, transformadores reguladores e diversos outros equipamentos que produzam uma relação mais 16 flexível de reativos nas linhas são usados, os mais modernos são chamados de tipo sistema de transmissão AC flexível (Flexible AC Transmission System - FACTS ). 3.1 Elementos FACTS Segundo o IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers) elementos FACTS são [IEEET]“Sistemas baseados em eletrônica de potência e outros equipamentos estáticos que proporcionam controle de um ou mais parâmetros de sistemas de transmissão AC visando melhorar a controlabilidade e incrementar a capacidade de transferência de potência.”. Seja um caso de linha de transmissão sem perdas, a magnitude da tensão no começo da linha deve ser igual a tensão terminal da linha, assim apenas um atraso de ângulo deve ser observado dada a reatância da linha. Equação 1 Equação 2 Equação 3 A corrente e as potências podem ser determinadas, para uma linha de transmissão sem perdas. Equação 4 Equação 5 Equação 6 Equação 7 Equação 8 V s=V t=V V s=V cos 2 j V sin 2 V t=V cos 2 − j V sin 2 I= V t−V s jX I= 2V cos 2 jX S=VI−1 P=V cos 2 2Vsin 2 X Q=V sin 2 2V sin 2 X 17 Busca-se pela inserção dos elementos FACTS modificar o termo de reatância da Equação 7 e Equação 8, melhorando o perfil de potência do sistema de transmissão. 3.1.1 SVC - Static VARcompensator Um compensador estático é um instrumento de inserção de reativos em sistemas de alta tensão de maneira rápida. [JDK04] SVCs fazem parte dos elementos flexíveis para transmissão AC, agindo no sentido de regular tensões e estabilizar o sistema de potência, o termo estático (static) provém da inexistência de partes móveis, ao passo que realizam a mesma tarefa das máquinas condensadores síncronas [DAK]. O aspecto fundamental para uso de um SVC é automatizar o casamento de impedâncias, mantendo o sistema próximo da condição unitária de fator de potência, assim se a tendência de operação é de incremento de cargas capacitivas o SVC usará reatores controlados por tiristores para consumir o excedente de Vars do sistema, ou no caso da presença predominante de cargas reativas os tiristores ligam capacitores ao sistema. Figura 1: Esquemático de um SVC capacitivo ligado a transformador linear Figura 2: Esquemático de um SVC reativo ligado a transformador linear 18 A presença do compensador estático modifica a reatância da rede, melhorando as características do perfil de potência. 3.1.2 STATCOM - Static Synchronous Compensator É um elemento de potência utilizado na compensação de potência reativa provendo suporte de tensão em áreas críticas do sistema, é o sucessor natural das máquinas síncronas que eram usadas exclusivamente para alimentar reativos no sistema, porém com vantagens no tempo de resposta, sem instabilidade mecânica rotacional, com elevada impedância de curto circuito e menos susceptível a manutenções frequentes. 3.1.3 SSSC - Static Synchronous Series Compensator O compensador estático síncrono série é um conversor com fonte de tensão e transformador ligados em série com a linha de transmissão, assim o SSSC injeta tensão em diferentes magnitudes numa relação de quadratura com a corrente de linha, tal qual causaria um reatância indutiva ou capacitiva. A presença deste termo modificador da reatância da linha influencia a potência elétrica transmitida. Figura 3: Esquemático de um STATCOM exemplo no MATLAB 19 3.1.4 TCSC - Thyristor Controlled Series Capacitor/Inductor Capacitor/Indutor série controlado por tirístor opera com os tiristores modificando um ângulo de gatilhamento de variação conhecida, a operação destes elementos deve ser restrita a ângulos que evitem a superposição do gatilhamento com possíveis ressonâncias, cada aumento do ângulo de gatilhamento produz maior transferência de potência. Para mudar o modo de operação (indutivo, capacitivo ou manual) uma chave de controle costuma ser usada no elemento. 3.1.5 UPFC - Unified Power Flow Controller Um controlador de fluxo de potência universal é a união de dois conversores complementares, o STATCOM e do SSSC, o controle da tensão das barras é realizado pela absorção ou geração de reativos na barra enquanto permite transferência de potência ativa do conversor série. 