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DA SENTENÇA

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
22 DA SENTENÇA (CPC, arts. 485 a 501)
22.1 NOÇÕES GERAIS 
Ato em que o juiz acerta aquela relação jurídica litigiosa, isso no processo de conhecimento, no qual a sentença busca resolver uma relação litigiosa, já no processo de execução se busca extinguir um título executivo. 
22.2 ESPÉCIES DE PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS 
Atos praticados pelo juiz, juiz no sentido amplo (no primeiro e segundo grau de jurisdição) 
22.2.1 Sentença 
“Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte”.
Atos passiveis a serem praticados pelos juízes, o primeiro ato se refere a sentença. O artigo 203 trás o conceito de sentença – sentença é o ato do juiz que com julgamento de mérito ou sem julgamento d emérito, põe fim a fase de conhecimento ou extingue a execução. O que se busca no processo de conhecimento é uma sentença de mérito (se o autor tem ou não razão), sempre o que o juiz julga é o pedido feito pelo autor. 
22.2.2 Decisão interlocutória 
“Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte”.
Se não for sentença, e for decisão, é decisão interlocutória. O código atual definiu decisão interlocutória por exclusão, a melhor definição era a apresentada no código revogado de 73 que dizia que era um ato do juiz que no curso do processo resolve questão incidente, ou seja, o ato do juiz que resolve uma questão do processo mas que não põe fim a fase de conhecimento e não extingue a execução. Exemplo: juiz determinar algum bem a penhora 
22.2.3. Despacho 
“Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte”.
Mais uma vez o legislador se utilizou por uma definição de exclusão para estabelecer o que é despacho, diz que se o ato praticado pelo juiz não for decisão interlocutória ou sentença o ato é despacho. Despacho é o ato do juiz que não tem caráter/conteúdo decisório, que se limita a dar andamento ao processo sem qualquer conteúdo decisório. Tanto a sentença quanto a decisão interlocutória possuem caráter decisório, os despachos não. Exemplo: um juiz determina a citação do réu pelo oficial de justiça, já se passou o prazo legal do oficial citar, o juiz pode cobrar do oficial de justiça que cumpra o que já foi decidido sobre a citação do réu. Outro exemplo, o juiz nomeia perito e estabelece prazo para que apresente laudo pericial, esse ato do juiz que determinou prova pericial, determinar perito e estabelecer prazo é decisão interlocutória, mas passado do prazo estabelecido o juiz gera despacho determinando que o perito apresente o laudo em x dias. 
22.2.4. Acórdão 
“Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais”.
Não há possibilidade de acordão proferido por um julgador. 
22.2.5. Decisão monocrática, singular ou unipessoal por membro de Tribunal
Quando o julgamento no tribunal é feito por um só juiz, esse julgamento é determinado como decisão monocrática, singular ou unipessoal. Existe essa possibilidade porque o código, as vezes, nas situações estabelecidas permite que um membro do tribunal, por medida de celeridade de economia processual, julgue aquele caso. É exceção a regra dos tribunais que é o julgamento proferido por órgão colegiado. Geralmente isso ocorre quando o caso a ser julgado já tem entendimento determinado no tribunal, exemplo, ao invés de três desembargadores julgar o recurso de apelação, um só desembargador faz isso, quando isso ocorre é decisão monocrática. Decisão por um membro do tribunal, um desembargador, um ministro. 
22.3. ELEMENTOS ESSENCIAIS DA SENTENÇA
22.3.1. Noções gerais
O código prevê que a sentença deve ter conteúdo próprio e alguns elementos, sob pena de ser considerada ou pode ser levada a nulidade ou inexistência da sentença. A sentença deve ter três elementos e a falta de um deles causa a nulidade ou inexistência da sentença. Os três elementos essenciais da sentença são: Relatório, fundamentação e dispositivo 
22.3.2. Relatório
“Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo”;
Relatório é um resumo, um histórico do principal do processo, o juiz indica o nome do autor e réu, indica de forma resumida o que o autor pedi, indica também de forma resumida a resposta do réu, a defesa apresentada pelo réu, e ainda as principais ocorrências do processo. Ou seja, relatório nada mais é que um resumo, um histórico do que existe, do que aconteceu no processo. O legislador exige o relatório, pois ele entende que com o relatório o juiz demonstra que conhece o processo (pressuposto totalmente equivocado do legislador), mas não é no relatório que o juiz vai demonstrar se conhece o caso ou não e sim na fundamentação. 
O STJ diz que a falta de relatório gera nulidade no processo, desde que a falta dele causa prejuízo para a parte, caso não gere prejuízo a ausência do relatório não gera nulidade. 
