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Constitucional II poder legislativo e processo legislativo

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Direito Constitucional II
Prof. Dayanne Azevêdo
PODER LEGISLATIVO (Art. 44 e seguintes)
- Consagração do princípio da separação dos poderes – art. 2º
- a separação dos poderes é cláusula pétrea (art. 60, §4º, III)
- Cada poder possui sua função típica e atípica.
- função legislativa da União - Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e Senado Federal, sendo este representante dos Estados federados e aquela representante do povo. 
- A organização do Poder é bicameral, inexistindo a predominância de uma câmara sobre a outra, apesar de a Câmara dos Deputados gozar de certa primazia em relação à iniciativa legislativa (art. 44).
CONGRESSO NACIONAL – arts 48 e 49 (Decreto Legislativo)
CÂMARA DOS DEPUTADOS
- representantes eleitos pelo sistema proporcional (art. 45 - cada entidade territorial forma uma circunscrição eleitoral, chegando-se ao número de representantes por uma proporção em relação ao número da população). Os diferentes partidos políticos no Parlamento terão representação correspondente à força numérica de cada um.
- nenhum Estado ou DF terá menos de 8 ou mais de 70 Deputados. Territórios elegem 4 Deputados (§§ 1º e 2º do art. 45).
- Lei complementar fará ajustes na proporcionalidade e número total de candidatos.
- mandato: 4 anos, sendo permitida a reeleição (art. 44, §único)
- requisitos: ser brasileiro nato ou naturalizado (art. 14, §3º, I – para ocupar a presidência da Casa deve ser brasileiro nato – art. 12, §3º, II); maior de 21 anos (art. 14, §3º, VI, c); estar em pleno exercício dos seus direitos políticos (art. 14, §3º, II); alistamento eleitoral e domicílio eleitoral na circunscrição (art, 14, §3º III e IV); e ser filiado a partido (art. 14, §3º, V). 
SENADO FEDERAL
- eleitos pelo princípio majoritário (obtém o maior número de votos) para mandato de 8 anos, renovando-se, alternadamente de 4 em 4 anos, por 1 e 2/3 (art. 46)
- cada Estado e o DF elege 3 senadores com mandato de 8 anos e cada senador será eleito com 2 suplentes.
- requisitos: ser brasileiro nato ou naturalizado (art. 14, §3º, I – para ocupar a presidência da Casa deve ser brasileiro nato – art. 12, §3º, II); maior de 35 anos (art. 14, §3º, VI, a); estar em pleno exercício dos seus direitos políticos (art. 14, §3º, II); alistamento eleitoral e domicílio eleitoral na circunscrição (art, 14, §3º III e IV); e ser filiado a partido (art. 14, §3º, V). 
PODER LEGISLATIVO ESTADUAL E DISTRITAL
-ao contrário do federal, é unicameral (arts. 27, 32 e 33 CF).
- Assembleia Legislativa Estadual: Membros tem mandato de 4 anos.
- regras de sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandado, licença, impedimentos e incorporação ás forças armadas federais se aplicam aos estaduais (art. 24, §1º) 
- Deputados estaduais: correspondem ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, se atingido 36, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de 12 (art. 27)
Regrinhas para não errar (fórmula y = (x + 24), sendo x o número de deputados federais e y = ao número de deputados estaduais:
	Até 12 Deputados Federais
	Multiplica-se por 3 (relação de 1 para 3 deputados estaduais)
	Acima de 12 Deputados Federais
	Soma-se a 24 (a relação deixa de ser 1 para 3 e torna-se 1 para 1)
-Exemplos:
a) Se o Estado possui 14 representantes na Câmara dos Deputados, quantos serão os Deputados Estaduais na Assembléia Legislativa?
b) Quantos Deputados Estaduais terá o Estado que possuir 68 Deputados Federais? 
Se o quantitativo dado se refere à quantidade de Deputados Estaduais, para se chegar ao quantitativo de Deputados Federais
	Até 36 Deputados Estaduais
	Divide-se por 3 
	Acima de 36 Deputados Estaduais
	Subtrai-se 24 
- Considerando-se o número mínimo e máximo de deputados federais, tem-se que o número mínimo é de 24 e máximo de 94 deputados estaduais.
- Subsídio: art. 27, par. 2º., lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, não podendo ser superior a 75% do subsídio dos Deputados Federais.
PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL
- Unicameralismo – Câmara de Vereadores.
- Número de vereadores é proporcional à população: art. 29, IV (EC 58/2009), mínimo de 9, podendo chegar a 55.