3.1.6 OLTC - On Load Tap Changers (Phase Shifting or Regulating) A regulação de tensão é realizada por um transformador de relações de enrolamento variável, conectando cada fase a um enrolamento de regulação em série com um enrolamento de potência escolhida, a variação de taps produz diferentes relações de transformação. A inversão das chaves de conexão permitem controlar o efeito aditivo ou subtrativo dos taps variáveis em torno do valor central de regulação. 3.2 Elementos de carga 3.2.1 Controle variável de velocidade para máquinas AC Controlar a velocidade de máquinas elétricas AC requerem instrumentos de comutação forçada como chaves IGBT (Insulated Gate Bipolar Transistor), MOSFET(Metal Oxide Semiconductor Field Effect Transistor) ou GTO (Gate Turn-Off Thyristor). Máquinas assíncronas alimentadas por pulsos de largura modulada (PWM - Pulse Width Modulation) geradas em fontes conversoras de potência são instrumentos cada vez mais comuns, substituindo motores DC e ponte de tiristores. Com o PWM e modernas técnicas de controle como controle de fluxo orientado ou direto de torque obtém-se uma liberdade de controle antes só atingida em máquinas DC. 20 3.3 Cargas não lineares Cargas não lineares são comuns em ambientes de potências, soldas a arco, varistores, indutores saturáveis e novos tipos de motores apresentam características não lineares, um bom modelo deste tipo de equipamento é importante na moderna análise de sistemas de potência, sua estabilidade e especialmente em relação à qualidade do sinal de potência. Figura 4: Motor Assíncrono controlado por PWM Figura 5: Esquemático de uma carga não linear programável 21 3.4 Elementos auxiliares 3.4.1 PSS - Power System Stabilizer Um sistema PSS serve como amortecimento para oscilações de máquinas síncronas pelo controle de sua excitação, distúrbios do sistema de potência induzem oscilações eletromecânicas dos geradores elétricos, tais oscilações (power swings) devem ser controlados para manter a estabilidade do sistema. Usualmente um PSS é controlado por contínua análise do desvio da velocidade da máquina ou pela aceleração da geração de potência útil e produz como fator de controle um sinal de tensão de estabilidade. 3.4.2 Transformadores Usualmente a geração em máquinas síncronas realiza-se a tensões relativamente baixas por questões econômicas, enquanto a transmissão é beneficiada por valores elevados de tensão pelos mesmos motivos, para solucionar este impasse técnico financeiro os transformadores de potência atuam no sentido de aumentar e diminuir tensões elétricas nos elementos. Figura 6: Esquemático para observação de uma carga não linear 22 Capítulo 04 Comparação das ferramentas A análise de problemas reais é multifacetada, uma boa solução precisa congregar pelo menos três características: qualidade, economia e segurança [ElHawary], os capítulos anteriores dispuseram elementos necessários ao suporte desta tríade. Poucos itens detalham as possibilidades de controle de um sistema de potência, são elas: ● A tensão das máquinas síncronas. ● A produção de energia ativa. ● As variáveis ajustáveis de todos os elementos formadores do sistema de potência. ○ Ajustes de controle f/P (frequência/Potência ativa): válvulas, reguladores de frequência e geração de potência ativa. ○ Ajustes de controle V/Q(tensão/Potência reativa): excitação das máquinas síncronas e de elementos ajustáveis. Outros elementos são objetos do estudo de estabilidade: ● Magnitude de tensão nas barras. ● Ângulo de tensão nos barramentos. ● Fluxos de potências ativa e reativa nas linhas e transformadores. ● Perdas. ● Potência reativa gerada ou absorvida nas barras controladas. Soma-se ao efeito sobre as possibilidades de itens controláveis, a opção de planejamento financeiro que nunca pode ser abandonada na boa constituição de solução de engenharia, assim elementos de custos devem sempre ser lembrados e considerados em qualquer análise