No juizado especial é dispensado relatório nas sentenças prolatadas
22.3.3. Fundamentação ou motivação
Significa que nessa segunda parte da sentença o juiz tem que dizer de forma fundamentada, explicar os motivos pelos quais ele vai julgar procedente ou improcedente o pedido do autor, dizer o porquê. Considerando-se única e exclusivamente aqui que conta no processo. Os argumentos, provas que levam ao acolhimento ou a rejeição do pedido do autor. A fundamentação, essa sim, tem relevância no processo, importância na sentença. 
22.3.3.1. A exigência da motivação e suas funções
“ todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade...” – CF, art. 93, IX.
“Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito”.
Por que que a sentença tem que ser fundamentada? Primeiro, porque a CF assim exige e o CPC também. Segundo o poder judiciário deve prestar contas á sociedade dessa parcela de poder que exerce, deve revelar como está exercendo seu poder jurisdicional, como está sendo decidido os casos, e uma dessas formas de o poder prestar contas é a fundamentação. As funções da fundamentação ou motivação, uma dentro do processo e outra fora do processo. A razão de ser da fundamentação tem uma exigência interna dentro do processo, e uma exigência externa fora do processo. A função fora do processo é a exigência constitucional e legal da motivação da sentença decorre da necessidade do poder judiciário prestar conta da sua atividade;já a função no âmbito interno do processo – primeiro para que as partes possam tomar conhecimento, entender o que levou o juiz a tomar aquela decisão e caso entendam ser necessário apresentar recurso àquela decisão, e o outro motivo é caso tenha um recurso permitir que o órgão verificador do recurso verifique se o juiz ao proferir a sentença foi correto ou não, confronte o recurso com a decisão, e decide se a decisão do juiz foi a adequada. 
22.3.3.2. Conteúdo da fundamentação
“Art. 489, § 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
§ 2o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão.
§ 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé”.
A consequência para a falta de fundamentação é a nulidade da sentença. Se isso ocorrer e tiver recurso a sentença será nula. 
22.3.4. Dispositivo ou conclusão
“Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem”.
“Art. 490. O juiz resolverá o mérito acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte, os pedidos formulados pelas partes”.
Sentença que não contém dispositivo ou conclusão é inexistente, não existe no mundo jurídico. A falta dele leva a inexistência de sentença. Um acórdão também deve conter esses três elementos essenciais. A decisão interlocutória não precisa ter relatório, pois não foi exigido pelo legislador, mas o restante precisa conter. 
22.4. CONGRUÊNCIA DA DECISÃO JUDICIAL
22.4.1. Noções gerais
“Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional”.
“Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte”.
O pedido formulado pelas partes vincula o posicionamento judicial, ou seja, a decisão judicial é vinculada ao pedido. Quando o juiz não cumpre esse princípio a decisão judicial poderá ser: 
22.4.2. Decisão ultra petita
Quando o juiz concede mais do que foi pedido. Neste caso anula o que excede. 
22.4.3. Decisão extra petita
Juiz conceder a parte coisa diversa daquela que foi pedida. Essa sentença é nula, para que outra seja proferida sem esse vício, de acordo com o pedido formulado pela parte 
22.4.4. Decisão citra petita ou infra petita
É aquela que deixa de apreciar um pedido formulado pela parte. Neste caso a decisão precisa ser complementada, emite-se outra decisão, diferente das outras hipoteses que o vício gera nulidade, nesse caso gera a necessidade de complementação, aperfeiçoamento para que todos os pedidos sejam apreciados pelo poder judiciário.
Essa regra tem exceções, os pedidos implícitos, tais como, o juiz julga uma demanda e tem que obrigatoriamente pronunciar-se e determinar que o vencido pague ao vencedor o valor devido, independentemente de pedido. 
22.5. CERTEZA, LIQUIDEZ E CLAREZA/COERÊNCIA DA DECISÃO JUDICIAL
“Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional”.
“Art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a extensão da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando:
I - não for possível determinar, de modo definitivo, o montante devido;
II - a apuração do valor devido depender da produção de prova de realização demorada ou excessivamente dispendiosa, assim reconhecida na sentença.
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, seguir-se-á a apuração do valor devido por liquidação.
§ 2o O disposto no caput também se aplica quando o acórdão alterar a sentença”.
A decisão precisa ser certa, ou seja, precisa dar uma resposta ao pedido formulado. A decisão também deve ser liquida, que diz quanto é devido ou o que é devido. As vezes é autorizado que o juiz defira uma sentença certa, mas ilíquida, ele diz o que é devido mais não o quanto é devido, por motivos que não possibilitam que naquele momento se defina o valor total (ex. gastos futuros com hospital e despesas médicas). Quando a sentença é ilíquida tem que fazer a liquidação da sentença, que vai apurar no futuro, num complemento da sentença, quando é devido, o direito já é certo vai apenas apurar o valor devido, se presta a tornar liquida a sentença que por algum motivo foi prolatada sem a liquidez. 