- mandato de 4 anos
- subsídio: de 20% a, no máximo, 75% do subsídio do Deputado Estadual, variável de acordo com o número de habitantes (art, 29, VI), fixado em uma legislatura para a seguinte.
- despesas municipais, incluindo subsídios dos vereadores, não pode ultrapassar os limites do art. 29, VII (5% da receita do Município) e 29-A (que também leva em consideração a população – máximo de 7% da receita).
- A Câmara Municipal não poderá gastar mais de 70% de sua receita com folha de pagamento (par. 1º. do art. 29-A). O desrespeito constitui crime de responsabilidade (par. 3º.).
FUNCIONAMENTO E ATRIBUIÇÕES
- O CN desenvolve suas atividades por sessões legislativas ordinárias (art. 57 caput) e extraordinárias (art. 57, §§6º a 8º). 
- A legislatura tem 4 anos. A sessão legislativa ordinária é período anual (dias úteis e em 5 hs diárias) em que deve estar reunido o CN para os trabalhos legislativos, encerrando-se no dia 22/12. Não será interrompida em 22/12 sem a aprovação de projeto de lei de diretrizes orçamentárias, situação em que ocorre o prolongamento da sessão ordinária e não a convocação de sessão extraordinária. Para outras matérias, ela se encerra naquela data (art. 57, §2º).
- Convocações extraordinárias: art. 57, §6º e 7º
- princípio do bicameralismo: as Casas devem funcionar e deliberar cada qual por si, separadamente, mas a Constituição prevê hipóteses em que se reunirão em sessão conjunta, caso em que a direção dos trabalhos cabe à Mesa do Congresso Nacional, presidida pelo Presidente do Senado (art. 57, §§ 3º e 5º, art. 66, §4º.).
- art. 47: regra de votação – maioria dos votos, presente a maioria absoluta dos membros. Mas existem outras modalidades de aprovação.
	Atribuição 
	Tipo
	Obs.
	CN
	Art. 48 (legislativa)
	Dependem de participação do Poder Executivo (sanção e veto)
	CN
	Art 49 (deliberativa)
	São exclusivas, independem de participação do Executivo e exercidas por Decreto Legislativo
	CD
	Art 51 
É privativa?
	Não dependem de sanção presidencial e se materializam mediante resolução 
	SF
	Art. 52
É privativa?
	Não dependem de sanção presidencial e se materializam mediante resolução
ORGANIZAÇÃO INTERNA DAS CASAS DO CONGRESSO
- Cada casa pode elaborar seu regimento interno (principais fontes de direito parlamentar).
- Existem as mesas da Câmara, do Senado e do Congresso, órgãos diretores, submetidos ao regimento e cujos membros são eleitos por seus pares. 
- mesa do Congresso é presidida pelo Presidente do Senado e dirige os trabalhos quando as duas casas se reúnem (art. 57, §5º, art. 58, §3º e art. 66, §4º).
- composição das mesas é matéria regimental, mas deve ser assegurada a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa (art. 58, §1º).
- As Mesas serão eleitas respectivamente pelos deputados e senadores, para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente (57, § 4º) 
- Comissões Parlamentares são organismos constituídos em cada Câmara, com a função de estudar e examinar as proposições legislativas e apresentar parecer (art. 58, §2º): Podem ser permanentes (art. 58, §2º), transitórias (temporárias ou especiais), mistas (art. 57, §3º) e representativas. 
- Comissão Parlamentar de Inquérito (art. 58, §3º): fiscalizam e controlam a administração, podem ser criadas juntas ou separadas e apurarão fato determinado, com prazo determinado e a requerimento de 1/3 dos membros de cada Casa ou de ambas. Suas decisões dependem se apreciação das casas, mas podem ser enviadas ao MP 
- Segundo entendimento do STF no MS 23.652, outros fatos inicialmente imprevistos podem ser investigados pela CPI em andamento, desde que sejam certos, indiscutíveis e de evidente constatação. Também devem
ser conexos à causa que determinou sua criação (MS 25.733 STF) 
- Tem poderes de colher depoimentos, ouvir indiciados e testemunhas, notificando-os a comparecer, bem como requisitar documentos. A testemunha pode se escusar de depor se tiver o dever de guardar sigilo (MS 27.483 MC/DF STF). Não lhes cabe julgar, decidir ou aplicar o direito ao caso concreto (MS 27.483 STF).
- Os convocados são obrigados a comparecer, mas ao depor podem manter silêncio, pois no ordenamento brasileiro ninguém pode ser obrigado a se autoincriminar (HC 83.438-MC STF).
- Aquele que, em depoimento prestado em CPI, for atingido em sua honra ou imagem, pode postular reparação por - danos morais ou materiais (MS 25.617-MC STF).
