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PCC 3ªSEMESTRE UNIP ARTES VISUAIS

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Unip-Universidade Paulista Interativa
RESUMO DE TODAS AS MATERIAS CURSADAS NO 3ª SEMESTRE DO CURSO DE ARTES VISUAIS
Projeto apresentado à Universidade Paulista – UNIP, do curso de Licenciatura em Artes Visuais, como um dos requisitos para a obtenção da nota na disciplina para Postagem do Trabalho de Pratica Como Componente Curricular (PCC)
Várzea Paulista
2017
SUMARIO
Prática de Ensino: Integração Escola x Comunidade
A atividade de pesquisa possibilita encontros e desencontros na formação em que realizamos. O desafio não está apenas posto aos professores que ali trabalham com aqueles alunos que vão ao campo e procuram observar ações e entrelaçar com os conhecimentos teóricos. Mas, também é grande o desafio para os nós graduados que precisamos acompanhar de modo eficaz e contribuir significativamente. A tarefa é desafiadora por si só e exige responsabilidade e envolvimento.
Uma das possibilidades apontadas no estudo para a construção da identidade docente é a formação continuada, fazendo um movimento constante de observar, refletir e estudar sobre a prática a fim de poder entendê-la e aprimorá-la. A caracterização entre a escola e a comunidade certamente é o começo desse caminho muito desafiador e o processo de educação. 
Este trabalho foi uma excelente experiência, percebi que de fato a teoria é muito diferente da prática, porém, sem o conhecimento necessário não se chega a lugar algum. Pude perceber também o quanto é importante o papel do professor na educação infantil, pois é aí que se começa a construção de um conhecimento do qual a criança leva para vida toda. Trabalhando com crianças nessa idade a gente nota o quanto eles evoluem a cada dia, e que cada palavra, cada ação, cada expressão, é, não só observada por eles, mas também muitas vezes imitadas, portanto todo cuidado é pouco, a postura do professor é de fundamental importância sempre. É preciso ficar atento também, as atividades aplicadas, pois se não estiverem de acordo com a faixa etária, não despertam o interesse da criança e consequentemente gera dispersão e tumulto em sala.
As situações me proporcionaram visão de como resolver problemas e de como agir em um ambiente escolar, levando em conta o decorrer do dia não devemos sempre lembrar que somos educadores e que cada criança pode estar dependendo de um olhar especial para o seu desenvolvimento, por isso não devemos perder a calma nunca e sim pensar em estratégias e alternativas, desenvolver competência para o melhor desempenho do educando. No convívio com vários tipos diferentes de profissionais da área, pude observar o quanto se faz necessário o professor estar sempre se atualizando, pois as crianças precisam de soluções para a problemática do ensino, temos que nos atualizar sempre e levar para a escola, sempre novidades.
Estrutura e Funcionamento da Educação Básica
 Resumidamente afirmamos que a estrutura e o funcionamento da Educação Básica são estabelecidos por uma lei, o que nos leva à necessidade de apresentar conceitos básicos de legislação, visando promover uma aprendizagem adequada do conteúdo que viria a seguir. Dessa forma, tendo em mente que legislar é atribuição do Poder Público, principalmente do Poder Legislativo, podemos dizer que “Legislação” é um termo definido como o conjunto das leis que regulam particularmente certa matéria, e que “Legislação educacional”, portanto, pode ser definida como o conjunto de diplomas legais e documentos correlatos que regulam a educação.
 No entanto, por que a aprovação de leis no Brasil é tão demorada? Quais as etapas pelas quais este diploma legal precisa passar até ser finalmente aprovado? Para responder a tais perguntas, apresentamos o ciclo evolutivo de uma lei, desde o surgimento de uma ideia até sua aprovação para vigorar no país. Nesse processo, uma lei precisa passar por certas etapas: iniciativa, discussão e votação (no Legislativo), sanção, promulgação e publicação (no Executivo). 
 O “Veto”, que também é um procedimento inerente ao processo, é uma prerrogativa do chefe do Poder Executivo, ou seja, corresponde à sua manifestação contrária à conversão do projeto de lei em lei, o que pode ser em parte ou na sua totalidade. Caso ocorra o veto, isto provocará um novo exame da lei no legislativo, podendo o veto ser rejeitado ou derrubado por voto da maioria dos legisladores. Trata-se de um processo longo, no qual todos os setores da sociedade têm a oportunidade de participar por meio de seus representantes eleitos, razão pela qual há tamanha demora. Se, por um lado, a demora pode ser considerada negativa, por outro, ela é positiva, pois significa que o processo democrático está sendo desenvolvido. Outro assunto de importância ao conhecimento, a título de entendimento do contexto onde se insere a LDB diante dos demais diplomas legais existentes no país, é a classificação e hierarquia dos diplomas legais. 
 Quanto à classificação, há uma relação direta entre os diferentes níveis de poder, que pode ser assim sintetizada: • Diplomas Legais Federais: os mais importantes; • Diplomas Legais Estaduais: podem complementar os federais; • Diplomas Legais Municipais: podem complementar os estaduais. Quanto à hierarquia, a relação que se estabelece é a seguinte: • Constitucionais: as mais importantes; • Complementares: complementam a Constituição e a ela se aderem; • Ordinárias: leis que regulamentam dispositivos constitucionais sem a ela se aderirem. A LDB é uma lei ordinária federal, portanto, subordinada apenas à Constituição Federal e suas leis e decretos-leis complementares. Todo o restante da legislação educacional do país deve seguir as diretrizes e normas nela estabelecidas. No Brasil, em pleno século XXI e em que pese os esforços da sociedade envidados nas últimas décadas, infelizmente a educação escolar ainda é um produto social desigualmente distribuído. 
 O acesso a um padrão elevado de qualidade na educação ainda depende de fatores como classe socioeconômica, sexo, etnia, local de residência etc., fatores esses diretamente ligados, inclusive, ao tipo de rede escolar a ser frequentado, seja pública, seja particular. Há algumas décadas a realidade era bem diferente. A escola pública oferecia uma excelente qualidade de ensino e os alunos que frequentavam escolas particulares, regra geral, o faziam por não conseguirem aprovação nas escolas públicas. De fato esta realidade mudou drasticamente nos últimos quarenta anos. Hoje, as melhores escolas são acessíveis apenas para quem pode pagar, de modo que quem não pode acaba tendo que se contentar com uma escola de menor qualidade, salvo raras exceções. Toda essa situação tem explicação na história. 
 O conhecimento dos fatos históricos permite entender a realidade atual de forma a se ter uma noção do que está para vir e, assim, evitar possíveis problemas. Poe este motivo, foi apresentada uma síntese dos principais fatos históricos relacionados com a educação no país, desde o seu descobrimento até os dias atuais. Os diversos fatos apresentados demonstram que a educação sempre foi relegada a um segundo plano no contexto histórico do país. Somente muito recentemente, a partir da década de 1930, é que ela passou a ser reconhecida e tratada como um aspecto importante da vida nacional. 
 Por ser tão recente a importância dedicada à educação, em grande parte, ainda convivemos com grandes problemas e dificuldades que vêm sendo gradativamente confrontados e resolvidos. Há, inclusive, no campo das ideias e com base no Plano Nacional de Educação em discussão no Congresso Nacional para as próximas décadas, uma expectativa de cenário gradativamente melhor para os próximos anos. Com a evolução do processo histórico, apenas em 1961 o Brasil passou a ter uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, ou seja, uma lei específica para definir as bases e as diretrizes que a educação do país deve seguir. Até então, o que havia era diplomas legais isolados e muitas vezesdesconexos, o que impedia uma sistematização mais adequada do assunto. 
 Mudanças políticas importantes que ocorreram desde então, com a implantação de um regime militar que durou mais de 20 anos e cuja transição para a democracia foi “lenta, gradual e restrita”, como afirmavam os militares na época, refletiram-se na promulgação de outras duas LDBs. Atualmente, vigora a Lei nº 9394 de 1996, que foi objeto de um módulo específico deste livro-texto. A primeira LDB (de 1961) foi considerada uma lei completa, pois estabelecia diretrizes e bases para toda a educação nacional, ou seja, para todos os níveis de ensino, desde a pré-escola até o ensino superior. Como ocorre na maioria dos casos, por se tratar da primeira LDB vigente no país, serviu como “vidraça”, ou seja, sofreu críticas, na maior parte, construtivas. 
