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Resumo AV2 pcivil

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Resumo AV2 – Processo Civil II
Particularidades da petição inicial:
	A petição inicial é o instrumento da demanda. 
	Os requisitos fundamentais que devem ser respeitados na petição inicial estão previstos no artigo 319, CPC: 
Competência;
Qualificação das partes; 
Fatos e fundamentos jurídicos do pedido (causa de pedir);
Pedido com suas especificações (pedido imediato e mediato);
Valor da causa;
Provas;
Opção do autor (audiência de conciliação e mediação);
Emenda da petição inicial: (Art.321, CPC c/c art.485, CPC)
É realizada a emenda da petição inicial quando o juiz, ao verificar que ela não preenche todos os requisitos citados acima. 
O autor terá o prazo de 15 dias para emendar ou completar a petição inicial, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. 
Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
O autor poderá retratar-se no prazo de 5 dias. 
Indeferimento da petição inicial: (Art.330, CPC)
O indeferimento é feito por sentença! Sem resolução de mérito. (Art.485, CPC)
Se o juiz julga improcedente, há resolução de mérito! (Art.487, CPC)
A petição será indeferida quando:
For inepta;
A parte for manifestamente ilegítima;
O autor carecer de interesse processual;
Não atendidas as prescrições dos arts.106 e 321,CPC;
O autor poderá retratar-se no prazo de 5 dias. 
Julgamento liminar de improcedência do pedido: (Art.332, CPC)
	Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
Enunciado de súmula do STF ou STJ;
Acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetidos;
Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
Enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local;
Sentença com análise de mérito! (art. 332 c/c 487, CPC)
Audiência de conciliação ou mediação: (Art.334, CPC)
É feita pelo conciliador ou mediador e não pode exceder 2 meses da primeira sessão.
	A audiência não será realizada se ambas as partes tiverem desinteresse no consenso (desde que expressamente).
Todos os litisconsortes devem manifestar desinteresse para que não haja audiência de conciliação.
	A parte não poderá comparecer desacompanhada de advogado.
Caso haja acordo, o juiz sentencia COM análise de mérito, se não houver acordo o réu apresentará resposta.
Modalidades de resposta no processo civil:
Contestação: (Art.336, CPC)
Trata-se de se defender processualmente ou por mérito.
Natureza jurídica de defesa, é a peça fundamental para o réu na sentença. A ideia é a defesa de tudo aquilo que o autor está falando na petição inicial, rebater item por item.
Defesa de mérito direta: quando o réu nega totalmente qualquer relação com o autor (não reconhece o que fora alegado).
Defesa de mérito indireta: (art.350, CPC) quando o réu reconhece a relação jurídica mas apresenta um ato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito do autor. (Será ouvido no prazo de 15 dias)
Reconvenção: (Art.343, CPC)
É lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa (tópico dentro da contestação). – contra ataque.
Natureza jurídica de ação. 
O autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 dias, em regra. (Exceção na Defensoria Pública, Fazenda Pública, MP, ... desde que não seja eletrônico).
Em sede de Juizado Especial não se utiliza a reconvenção, e sim o pedido contraposto!
Sentença e coisa julgada:
A sentença fará coisa julgada automaticamente após seu transito em julgado (segurança jurídica)
Coisa julgada formal e matéria possui efeitos endo e extraprocessuais, em regra, o poder judiciário extinguiu seu dever, não se fala mais disso dentro, nem fora do processo que já transitou em julgado.
A parte da sentença que faz coisa julgada é o dispositivo!
A “relativização da coisa julgada” é possível para quem aceita, em caráter excepcional.
Natureza jurídica de improcedência é declaratória negativa! Desistência é por senteça!
Regra da Adstrição: (Art.492 c/c 141, CPC) – é vedada ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou é objeto diverso do que lhe foi demandado. – A decisão deve ser certa, ainda que resolva a relação jurídica condicional.
Elementos da sentença: (Art.489, CPC): relatório, fundamentação e dispositivo.
Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; (art.489, §1º, II, CPC).