- Pode quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados telefônicos, desde que exista necessidade de ruptura desses sigilos, devendo preceder de autorização judicial a quebra desse último sigilo (MS 23.452/RJ STF). Só pode determinar prisão em flagrante, não pode determinar bloqueio de bens, busca e apreensão de documentos e pessoas sem ordem judicial, e é livre a divulgação das sessões de CPI, conforme entendimentos já proferidos pelo STF em diversas oportunidades. 
- Comissão representativa: representa o CN durante o recesso parlamentar e os membros de cada Casa que irão integrá-la serão eleitos na última sessão do período legislativo (art. 58, §4º).
- período de funcionamento do CN: 1º. Período: de 2/02 a 17/07 e 2º período de 01/08 a 22/12 (art. 57). Em cada período elege-se uma Comissão representativa para o recesso que começará.
ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS (ARTS. 53 a 56)
- Imunidades parlamentares garantem aos membros do Legislativo o exercício livre de seu mandato, evitando embaraços ao emitirem suas palavras, votos e opiniões, bem como assegurando a independência dos Poderes e do regime democrático.
- São submetidos perante o STF, desde a diplomação (art. 53, §1º)
a) Imunidade material (substancial, de conteúdo ou inviolabilidade - art. 53, caput): liberdade de voto, palavra, opiniões que permitem a exclusão do ilícito penal, civil, político ou administrativo. Esta imunidade engloba o exercício de funções fora do âmbito do CN.
b) Imunidade formal (também chamada de processual, instrumental, propriamente dita ou de rito): engloba
b.1) imunidade relativa à prisão penal e civil – evita-se prisões arbitrarias. Desde a diplomação, os membros do CN só serão presos em flagrante de crime inafiançável, devendo os autos serem remetidos em 24hs à Casa respectiva para que, pelo voto aberto, não secreto e de maioria absoluta, resolva a prisão (art. 53, §2º).
Exceção: segundo jurisprudência do STF, poderá ser preso por sentença transitada em julgado (Inquérito 510/DF).
b.2) imunidade relativa ao processo: oferecida a denúncia contra o parlamentar, o STF poderá recebê-la sem qualquer licença prévia da Casa Legislativa (para crimes cometidos após a diplomação). Após receber a denuncia, o STF dá ciência à Casa respectiva para que se manifeste, por iniciativa do partido político nela representado e pelo voto de maioria absoluta de seus membros, sobre sustação da ação penal. 
- A apreciação deve se dar no prazo de 45 dias do seu recebimento pela mesa da Casa e a sustação do processo suspende a prescrição enquanto durar o mandato (art. 53, §§ 3º a 5º).
- crimes anteriores à diplomação não são acobertados pela imunidade, segundo posicionamento do STF.
- isenção do dever de testemunhar (art. 53, §6º).
- incorporação às Forças Armadas (art. 53, § 7º e 143).
- imunidade parlamentar durante o estado de sítio (art. 53, §8º): as 2 referidas imunidades subsistem no estado de sitio (art. 137), só podendo serem suspensas pelo voto de 2/3 dos membros da Casa para atos praticados fora do recinto do CN. Não se aplica ao estado de defesa (art. 136).
- Incompatibilidades (art. 54): impedimentos relacionados ao exercício da atividade política, e não para interdição de candidaturas ou anular eleições.
- perda do mandato – art. 55, §§ 1º. a 3º. Se dá por:
a) cassação: cometimento de falta funcional, que depende de decisão da Casa respectiva, por maioria absoluta, assegurando a ampla defesa ao acusado (art. 55, I, II e VI).
- a incompatibilidade com o decoro não é passível de revisão judicial, pois seria uma afronta à separação dos poderes, já que é ato interna corporis.
b) extinção: torna a investidura inexistente, como nos casos de morte, renúncia, não comparecimento a sessões e perda de direitos políticos (art. 55, III, IV e V). 
- renúncia: art. 55, §4º: terá seus efeitos suspensos até a decisão sobre a perda do mandato. Mas nem todos os casos de perda de mandato geram inelegibilidade – apenas o art. 54 gera (LC 64/1990).
- afastamento autorizado e suplência: art. 56.
PROCESSO LEGISLATIVO (arts. 59 a 69)
LEIS ORDINÁRIAS E COMPLEMENTARES
Fase iniciadora: se deflagra com a proposição pelas pessoas indicadas no art. 61
Iniciativa Concorrente: mais de uma pessoa ou órgão podem propor. Ex. art. 60, I, II e III.