 Nela foi estabelecida a seguinte estrutura: • Primário: obrigatório e gratuito nas escolas públicas, com duração de quatro anos; • Ginásio: não obrigatório e gratuito nas escolas públicas, com duração de quatro anos. Em razão do número insuficiente de vagas, havia a necessidade de realização de “exames de admissão”; • Colegial: subdividido em “clássico” e “científico”, não era obrigatório, mas era gratuito nas escolas públicas, com duração de três anos; • Superior: não obrigatório e gratuito nas escolas públicas. A principal mudança introduzida na segunda LDB (em 1971) com relação à anterior foi a unificação do ensino primário com o ginásio, constituindo o então denominado “primeiro grau”. Apesar de representar um ganho significativo para a sociedade ao acabar com a necessidade do “exame de admissão” para a passagem do primário para o ginásio, isto também se refletiu em problemas muito sérios que se refletiriam, mais tarde, na diminuição da qualidade do ensino, notadamente nas escolas públicas. 
 As escolas particulares, por sua vez, encontraram nesta lei uma base sólida de sustentação para absorver parte significativa desta demanda que tinha condições de pagar pela educação. O Poder Público da noite para o dia se viu obrigado a providenciar vagas para todos os estudantes aprovados na quarta série do ensino primário e que pretendiam continuar seus estudos. Além do espaço físico para cumprir com tal tarefa, era necessário providenciar professores e outros profissionais da educação, para atender à nova demanda. Para cumprir este novo dispositivo legal, centenas de milhares de professores foram contratadas, nem sempre com o necessário cuidado com relação ao seu preparo para a docência, o que diminuiu a qualidade do ensino prestado até então. 
 Esta lei (de 1971) não foi considerada completa, pois se limitou a estruturar apenas dois níveis de ensino, não tratando do ensino superior. Inclusive, foi elaborada e aprovada durante o regime militar, sem discussões ou sugestões por parte da sociedade e por “decurso de prazo”, em 40 dias. Assim, foi estabelecida a seguinte estrutura para o ensino: • Ensino de 1º Grau: obrigatório e gratuito nas escolas públicas, com duração de oito anos; • Ensino de 2º Grau: não obrigatório, mas gratuito nas escolas públicas, com duração de três a quatro anos e obrigatoriamente profissionalizante; A obrigatoriedade da profissionalização do ensino de 2º Grau foi abolida em 1982, já que fora um completo fracasso em razão da falta de condições e de recursos necessários por parte da maioria das escolas públicas do país. 
 Já a atual LDB (de 1996) foi proposta no final de 1988, durante o Governo Sarney, após a promulgação da atual Constituição da República, e aprovada oito anos depois, durante a primeira gestão do governo de Fernando Henrique Cardoso. Trata-se da lei atualmente vigente que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e norteia a estrutura e o funcionamento da educação no país em todos os níveis, da educação infantil ao ensino superior. Seu conhecimento e compreensão são de fundamental importância para a sua formação. O quadro, a seguir, apresenta uma síntese dos assuntos tratados na atual LDB:
 Assuntos Tratados na LDB Título Assunto Artigos I Da Educação 1º II Dos Princípios e Fins da Educação Nacional 2º e 3º III Do Direito à Educação e do Dever de Educar 4º ao 7º IV Da Organização da Educação Nacional 8º ao 20º V Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino 21º ao 60º VI Dos Profissionais da Educação 61º ao 67º VII Dos Recursos Financeiros 68º ao 77º VIII Das Disposições Gerais 78º ao 86º IX Das Disposições Transitórias 87º ao 92º. 
 De modo geral, a estrutura do ensino apresenta a seguinte configuração: • Educação Básica: − Educação Infantil: gratuita na escola pública, obrigatória; − Ensino Fundamental: gratuito na escola pública e obrigatório; − Ensino Médio: gratuito na escola pública, obrigatório, mas com tendência à progressiva obrigatoriedade. Envolve o ensino profissionalizante, desvinculado do propedêutico, sendo que a profissionalização pode se dar paralelamente ou após o aluno ter concluído o Ensino Médio. • Educação Superior. 
 O fato de a estrutura e o funcionamento da educação no Brasil serem estabelecidos sob a forma de um sistema tornou necessário, também, a apresentação e compreensão do conceito do termo “sistema”. Este termo pode ser entendido como um conjunto de elementos que interagem uns com os outros de modo a formar um todo organizado. Se ele troca elementos com o meio externo, denomina-se sistema aberto; se não troca elementos com o meio externo, denomina-se sistema fechado. No entanto, ele não pode nem ser totalmente aberto, pois perderia a noção de ordem e, assim, deixaria de ser um sistema, nem totalmente fechado, pois tenderia a consumir-se por inteiro e morrer, o que em ciência é conhecido pelo termo “entropia”. 
 Em geral, o sistema está contido dentro de um mais amplo, que pode ser chamado de seu “super-sistema”. Por outro lado, ele é constituído de partes que também são sistemas de menor magnitude e podem ser chamados de “sub-sistemas”. O sistema escolar brasileiro é um sistema aberto, pois se insere num super-sistema mais amplo (a sociedade) e possui sub-sistemas de fronteira que selecionam os elementos que dele entram e saem. 
 Tipos de sistemas existentes em relação à educação: • Sistema educacional: o mais amplo de todos, que envolve: — O sistema educacional formal: construído dentro da escola; — O sistema educacional não formal: vinculado à família, igreja, mídia, partidos políticos, associações etc.; — O sistema educacional informal: se estrutura nas relações interpessoais travadas no cotidiano de cada indivíduo e se pauta no senso comum, no conhecimento/cultura popular, nas interpretações, nas deduções que o homem faz das coisas e sobre as coisas e acontecimentos do seu mundo diário; • Sistema de ensino: diz respeito ao “como” o aluno percorre o sistema educacional formal em seus diferentes níveis e modalidades; • Sistema escolar: diz respeito a uma rede de escolas e sua estrutura de sustentação. Estrutura do Sistema Escolar Brasileiro.
 De modo geral, a estrutura do Sistema Escolar Brasileiro apresenta: • Estrutura propriamente dita: constituída por uma rede de unidades escolares em seus vários níveis e modalidades; • Estrutura de sustentação: refere-se a sua estrutura administrativa e normativa que sustenta o sistema e compreende: — Elementos não materiais; — Entidades mantenedoras; — Administração. 
 Os diferentes componentes curriculares mais importantes apresentam tendências de evolução no seguinte sentido: • Sociedade: apresenta tendência de uma democratização cada vez maior, com um aperfeiçoamento gradativo e constante do conceito de democracia; • Educação: antes discriminatória e elitista, tem se tornado cada vez mais inclusiva; • Escola: tem sido cada vez mais proclamada para todos, numa proposta democrática que, espera-se, não fique apenas na retórica; • Objetivos educacionais das escolas: a nova escola tem definido seus objetivos educacionais a partir das necessidades concretasdo contexto histórico social e tentado obedecer ao desenvolvimento psicológico do alunado; • Homem: a tendência é de que o homem seja visto cada vez mais em sua dimensão social, como cidadão, e não mais apenas em seu sentido individual; • Professor: tem deixado de ser apenas o professor, ou seja, o transmissor de conteúdos aos alunos, para se transformar no educador e orientador, isto é, aquele que facilita a aprendizagem dos alunos e os direciona, conduzindo o processo de ensino e aprendizagem; • Aluno: é visto hoje e com tendência futura como um ser ativo e centro do processo de ensino e aprendizagem. Trata-se de uma pessoa concreta, objetiva, que determina e é determinado pelo contexto social, político, econômico e histórico; • Conteúdo programático: há uma tendência cada vez maior a se selecionar os conteúdos programáticos a partir dos interesses da sociedade refletidos nos alunos, muito relacionados com a ciência, a filosofia, a arte, a política e a história; • Ensino-aprendizagem: ao contrário do passado, atualmente aplica-se uma importância maior na aprendizagem em detrimento do ensino, ou seja, o que se aprende é mais importante do que aquilo que se ensina; • Espaços de aprendizagem: das quatro paredes da sala de aula, anteriormente considerada o espaço de aprendizagem por excelência, a concepção atual tem mudado e passado a considerar a necessidade de utilização de diversos espaços educativos não escolares; Classes de alunos: as classes tendem a ser formadas por alunos heterogêneos, ao contrário do que ocorria até pouco tempo, quando se procurava homogeneizar as classes de alunos; • Metodologia de ensino: é cada vez maior a tendência de atividades e de aulas centradas nos alunos, e não no professor, como era antigamente; • Recursos didáticos: tradicionalmente o giz e a lousa sempre foram os mais utilizados. A tendência, no entanto, é a utilização de uma maior diversidade de recursos, notadamente os audiovisuais. • Relação professor x aluno: tem surgido uma nova concepção baseada numa relação de parceria e apoio entre professor e aluno, em que ambos formam uma equipe e o professor assume o papel de facilitador da aprendizagem; • Avaliação: a preocupação tende a ser cada vez mais em relação à superação do senso comum para avançar ao estágio superior de conscientização crítica do aluno.