22.6. DECISÃO E FATO SUPERVENIENTE
“Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.
Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele antes de decidir”.
22.7. CLASSIFICAÇÃO DAS DECISÕES DE PROCEDÊNCIA QUANTO AO SEU CONTEÚDO
22.7.1. Decisões condenatórias
O juiz diz quem tem razão e impõe uma obrigação, fazer, não fazer, entregar ou pagar quantia. Não é auto suficiente, pois, caso essa obrigação não seja voluntariamente cumprida, exige-se uma atividade jurisdicional posterior, uma execução, exigem iniciar-se uma nova fase, chamada cumprimento de sentença. 
22.7.2. Decisões constitutivas
Cria-se uma situação jurídica nova. É auto suficiente para satisfazer a pretensão do vencedor 
22.7.3. Decisões meramente declaratórias
“Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II - da autenticidade ou da falsidade de documento”.
Elimina-se uma dúvida e estabelece-se uma certeza. Exemplo: reconhecimento da paternidade (alguns entendem que gera uma nova situação jurídica, mas o professor entende ser declaratória). 
A sentença declaratória também é auto suficiente, ou seja, por si só já é suficiente para satisfazer a pretensão da parte, não precisa fazer nada mais. A decisão declaratória é uma sentença de improcedência, por exemplo: declara que o autor ou réu não tem direito ao pedido pretendido. 
22.8. EFEITOS DA DECISÃO JUDICIAL
22.8.1. Efeitos principais
Se for condenatória, é impor uma obrigação (de fazer, não fazer, entregar alguma coisa, ou pagar uma quantia); constitutiva é criar uma situação jurídica nova; e se for declaratória é eliminar uma dúvida e estabelecer a certeza. 
22.8.2. Efeitos anexos ou secundários
Aqueles que decorrem automaticamente da decisão, para serem produzidos não precisa de pedido da parte e nem pronunciamento do juiz, eles ocorrem automaticamente da decisão proferida. Exemplo: quando o juiz decreta o divórciode um casal, ele não precisa dizer, e nem a parte pedir o efeito secundário que é a separação de corpos do casal. Outro exemplo: hipoteca judiciaria, juiz condena a parte a pagar determina quantia, impõe a obrigação pecuniária, é possível que esse vencedor leve isso a averbação de algum imóvel que o perdedor tenha para que no futuro, se por ventura essa vencido vender o imóvel esse imóvel continue a responde essa ação. 
22.9. PUBLICAÇÃO, RETRATAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA DECISÃO JUDICIAL
“Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo;
II - por meio de embargos de declaração”.
Publicação de uma sentença é dar existência jurídica a uma sentença, a partir da publicação ela existe juridicamente, enquanto não houver a decisão jurídica não existe no mundo jurídico. Quando a decisão judicial se considera publicada, passa a ter existência jurídica? Depende, quando se trata de decisão proferida em audiência a publicação ocorre na audiência; já fora da audiência depende se o processo é físico ou digital, se físico ocorrerá a publicação da decisão quando o servidor judiciário receber essa decisão e certificar nos autos do processo que recebeu aquela decisão, no processo digital ocorre quando o juiz libera a desicão no processo digital. Essa publicação não se confundi com publicação feita com o proposito de intimação das partes. 
A partir da publicação o juiz não pode em regra retratar-se, alterar sua decisão. Só pode fazê-lo para corrigir inexatidão material ou erro de cálculo, ou ainda por meio de recurso de embargo de declaração – destinado a aperfeiçoar a decisão defeituosa ou viciada. Além dessas hipóteses do art.494, há outra hipótese na qual o juízo que emitiu a decisão possa alterar a sentença publicada – quando for interposto recurso contra essa decisão, e o recurso interposto autorizar retratação, chama-se recurso.
DA EXTINÇÃO DO PROCESSO 
23. DA EXTINÇÃO DO PROCESSO (CPC, arts. 316 e 317; 485 a 488)
23.1. CONCEITO. NOÇÕES GERAIS
Em regra, a extinção do processo se dá por sentença, por isso há uma ligação intrínseca entre a sentença e a extinção do processo. As partes desejam que o poder judiciário resolva definitivamente a situação em questão, quando isso ocorre as partes não poderão reclamar novamente no judiciário. A extinção do processo com julgamento do mérito, é aquela buscada pelas partes, aquela que defini quem tem razão naquela situação (art. 487). Mas em algumas situações não há possibilidade de o poder judiciário emitir uma extinção de mérito, quando isso ocorre o juiz extingue o processo sem resolução do mérito:
23.2. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO (CPC, arts. 485 e 486)
23.2.1. CONCEITO. NOÇÕES GERAIS
“Art. 317.  Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício”.