realizada a sistemas de potência como a qualquer outro instrumento de engenharia. A atual situação do sistema interligado nacional está descrito pelo Operador Nacional do Sistema - ONS no Plano Energético Nacional - PEN 2010 “nos próximo 5 anos deverão ser implementados cerca de 27 GW (cerca de 50% provenientes de fontes térmicas), evoluindo a potência instalada no Sistema Interligado Nacional, de aproximadamente 104 GW, em dezembro de 2009, para 130 GW em dezembro de 2014. O PEN 2010 traz diversas recomendações, como a indicação da necessidade de estudos para a ampliação da Interligação Norte Sul e da capacidade de exportação de energia da Região Nordeste, devido à grande concentração da expansão da ofertatérmica nessa região a partir de 2012.” 23 4.1 Solução numérica no MATLAB Uma solução matemática ao problema deve ter limites definidos para sua correta execução. No caso de sistemas elétricos de potência alguns agentes limitantes são o de carga e de operação. A correta operação do sistema se dá enquanto os limites de carga e operação estejam sendo obedecidos, entretanto existem diversas condições de estado de operação normal estando o sistema dinamicamente variando de um estado normal a outro. Efeitos mais críticos sobre o circuito analisado podem causar a passagem do sistema para um estado de emergência, cujo retorno a uma condição de normalidade pode não ser observada. Entretanto o estado de emergência pode causar modificações na estrutura da rede, por desligamentos de dispositivos, atuações de elementos de controle e segurança dentre outras estruturas da rede, levando a uma condição de estado restaurativo de operação. Figura 1: Estrutura de mudança de estados para o sistema elétrico de potência operando em tempo real O interesse do operador de sistemas elétricos de potência é manter o estado normal sempre. Assim os elementos de segurança devem agir na transição entre estados normais de atuação sem requerer estados emergenciais ou restaurativos, logo um conjunto de restrições de segurança precisa ser determinado. Os aspectos de segurança do sistema são descritos em [Delgado] quanto a três condições práticas que devem ser observada: ● Monitoração de segurança, o sistema é continuamente verificado quanto a sua condição de solução dentro das restrições de segurança, provendo uma análise situacional da segurança do SEP; ● Análise de contingências, a todo instante o modelo do SEP é submetido a um conjunto pré-determinado de contingências mais prováveis, o resultado da resposta oferece uma figura em tempo real da segurança; ● Controle preventivo, caso o SEP saia do seu estado normal seguro uma série de ações deve ser tomada de maneira a otimamente retornar a segurança; 24 4.1.1 Restrições de carga São restrições de igualdade referidas a necessidade de equilíbrio entre geração e consumo nos sistemas elétricos. Equação 1 As funções não lineares g são um tipo de equação com um vetor de variáveis dependentes (x) e outro vetor de variáveis de controle (u) correspondente aos fluxos de potência em regime permanente do sistema. 4.1.2 Restrições de operação São restrições de operação, os limites operacionais dos equipamentos, sendo, portanto, equações de desigualdade. Equação 2 Cujo h é um conjunto de funções também não lineares cujos termos dependentes e de controle são vetoriais. 4.1.3 Restrições de segurança São restrições relevantes a manutenção do sistema em um estado normal de operação frente contingências que se avultem sobre o sistema de potência. Equação 3 Enquanto a condição das funções não lineares estiverem satisfeitas o sistema estará numa condição normal segura para o conjunto de contingências vislumbrado em s, caso seja inobservada a restrição de segurança o sistema passará a condição de alerta. 