Artes Visuais na Idade Média
 Após as invasões bárbaras e a queda de Roma, em 476, que destruíram a estrutura política e social do Império Romano do Ocidente, a parte oriental do Império sobrevive ainda por quase mil anos: seria a época do Império Bizantino. O destaque majestoso da arquitetura bizantina foi, sobretudo, a construção de igrejas, devido à concepção de que a missa agregava os fiéis. A obra destaca que o maior exemplo da construção bizantina foi a Basílica de Santa Sofia. 
 Seu interior foi revestido com ouro, cores e desenhos murais e mosaicos que destacavam a religiosidade cristã. Mais tarde, com a invasão dos turcos otomanos, a catedral é transformada em mesquita acrescentando minaretes e as paredes pintadas, para apagar as imagens cristãs. Abordamos no livro a cidade italiana de Ravena. Esta, quando incorporada ao Império de Justiniano, promoveu a criação de elementos latinos, dos paleocristãos e orientais. Os mausoléus têm relevância nessa época, principalmente o Mausoléu de Gaia Placídia (Imperatriz) e as igrejas dedicadas a Santo Apolinário e a São Vital. 
 Outro vulto para a arte bizantina foi o mosaico – forma de arte que compõe um desenho ou imagem formada a partir de encaixes de pequenos pedaços de vidros ou pedras – servindo como um guia espiritual, retratando cenas religiosas ou a própria autoridade divina. Também estudamos que, em virtude da questão iconoclasta, que eclodiu no século VIII, quando o Imperador proibiu a representação de imagens sagradas devido à idolatria e mandou destruí-las, por isso há poucas produções. 
 Uma das principais características dos árabes foi seu expansionismo, condicionado pela fé islâmica. Salientamos nesta unidade que a arte islâmica foi essencialmente decorativa e voltada para a religiosidade. Em função dos limites religiosos, os artistas islâmicos especializaram-se na elaboração de motivos geométricos decorativos. Outro elemento de destaque na arquitetura islâmica são os túmulos. Entre eles, sobressai-se o Taj Mahal, construído em mármore branco e cercado por quatro minaretes. A cultura árabe não é completamente original. Recebeu influências dos persas e dos gregos. Ainda assim, exerceu grande influência na população ibérica, fazendo a ligação entre as culturas oriental e ocidental.
 Com a ocupação territorial da Europa Ocidental por diversos povos, iniciou-se uma fragmentação política e a formação de vários reinos. Essa regionalização, marcada pela insegurança propiciada pela ameaça de constantes invasões, criou condições para a formação de reinos estruturados, sendo que alguns constituíram verdadeiros impérios, como o Carolíngio. Em relação à arte, cada território europeu dominado apresenta sua produção cultural. A Europa Medieval se caracterizou pela presença de elementos culturais romanos, germânicos e cristãos.
 Assim, encontramos estilos bem diferentes, como o visigótico, o merovíngio, o ostrogodo, o hibérnico-saxão. Apesar das distinções, o sentido unificador dessa arte era dado pelo cristianismo. Nesta unidade, vimos que a Igreja impôs uma política cultural e artística, assumindo um papel de formação religiosa e social e apresentando, portanto, a liderança no incentivo à produção artística, uma vez que se tornou o verdadeiro poder político e econômico desse mundo medieval. Isso ocorreu com a apropriação da arte como forma de evangelização. O presente livro-texto ressaltou que arquitetura visigótica é sóbria e caracterizada pelo uso de uma planta basílica, ou seja, com uma nave central maior do que as laterais, comum nas construções paleocristãs. 
 Eram utilizadas outras plantas como a de cruz latina e a de cruz grega. Destacamos, ainda, que a cultura artística da Península Itálica durante os séculos VII e VIII foi predominantemente decorativa, com elementos romanos mesclados com os germânicos e bizantinos. Elementos típicos da arquitetura são as abóbodas, construídas por bordas que se sustentam por pilares e colunas. 
 Nesse período, encontramos alguns trabalhos significativos, como os Evangelhos de Durrow, o Evangelho de Echternach, produzido em 698 e que atualmente está na coleção da Biblioteca Nacional de Paris, e o Evangelho de Lindisfarne, produzido por volta de 700. Também estudamos que na escultura saxônica predominava a cruz de pedra. Elas são esculpidas em baixo-relevo, mesclando cenas bíblicas com os motivos germânicos e celtas. Na arquitetura merovíngia, as igrejas, os monastérios e os batistérios adquirem importância. Uma das obras arquitetônicas mais importantes desse período foi São João de Poitiers. Os batistérios parecem ser presença comum na construção merovíngia, pois, além de São João de Poitiers, as obras de Riez e de Fréjus estão relativamente conservadas. 
 Durante o Renascimento Carolíngio, houve uma preocupação com a erudição e a construção de igrejas e monastérios. Além do complexo palaciano de Aachen, com sua capela, o oratório de Germigny-des-Prés é outro exemplo da arquitetura carolíngia. Os mosaicos decorativos foram influenciados pela arte bizantina. A arquitetura carolíngia mesclou elementos da arte germânica, bizantina e romana, contribuindo para a romanização das construções medievais. A escultura em bronze mais representativa desse período é uma figura de um cavaleiro sobre um corcel, e muitos identificavam este homem como Carlos Magno. 
 Durante o reinado de Oto I e seus sucessores (séculos X-XI), a Alemanha era o centro do Império. A produção artística do período otoniano é influenciada pelas obras carolíngias, porém logo desenvolve características próprias. Na escultura, a influência bizantina se fazpresente com o Cristo, representado de maneira melancólica. Na arquitetura houve uma continuidade da arte carolíngia, porém com novos elementos. Um dos exemplos dessa produção é a igreja otoniana de São Miguel Hildersheim. A pintura dos manuscritos otonianos, assim como a carolíngia, é expressiva, destacando-se com os Evangelhos, sendo o de Oto III o mais conhecido desse período. A ourivesaria também esteve presente na arte otoniana, e uma das obras mais conhecidas são uma coroa em ouro e que apresenta incrustações de pedras preciosas.
 A arte românica era uma arte religiosa ou sacra. Seus monumentos de maior destaque datam do século XI, quando diminuem os ataques dos bárbaros. Entre as principais representações encontra-se a arquitetura, com ênfase para as igrejas e mosteiros, cuja relevância cultural deu origem à expressão arte monástica. Assim como as propriedades senhoriais feudais, os mosteiros eram complexos arquitetônicos rurais e independentes, reunindo igreja, claustro, dormitório, moinho, biblioteca, escola e capelas, entre outras edificações. 
 Entre as principais características da arquitetura românica, citam-se o uso dos arcos e das abóbadas e a construção das igrejas no formato da cruz latina. Neste livro-texto, vimos que a escultura românica era subordinada à arquitetura. Eram representados motivos variados, tais como animais, demônios, figuras humanas e personagens bíblicas, sempre adaptados aos espaços a serem preenchidos. A presente obra destaca que uma das mais importantes manifestações da pintura românica foi a técnica da iluminura, empregada para ilustrar e ornamentar livros. Utilizava cores vivas e materiais como o ouro e a prata, além de motivos como folhagens e flores, aplicados como molduras para o texto. 