Extinguir o processo com base nas hipoteses do artigo 485 do CPC. O poder judiciário não dá uma resposta ao pedido formulado, se nega a julgá-lo, consequentemente nada impede que as partes voltem a discutir o objeto da lide em outro processo. Se busca em um processo de conhecimento uma sentença de mérito, uma extinção com resolução de mérito, pois ela decide o litígio definitivamente fazendo coisa julgada, e impedido por consequência que as partes que participaram desse processo voltem a discutir essa situação. Mas em algumas hipoteses ocorre a extinção do processo sem julgamento do mérito inviabilizando uma decisão ao caso, consequentemente as partes podem buscar nova decisão em novo processo. 
É aquela em que o poder judiciário não dá uma resposta ao pedido formulado, deixa de apreciar o pedido, pois resulta configurado uma das hipoteses do artigo 485, o processo não tem viabilidade para receber uma sentença de mérito. O juiz extingue o processo, mas não decide o litígio, consequentemente o litígio pode voltar a ser discutido em outro processo. Essa não é a extinção desejada, mas por vezes é a única possível. A decisão sem julgamento de mérito chama-se sentença terminativa ou processual, termina o processo, mas não termina o litígio. 
23.2.2. HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO
“Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; - negligencia bilateral. Constitui requisito indispensável para essa extinção, que previamente o juiz deve intimar ambas as partes pessoalmente a dar andamento ao processo, ou seja, que as partes façam aquilo que não fizeram no prazo de 5 dias. Caso continuem omissas por 5 dias aí sim o juiz estará autorizado a extinguir o processo (§1º)
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; - negligência unilateral do autor. O juiz deve intimar o autor pessoalmente a dar andamento ao processo, ou seja, que faça aquilo que não fez, no prazo de 5 dias. Caso continuem omisso por 5 dias aí sim o juiz estará autorizado a extinguir o processo (§1º).
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; - são diversos os pressupostos processuais. Nem sempre a falta de um pressuposto processual leva a extinção do processo, em regra leva a extinção, mas as vezes não gera essa consequência. A previsão desse inciso não pode ser interpretada literalmente, deve ser interpretada de forma sistemática. Exemplo de falta de pressuposto processual que gera extinção do processo sem julgamento de mérito: a parte para postular em juízo como autor ou réu, em regra, deve ser representada por advogado, autor promove ação que necessita de advogado sem o advogado, o juiz intima a arte para regularizar essa situação, mas a parte citada não regulariza, não há outra opção a não ser extinguir o processo. Exemplo em que a falta de pressuposto processual não gera extinção: parte promove ação em juízo incompetente, nesse caso falta o pressuposto da competência, o juiz irá encaminhar o processo para o juízo competente, sem que haja extinção do processo. 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; - litispendência é a repetição de uma ação que está em curso, os elementos da ação são iguais (parte, causa de pedir e pedido); coisa julgada é quando há repetição de uma ação que já foi julgada; perempção é a perda do direito de ação, pois o ator abusa do direito de litigar (art. 486, §3º). 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. - A regra é intimação do advogado da parte, a exceção é citação da própria parte, no segundo caso deve haver exigência legal nesse sentido. Nesse caso estamos em uma exceção, uma hipótese na qual a citação deve ser pessoal, por uma razão muito simples, a negligência no processo pode ser do advogado, sem que a parte tenha conhecimento dessa omissão do profissional que a representa. 
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causapelo autor depende de requerimento do réu.
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se”.
”Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.
§ 1o No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à sentença sem resolução do mérito.
§ 2o A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado.
§ 3o Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito”.
“Art. 105.  A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.
§ 1o A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei.
§ 2o A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo.
§ 3o Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo.
§ 4o Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença”.
“Art. 200.  Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial”.
23.2.3. APRECIAÇÃO DE OFÍCIO PELO JUIZ DAS HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO
“Art. 485, § 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado”.
“Art. 337, § 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral”.
23.2.4. EFEITOS DA EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO
“Art. 486.  O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação.
§ 1o No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova ação depende da correção do vício que levou à sentença sem resolução do mérito.
§ 2o A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado.
§ 3o Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito”.