Iniciativa privativa: só podem ser deflagrados por pessoas determinadas, sob pena de configuração de vício de forma (é, na verdade, exclusiva) - §1º do art. 61, 96, II e 93.
- É possível emendar um projeto de lei de competência exclusiva, desde que respeitado o art. 63, I e II e, segundo o STF: a) que os dispositivos introduzidos por emenda parlamentar apresentem pertinência temática com o projeto original; e b) que os dispositivos introduzidos por emenda não acarretem aumento de despesa em relação ao projeto original. 
- Vício de iniciativa pode ser convalidado com sanção presidencial? Não, pois se trata de vício insanável, incurável.
Iniciativa popular (art. 61, §2º, art. 14, III e lei 9709/98): apresenta-se o projeto à CD. O projeto deve se restringir a um assunto e não pode ser rejeitado por vício de forma.
- nos Estados e Municípios devem ser observados os arts. 27, §4º e 29, XIII.
Fase Constitutiva do Processo Legislativo:
- esse processo é mais demorado, pois engloba discussões e estudo pelas comissões legislativas.
- são discutidos na Casa onde o projeto foi apresentado (só não se inicia na Câmara os projetos iniciados pelo Senado), abrindo-se oportunidade para emenda.
- Em decorrência do bicameralismo, as propostas de leis federais são apreciadas pelas 2 Casas, uma se apresentando como Casa iniciadora e a outra como revisora, devendo ser aprovado por ambas (arts. 64 e 65).
- Na Casa Iniciadora... após a discussão e votação do projeto de lei, este poderá ter um dos seguintes destinos:
(i) ser rejeitado, hipótese em que será arquivado, só podendo constituir novo projeto de lei na mesma sessão legislativa se houver solicitação de maioria absoluta dos membros de uma das Casas do Congresso Nacional (art. 67) 
(ii) ser aprovado, hipótese em que seguirá para a Casa Revisora, para revisão em um só turno de discussão e votação (art. 65).
- Na Casa revisora... após a revisão em um só turno de discussão e votação, o projeto de lei poderá ter um dos seguintes destinos:
(i) ser rejeitado, será arquivado, nas mesmas condições mencionadas anteriormente a respeito da proposição de novo projeto de lei
(ii) ser aprovado, hipótese em que será encaminhado ao Presidente da República, para o fim de sanção ou veto; 
(iii) ser emendado, hipótese em que retornará à Casa Iniciadora, para apreciação das emendas.
Sanção (art. 66) - concordância do Chefe do Executivo com o projeto de lei aprovado pelo Legislativo. Faz surgir a lei, pela conjugação das vontades dos Poderes Legislativo e Executivo. Pode se dar de forma expressa ou tácita.
- ocorre nas três esferas de governo, mas nem todas as espécies que integram o processo legislativo submetem-se à sanção (emendas constitucionais, leis delegadas, decretos legislativos e resoluções não se submetem à sanção).
Veto: rejeição do projeto de lei pelo Chefe do Executivo. Pode ser “derrubado” pelo Poder Legislativo. Deve ser realizado de forma expressa e motivada, no prazo de 15 dias úteis, e comunicado ao Presidente do SF em 48hs. Os motivos serão:
veto jurídico e político.
- a matéria será submetida ao Congresso Nacional, para que, no prazo de trinta dias, em sessão conjunta, aprecie o veto, mantendo-o ou rejeitando-o, por maioria absoluta dos Deputados e Senadores.
PROCESSO LEGISLATIVO SUMÁRIO art. 64, §1º e seguintes
- compreende prazo determinado para que as Casas Legislativas deliberem sobre a matéria. O PR, nos projetos de sua iniciativa, poderá solicitar urgência (CF, art. 64, § 1º).
- 2 requisitos para o processo legislativo sumário:
a) projeto de lei apresentado pelo Presidente da República (não se exige que a matéria seja de sua iniciativa privativa, basta que o projeto seja por ele apresentado);
b) solicitação de urgência na sua apreciação pelo Presidente da República. Nessa hipótese, a CD e o SF terão, respectivamente, 45 dias para se manifestarem, e as emendas apresentadas pelo SF serão apreciadas pela CD em 10 dias. 
- art. 65, §§2º ao 4º 
- O trancamento, não alcança as deliberações que tenham prazo constitucional determinado, como é o caso das medidas provisórias (CF, art. 62, 3º) e das leis orçamentárias (ADCT, art. 35, § 2º).
EMENDA CONSTITUCIONAL – Art. 60 CF
- iniciativa: art. 60 CF: 
- votação (art. 60, § 2.º): a proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros.