 Estudamos que a expressão arte gótica foi criada na Itália, entre o século XV e XVI. Interessados na revalorização da Antiguidade greco-romana, os artistas da época passaram a desvalorizar a arte medieval, associando-a aos invasores bárbaros. Como os godos eram os bárbaros mais conhecidos, o estilo foi chamado gótico, isto é, bárbaro por excelência. Considerada por muitos a mais espetacular produção da Idade Média, do ponto de vista arquitetônico, representa a leveza e a luminosidade solucionando o problema das abóbadas em todas as naves, além de proporcionar maior iluminação interna com as janelas. A catedral era a igreja do bispo e, ao contrário da arte românica, predominantemente rural, a arte gótica nasce com as cidades, e então se torna destaque central nelas. 
 O início das ordens mendicantes foi fundamental para o desenvolvimento das cidades. Assim, a passagem da arte românica para a arte gótica, especialmente a arquitetura, não é apenas uma mudança de estilo técnico, mas sim uma visão de mundo que se diferencia entre si. As próprias igrejas perdem a sua forma de fortalezas (não mais necessárias num mundo que adquire certa estabilidade), e procuram representar o contato com Deus numa preocupação mais espiritual. Embora sua produção típica seja a catedral, a arquitetura gótica não é sinônima de edifício religioso. 
 Ela tem, mais que a românica, um vasto raio de realizações: capelas, mercados, sedes de corporações, casas e palácios particulares, fortalezas, muralhas de defesa, palácios públicos, batistérios, hospitais e castelos. Em busca da luminosidade, o grande destaque vai para os vitrais que recobriam as janelas das capelas como se fossem grandes mosaicos de vidro, permitindo a infiltração da luz solar, o que simbolizava a presença de Deus. Outra característica presente no gótico é um vitral em forma de flor, que é chamada rosácea. Ao lado dos arcos ogivais, a abóboda de nervuras é um dos traços mais significativos da arquitetura gótica. Os arcos ogivais contribuem para dar a impressão de altura e verticalidade, perfis típicos da catedral gótica. 
 O século XV é o período do gótico flamejante, também intitulado de tardio em alguns lugares. Aqui o arco ogival é menos agudo ainda. É formado por um ângulo obtuso, o que possibilita uma tendência ao horizontalismo, e suas nervuras sugerem labaredas. Com o passar do tempo, o estilo torna-se mais decorado. Na França, recebe nomes como o Flamboyant, e apresenta variações na Alemanha e na Inglaterra. Assim, apesar da homogeneidade, a arquitetura gótica expressa suas especificidades regionais. 
 Na Itália, por exemplo, muitos consideram essa fase do gótico tardio (século XV) como o Pré-Renascimento. Alguns estudiosos italianos analisam a produção desse período aproximando-a muito mais do Renascimento do que do gótico. A pintura gótica ocorre do século XIII até o século XV. Alguns pesquisadores ligam certos pintores dos séculos XIV e XV à arte renascentista chamando-os de pré-renascentistas ou pertencentes ao Trecento italiano. Os artistas italianos, na realidade, tiveram grande destaque na pintura do período. Dentre eles, podemos citar Giotto Bondone, Duccio, Cimabue, Simone Martini e os irmãos Lorenzetti.
Computação Gráfica Ilustração
 Vimos à definição de ilustração como instrumento de comunicação por meio da imagem, ao mesmo tempo em que também funciona como registro visual e documental, além de poder ser uma peça artística. Desde os primórdios da humanidade, a ilustração desempenhou papel fundamental na História, retratando visualmente seus diversos momentos. Primeiro com as pinturas rupestres feitas nas cavernas, nas quais vemos representações gráficas de caçadas, hábitos e referências mitológicas, até chegarmos à Antiguidade, na qual temos registros documentais em imagem de eventos, fatos do cotidiano e mitos, além de outros fins.
 As pinturas evoluíram então em diversos suportes, como vasos, murais, vitrais etc. Na idade média, a pintura desempenhou um papel retratista de nobres e criações imagéticas de histórias religiosas, abrindo seu leque temático ainda mais no pós-renascimento, no qual incluíram cenas do cotidiano, críticas sociais e episódios históricos. Por volta desta época, a figura do pintor/retratista adquire novo status e passa a ser atividade profissional, pintando sob encomenda, ou seja, em troca de remuneração. A pintura vira discurso e se mantém na vanguarda imagética até a chegada dos tempos modernos, quando passou a dividir espaço com a fotografia. A partir daí, novos caminhos se abrem com experimentações artísticas temáticas e estilísticas que fogem da representação naturalista-retratista do passado.
 Atualmente, a atividade de pintor e desenhista se divide entre as artes plásticas, mais autoral e livre, frequentemente não seguindo um briefing, e a ilustração, que passa a ser uma prestação de serviço para diversos fins, como atividade comercial.
 No mercado publicitário, a ilustração atua diretamente na comunicação e promoção de marketing como ferramenta de divulgação direta de produtos e serviços. Apresentam-se em anúncios, embalagens e outras peças utilizadas na divulgação. Temos também o mercado editorial, no qual a ilustração atua como complemento do texto ou como um fim textual em si, sendo muito comum em jornais e revistas, além de livros, tanto didáticos quanto literários. 
 A ilustração está presente em capas, vinhetas, infográficos e ilustrações de miolo. A diferença principal entre os dois mercados se dá na forma de atuação do profissional. No mercado publicitário, há menos liberdade autoral e o trabalho é mais direcionado, engessado por uma campanha macro que envolve diversas peças e mídias. Já no mercado editorial, temos maior liberdade autoral, no qual o ilustrador, muitas vezes, também é autor da obra em si e tem um caráter de interpretação e de comunicação mais presente. Temos ainda as histórias em quadrinhos, que tanto podem ser consideradas um mercado em si, como uma mídia ou um segmento de serviço dentro da publicidade ou meio editorial. 
 As HQs, como são conhecidas, unem texto e imagem em uma relação discursiva interdisciplinar que pode servirtanto para fins didáticos, lúdicos, de comunicação, como para entretenimento.
 Além dos mercados estudados anteriormente, temos ainda o mercado de audiovisual, composto principalmente pelos trabalhos de storyboard (uma reprodução em formas de imagens sequenciais de um filme, utilizada, principalmente, em publicidade e no cinema) e o concept board, que envolve o trabalho de cenografia, criação de objetos e vestimentas e está ligado à direção de arte. Temos também o mercado de ilustração científica, um ramo dedicado a desenhos voltados ao estudo de diversas ciências, desde paleontologia até química, física ou medicina. A ilustração científica serve tanto para reproduzir fielmente plantas, animais e outras coisas, como para elaborar infográficos e modelos visuais de elementos difíceis de serem visualizados de outra forma, como uma molécula.
 Vimos também a segmentação da ilustração em estilos e técnicas. A categorização estilística segue critérios que discriminam as obras pelo seu aspecto visual, características gráficas ou relações conceituais. Enquanto muitos artistas se destacam pelo estilo próprio, outros trafegam por diferentes estilos de acordo com a orientação do job. O estilo é a evolução natural de um trabalho mediante a constante experimentação versus o aprimoramento técnico e não deve ser confundido ou empregado como uma muleta a uma deficiência técnica. 
 Dentro das classificações estilísticas podemos criar categorias com critérios de época, regiões, características visuais e técnicas, faixas etárias etc., e dentro de todos esses perfis encontramos artistas que se empregam neles. Diferente da categorização estilística, temos a discriminação técnica, que leva em consideração os materiais empregados e a forma como a ilustração é produzida. A escolha dos materiais é uma decisão que alia à habilidade do artista, o tempo de execução, a probabilidade de refração ou alteração e, principalmente, o aspecto pretendido.
 Temos diversos materiais disponíveis que propiciam diferentes efeitos e aspectos, e muitos deles já podem ser emulados em computador. Devemos nos atentar, no entanto, à qualidade do material, o que pode encarecer bastante o processo.