Quando o juiz extingue o processo, sem resolução do mérito, ele não dá uma resposta ao pedido formulado pelo autor, não impede que o autor ingresse com nova ação, desde que o vício que levou a extinção sem resolução do mérito seja corrigido. A extinção acaba com aquele pro cesso, mas não com a pretensão do autor. 
23.3. EXTINÇÃO DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO (CPC, arts. 487 e 488)
23.3.1. CONCEITO. NOÇÕES GERAIS
“Art. 488.  Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485”.
O que as partes, poder judiciário e a sociedade buscam é a extinção do processo com resolução do mérito, tem aptidão de formar coisa julgada, traz consigo segurança jurídica. A doutrina chama essa sentença de mérito (resposta ao pedido formulado), ou definitiva (esgotado os recursos, forma a coisa julgada material). 
23.3.2. HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO
“Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; - acolher (julgar procedente), rejeitar (julgar improcedente)
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; - prescrição e decadência são matéria de mérito. O juiz pode reconhecer de ofício a prescrição, já a decadência depende – se prescrita em lei pode, caso convencional não pode, depende de requerimento da parte. 
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; - réu reconhece que o autor tem razão, juiz se limita a homologar essa manifestação de vontade e se curva ao pedido formulado pelo autor. O reconhecimento da procedência pode ocorrer em qualquer momento do processo, até em grau de recurso. Não necessário concordância do autor. 
b) a transação; - quando as partem chegam a resolução do litígio mediando acordo. Juiz se limita a homologar o acordo. 
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. – ato do autor, que renuncia o direito material. Não poderá mais pedir a pretensão. Juiz se limita a homologar essa manifestação de vontade. 
Parágrafo único.  Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se”.
“Deve o juiz, de ofício, reconhecer a decadência, quando estabelecida por lei” – Cód. Civil, art. 210.
“Se a decadência for convencional, a parte quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação” - Cód. Civil, art. 211.
“Art. 487, Parágrafo único.  Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se”.
“Art. 105.  A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.
§ 1o A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei.
§ 2o A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo.
§ 3o Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo.
§ 4o Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença”.
“É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas” – Cód. Civil, art. 840.
23.3.3. EFEITOS DA EXTINÇÃO DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO
“Art. 502.  Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso”.
“Art. 503.  A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.
§ 1o O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se:
I - dessa resolução depender o julgamento do mérito;
II - a seu respeito tiver havidocontraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia;
III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal.
§ 2o A hipótese do § 1o não se aplica se no processo houver restrições probatórias ou limitações à cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão prejudicial”.
23.4. NATUREZA JURÍDICA DO ATO DO JUIZ QUE DECIDE SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO OU COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO 
“Art. 316.  A extinção do processo dar-se-á por sentença”.
“Art. 203.  Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário”.
23.5. RECURSO CABÍVEL CONTRA O ATO DO JUIZ QUE DECIDE SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO OU COM RESOLUÇÃO DE MÉRITO
“Art. 1.009.  Da sentença cabe apelação.
§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
§ 2o Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença”.
“Art. 356.  O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento”.
“Art. 354.  Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença.
Parágrafo único.  A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento”.
24. DA COISA JULGADA (CPC, arts. 502 a 508)
24.1. NOÇÕES GERAIS
“a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada” – CF, art. 5º, XXXVI.
24.2. COISA JULGADA FORMAL. COISA JULGADA MATERIAL
“Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso”.
“Art. 503, caput. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida”.
24.3. PRESSUPOSTOS DA COISA JULGADA MATERIAL
24.3.1. Decisão jurisdicional
24.3.2. Decisão sobre o mérito da causa
24.3.3. Ocorrência de coisa julgada formal
24.4. LIMITES DA COISA JULGADA MATERIAL
24.4.1. Limites objetivos
“Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.
§ 1o O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se:
I - dessa resolução depender o julgamento do mérito;
II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia;
III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal.
§ 2o A hipótese do § 1o não se aplica se no processo houver restrições probatórias ou limitações à cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão prejudicial”.
“Art. 504. Não fazem coisa julgada:
I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;
II - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença”.
24.4.2. Limites subjetivos
“Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros”.
24.5. EFEITOS DA COISA JULGADA MATERIAL
24.5.1. Efeito negativo
24.5.2. Efeito positivo
24.5.3. Efeito preclusivo ou eficácia preclusiva da coisa julgada
“Art. 508. Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido”.
24.6. COISA JULGADA MATERIAL E RELAÇÕES JURÍDICAS CONTINUATIVAS
“Art. 505. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo:
I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;
II - nos demais casos prescritos em lei”.
24.7. INSTRUMENTOS DE REVISÃO DA COISA JULGADA MATERIAL

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