4.2 Método linearizado O método linearizado é tal que algumas características devam ser tomadas verdadeiras: ● As magnitudes de tensão em todas as barras são nominais, ou seja, 1.0 p.u; ● As aberturas angulares na rede sejam pequenas, tais que: Equação 4 ● As resistências série nas linhas sejam desprezíveis. Sob estas hipóteses é possível tomar: g x ,u=0 h x , u ≤0 s x , u ≤0 sin j−i= j−i 25 Equaçã o 5 A potência injetada (P) nos nós é o produto da matriz de admitâncias nodais linear (B) multiplicada pelo vetor de ângulos nodais. (δ) Os elementos da matriz de admitâncias nodais são semelhantes ao original, exceto pela eliminação dos termos reais, tal que: Equação 6 Nas barras adjacentes a barra k: Equação 7 Caso as admitâncias sejam mudadas em qualquer das barras/linhas, então a matriz precisa ser modificada coerentemente, uma mudança que ocorra na linha k-l deve produzir modificações apenas em termos específicos da matriz de admitâncias nodais (k-k, k-l, l-k e l-l). Para que seja possível descrever as mudanças na matriz de admitâncias conforme: Equação 8 Deve-se considerar que uma matriz de auxílio M, representativa do vetor unitário na direção k-l seja determinado: Equaçã o 9 Equação 10 Onde é um vetor nulo exceto, e , então: Equação 11 Generalizado para múltiplas linhas modificadas: Equação 12 P=B B k−l=−Y kl se k≠ l B k−k=∑ Y kk B=B0B M=ekl Y=Y kl B=M Y M T M=[ek1 l1 ek2 l 2... ek n ln] 26 Equação 13 4.3 Descrevendo o problema As matrizes de geradores, linhas de transmissão e transformadores servem de ponto inicial para análise da matriz de impedâncias do sistema. Para uma análise de fluxo de potência poucos itens estão disponíveis ao operador para corrigir problemas, são eles: ● Velocidade das turbinas e valores de excitação dos geradores síncronos; ● Bancos de capacitores, reatores shunt e compensadores estáticos; ● Controle dos taps e regulação de transformadores; ● Controle dos elementos FACTS. A relação da velocidade da turbina (prime mover) e de excitação estão relacionados a potências ativa e reativa do gerador síncrono. A relação entre potência ativa e reativa é determinada pelo ângulo de potência . Do ponto de vista operacional a atuação sobre a velocidade da turbina geradora sob condição de tensão de excitação constante produzirá aumento proporcional do ângulo de potência, Equação 14 , e por conseguinte a potência útil ativa ao mesmo tempo que a relação de potência reativa se reduz. Já o termo reativo é susceptível a mudanças da tensão de excitação, fato observado na equação Equação 15 , do ponto de vista operacional um aumento da excitação sob condição de rotação do rotor constante causa redução do ângulo de potência, pois a potência ativa deve permanecer constante enquanto os reativos aumentam sob forma de corrente induzida no estator e por conseguinte elevação da tensão do barramento ligado ao gerador. O efeito da adição de um banco de capacitor shunt é semelhante a mudança da tensão no barramento, o capacitor atua como fonte de reativos para o sistema, ao passo que o reator shunt age no sentido oposto. Para todos os exemplos de códigos usados os sistemas base utilizados: IEEE 9 bus (figura 20) e Sistema CHESF (Companhia Hidroelétrica do São Francisco) Oeste simplificado (figura 21 ). Y=[Y k1 l1 0 ... 00Y k2 l 2... 00 0 ...Y k n ln] P= EV X sin Z=V X E cos −V 27 Figura 2: Diagrama unifilar do sistema IEEE 9 Bus Figura 3: Diagrama unifilar do sistema CHESF Oeste simplificado - Modificado Antes de prosseguir na análise do problema é preciso descrevê-lo, no MATLAB foi desenvolvido uma sequência de códigos que implementa níveis de complexidade crescente do problema, a primeira solução determina-se por um sistema de entrada de informações superficiais de geradores, cargas e linhas e realiza uma análise linear do fluxo de potência. O segundo sistema desenvolvido em MATLAB permite uma entrada mais completa de dados de linhas, geradores e cargas, realizando uma aproximação pelo método de Newton-Raphson 28 modificado para fluxo de potência através dos toolboxes MATPOWER e MATDYN. O terceiro sistema utiliza as ferramentas do SIMULINK para construir um modelo gráfico do problema, com geradores, transformadores, linhas e cargas bem definidas, a solução pode ser analisada por um conjunto de ferramentas que compõem o TOOLBOX
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