 A compreensão da computação gráfica envolve dois pontos principais: o hardware, ou seja, as partes físicas que compõem o computador, e os softwares, programas e aplicativos que são operados dentro do computador. O hardware é composto por várias peças que atuam em conjunto para o bom funcionamento do computador. Contudo, algumas são mais importantes para um melhor desempenho e performance da máquina, fazendo a diferença para o profissional que trabalha com desenho e ilustração. São eles: • Placa de vídeo. • Memória RAM. • Processador.
 Outros complementos que temos e são importantes é o scanner, que serve à digitalização de imagens e deve ter uma grande resolução, e a mesa digitalizadora. A mesa digitalizadora, também conhecida como tablet, é uma espécie de prancheta eletrônica na qual o ilustrador “desenha” com uma caneta própria. Os traços são enviados diretamente ao programa de computador que está sendo utilizado. Temos diversos modelos, com diferentes sensibilidades à pressão e inclinação da caneta.
 Atualmente, quase todos os softwares gráficos funcionam integrados a essa nova tecnologia. Em relação aos programas, temos dois tipos básicos: • Os programas de edição de imagens em bitmap (mapa de bits, ou seja, ele trabalha com unidades de cor que formam a imagem, semelhante a um quebracabeça), nos quais é possível fazer trabalhos com edição de imagens, fotos, pintura e retoques alterando pixels. Geram arquivos maiores em bytes (unidade de medida de um arquivo eletrônico) e dependem da quantidade de pixels para se obter uma maior nitidez e qualidade da imagem.
 Entre esses programas, destacamos o Adobe Photoshop como principal editor de imagens e o Corel Pointer para pintura digital. • Programas de sistema CAD (Computer Aided Design), que trabalham com pontos localizados em coordenadas cartesianas e trabalham com vetores, gerando imagens a partir de cálculos matemáticos. Por essa razão, o resultado final destes programas não depende de resolução e geram arquivos menores (em bites). Temos basicamente programas em 2 d, como o Corel Draw e o Adobe Ilustrador, e os programas 3D, que destacamos o Autodesk Maya e o 3D Max. Ainda temos outros programas do sistema CAD utilizados na área de projetos e engenharia, que são o AutoCAD e o Revit, além do Sketchup.
Percepção e Representação
 Pelos estímulos psicofisiológicos, somos capazes, por meio dos sentidos, de perceber influências e buscar significado para elas. Cada um percebe um significado diferente, pois o sentido é subjetivo – depende de cada um, da sua vivência, das influências internas e externas. 
 Para entender essa questão, adentramos nos princípios estudados na Escola Gestalt, que sintetizou, através de experimentos, o fenômeno psicológico em seus aspectos mais naturais da percepção humana, amparandose nos resultados pictóricos sobre obras de arte. Vimos, em nossos estudos, que as leis da Gestalt têm como princípio fundamental a compreensão de que o todo é maior que a soma das partes. Vem daí a importância de segregar o todo em unidades e composições e identificálas teoricamente: entender que essas leis, que nada mais são do que forças de organização regem a percepção da forma e explicam por que enxergamos as coisas de um modo e não de outro. 
 Abordamos e analisamos os elementos básicos da percepção visual que consideramos de maior relevância. Tomamos como base o célebre estudo de Rudolf Arnheim, Arte e Percepção Visual: Uma Psicologia da Visão Criadora, escrito em 1954, tendo sua última edição revista e ampliada 20 anos depois. Apresentamos, ao longo de nossa discussão, definições dos elementos estudados e diversas análises seguidas de exemplos visuais: equilíbrio, forma, luz e expressão. Esses tópicos referemse aos meios visuais, principalmente ao desenho, à pintura e à escultura.
 A percepção é o ponto de partida no processo da criatividade, pois perceber é compreender, e compreender é dar significado às coisas. Desse modo, descrevemos a criatividade como uma necessidade inerente do ser humano de dar forma às suas percepções. Entendemos, pela Gestalt, que a percepção é um método de ordenação, e como não poderia de ser diferente, observamos que ela só é possível a partir de uma intuição oriunda de nossas experiências cotidianas. Essas demonstrações humanas são expressas no ato de criar, o que torna este processo um ato consciente do indivíduo. 
 Essa capacidade foi primeiro verificado na herança deixada por nosso ancestral, o Homo erectus, quando ele surgiu como ser cultural ao transmitir seus conhecimentos técnicos da pedra lascada. A vantagem biológica de manusear suas ferramentas e de utilizar a cultura em proveito próprio, a própria conscientização de seu papel social fez surgir o hominídeo na linha evolutiva. Consciente ao perceber sua individualidade subjetiva, o primata se interrogou e interpretou os fenômenos a sua volta. A natureza se manifesta filtrando no consciente os valores culturais, por isso podemos afirmar que a cultura é o fator que norteia o ser sensível e o ser consciente. Finalmente, é ela que estrutura a sensibilidade do homem, que ordena e guia suas ações e dá asas à sua imaginação. 
 Observamos, dentro dessa perspectiva, a importância, para o ser humano, de manter sua cultura utilizando as memórias passadas por meio da tradição oral. O Homoerectus expressou sua experiência subjetiva do mundo pela palavra, motivo pelo qual a cultura pôde se propagar. Estudos mostram que as representações com mais chances de sobreviver são aquelas contadas por narrativas, pelo teatro e pela emoção, fatores de suma importância à proximidade do homem, o que fortalece a memória coletiva de uma sociedade. Notamos, ao longo de nossa discussão, os diferentesvieses que a imagem perpassa a partir de percepções subjetivas e interpretações imagéticas. Estudando a percepção e a complexidade no fenômeno fotográfico, nos damos conta de infinitas possibilidades, quando o assunto são os inúmeros componentes que constituem o processo fotográfico. A fotografia tem uma natureza muito complexa, por isso a discussão sobre real e imaginário na percepção imagética não tem fim. Por fim, explicamos o que são punctum e studium de uma imagem e analisamos minuciosamente diversas imagens para entender melhor esses conceitos.
Vídeo - Princípios e Técnicas
 Apresentamos as diferenças entre o vídeo analógico e o vídeo digital. Iniciamos por uma breve apresentação da história do vídeo. Inicialmente, vimos brevemente a história do vídeo, seu início e, na sequência, apresentamos modelos de gravadores de vídeo e videocassetes. Falamos sobre as funções de cada um deles e sua funcionalidade. Acreditamos que é de suma importância apresentar aqui os modelos e especificidades dos aparelhos mais antigos. Em seguida, adentramos o caminho que o vídeo digital percorreu ao sair dos vícios do vídeo analógico.
 Apresentamos as vantagens e desvantagens de vários equipamentos digitais. Questionamos se o “digital” é melhor e por quê? Posteriormente, mostramos o funcionamento do vídeo digital e os avanços tecnológicos que teve. As possibilidades de se trabalhar com vídeo aumentaram muito com o aumento das tecnologias, antes restritas aos estúdios de vídeo e cinema. A parceria que possibilitou esse aumento significativo foi entre os computadores pessoais e o vídeo digital, encontrado hoje em dia nos celulares, câmeras compactas, câmeras fotográficas semi e profissionais e nas diversas filmadoras existentes. Apresentamos aqui um leque bem amplo de modelos de câmeras e acessórios do vídeo digital.
 Mostramos ainda as possibilidades de se trabalhar com o analógico nos dias atuais e as possibilidades de conversão para o digital. Por fim, apresentamos diversos modelos de câmeras entry-level e suas funcionalidades. As câmeras portáteis, chamadas agora de entry-level, são pequenas e compactas. Além do seu custo baixo, são fáceis de operar e estão disponíveis no mercado em diversos modelos. Essas características dão, portanto, a oportunidade a um número cada vez maior de pessoas terem acesso ao mundo fascinante do vídeo digital.
 Consistiu em compreender a linguagem cinematográfica através dos vários aspectos que envolvem uma obra audiovisual, desde o roteiro, os personagens, a fotografia, a produção, a montagem, a edição, a direção e muitas vertentes. Para entender essa questão, dividimos a unidade em três fases distintas e complementares: a fase de pré-produção, a fase de produção e a fase de pós-produção. Na primeira parte, que envolve a fase de pré-produção audiovisual, vimos que o roteiro é o primeiro passo da construção de uma obra, mas que, antes mesmo dela, existe a ideia, e antes desta, a inspiração. 