Sentença sem análise do mérito: (Art.485, CPC): espécie terminante ou processual, faz coisa julgada formal – endoprocessual.
O juiz não resolverá o mérito quando: 
Indeferir a petição inicial;
O processo ficar parado durante mais de 1 ano por negligência das partes;
Por não promover os atos e as diligencias que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 dias;
Verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
Reconhecer a existência de perempção de litispendência ou de coisa julgada;
Verificar a ausência de legitimidade ou de interesse processual;
Acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
Homologar a desistência da ação;
Em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal e;
Nos demais casos prescritos neste código.
Sentença com análise do mérito: (Art.487, CPC): espécie definitiva ou de mérito, faz coisa julgada material.
Haverá resolução de mérito quando o juiz:
Acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
Decidir de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência da decadência ou prescrição;
Homologar;
Reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
Transação;
	A renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção;
A prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.
Conversão da obrigação: (Art.499, CPC): a obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Questão prejudicial: Em regra questão prejudicial não fará coisa julgada. (Apenas nos casos do art.503, I, II e III, CPC – exceção)
	A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida. 
	O dispositivo no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida e expressa e incidentemente no processo se:
Dessa resolução depender o julgamento do mérito;
A seu respeito tiver havido contraditório prévio e afetivo, não se aplicando no caso de revelia;
O juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal.
Fundamentação não faz coisa julgada.
Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeito a recurso.
Homologação de decisão estrangeira: 
Trata-se de uma prerrogativa do Estado brasileiro.
O STJ é o órgão competente para analisar um pedido de homologação de sentença estrangeira. (Art.105, CF) – procedimento especial.
Juízo de delibação: é uma análise que o STJ faz para observar os requisitos que ocorreu no exterior (não pode ofender a nossa soberania, deve ser compatível) – é uma condição de eficácia da decisão. As regras do Brasil (leis) devem ser aplicadas no estrangeiro. Não será um juízo de mérito, e sim de delibação!!!
O Estado brasileiro homologa apenas se for interessante a ele, não é obrigado.
Exclusivos do Brasil: (Art.964, CPC): Não será homologada a decisão estrangeira na hipótese de competência exclusiva da autoridade judiciária brasileira.Quem executa a homologação (cumprimento da decisão) é o juízo federal competente. (Art.965, CPC)
A sentença é constitutiva! (Não é declaratória nem condenatória!)
Ação rescisória: (Art.966, CPC)
Natureza jurídica: Ação autônoma de impugnação de competência originária nos tribunais. (Jamais tramitará em instância de 1º grau!) – Sempre dentro de qualquer dos Tribunais. Não possui natureza jurídica de recurso.
Em regra, prazo decadencial de 2 anos após o trânsito em julgado da última decisão.
É uma ação que deve ser vista em “caráter excepcionalíssimo”, ou seja, não é uma regra e sim uma exceção.
Ação rescisória cabe para qualquer decisão de mérito que se adeque ao art. 966, CPC.
Não cabe ação rescisória: ADI (lei 9868/99, ADC, ADPF (lei 9882/99) e Juizados Especiais.
Legitimidade: (Art.967, CPC) parte do processo, terceiro juridicamente interessado, MP e quem não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção.
Em regra, não irá ocorrer a suspenção dos efeitos da decisão, porém pode ser que a parte pleiteie uma tutela provisória em sede de ação rescisória.
Prova nova: (Art.975, §2º, CPC): O direito à rescisão se extingue em 2 anos contados do transito em julgado da última decisão proferida no processo; se fundada a ação no inciso VII do art.966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. (Exceção do prazo)
Documentos estes que já existiam na fase do processo, mas por algum motivo não puderam ser usados. Após o trânsito em julgado, poderá surgir prova nova nos 5 anos seguintes e quando descoberta, abrirá o prazo de 2 anos para a ação rescisória, dando um total de no máximo 7 anos.
Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o MP, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão. (O prazo começa a contar da data de descobrimento da simulação – qualquer prazo para descobrir + 2 anos da ação rescisória). Prazo decadencial.

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