- Promulgação (art. 60, § 3.º): a promulgação será feita pelas mesas da Câmara e do Senado. Aprovada a Emenda Constitucional pelo Congresso, não irá para a sanção do Presidente da República.
- Durante a vigência de intervenção federal, estado de defesa (art. 136) ou de sítio (art. 137), o poder de reforma não poderá ser exercido. Essa limitação é chamada pela doutrina de limitação circunstancial (circunstâncias que limitam o exercício do poder de reforma). Se a norma constitucional decorrente do poder de reforma for editada durante a intervenção federal, estado de sítio ou de defesa, será inconstitucional.
- limitação temporal: §5º
- limitação material: §4º
Existem limites implícitos, não dispostos no art.:
Titular do poder constituinte originário (art. 1.º): o titular do poder originário não pode ser modificado pelo poder de reforma.
Exercente do poder de reforma: o poder de reforma não ser delegado. O Congresso Nacional não poderá delegar o poder de reforma a outro órgão.
Processo de EC: não poderá ser modificado o processo de EC. Alguns autores entendem, entretanto, que o processo de EC poderá ser modificado para torná-lo mais rígido.
Supressão da própria cláusula pétrea: impossibilidade de se suprimir o § 4.º do art. 60. 
- Muitos doutrinadores entendem que há uma limitação implícita quanto à modificação da forma do governo e do sistema de governo, tendo em vista o resultado do plebiscito de 1993 (art. 2º ADCT).
- art. 3º ADCT – revisão constitucional
LEIS DELEGADAS
- art. 68 – realizada por resolução do CN
- atos que exorbitem o poder regulamentar dado ao Presidente pelo CN podem ser sustados, nos moldes do art. 49, V, CF
MEDIDAS PROVISÓRIAS – art. 62 CF
- Tem força de lei, mas não se insere no processo legislativo para a sua formação.
- É adotada pelo Presidente da República, por intermédio de ato monocrático, unipessoal, sem a participação do legislativo, chamado a discuti-la somente em momento posterior – art. 84, XXVI
- Pressupostos Constitucionais: relevância e urgência.
- Os requisitos devem ser analisados, primeiramente, pelo próprio Presidente da República, no momento da edição da MP, e, posteriormente, pelo Congresso Nacional, que poderá deixar de convertê-la em Lei, por ausência dos pressupostos constitucionais. Excepcionalmente, porém, quando presente desvio de finalidade ou abuso do poder de legislar, por flagrante inocorrência da urgência e relevância, poderá o Poder Judiciário adentrar a esfera discricionária do Presidente da República, garantindo-se a supremacia constitucional. 
- Duração da MP: vigorará pelo prazo de 60 dias, prorrogável, nos termos do art. 62, § 7°, uma vez por igual período (novos 60 dias), contados de sua publicação no Diário Oficial. Tal prazo será suspenso durante os períodos de recesso parlamentar e voltará a fluir após o término do recesso parlamentar pelo prazo restante (já que se trata de suspensão e não interrupção de prazo). 
- No caso de eventual convocação extraordinária, havendo medida provisória em vigor na data de sua convocação, serão elas automaticamente incluídas na pauta de convocação (art. 57, § 8º).
- Eficácia da MP (art. 62, § 3°): perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável nos termos do § 7°, uma vez, por igual período (novos 60 dias), devendo o Congresso Nacional disciplinar, por Decreto Legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes; ou seja, não sendo a MP apreciada no referido prazo de 60 dias prorrogáveis por novos 60 dias, ela perderá a sua eficácia desde a sua edição, operando seus efeitos ex tunc, confirmando a sua efemeridade e precariedade.
- Tramitação: adotada a MP pelo Presidente, ela será submetida, de imediato ao Congresso Nacional, cabendo, de acordo com o art. 62, §§ 5° e 9° da CF, a uma comissão mista de Deputados e Senadores examiná-la e sobre ela emitir parecer, apreciando os seus aspectos constitucionais (inclusive os pressupostos de relevância e urgência) e de mérito, bem como a sua adequação financeira e orçamentária. Posteriormente, a MP, com o parecer da comissão mista, passará à apreciação, pelo plenário de cada uma das casas. O processo de votação será em sessão separada e não mais conjunta, tendo início na Câmara dos Deputados, sendo o Senado a casa revisora. 
- Regime de urgência Constitucional: O art. 62, § 6° da CF/88, estabelece que, se a MP não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.
- Reedição de MPs (§ 10 do art. 62): é vedada a reedição de MP, na mesma sessão legislativa, expressamente rejeitada pelo CN, ou que tenha perdido a sua eficácia por decurso de prazo.

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