 Adentramos a estruturação da história e o universo de construção dos personagens. O roteiro surge como organizador das ideias, da fábula e do enredo. Também estudamos a linguagem de direção, a função do diretor e as técnicas utilizadas para planejar a gravação de um filme. Na parte seguinte, dedicada à fase da produção da obra, buscamos mostrar os profissionais envolvidos na produção realmente dita na área e como o diretor de produção deve elaborar um projeto audiovisual que, como um trabalho acadêmico, também depende de algumas metodologias. Observamos aqui a importância deste tópico quanto ao conhecimento da elaboração de projetos para buscar patrocínio e parcerias com empresas ou profissionais do ramo. A parte seguinte foi dedicada às técnicas de planejamento de gravação de uma obra audiovisual. Por fim, a fase de pós-produção foi o assunto explicitado no fim desta unidade, e mostramos as várias etapas pelas quais a gravação deve passar para ser finalizada, ou seja, a montagem, a edição e a sonorização.
 Pudemos conhecer o universo do cinema, principalmente do cinema brasileiro, e todos os envolvidos desse segmento conhecido como a sétima arte. De início compreendemos as definições e diferenças entre direção e diretor de arte. Conhecemos quatro grandes diretores renomados: Pierino Massenzi, Clóvis Bueno, Marcos Flaksman e Adrian Cooper.
 Tomamos conhecimento das áreas e parcerias que envolvem um projeto de um longa-metragem. Vimos as definições e os exemplos visuais do que vem a ser a cenografia, figurino, maquiagem e os efeitos especiais, cada um com sua riqueza de detalhes e importância no desenrolar do projeto. Depois, apresentamos um estudo de caso (case) do Castelo Rá-TimBum, um programa de TV que se transformou em filme e depois exposição de arte, batendo recordes de visitação nos MIS – Museu da Imagem do Som, em São Paulo. Posteriormente, verificamos o vídeo como o agente de transformação da sociedade midiática, esta também denominada sociedade da informação. 
 Dentre as várias manifestações culturais, políticas, tecnológicas ou sociais, o vídeo como produção de conhecimento trouxe quebras de paradigmas que modificaram a estrutura social através das tecnologias de compartilhamento nas redes de computadores. A partir do advento da Internet, bem como suas evoluções correlatas, são observadas novas práticas de sociabilidade e comunicação, gerando novos modelos socioeconômicos, como a questão das licenças de produções audiovisuais. 
 O site Youtube é o exemplo utilizado como estopim de uma geração baseada nas práticas sociais que compartilha e colaboram informação e conhecimento através de material audiovisual. Vimos que o Youtube deixa de ser um mero ambiente digital de transmissão e repositório de vídeos e passa a ser uma plataforma de rede social, de modelo de negócio e fenômeno de cultura participativa de massa. Outra nova prática advinda das evoluções tecnológicas atingiu certamente a área pedagógica no que diz respeito ao compartilhamento de conteúdo audiovisual como material instrucional de ensino a distância, rompendo e renovando a prática docente. Notamos, ao longo de nossa discussão, que essa nova realidade de construção do espaço educacional vem sendo aos poucos absorvido pelo professor que enxerga no vídeo um aliado à prática pedagógica, utilizando-o ainda na apresentação do docente e da disciplina, o que possibilita a aproximação como o aluno. 
 Apesar dessa tendência, observamos que falta qualidade estética nos materiais disponibilizados nos sites de compartilhamento de vídeos instrucionais, devido, sobretudo, à falta de referências de produção ao professor na produção de seu material audiovisual – situação esta não apresentada pelas instituições de ensino, já que dispõem de aparato tecnológico e profissional. Por fim, entendemos que para que um curso a distância venha a se tornar uma estratégia de ensino na prática docente, é necessário respeito à concepção pedagógica e ao processo cognitivo do estudante na Ead, além de explorar todas as possíveis técnicas de tratamento estético do vídeo por parte do desenvolvedor.
Didática Geral
 Não existe apenas uma educação, pois ela está ligada a uma cultura, a uma sociedade. A educação, em sentido amplo, abrange a vida social, na qual se aprende e ensina o tempo todo. No sentido estrito, ocorre nas escolas, de maneira intencional e sistemática, auxiliando na formação da personalidade do sujeito. A pedagogia é a ciência que estuda a educação em toda a sua complexidade, tendo como suporte as outras ciências, que ajudam a entender o ser humano e a sociedade. Se a pedagogia estuda a formação da sociedade, podemos dizer que utilizar o termo ação pedagógica é o mesmo que dizer que se está agindo para a educação social. A didática, por sua vez, é um sub-ramo da pedagogia, que se ocupa dos fundamentos, das condições e das maneiras mais apropriadas de realizar a instrução e o ensino. A instrução é a formação social, intelectualdo sujeito e se realiza por meio do ensino, o qual cuida da forma de aplicar a instrução. Costumamos utilizar o termo ensino-aprendizagem; entretanto, deve-se ter o cuidado de observar se o ensino está resultando em aprendizagem, se está ocorrendo um processo de aquisição e assimilação de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir. A principal missão do professor é fazer com que o aluno aprenda. 
 Currículo escolar é todo o programa da escola, ligado a todas as atividades que os alunos vivenciam dentro dela. Currículo oculto, por outro lado, está ligado à aprendizagem dos alunos por meio da relação comportamental com o professor. A pedagogia, ao estudar a educação, assume o papel de investigar outras ciências em busca de respostas que auxiliem na formação de um pensamento educativo. Dessa forma, precisa formar uma visão de homem, de mundo, de sociedade e da cultura, e utiliza para isso a filosofia, questionando coisas que auxiliem no levantamento de questões fundamentais para exercer uma atividade educativa. A Sociologia da Educação preocupa-se mais especificamente em como as pessoas socialmente se organizam e como a educação se envolve com esse fator. 
 É necessário um ambiente de criticidade, que garanta uma compreensão mais aprofundada do fenômeno que envolve a vida social, as condições de trabalho, as divisões de classe, a ideologia etc. É dentro desse jogo de relações sociais que a escola se insere que os professores trabalham e os alunos se desenvolvem. No trabalho do professor, estão presentes interesses diversos – sociais, políticos, econômicos, culturais –, os quais precisam ser bem compreendidos pelo professor! E também que esses interesses não são imutáveis. As relações sociais são dinâmicas e passíveis de transformações pelos indivíduos pertencentes à sociedade.
 Para a garantia de uma escolarização capaz de lutar pela democratização da sociedade, segundo Libâneo (1990), é necessária a atuação em duas frentes: política e pedagógica. A política tem caráter pedagógico, pois visa formar para a sociedade e para o envolvimento dos educadores nos movimentos sociais e sindicais, nas lutas organizadas em defesa da escola unitária, democrática e gratuita; a pedagógica tem caráter político, pois parte de representar interesses estratégicos de toda uma população, e não apenas da elite. A psicologia educacional preocupa-se em estudar como os aspectos físico-motor, intelectual ou cognitivo, afetivo-emocional e social, desde o nascimento até a idade adulta, desenvolvem-se e interferem na capacidade de aprender na pessoa do aluno, evitando uma atividade desvinculada das capacidades humanas e dos limites das possibilidades de cada pessoa.
 Para se pensar sobre as questões didáticas, como a forma de organizar as condições do ensino para os alunos e a interação entre a tríade professor – aluno – conhecimento, a psicologia educacional oferece uma visão suficientemente boa para que tudo ocorra de forma muito natural, desde que respeitadas às características do desenvolvimento e da aprendizagem dos alunos como seres humanos. A história da didática explica como foi se configurando o aparecimento do ensino no decorrer do desenvolvimento da sociedade, da produção e das ciências, como forma de atividade sistematizada e planejada, intencional, dedicada à instrução. Como primeiras manifestações de ensino e de didática, há a contribuição do filósofo Sócrates (século V A.C.). Para ele, o saber não era algo que alguém de fora (mestre) pudesse transmitir; era uma descoberta realizada pela própria pessoa. Seu método chamava-se ironia e funcionava em duas etapas: a primeira chamada refutação e a segunda, maiêutica. 
 Quase dois mil anos depois nasciam João Amós Comênio (1592/1670), o pai da didática, um pastor protestante que escreveu a primeira obra clássica sobre didática, a Didática Magna. O filósofo Jean Jacques Rousseau (1712/1778), interpretando bem as aspirações daquele momento histórico, propôs uma nova concepção de ensino, com base nas necessidades e nos interesses imediatos da criança. Rousseau não elaborou propriamente uma teoria de ensino, nem colocou nada em prática. Quem deu continuidade a essas primeiras influências foi outro pedagogo suíço, Henrique Pestalozzi (1766/1841), que trabalhou a vida toda em suas instituições na educação de crianças pobres. 
 Johann Friedrich Herbart (1766/1841), pedagogo alemão, foi um dos que mais influenciaram a formação de uma corrente conservadora da educação. Deixou muitos discípulos e ideias que necessitam de atenção especial, uma vez que estiveram presentes constantemente na história da educação brasileira. Segundo Libâneo (1985), há três tipos de tendências que interpretam o papel da educação na sociedade: educação como redenção, educação como reprodução e educação como transformação da sociedade, a mais valorizada academicamente. Ainda segundo Libâneo (1985), a Pedagogia Liberal caracteriza-se como sendo um tipo de educação ajustadora, uma vez que apenas ajusta o aluno socialmente para que este possa participar da reprodução da sociedade.
 Essa pedagogia possui muitas correntes teóricas; entretanto, Libâneo destacou quatro delas: Tradicional, Renovada progressista, Renovada não diretiva e Tecnicista. No outro extremo, temos a Pedagogia Progressista, que tem a característica de uma educação transformadora, por dar condições do desenvolvimento dos alunos, permitindo que estes tenham capacidade de lutar por uma transformação social em uma direção mais justa e igualitária. As principais tendências teóricas dessa pedagogia são: Libertadora, Libertária e Crítico-Social dos Conteúdos. As etapas ou componentes do planejamento são: objetivos, conteúdos e procedimentos, recursos e avaliação. Por serem educacionais, os objetivos são hábitos, conhecimentos, comportamentos que devem ser adquiridos dentro de uma cultura, dando possibilidades de adaptação e condições de pensar, refletir e interferir nessa cultura. 
 Há dois tipos de objetivos a serem determinados: gerais – de longo prazo – e específicos – de curto prazo. Os objetivos gerais são aqueles previstos para determinado ciclo ou grau de ensino, como ao final do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio, ou até mesmo, em menos tempo, ao final de um ano de trabalho, como a 5ª série. Os objetivos específicos são os definidos para uma disciplina, uma unidade de ensino ou apenas uma aula. São elaborados como constituintes ou partes do objetivo geral e devem proporcionar gradativamente e indiretamente o alcance deste. Os conteúdos são tudo o que se ensina para os alunos. Quanto à divisão em elementos dos conteúdos de ensino, temos várias classificações.
 Entretanto, duas se destacam entre as utilizadas pelos teóricos da didática e da pedagogia. Uma delas é a de Libâneo (1990), que divide entre os conhecimentos sistematizados; as habilidades e os hábitos; as atitudes e as convicções. A segunda é a dos PCNs (Brasil, 1997) em que, na escolha dos conteúdos a serem trabalhados, é preciso considerá-los numa perspectiva mais ampla, que leve em conta o papel não somente dos conteúdos de natureza conceitual — que têm sido tradicionalmente predominantes —, mas também dos de natureza procedimental e atitudinal. 
 A estratégia é uma descrição dos meios disponíveis pelo professor para atingir os objetivos específicos. No caso do método, trata-se de um caminho a seguir para se alcançar um fim, o que para o professor acaba por ser um roteiro geral para a atividade; é um caminho que leva até certo ponto, não sendo o veículo de chegada, pois este é a técnica. A técnica é uma forma de operacionalizar o método, como a escolha de diferentes formas de aplicar o ensino, a dinâmica de grupo, a dramatização etc. Já os procedimentos são a maneira de efetuar algo, consistem na descrição das atividades desenvolvidas pelo professor e pelos alunos.
 Existem inúmeras classificações de métodos de ensino, conforme os critérios de cadaautor. Há o método de exposição pelo professor ou aula expositiva, método de trabalho independente, elaboração conjunta, método de trabalho em grupo, atividades especiais, perguntas e respostas, e alguns consagrados, como Montessori, Centros de interesse, Unidades didáticas, Solução de problemas, Método de projetos, Psicogenético – criado por Jean Piaget, Estudo dirigido, Fichas didáticas, Instrução programada etc. Para a seleção dos métodos mais interessantes, cabe ao professor aprofundamento teórico naqueles disponíveis atualmente, assim como nas características de tudo que envolve o contexto educacional ocupado. 
 Os recursos de ensino são como componentes do ambiente da aprendizagem, que dão origem à estimulação para o aluno. Esses componentes podem ser o professor, os livros, os mapas, os objetos físicos, as fotografias, os CDs, as gravuras, os filmes, os recursos da comunidade, os recursos naturais etc. Como não há consenso, os autores definem de forma diferente uma classificação de recursos. Uma classificação adotada por Piletti (2010) inclui: recursos visuais – projeções, cartazes, gravuras etc.; recursos auditivos – rádio, gravações etc.; recursos audiovisuais – cinema, televisão etc. 
 É importante que o professor pense bem antes de pedir que os alunos façam pesquisas na internet. Sugerimos que seja algo que reflita a respeito de algum assunto, com base em texto encontrado na internet, ou até mesmo livros, artigos científicos etc. Sobre a TV e os filmes, trata-se de uma fonte riquíssima de conhecimento de mundo, além de ser, para alguns, muito mais motivante do que a leitura de livros. Entretanto, caso o professor não discuta sobre os assuntos antes e depois de os alunos assistirem ao filme, o tema pode não ser assimilado, ser mal assimilado, ou até mesmo ser interpretado de maneira equivocada. A avaliação é muito mais complexa e interessante do que uma simples aplicação de provas e a atribuição de notas por parte dos professores.
 Ao contrário da forma punitiva como vem sendo utilizada, penalizando os alunos pelo fracasso do processo ensino-aprendizagem, ela deve proporcionar uma visão geral do trabalho em conjunto, sendo professor e alunos responsáveis por alcançar os resultados almejados para aquele trabalho educativo.
 Haydt (2002) e Piletti (2010) concordam quando se referem à divisão entre testar, medir e avaliar. Pelo grau de abrangência, do menor para o maior, o conceito de testar é o primeiro e menos abrangente. Significa a verificação de algo por meio de situações previamente definidas – os testes. Após a aplicação dos testes, de maneira mais ampla, é possível medir, que significa determinar à extensão, as dimensões, a quantidade e o grau ou a capacidade de algo, geralmente expresso por meio de números. Ainda mais abrangente, temos o conceito de avaliar, que significa o julgamento ou a apreciação sobre alguém ou alguma coisa, tendo como base uma escala de valores. 
 A seleção das técnicas e dos instrumentos de avaliação deve ser realizada durante o processo de planejamento pedagógico e considerar os seguintes aspectos: objetivos direcionados para o ensino-aprendizagem; natureza do componente curricular; métodos e procedimentos usados no ensino; número de alunos; tempo do professor. A avaliação do processo ensino-aprendizagem requer que o aluno não só adquira os conhecimentos necessários para viver em sociedade, mas avalie as habilidades e competências exigidas para tal. Nessa perspectiva, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem, em favor do aluno, de uma formação básica que possibilite competências técnicas, humanas e sociais. 
 Segundo Haydt (2002), o planejamento é um processo mental que envolve análise, reflexão e previsão. Trata-se de uma atividade tipicamente humana e está presente na vida de todos os indivíduos, nos mais variados momentos. O plano é o resultado desse processo, o ponto mais alto do processo mental de planejamento, como um esboço das conclusões resultantes do processo mental de planejar, podendo ou não assumir uma forma escrita. No campo da educação e do ensino, existem diversos níveis de planejamento, que variam em abrangência e complexidade. 
 São eles: planejamento de um sistema educacional, planejamento geral das atividades de uma escola, planejamento de currículo, planejamento didático ou de ensino e, dentro deste último, temos planejamento de curso, planejamento de unidade didática e planejamento de aula. O planejamento escolar envolve todas as atividades de uma escola, o que ela tem para oferecer em termos de formação para seus alunos e todas as ações, tanto administrativas quanto pedagógicas. No planejamento de currículo, iremos prever os diversos componentes curriculares que serão desenvolvidos ao longo do curso, com a definição.
 O planejamento de ensino é a previsão das ações e dos procedimentos que o professor vai realizar com seus alunos, assim como a organização das atividades dos alunos e das experiências da aprendizagem, na intenção de atingir os objetivos educacionais estabelecidos. O plano didático ou de ensino pode ser dividido em três outros, que farão parte integrante dele, com graus de abrangência diferentes. Trata-se do planejamento de curso, do planejamento de unidade e do planejamento de aula. O planejamento de curso prevê os conhecimentos a serem desenvolvidos e as atividades que serão realizadas em cada classe, durante certo tempo. Em geral, naquele ano ou semestre letivo, prevendo o que fará o professor e o que farão os alunos. 
 O planejamento de unidades didáticas reúne várias aulas sobre assuntos semelhantes, constituindo uma porção significativa da matéria, que acaba por ser dominada em suas inter-relações. O plano de aula é a menor unidade do planejamento de um professor, pois é sobre uma aula que ele está planejando apenas; mas sempre pensando que a cada aula ele deve estar mais próximo do alcance de seus objetivos específicos e gerais. A aula é composta, primeiramente, de objetivos imediatos que se pretendem alcançar. Após a definição dos objetivos, o professor deve escolher os conteúdos a serem abordados naquele momento, para depois elaborar os procedimentos metodológicos a fim de organizar didaticamente o ensino por meio de atividades a serem desenvolvidas. 
 A seguir, devem-se determinar quais serão os recursos a serem utilizados (cartazes, mapas, jornais, livros, objetos variados etc.) durante aquela aula para despertar o interesse dos alunos, facilitar a compreensão e estimular a participação ativa deles. Por último, deve-se descrever qual forma de avaliação das atividades, de maneira que se possa perceber ao final da aula se o(s) objetivo(s) foi (RAM) devidamente alcançado(s). Não há, em termos de possibilidades, como executar um trabalho de professor arriscando acertar simplesmente com o instinto. É preciso o domínio de certos conhecimentos que façam com que ele encontre maior segurança, organização, estruturação e visão sobre todos os fatores que interferem no trabalho educativo. O significado de ensinar leva-nos a outros termos, como fazer saber, instruir, comunicar conhecimentos, mostrar, orientar, guiar, dirigir, desenvolver habilidades – que apontam para o professor como agente principal e responsável pelo ensino. 
 Nesse sentido, o ensino centraliza-se no professor, em suas qualidades e habilidades. O professor tem sua personalidade orientada por valores e princípios de vida e, consciente ou inconscientemente, explícita ou implicitamente, veicula esses valores durante as aulas, manifestando-os a seus alunos. Assim, ao interagir com cada aluno em particular e se relacionar com a classe como um todo, o professor não apenas transmite conhecimentos em forma de informações, conceitos e ideias (aspecto cognitivo), não apenas ensina gestos ou movimentos (aspecto motor), mas também facilita a veiculação de ideais, valores e princípios de vida (elementos do domínio afetivo), ajudando a formar a personalidadedo educando. Por isso, o professor deve ter bem claro que, antes de ser um professor, é um educador. 
 Na condução da aprendizagem dos alunos, o professor tem duas funções básicas: a função incentivadora, pois precisa garantir situações que incentivem o aluno a continuar progredindo nos estudos e estimulem sua participação ativa no ato de aprender; e a função orientadora, pois cabe a ele ensinar, isto é, orientar o processo de aprendizagem dos alunos para que possam construir o próprio conhecimento. A autoridade do professor é inerente à sua função educadora, ou seja, é a autoridade de quem incentiva e orienta. Na relação professor-aluno, o diálogo é fundamental. 
 A atitude dialógica no processo ensino-aprendizagem é aquela que parte de uma questão problematizada para desencadear o diálogo, no qual o professor transmite o que sabe, aproveitando os conhecimentos prévios e as experiências anteriores do aluno. Assim, ambos chegam a uma síntese que elucida, explica ou resolve a situação-problema que desencadeou a discussão. Uma aula disciplinada é muito mais do que conservar a classe em ordem. O objetivo, ao buscar disciplina, deve ser o de desenvolver no aluno o autocontrole, o autor respeito e o respeito pelas pessoas e coisas que o rodeiam. 
 Se o professor não tem essas qualidades, é inútil tentar desenvolvê-las nos alunos; por isso, é bom ir treinando-as desde já. A verdadeira disciplina não se origina de pressões, mas parte do íntimo do indivíduo. É preciso, nos dias atuais, de pessoas que tenham um posicionamento crítico sobre a educação e o ensino, uma mente aberta para aceitar divergências de opinião, discordâncias, questionamentos que exijam mais precisão, pedidos de maiores explicações etc. Fica claro, em todo o texto, que a educação que se prega aqui é dirigida a uma sociedade mais democrática e, por isso, mais capaz de lutar por transformações significativas na sociedade, por mais justiça social, menos desigualdade de direitos, mais qualidade de vida, de estudos, de trabalho etc.
	
	
BIBLIOGRAFIA
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RIBEIRO, J.S. Antropologia visual, práticas antigas e novas perspectivas de investigação. São Paulo: Rev. Antropol. 2005 vol.48, n.2. ISSN 0034-7701 Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. Php?Pid=s0034-77012005000200007&script=sci_arttext> acesso em 12 nov. 2015.
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Plano de aula
Tema da aula: Colagem 
Publico alvo: Ensino Fundamental II
Objetivo:
• Conhecer a importância das Artes no desenvolvimento da expressão e da criatividade infantil, ajudando assim na construção e ampliação das habilidades artísticas dos alunos. Neste sentido trabalha-se a percepção, memorização, imaginação, atenção e concentração no processo de ensino-aprendizagem.
• Utilizar diversos materiais plásticos papeis revistas e jornais para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação.
• Produzir trabalhos de arte, utilizando diversas linguagens artísticas, como do desenho, pintura, colagem, músicas, literatura etc..
• Desenvolver o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação pela arte.
Tempo estimado:
Cinco aulas.
Desenvolvimento das aulas:
1º etapa:
Iniciar uma conversa com os alunos de forma clara e simples a respeito da colagem é uma forma de arte aceita e valorizada. Ela permite ao artista a liberdade de abordar o meio que o cerca de qualquer maneira sem restrições de formatos, texturas ou materiais. Este meio é uma forma direta de comunicação para o artista, ou seja, o artista pode tirar da natureza ou da vida urbana quaisquer materiais que ele deseje como forma de expressão simbólica, inclusive esta forma de arte ajuda a reciclar materiais descartados.
2º etapa:
Depois de esclarecidos o conceito da colagem, mostrar aos alunos algumas imagens de colagens e pedir que na próxima aula trouxessem matérias para que iniciemos nossa oficina artística. 
3° Etapa:
Reunir os alunos em grupos e cada grupo irá expor as suas ideias transformando em uma arte espontânea, alegre e ingênua, lembrando o tema da colagem é livre para assim os alunos possam expressar os seus sentimentos.
4° etapa:
Os grupos irão reunir para finalizar suas colagens.
 Cinco etapas:
   O professor pedirá aos alunos para expor suas obras de artes, explicando aos alunos que não simplesmente de recortar e colar, mas sim é mostrar e provar que tudo e todos podem ser transformados, com talento e dedicação, em algo muito melhor. As obras de artes dos alunos do Fundamental II serão socializadas com os demais alunos da escola.
 
Metodologia:
Lousa 
Giz
Cola 
Lápis 
Borracha 
Revista / Jornais 
Materiais plásticos 
Avaliação:
O aluno será avaliado pela participação individual de cada um, pelo comprometimento com a atividade e criatividade.
 
BIBLIOGRAFIA
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tabId=_228252_1&tab_tab_group_id=_239_1

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